Jandira Feghali: Ainda que mídia e oposição se vistam de Lacerda, não abriremos a porta para o Golpe

Tempo de leitura: 3 min

Lacerda e FHC

A História bate à nossa porta

O editorial da Folha de São Paulo no último domingo (13) é um remake desastrado do golpismo que assombrou o ex-presidente João Goulart há 50 anos.

16/09/2015

por Jandira Feghali*, via Assessoria de Comunicação da deputada federal (PCdoB-RJ)*

Vez ou outra, a História bate à nossa porta. Podemos atender e nos lembrar de experiências passadas bastante úteis como alertas ou podemos ignorar e arcar com as consequências. A década de 60 ainda assovia lá fora, entre editoriais pitorescos e ameaçadores dos jornais brasileiros de 2015. Já com 30 anos de democracia em vigor, nosso país ainda presencia atropelos da Grande Mídia, das forças opositoras, estrangeiras e do capital financeiro. Com uma enorme diferença: Dilma resistirá e não passará o que vivenciou Jango.

O editorial da Folha de São Paulo no último domingo (13) é um remake desastrado do golpismo que assombrou o ex-presidente João Goulart há 50 anos. Foi época de forte crise econômica e oposição midiática, em que os barões da imprensa, como o Correio da Manhã, gesticulavam diariamente com bravatas contra o governo legitimamente empossado. E pior, atuando despudoradamente a favor de uma intervenção militar e demonizando a Esquerda.

Vale recordar a Campanha da Legalidade, forte cadeia de rádio criada pelo então governador do Rio Grande do Sul, Brizola, e que contou com apoio de militantes comunistas, como o ex-deputado federal e na época presidente da UNE, Aldo Arantes. Essa iniciativa, que democratizou a comunicação naquele período, combateu as mentiras delirantes dos grandes meios de comunicação e, com grande mobilização dos movimentos sociais, conseguiu empossar o presidente mineiro. A eloquência de Brizola, aliás, faz muita falta nos dias de hoje.

Embora o Brasil tenha superado esse tipo de golpismo, vislumbramos a criação de um cenário inédito, onde tentam criar em plena democracia o paradigma do “Estado de exceção”, onde dificuldades econômicas e divergências político-ideológicas determinam o respeito ou não ao resultado das urnas, onde a oposição foi derrotada quatro vezes seguidas.

O julgamento em andamento no TCU e no TSE não validam nenhum tipo de movimentação a favor de intervenção do mandato de Dilma. Se prosperasse, seria uma espécie de golpe branco, como ocorrido no Paraguai recentemente.

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Dentro do Congresso Nacional, não haverá espaço para este tipo de manobra que visa o impeachment. Por um motivo: não há qualquer amparo legal para tanto. Empurrar essa pauta no Parlamento, como a oportunista oposição faz, é tentar, a fórceps, criar um clima de instabilidade e ameaçar todas as políticas públicas e o desenvolvimento em curso no Brasil.

Para combater esta marcha de insanos, presidentes de partidos políticos e líderes partidários da base aliada do Governo Federal assinaram juntamente carta-aberta e, em uníssono, rejeitam da crise política que tentam insuflar nos bastidores. Ainda que a mídia se vista de Carlos Lacerda (“Se assumir, não poderá governar…”) e as forças retrógradas tentem avançar, não abriremos a porta para o Golpe. A porta deve ser aberta sim, mas para a História e os ensinamentos que traz consigo.

*Jandira Feghali é médica, deputada federal (RJ) e líder do PCdoB na Câmara dos Deputados.

 

JANDIRA: NÃO NOS CURVAREMOSO discurso de Jandira em defesa da trajetória da Esquerda que calou a oposição na Câmara. Um bom dia para quem é de luta!

Posted by Jandira Feghali on Quarta, 16 de setembro de 2015

 

 

 

 

 

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O que os barões da mídia escondem por trás das denúncias do “mar de lama” 

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Comentários

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Hudson

Essa oposição golpista que não pense que o povo não está acompanhando tudo. O povão, com seus operários, seus intelectuais, suas empregadas domésticas, seus caseiros, seus professores vão pra rua, sim. O POVO sabe quem governa pra ele, quem diminui as discrepâncias na sociedade. E, se precisar, vamos fazer barulho, e muito. Comer 10 coxinhas não é nada pra um operário, esse é o lanche das 10 hrs dele, todo dia!!!!!!!

Mariza

Tem coxinha que só vive falando da mortadela, o que eles tem contra? A Deputada é honrada e chegou via voto. Coxinhas, Dilma fica, se precisar vamos pra rua, e verão, quanto somos aguerridos.

Vicente Jr.

Quem vai impedir, o partideco dela e seus militantes que só funcionam à base de mortadela?

    Mauricio Gomes

    Melhor funcionar à base de mortadela do que à base de veja e similares não acha?

FrancoAtirador

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Lideranças do PT no Congresso aperfeiçoam Mecanismo da CPPrev
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como a Criação de Faixas Progressivas, com Isenção aos Mais Pobres,
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nos mesmos Moldes da Tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física.
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Os Parlamentares do PT no Poder Legislativo Federal consideram estabelecer critérios para conceder Isenção do Pagamento da CPMF aos Membros das Faixas de Renda D e E,
e reduzir as Alíquotas para os Integrantes da Classe C, a chamada Nova Classe Média.
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“Chamamos de Faixa de Isenção. Estamos conversando”,
afirmou o Líder do Governo no Congresso, José Pimentel (PT-CE).
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As Conversas também envolvem os Líderes no Senado Federal
Delcídio Amaral (PT-MS), do Governo, e Humberto Costa (PE), do PT.
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Além da Isenção para as Classes que estão na Base da Pirâmide Econômica,
tem sido discutido entre os Petistas o Estabelecimento da Progressividade
da Cobrança da Nova Contribuição, caso avance a Proposta dos Governadores.
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Nesse caso, seriam criadas Várias Faixas, conforme a Movimentação Financeira.
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FrancoAtirador

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O Ministro Teori Zavascki, Relator nos Inquéritos
da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal
Negou o Compartilhamento de Informações
da Colaboração ‘Premiada’ de Ricardo Pessoa,
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solicitado pelo Ministro do Tribunal Superior Eleitoral,
João Otávio de Noronha, que por sua vez é Relator
da Ação de Impugnação de Mandato Eleitoral (AIME)
ajuizada pelo PSDB contra a Chapa Presidencial
Eleita e já Diplomada na Justiça Eleitoral em 2014.
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O Ministro do STF, Teori Zavascki, tem decidido,
reiteradamente, que o Conteúdo de Colaborações
somente póde ser dado a Conhecimento Público
após a Denúncia do Ministério Público Federal.
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