Jamil Chade: Macron é reeleito na França, mas voto recorde da extrema-direita é alerta para o Brasil e o mundo; vídeo

Tempo de leitura: 2 min

Da Redação

Nesse domingo, 24/04, Emmanuel Macron foi reeleito presidente da França.

Obteve 58,54% dos votos válidos, segundo dados da autoridade eleitoral francesa com 100% das urnas apuradas.

Sua adversária, a candidata da direita radical Marine Le Pen, ficou com 41,46%.

O resultado final traz uma margem maior do que apontavam as pesquisas de intenção de voto às vésperas da eleição, com Macron entre 53% a 57,5% e Le Pen, de 42,5% a 47%.

No segundo turno das eleições francesas, Macron  se beneficiou mais do sentimento de rejeição de parte do eleitorado em relação à Le Pen, com votos destinados a barrar a chegada da direita radical ao poder, do que de uma real adesão às suas ideias e ao seu programa de governo.

O resultado deste pleito, no entanto, mostra que Le Pen cresceu em relação às eleições de 2017, quando Macron a venceu com 66% dos votos válidos — ela teve 33% naquele ano.

Em discurso logo após a divulgação das pesquisas de boca de urna, Macron agradeceu a todos que votaram nele e disse estar ciente de que parte das pessoas o escolheram não tanto por suas qualidades, mas para barrar o avanço da extrema direita no país.

“Enterrados, mil vezes, vezes a história frustrou aqueles que previam o esperavam nosso desaparecimento”.

Foi com essas palavras que Marine Le Len saudou nesse domingo o resultado recorde de seu partido de extrema-direita presidenciais na França, observa o jornalista Jamil Chade, em sua coluna no UOL.

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“Ela não venceu, e Emmanuel Macron continuará ocupando o cargo de chefe de Estado por mais cinco anos. Mas Marine Le Pen tomou 42% dos votos.  Ou seja, mais de 13 milhões de pessoas optaram por dar o seu apoio ao movimento de extrema-direita”, destaca. 

“Não por acaso, ela declarou que as urnas garantiram uma ‘vitória enorme’ ao seu partido, inclusive atraindo apoio de outras forças políticas”, prossegue.

Se em 2017, ela ficou com 10 milhões de votos abaixo do vencedor, desta vez a distância foi encurtada para apenas cinco milhões. 

“Voto recorde da extrema-direita na França é alerta para o Brasil e o mundo”, alerta Jamil Chade.

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Comentários

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Zé Maria

Nas Eleições Legislativas é que
veremos quem tem mais votos,
se a Esquerda de Mélenchon ou
a Direita de Le Pen ou Macron.

Zé Maria

O Macron teve Menos Votos do que em 2017,
porque fez um Péssimo Governo na França,
principalmente para a Classe Trabalhadora.

    Zé Maria

    No Segundo Turno, o Voto em Le Pen
    foi muito mais de Protesto ao Governo
    do que de Fascista de Extrema-Direita.
    E o voto em Macron foi muito mais por
    Rejeição à Le Pen do que a favor dele.

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