Jair de Souza: Judaísmo, antissemitismo e sionismo, a linguagem como instrumento de dominação; vídeo

Tempo de leitura: 2 min

Judaísmo, antissemitismo e sionismo: a linguagem como instrumento de dominação

Por Jair de Souza*

Nesta hora em que o povo palestino está sendo trucidado pelas bombas lançadas pelas forças militares do Estado de Israel sobre suas moradias, seus hospitais e suas escolas na Faixa de Gaza, voltou à baila a questão do antissemitismo.

Seriam antissemitas todas as pessoas que estão horrorizadas diante de tamanha crueldade que vem sendo sendo praticada por um dos estados mais fortemente militarizados do planeta contra um povo inteiramente desprovido de recursos bélicos?

A depender do que dizem as autoridades israelenses e seus apologistas por todo lado, sim.

Toda a indignação que vem sendo reverberada contra os massacres perpetrados contra o povo palestino não passaria de um mero sentimento antissemita, nada além do que uma profunda e inexplicável aversão aos judeus.

Mas, como há também gente que se recusa a aceitar essa versão israelense, o melhor a fazer é dedicar um pouquinho de nosso tempo para entender o que está por trás da terminologia a qual o Estado de Israel tem se apegado.

O primeiro ponto a levar em consideração é que nem todas as pessoas que se consideram judias são simpáticas ao Estado de Israel e suas políticas.

A bem da verdade, diferentemente do que anda sendo apregoado na atualidade, a defesa da criação e manutenção de um estado para os judeus é uma ideia mais ou menos recente em termos históricos.

É totalmente falsa a ideia de que os judeus sempre andaram pelo mundo afora sonhando com a construção de seu estado exclusivo.

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Até antes da conclusão da Segunda Guerra Mundial, o percentual de judeus que aderiam ao apelo do sionismo era bastante reduzido.

É muito importante que tenhamos clareza dos significados e diferenças entre palavras como judaísmo, sionismo e o que vem a ser antissemitismo.

O desconhecimento sobre essas questões possibilita um sem-número de mal-entendidos, o que só beneficia aos que pretendem pescar em águas turvas.

Portanto, através do vídeo deste enlace (no topo), vamos poder avançar um pouco na compreensão do que está por trás de certas expressões muito usadas e pouco explicadas.

Para que mais brasileiros possam ter acesso a este valioso material, fiz a tradução do mesmo ao português e adicionei as respectivas legendas.

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Comentários

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Zé Maria

https://t.co/YIGsf4v7uI

ISRAEL X PALESTINA TEM A VER COM
RELIGIÕES OU [GEO]POLÍTICA?

Entrevista: MAYNARA NAFE,
da Juventude Sanaúd – FEPAL
https://youtu.be/bTYoOhEsg6s

https://twitter.com/MayNafe/status/1462854935482146822

Zé Maria

“Pergunta sempre
a cada idéia:
– a quem serves?”

Bertolt Brecht

Zé Maria

O Sionismo é a Expressão Político-Ideológica
de Supremacismo do Judaísmo sobre as Demais
Religiões e dos Hebreus sobre as Demais Etnias.

Contrapor-se a esse Regime Segregacionista,
de Apartheid, quando implementado e imposto
por um Segmento Étnico ou Religioso sobre
Outro(s) em qualquer País ou Região, não tem
nada a ver com ‘antissemitismo’. Ao contrário,
“é dever de ‘Humanismo do Ser Humano’ e, além,
de Toda a Humanidade”.

Zé Maria

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“Num tempo em que você não pode dizer tudo o que quer, continue
trabalhando [pensando, refletindo, meditando, lendo, escrevendo];
faça o possível para que, no dia em que haja condições reais
de você dizer o que quer, saiba fazê-lo melhor.”

“Nós pedimos com insistência:
Nunca digam ‘-Isso é natural!’
Diante dos acontecimentos de cada dia,

Numa época em que corre o sangue
Em que o arbitrário tem força de lei,
Em que a humanidade se desumaniza

Não digam nunca: ‘-Isso é natural’,
A fim de que nada passe por imutável.”

“Não aceites o habitual como coisa natural,
pois em tempo de desordem sangrenta,
de confusão organizada, de arbitrariedade
consciente, de humanidade desumanizada,
nada deve parecer natural, nada deve parecer
impossível de mudar.”

BERTOLT BRECHT
Poeta e Dramaturgo Alemão
(1898-1956)

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