Isolamento de Aécio em Minas é simbólico do inferno astral dos tucanos

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Reprodução whatsapp

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Da Redação

O isolamento do senador Aécio Neves, que tenta em Minas Gerais ser “rebaixado” a deputado federal, simboliza o inferno astral do tucanato.

O ex-presidente do PSDB, denunciado em várias ações no Supremo Tribunal Federal, aparece bem bronzeado respondendo a perguntas em vídeos que distribui no whatsapp.

Pouco fala de política. Até o desafio do jogador de futebol inglês Delle Alli ele tentou, sem sucesso, respondendo a um internauta.

Aécio não faz campanha de rua.

O candidato dele a governador de Minas, Antonio Anastasia, entrou na justiça eleitoral contra a associação de sua campanha com o nome de Aécio, feita num comercial de Fernando Pimentel, do PT, que tenta a reeleição.

No anúncio, o petista sugere que Anastasia é tão parceiro de Aécio quanto a goiabada do queijo e o arroz do feijão.

O sucesso de Anastasia até agora repousa na avaliação ruim que os mineiros fazem do governo Pimentel.

Nas primeiras inserções da campanha eleitoral no rádio, segundo o diário O Tempo, Aécio não citou o próprio nome.

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O tucano vai perder a vaga no Senado justamente para Dilma Rousseff, que lidera a disputa em Minas com 22%, segundo a pesquisa mais recente — o segundo colocado, Carlos Viana, do PHS, tem 11%.

Há quase quatro anos, logo depois de ser derrotado por Dilma na disputa pelo Planalto, Aécio fez um discurso triunfante calcado no “combate à corrupção” e prometendo enfrentamento sem trégua ao segundo mandato da presidenta.

A leitura de trechos do discurso, hoje, produz uma verdadeira viagem à hipocrisia:

Também, senhoras e senhores, posicionei-me na firme defesa de valores que foram aviltados, dia após dia, na busca da recuperação da ética, atropelada pelo vale-tudo político; na preservação do interesse público, tão vilipendiado por interesses privados e partidários; e no combate sem tréguas à corrupção, que atinge níveis como nunca antes se viu neste País.

Os brasileiros, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, perderam o constrangimento de dizer aquilo com que não concordam, que não aceitam e com que não pactuam. E eles não pactuam mais com a corrupção, com o desmando e com tanta ineficiência. Os brasileiros ocuparam as ruas para mostrar que sabem o que está acontecendo com o Brasil e que não vão permanecer mais em silêncio.

Mas, senhoras e senhores, a história, rapidamente, mostrou quem tinha razão. Esconder, camuflar virou a rotina deste Governo. Só não conseguiram esconder os escândalos de corrupção porque os delatores, que faziam parte do esquema, resolveram falar a verdade para diminuir suas penas. E todo o esforço, feito inclusive nesta Casa, para inibir as investigações da CPMI foram em vão. Os fatos falaram mais alto.

Agora, os que foram intolerantes durante 12 anos falam em diálogo. Pois bem, qualquer diálogo estará condicionado ao envio de propostas que atendam aos interesses dos brasileiros, e, principalmente – e chamo a atenção desta Casa e dos brasileiros para o que vou dizer –, qualquer diálogo tem de estar condicionado especialmente ao aprofundamento das investigações e exemplares punições àqueles que protagonizaram o maior escândalo de corrupção da história deste País, já conhecido como “Petrolão”.

Faremos uma oposição incansável, inquebrantável e intransigente na defesa dos interesses dos brasileiros. Vamos fiscalizar, vamos acompanhar, vamos cobrar, vamos denunciar, vamos combater sem tréguas a corrupção que se instalou no Governo brasileiro e, mesmo sendo minoria no Congresso, vamos lutar para que o País possa avançar nas reformas e nas conquistas que precisamos alcançar.

E me dirigindo, respeitosamente, àqueles que venceram essas eleições e que, democraticamente, cumprimento, reafirmo que, ao olharem para as oposições no Congresso Nacional, não contabilizem apenas o número de cadeiras que aqui ocupamos, seja no Senado, seja na Câmara. Enxerguem, através de cada gesto, de cada voto, de cada manifestação de cada um dos nossos, a voz estridente de mais de 51 milhões de brasileiros que não aceitam mais ver o Brasil capturado por um partido e por um projeto de poder. (Palmas.)

É a esses brasileiros que quero garantir, ao final, de forma muito clara: nossa travessia não terminou. Nós não vamos nos dispersar. A cada brasileiro e a cada brasileira que foi às ruas, que vestiu as cores da nossa Bandeira, que enfrentou as calúnias e constrangimentos de um exército pago nas redes sociais, que, com alegria e esperança, defendeu a mudança, a ética e a união dos brasileiros; a cada um de vocês, digo, em nome dos nossos companheiros de oposição: agora e a cada dia dos próximos anos, estaremos presentes.Vamos em frente juntos sempre por um Brasil melhor.

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