Jair de Souza: Cúpula de paz cujos promotores só pensam em guerrear; vídeo

Tempo de leitura: 2 min

A Conferência de paz dos senhores da guerra

Por Jair de Souza*

Há poucos dias, foi realizada na Suíça uma conferência de cúpula com o objetivo declarado de buscar caminhos para alcançar a paz no conflito bélico em curso em território ucraniano.

O ponto mais curioso da citada reunião é que ela foi idealizada, planejada e custeada pelas forças mais belicistas existentes em nosso planeta.

Na verdade, tratou-se mesmo de uma aglomeração de típicos senhores da guerra, que apelavam para o selo da paz como um descarado pretexto para instigar o prosseguimento da guerra.

Como esperado e em conformidade com os desejos não declarados, mas plenamente conhecidos, de seus promotores, o principal objetivo prático do evento era o de forjar um amplo leque de apoio às forças mais belicistas, mais imperialistas e mais intervencionistas que a história da humanidade já conheceu: o poderio militar dos Estados Unidos e de seus subordinados da OTAN, em seu intuito de reverter a fragorosa derrota que estão sofrendo na Ucrânia, uma vez que Zelensky e seus batalhões neonazistas não estão dando conta da tarefa que lhes foi atribuída no enfrentamento direto contra a Rússia.

Como evidência de que a paz estava muito longe dos propósitos que moviam os organizadores desta tal cúpula, está o fato de que fizeram de tudo para impedir que a Rússia participasse dos debates, assim como aquelas nações cujos dirigentes se mostram mais identificados com as posições russas, e não com as diretrizes dos governantes estadunidenses.

Entretanto, devido à mudança na correlação de forças a nível internacional, os Estados Unidos e seus vassalos da União Europeia já não dispõem do mesmo poder de influenciar o mundo que tinham até pouquinho tempo atrás.

Por isso, pudemos constatar que a citada conferência acabou servindo muito mais para expor a crescente debilidade do imperialismo do que sua fortaleza. De seu objetivo de reunir sob sua batuta a totalidade, ou a ampla maioria, das nações, nem a metade deles aceitou participar do evento.

Além disso, mesmo entre aqueles que concordaram em estar presentes, um número significativo se recusou a colocar sua assinatura para endossar o documento final do conclave.

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Neste último grupo, estão algumas das nações geopoliticamente mais expressivas do chamado Sul Global: Brasil, México, África do Sul, Arábia Saudita, etc.

Por sua vez, a presença no encontro de um representante do Estado de Israel parece servir para não deixar nenhuma dúvida para ninguém de que aquilo jamais poderia ser considerado uma atividade destinada à busca da paz. O sionismo israelense simboliza na atualidade o suprassumo da crueldade e da perversidade.

Se estivéssemos nos referindo a uma cúpula que explicitasse seu interesse em aperfeiçoar instrumentos de aniquilação de povos e a prática de genocídio, essa presença teria tudo a ver. Mas, nunca em nada que diga respeito à paz.

No vídeo deste enlace (veja acima), temos uma excelente síntese de como transcorreu o encontro e as principais consequências derivadas do mesmo.

Vale muito a pena assistir ao mesmo com bastante atenção, pois são levantados vários pontos de muito interesse para possibilitar uma melhor avaliação das forças em pugna no cenário mundial.

*Jair de Souza é economista e mestre em linguística pela UFRJ.

*Este texto não representa obrigatoriamente a opinião do Viomundo.

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Zé Maria

Sob Tortura e Coação dos Anglo-Saxãos, Julian Assange é obrigado
a confessar crime que não cometeu, para ser solto da Prisão em Londres
e autorizado a viajar para a Austrália.
Antes, porém, terá de passar por Julgamento para Referendo de um
Tribunal das Ilhas Marianas do Norte, na Micronésia, Oceania.
Essas Remotas Ilhas do Oceano Pacífico integram a Commonwealth
e são Associadas aos Estados Unidos da América (EUA), estando
mais próximas do País Australiano do que os Tribunais Federais
no Havaí ou no Território Continental dos EUA na América do Norte.

Com Informações da Rede CBS/USA, BBC/UK e Agence France-Presse (AFP)

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