O veloz processo de impeachment contra o presidente paraguaio Fernando Lugo teve o final desejado pelos conservadores do país nesta sexta-feira 22. A maioria absoluta no Senado aprovou a remoção do mandatário do poder por 39 votos. Eram necessários 30 votos dos 45 senadores, uma tarefa fácil em um parlamento dominado pela oposição. Apenas 4 foram registrados a favor de Lugo. Houve duas ausências. O vice-presidente Frederico Franco, do PLRA (Partido Liberal Radical Autêntico), assume o posto um ano após romper a coligação com Lugo.
A Câmara dos Deputados, também dominada pela oposição, aprovou na quinta-feira 21 o processo de impeachment com 73 votos a favor e apenas um contra. O Senado abraçou a ideia rapidamente, sob o pretexto de Lugo mobilizasse suas bases no interior do país e levasse a uma onda de violência. O Senado agiu como juizado político e concedeu apenas duas horas de defesa a Lugo, meramente proforma.
Ação foi vista por muitos países latinos como um golpe de Estado e pela União das Nações Sul-Americanas (Unasul) como uma “violação da ordem democrática”. O processo relâmpago espantou porque faltam apenas nove meses para o fim da administração de Lugo, sem a possibilidade de reeleição.
Motivos da destituição
Os parlamentares defenderam a remoção do presidente pelo suposto “fraco desempenho de suas funções” após um confronto violento com trabalhadores sem-terra na região leste do país na sexta-feira 15, que culminou em 17 mortes – 11 de trabalhadores rurais sem-terra e 6 de policiais na região de Curuguaty, departamento (estado) de Canindeyú. Haviam também outros quatro motivos. Entre eles uma manifestação de jovens de esquerda no Comando de Engenharia das Forças Armadas, em 2009 – que para a oposição foi financiada com recursos da hidrelétrica de Yaciretá -, o uso de tropas militares em 2012 por sem-terra em Ñacunday para pressionar fazendeiros.
Além disso, há a responsabilização de Lugo pela violência no país, que teria sido tratada de forma incorreta. Essa acusação inclui a “falta de vontade política” para combater os guerrilheiros do EPP (Exército do Povo Paraguaio). A última acusação tem caráter internacional: os parlamentares criticaram a decisão de Lugo em ratificar o Protocolo de Ushuaia II, de dezembro de 2011, que prevê intervenção externa caso uma democracia esteja em perigo.
Apoiado por três advogados e dois auxiliares, Lugo teve duas horas para responder às acusações do processo no Senado. A defesa tentou pressionar para um adiamento dentro do prazo constitucional de 18 dias, mas não obteve sucesso.
Como nos tempos da Guerra Fria
Os advogados do presidente mostraram indignação com a condução do caso. Segundo o jornal paraguaio Ultima Hora, Enrique García definiu o julgamento como viciado e nulo por violar o direito da não condenação prévia. “Este julgamento é igual aos da Guerra Fria”, ressaltou Adolfo Ferreiro. Ele completou que a negativa do Senado em ampliar o prazo da defesa evidencia a clara intenção de condenar o presidente, um ato que pode “trazer consequências políticas e econômicas imprevisíveis”. “Querem cassar um presidente eleito por professar ideias que são contrárias às ideias de seus julgadores”, afirmou.
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A defesa negou todas as acusações, alegando que não havia uso das Forças Armadas por movimentos sociais ou negligência de Lugo no combate à violência e ao grupo guerrilheiro Exército do Povo Paraguaio (EPP). Para a defesa, o presidente corre o risco de perder seu mandato por acusações inexistentes, baseadas em perseguição política. “A verdade é que não temos partidos políticos que protejam o presidente Lugo”, lamentou Emilio Camacho, também advogado de Lugo. “É quase uma tragédia grega, porque Lugo decidiu submeter-se a um juízo político, no qual está definida sua sentença.”
Lugo ainda tentou pela manhã uma ação de inconstitucionalidade para a Suprema Corte do Paraguai contra o processo de impeachment. A defesa se baseou, entre outras coisas, no pouco tempo que o presidente teve para preparar sua defesa – cerca de 16 horas. Adolfo Ferreiro, um dos advogados de Lugo, pediu durante o julgamento que o Senado se “adequasse aos tempos correspondentes para a apresentação da defesa, que é de 18 dias”.
Enquanto ocorria o julgamento, a Praça de Armas, em frente ao Congresso, reunia milhares de pessoas em apoio a Lugo. Segundo o Ultima Hora, nos momentos antes de a divulgação dos resultados, mais de 5 mil pessoas estavam no local em vigília, em um número que ia aumentando conforme terminava o horário de trabalho. Naquele momento, já havia incidentes entre a polícia e manifestantes em frente ao prédio da Vice-presidência.
Lugo não quis renunciar e enfrentou o julgamento sob protesto, acompanhando o caso pela televisão na sede do governo. O Parlamento o responsabiliza pelos confrontos, que forçaram a saída do ministro do Interior, Carlos Filizzola, e do comandante da polícia, Paulino Rojas, após pressão do Congresso.
Lugo diz que irá resistir a partir de “instâncias organizacionais”
Pouco antes de ser destituído, Lugo disse à Rádio 10 argentina que acataria o julgamento político votado no Congresso, mas resistiria “a partir de outras instâncias organizacionais”. “É preciso acatá-lo (o julgamento político), é um mecanismo constitucional, mas a partir de outras instâncias organizacionais certamente decidiremos impor uma resistência para que o âmbito democrático e participativo do Paraguai vá se consolidando”. O mandatário chamou de golpe a ação do Parlamento. “Não é mais um golpe de Estado contra o presidente, é um golpe parlamentar disfarçado de julgamento legal, que serve de instrumento para um impeachment sem razões válidas que o justifiquem.”
Lugo afirmou ter recebido ligações de apoio dos presidentes Hugo Chaves (Venezuela) Rafael Correa (Equador), Evo Morales (Bolívia), Dilma Rousseff e Cristina Kirchner (Argentina).
Unasul fala em “ruptura da ordem democrática”
A rápida movimentação para derrubar Lugo repercutiu em toda a América do Sul. Os chanceleres dos países integrantes da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) se reuniram na noite de quinta 21 e nesta sexta-feira 22, em Assunção, com o presidente. Além disso, Nicarágua, Bolívia e Venezuela denunciaram no Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) que o julgamento de Lugo é “um golpe de Estado encoberto”. A secretaria de estado norte-americana Hillary Clinton também manifestou “preocupação” com o processo de impeachment de Lugo.
Em meio à crise, os chanceleres da Unasul deixaram em caráter de emergência a cúpula do desenvolvimento sustentável Rio+20 e embarcaram para o Paraguai. Em Assunção, os membros do bloco puderam acompanhar o processe no Senado nesta sexta-feira. Mas, se reuniram com Lugo, com o vice-presidente Frederico Franco e outros dirigentes políticos e autoridades legislativas para avaliar a situação no país. O grupo, no entanto relatou não ter obtido “respostas favoráveis às garantias processuais e democráticas” do processo contra Lugo. Por isso, informou em comunicado que “as ações em curso poderiam ser compreendidas como uma ameaça de ruptura da ordem democrática, ao não respeitar o devido processo”. Os governos da Unasul avaliarão em que medida será possível continuar a cooperação na integração do continente, além de manter apoio a Lugo.
A delegação, liderada pelo chanceler brasileiro, Antonio Patriota, conta também com representantes de Argentina, Uruguai, Chile, Venezuela, Peru, Equador e Colômbia. A missão se baseia em um protocolo da Unasul que possibilita aos membros do bloco impor sanções a um país em caso haja ruptura ou ameaça da ordem democrática. “A tentativa dos chanceleres é criar um ambiente que habilite uma solução menos traumática para a democracia (…) para todos nós, seria importante uma solução negociada”, afirmou Dilma durante entrevista coletiva na Rio+20, disse a presidenta Dilma Rousseff na tarde de sexta.
O secretario geral da Unasul, Alí Rodríguez, havia adiantado mais cedo que Venezuela, Bolívia e Nicarágua não reconheceriam outro governo que não o de Lugo.
Diante do processo de impeachment sumário, o porta-voz para América Latina do departamento de Estado, William Ostick, advertiu que os EUA acompanham de perto a crise no Paraguai. “Com base nos compromissos com a democracia no continente, é importante que as instituições do governo sirvam aos interesses do povo paraguaio e, para tal, é criticamente importante que estas instituições ajam de maneira transparente, observando escrupulosamente os princípios do devido processo e dos direitos do acusado”.
Durante o dia, manifestantes pró-governo tomaram o local após a saída de partidários do impeachment do presidente, enquanto as forças policiais assumiam posições estratégicas em torno do Congresso, incluindo atiradores de elite. “Estamos aqui para protestar contra esse julgamento do nosso presidente, um representante genuíno do povo”, gritava Manuel Martinez, um manifestante que se dizia ser um dos coordenadores da manifestação.
Mais cedo, os manifestantes “anti-Lugo” expressaram seu apoio aos deputados e senadores paraguaios pela abertura do processo político. Ao menos 4 mil agentes foram mobilizados para proteger a região do Congresso, revelou o porta-voz da Polícia Nacional, comissário Sebastian Talavera. “Foram tomadas todas as medidas de precaução” para evitar incidentes, disse.
Por trás do golpe, o Partido Colorado
Em uma entrevista à tevê estatal venezuelana TeleSUR, Fernando Lugo acusou diretamente o empresário Horacio Cartes de estar por trás da tentativa de golpe. Cortes é o pré-candidato a presidente nas eleições previstas para 2013 pelo conservador Partido Colorado. “Esse processo de impeachment é inconstitucional, (nele) estão unidas as forças mais conservadoras do país”, declarou.
Lugo foi eleito em 2008 com 41% dos votos e interrompeu seis décadas de poder do Partido Colorado, incluindo 35 anos de governo militar. Apesar de nunca ter tido maioria no Congresso, Lugo mantinha-se com poder por meio da aliança com o PLRA (Partido Liberal Radical Autêntico), de Federico Franco, seu vice-presidente. A aliança entre ambos foi rompida em 2011.
Ex-bispo católico ligado a movimentos sociais de esquerda, ele tem histórico atuação com os sem-terra do país. Os conflitos agrários no Paraguai têm crescido nos últimos anos, o que culminou com o conflito de Curuguaty. Seus opositores culpam Lugo por má gestão desta crise, o que se transformou em mote para o impeachment.
Totalmente isolado, Lugo não teve apoio da Igreja Católica. Os bispos do país pediram ontem a renuncia do presidente “pelo bem do país” e para evitar atos de violência. “Falamos com muita sinceridade e franqueza para pedir que renuncie ao cargo e acabe com esta tensão”, disse o bispo Claudio Giménez, secretário-geral da Conferência Episcopal Paraguaia (CEP), após se encontrar com o mandatário. Vale lembrar que Lugo, quando bispo teve diversos filhos.
O Paraguai tem 6,5 milhões de habitantes espalhados em 406,7 mil quilômetros quadrados, tamanho um pouco maior que o estado de Goiás. O país tem uma das rendas per capitas mais baixas da América do Sul, com 3,2 mil dólares por ano. O Brasil soma 12,4 mil dólares.
Com informações Agência Brasil e AFP.
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Somos tod@s Paraguai!
Comentários
Lucas
Duvido que um dia, com essa conformação política, pelo menos, haja um golpe no Brasil. Lugo não quis ou não conseguiu se aliar aos Sarneys, Collors e Malufs paraguaios. Não o tendo feito, resolveu enfrentar os interesses dos equivalentes paraguaios. Daí o golpe. Coisa que não acontecerá no Brasil. Golpe aqui é conversa fiada (uns chamam de Afiada) de partido político disposto a qualquer coisa para manter o poder. Vale tudo para manter a militância ativa. E a turma acredita nesse conto da carochinha. Se tivéssemos alguém no comando com o perfil, ideias e práticas de Chavez, Kirchner ou Correa, aí sim. A elite se articularia com os EUA e sua CIA para o tal golpe. Mas, no contexto atual, nada me garante que o próprio governo não seja o aliado dos EUA, dado o caráter dos integrantes de sua base aliada, apoiadores dos articuladores e beneficiários da virada de mesa de 1964.
Rodrigo
A população paraguaia não aparenta ter lá muita saudades do tal Bispo. Não vi nenhum grande protesto em favor do presidente deposto.
Se fosse o contrario, um presidente de direita sendo deposto em tempo recorde por deputados de esquerda, será que alguns daqui também diriam que é golpe?
Gerson Carneiro
Se aconteceu esse golpe durante a Rio+20 imaginem durante a Copa.
Willian
Melhor comentário do ano.
edson
Reação do governo brasileiro já. Ou a democracia é respeitada ou voltamos ao tempo da ditadura. ACORDA DILMA.
assalariado.
Esta é a cara invisível do capital, que se esconde dentro de seu cavalo de troia e suas leis, que são reforçadas a cada golpe, necessários para impor- se contra a sociedade e os explorados da nação. As elites estão mais organizadas do que imaginamos. Não se esqueçam, o governo é apenas um componente do Estado. Quem governa é o Estado, e o Estado é construído e feito, por quem mesmo? Por acaso não seria através do Estado de “justiça e direito” a burguesia organizada, institucionalmente para nos explorar eternamente. Sempre darão golpes via Estado -(nas suas várias faces)-, junto com seus soldados, de forma a não serem percebidos e vistos como os principais agentes dentro deste, via (parlamentos, judiciários, policias enfim,… Preciso dar exemplos? Isto se concretiza através de sua carta magna, que é escrita por quem mesmo? É a legalidade burguesa em ação, é a corda e a caçamba, é a tabelinha capital Estado, Estado capital, e os seus soldados instituídos dentro de suas próprias leis, as leis do Estado burgues. Em resumo, vivemos numa democracia, segundo critérios da ditadura capital.
Ou seja, é o explorador dando a si mesmo a autoridade de nos explorar, se reagirmos, de uma forma ou de outra, a esta “democracia”, tome porradas e golpes de Estado, tudo entro da legalidade do Estado burgues. Pior, funciona direitinho, segundo critérios já pré acertados lá no parlamento das cartas marcadas, e o povo nem percebe. As suas jurisdições são pré estabelecidas dentro do covil e da ordem capitalista. Sim, dentro da “sua casa de leis”. Tudo se transforma no direito de concretizar e estabilizar a ditadura do capital, do deus dinheiro que, anda o tempo inteiro de braços dados com o capeta- lismo e os capeta- listas. Quem são mesmo, as forças conservadoras, aqui e acola? “Decifra- me, ou te devorarei”
Abraços Fraternos.
Ana Cruzzeli
Talvez AGOOOOOOOOOOORA os PURITANOS de esquerda percebam o que a eleição da cidade de São Paulo represente.
Não foi a toa que o Serra fez duas visitas IMPORTANTISSIMAS.
1- Uma na fronteira com a Bolivia e Peru. O Acre é o estado mais frágil para a esquerda e as eleições mostraram isso
2- Uma nos EUA para ¨fazer compras ¨, me engana que eu gosto..
Não foi a toa que o FHC também fez aquelas duas visitas tão estranhas
1- Em 2010 na foz do iguaçu para tramar contra a Dilma, o Lula e o povo brasileiro
2- Mais recentemente na Venezuela
Estamos diante de um cenário de desespero da direita na América Latina, os EUA completamente falidos e a direita perdendo espaço e mais espaço.
Vamos aguardar o que ocorrerá no Paraguai, tenho esperança que o presidente vá até o SUPREMO de seu pais e faça suas intervenções, afinal não havia nada contra ele, mas vamos ver se as MULHERES DO BRASIL percebam do que se trata tomar São Paulo para a esquerda PELOAMORDEDEUS.
P.S. Vê se agora aqueles que estavam contra a associação do BNDES ao Pão de açucar ACORDARAM para o fato que as multinacionais que exploram o solo com sua monocultura pode sim dar GOLPES.
No ano de 2011 a Dilma, o Lula e tantos de esquerda fizeram de tudo para acordar para esse fato, mas não o cara de BAIXA visão não sabe do que se tratava quando a Dilma, NOSSA MULHER DE VISÃO, apoiava a entrada do BNDES junto ao Abilio Diniz.
Os pequenos AGRICULTORES tem que ter um HIPERMERCADO do tipo Pão de açuçar peloamordedeus.
Esse caso do Paraguai é prova inconteste que o Governo Federal mais uma vez estava certo e teve que CEDER aos ¨PURITANOS¨ .
Ah Azenha, nossa sorte que ainda temos homens ( LULA) e mulheres ( DILMA) que sabem que não se pode baixar a guardar, não se pode subestimar a covardia da direita aqui e por todo o lugar.
A FOME DÁ LUCRO SEUS PURITANOS, DÁ MUITO LUCRO e pode propiciar golpes.
P.S.2 Espero que os movimentos campesinos como MST possam fazer a sua parte e pressionar a volta das negociações para a compra do Carrefour.
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/o-arroz-organico-do-mst-no-pao-de-acucar
Se o caso do Paraguai não servir como exemplo eu desisto e vou para um mosteiro meditar. As vezes eu fico pensando na Dilma e no Lula que enxergaram tudo isso há tanto tempo, sabem o que deve ser feito, mas aí esbarram nas bestas pelo caminho.Eu gostaria de ter a paciencia desses dois, acho que devo fazer yoga ou coisa do genero. Essa do Paraguai foi duro demais e nós temos parcela de culpa no que lá está acontecendo.
Oliveira
Já pensaram se o Brasil adotasse o Parlamentarismo? Com estes aliados do governo e nossa oposição? Lula não tinha concluído nem o primeiro mandato e Dilma nem se falava.
ricardo silveira
Se não tivessem imprensa golpista, certamente, não haveria golpe.
Gerson Carneiro
A Direita mostra sua face. Golpe, essa é a cara da Direita.
Lu Witovisk
Só para constar, fui procurar mais noticias sobre o golpe.
Caí num site “daqueles”, so li um titulo: “Para Reinaldo Azevedo destituição de Lugo foi constitucional e democratica”
Essa é a cara da direita mesmo Gerson, em toda a AL.
Gerson Carneiro
E meu “diálogo” com a Christina Lemos (SBT), a partir de uma afirmação dela:
@ChristinaLemos No Paraguai, massacre de sem-terra dá empeachment (sic) de presidente. Quanta diferença!…
@GersonCarneiro: @ChristinaLemos Não foi massacre de sem-terra o motivo. Quem está no Poder agora no Paraguai são os latifundiários. Não distorça os fatos.
@ChristinaLemos: @GersonCarneiro Ah, bom! Obrigada pela dica.
@GersonCarneiro: @ChristinaLemos Precisando, estou aqui.
@GersonCarneiro: @CristinaLemos E não é “empeachment”, tá.
Isso mesmo. Ela disse que o “empeachment” foi em defesa dos sem-terra.
lulipe
Isso é apenas a verdade, cara Lu, queira você ou não.Infelizmente para vocês a Constituição só vale quando em benefício da “esquerda”, não???
Somos tod@s Paraguai! « Viomundo – O que você não vê na mídia
[…] Golpe contra Fernando Lugo é consumado […]
Gerson Carneiro
É mais difícil um divórcio que a deposição de um Presidente eleito pelo povo.
SILOÉ-RJ
Tanto lá como cá a traição está no vice. Como num leilão vence quem der mais.
Wagner
A onda do politicamente correto chegou aos golpes na América do Sul.
Quem diria…um golpe de estado sem tanques e fuzis.
Ary
As últimas palavras do valente presidente: “Pai, eles não sabem o que fazem”.
Ruy Costa
Com a vitória de Sebastián Piñera- atual presidente do Chile- o país da região da antofagasta e do minério de cobre alinhou-se a política de Washington. Dessa forma, o oceano pacífico ficou mais próximo das fronteiras do brasil. Ao mesmo tempo, com a instalação da base militar americana, no principal porto da província de Valparaíso- região chilena-possibilitou as tropas americanas terem livre acesso pelo território andino e, por conseguinte, ocupar uma região estratégica do cone sul.
Com outra variável, agora, em tela: impeachment de Lugo. As fronteiras brasileiras correm sérios perigos; não há dúvidas que precisamos de bases militares efetivas em pontos estratégicos por toda a região oeste do Brasil e, principalmente- pelo decorrer dos fatos- na foz do Iguaçu. A nossa soberania está ameaçada: primeiro com o Chile; agora com o Paraguai. Neste caso, Lupo- “bispo dos pobres”- era presidente de um regime democrático; apoiava os movimentos sociais; buscava a reforma agrária; e aceitou o impeachment, pois, acreditava no Estado de direito. Mesmo não sendo justo. O outro, o Chile, de um governo de esquerda e nacional de Michelle Bachelet, para uma direita neoliberal de Sebastián Piñera. A estratégica-politica de Washington configurou-os como sucursais dos seus interesses. A UNASUL e o MERCOSUL têm, pela frente, um grande obstáculo: como aumentar a área de influência no cone sul, e ao mesmo tempo, salvaguardar a soberania dos países membros, com mais um país sob o jugo ianque.
Nelson Menezes
Nelson Menezes
Isto poderá até ocorrer se o governo da Presidenta Dilma não colocar esta imprensa direitista nos trilhos( usar a constituição),isto ocorreu no Chile tudo que o governo democratico fazia de bom para o povo a imprensa (o PIG ) de la detonava igual aqui no Brasil,agora o povo Chileno está amargando o retrocesso juntamente com o Paraguai
Pedro Henrique
22-06-12 | Política
“Federico Franco no podrá gobernar”
Por Ana Delicado Palacios [email protected]
¿Qué buscan el Partido Colorado y el Liberal con la destitución de Lugo? Infobae América habló con el politólogo italiano Marcello Lachi, que reveló cómo podría jugarles en contra este proceso contra el presidente paraguayo
Marcello Lachi es doctor en Ciencias Políticas de la Universidad de Siena y vive en Paraguay desde 1997. En una entrevista con Infobae América, explicó qué cálculos políticos han hecho el Partido Colorado y el Partido Liberal Auténtico Radical (PLRA) para promover el juicio político contra el presidente Fernando Lugo.
Hay algunos factores que estos dos partidos tradicionales no han tenido en cuenta, lo que podría provocar un cambio político en un país que ahora se asoma a un abismo institucional.
¿Cuáles son los motivos para impulsar un juicio político contra Lugo?
No existen los motivos. Las justificaciones que han dado el Partido Liberal y el Colorado son excusas baratas, pueriles. No tienen sentido porque no vienen motivadas por el accionar del presidente. Si la masacre en Curuguaty fuera una motivación, habrían abierto un juicio político contra el ministro del Interior, en última instancia. Las razones que han dado son ridículas, son un libelo acusatorio. Agitan recortes de diario, opiniones de periodistas, pero no hay pruebas.
¿Por qué los liberales han apoyado el juicio político?
Tienen una manera bruta de hacer política. Saben que el vicepresidente Federico Franco, perteneciente al Partido Liberal, no se va a presentar en abril de 2013 en las elecciones presidenciales, así que pretenden que él se haga cargo del Gobierno en estos meses mientras cooptan el Estado.
Aquí la política no es refinada, los liberales quieren el poder de manera clientelar por un año para ganar así las elecciones. Creen que manejando el Estado y contratando 50.000 nuevos funcionarios pueden ganar los comicios.
¿Qué peligro implica la destitución de Lugo?
De caer Lugo, el resto de los países que conforman la Unasur van a cerrar fronteras con Paraguay y la soberanía de un gobierno liberal se va a limitar a su propio territorio. América Latina no va a permitir cualquier porquería. Tiene que haber un proceso digno. La Unasur actuará en consecuencia.
¿Qué provecho saca el Partido Colorado con el juicio político?
Los colorados son más inteligentes que los liberales y saben que no es suficiente estar un año en el Gobierno para superarlos a ellos, que estuvieron el poder durante 61 años. Los liberales quieren llevar ahora su juego solos, pero esto se les va a volver en contra porque nadie más se va a aliar con ellos.
Ahora harán lo posible para que el gobierno de Franco sea un fracaso. Harán sabotaje interno. Franco será presidente, pero no podrá gobernar. Cuando asumió Lugo, garantizó el trabajo a los funcionarios públicos que estaban, y eso Franco no lo hará. No hay que olvidar que en Paraguay hay 200.000 funcionarios públicos y están muy sindicalizados.
Los colorados encabezan las encuestas de cara a las presidenciales
Sí, y tienen una cosa muy clara. Cuando se han enfrentado en los comicios generales a un solo candidato, han perdido. Pero históricamente ganan siempre, a nivel municipal, gobernativo y presidencia, cuando son tres los candidatos aspirantes.
Para ellos, ya es un éxito haber conseguido romper la alianza gubernamental entre la coalición gobernante (la Alianza Patriótica para el Cambio) y el Partido Liberal. Si la izquierda y los liberales se presentan por separado a unas elecciones, los colorados ganan al menos con el 35% de los votos. El ex presidente Nicanor Duarte (2003-2008), por ejemplo, ganó con el 40 por ciento.
¿Y qué ocurrirá con los liberales?
La destitución de Lugo supondrá el fin del Partido Liberal, porque los conflictos internos que tienen van a socavar el apoyo popular. Serán como el Partido Colorado de Uruguay, que tiene el 15% del respaldo.
¿Qué puede revertir este proceso contra Lugo?
Más que el apoyo popular, es muy importante la presión internacional. Los liberales y los colorados están jugando con fuego, porque la Unasur no va a permitir que hagan lo que quieren. Paraguay depende mucho de las importaciones y exportaciones, y de cerrarse las fronteras, eso los va a afectar muchísimo. Pero a ellos no les importa lo que quiere el pueblo. Representan la clase política tradicional.
¿Y eso que significa?
Que no entienden que cada vez más gente en Paraguay quiere participar en los procesos políticos. Hace cinco años esto no existía, y estos partidos no están acostumbrados a que el pueblo se movilice por iniciativa propia. Aunque todavía no es una tendencia mayoritaria entre los paraguayos, cada vez más sectores están tomando conciencia de lo que significa ser ciudadanos. Eso no significa nada ni para los liberales ni para los colorados, que sólo se acuerdan del electorado cada cinco años.
Destituyan o no a Lugo, esto no va a terminar así. El movimiento popular contra la forma tradicional de hacer política va a crecer cada vez más.
Do Site Argentino Infobae
Marat
Com relação à minha postagem na fala do Maringoni, vejam que a bola de cristal funcionou… apenas Dilma patina, os outros (pessoas firmes e decididas) estão contra o golpe… já já o sátrapa Franco (nome de ditador) vai pedir aos Estrsgos Uniodos, de joelhos, para montarem uma base militar-imperialista naquelas plagas… O mundo liberal/neoliberal tá um verdadeiro lixo. Huxley tinha razão, só errou no sistema… Capitalismo é um câncer!
PedroAurelioZabaleta
Julgamento sumário em 24hs é golpe travestido de institucionalidade.
A história muito recente, na AméricaLatina, registra tentativas de golpe frustradas na Venezuela e Equador, e golpes em Honduras e, hoje, no Paraguai.
Segundo o OperaMundi, os EUA(do Norte), sempre eles, já reconhecem como legítimo presidente do Paraguai, o golpista Franco (nome de ditador). A igreja católica deu a senha para o golpe no Paraguai, ao exigir, ontem, a renúncia de Lugo.
Também hoje, ocorreu motim da polícia civil na Bolívia, com policiais fazendo quebra-quebra, queimando arquivos, equipamentos e instalações. Lembram da tentativa de motim, recentemente ocorrida no Brasil?
Fiquemos atentos para não “embarcar” nas propostas de incautos/ingênuos/inimigosnatrincheira que pretendem ações de caudilho do governo Dilma.
1964 ainda não terminou, e as Instituições ainda são frágeis.
Elias
Assisti à votação. O presidente do senado citava o nome de cada um. 39 senadores(as) disseram: condenação. 4 disseram: absolvição. Um dos 4 acrescentou: “Rejeito veementemente o circo que está sendo montado aqui. Um circo sem pé nem cabeça” Rafael Filizzola. Este resumiu o golpe atípico que aconteceu no país vizinho.
Maria do Carmo Zanini
E o presidente empossado pelo congresso paraguaio se chama Frederico Franco?!?! É piada pronta, isso?
trombeta
Deprimente ver pela televisão aquele teatro macabro.
Bruce Guimarães
Um dos artigos da constituição paraguaia
O Presidente, Vice-Presidente, os ministros Executivo, os ministros do Supremo Tribunal, o Procurador Geral da República, o Provedor de Justiça, Gabinete da Controladoria Geral, a Controladoria e os membros do Tribunal Superior Justiça Eleitoral só pode ser acusado de má conduta no cargo, por crimes cometidos no exercício das suas funções ou por crimes comuns. A acusação será feita pela Câmara dos Deputados, por maioria de dois terços. Correspondem ao Senado por maioria absoluta de dois terços, para julgar em julgamento público aqueles impeachment pela Câmara dos Deputados e, se, condenado, o único propósito de separá-los dos seus cargos, nos casos de alegada prática do crimes, os fatos devem ser para os tribunais comuns
Na câmara 73 x 1 a favor do afastamento do agora ex-presidente Fernando Lugo e no Senado foram 39 x 4. Não vejo nada de golpe, simplesmente seguiram a lei.
Tania Silva
E os 18 dias de prazo previstos para a defesa, cadê???
Se encurtar o processo para menos de 24 horas não é golpe, o que seria golpe? Matar o cara?
Jotace
Caro Bruce Guimarães,
Se você tentar olhar com olhos desapaixonados, sem a cegueira da direita-fascista, vai inferir da chicana jurídica, nova modalidade do esquema que se adota para os governos ‘recalcitrantes’ ou sejam os independentes – ou que o queiram ser- da América do Sul e do Caribe. Cordial abraço, Jotace
Bruce Guimarães
Se você analizar o caso sem o olhar de esquerdista tosco, vai perceber que no mundo democrático o político sobrevive de alianças. E esse impeachment do ex-presidente paraguaio me lembrou o Fernando Collor que virou as costas para o Congresso e teve que deixar a presidência, com um detalhe, nessa época as esquerdas apoiaram o “golpe”.
Moacir Moreira
Interessante observar que as nossas assim chamadas esquerdas só faltaram linchar o então governador do RJ Leonel Brizola por aliar-se a Collor que começou a construir CIEPS pelo Brasil afora, fato inaceitável para o Sistema Veja-Globo, que, com o apoio dos tais “caras pintadas”, promoveu o impeachment de um presidente que, bem ou mal, foi eleito pelo povo.
O Sistema Veja-Globo pretendeu mostrar ao mundo que coloca presidente e também tira.
Hoje essa mesma esquerda alia-se ao companheiro Paulo Maluf e à direita mais nefasta e reacionária possível alegando que é estratégia política, para evitar um golpe contra a dona Dilma e, antes, do sr. Lula, pois é preciso ter apoio do Congresso, ao contrário do que agora ocorre no Paraguai.
Dois pesos e duas medidas, portanto.
E o povo que se exploda.
Vamos ver se a dona Dilma terá a firmeza e a coragem da Cristina Kirchener, entre outros grandes líderes da AL, na condenação desse verdadeiro atentado terrorista contra a Democracia e a República.
Estou aguardando.
Iuri
Olá,
o blog pode ajudar a divulgar, por favor?
Grato
http://www.facebook.com/events/333392500071976/
smilinguido
mas não tem um samba do eleitor doido aí não???? como elege um presidente que esquerda e um congresso de direita?
José
A Assembléia legislativa paulista deve instaurar processo de impeachment contra o governador Alckmin pelas graves violações aos direitos humanos ocorridas na cracolandia e no pinheirinho.
35 PMs já foram assassinados em São Paulo em 2012.
Transporte público então, nossa senhora…
Não há blindagem da midia que resista a tantos descalabros.
E ai algozes do presidente paraguaio, vamos nessa?
Aonde vcs estavam quando FHC alterou a constituição no final do primeiro
mandato para reeleger-se comprando votos de parlamentares?
Wagner
O que uns M-16s nas mãos do campesinato não faz.
Se no conflito tivessem morrido apenas sem-terra, ninguém tava nem aí
neopartisan
Franco e os franquistas paraguaios devem ser isolados pela UNASUL.
Jair Orichio Junior
Pode-se perceber quanto de democracia existe na mírdia brasileira, através do resultado que essa mesma mírdia deu, durante o dia, não informando o que ocorria, on line no Paraguay.
O que se pode esperar dessa mírdia que escolhe lado, facilmente.
Já imaginaram na Venezuela ou no Peru a esquerda derrubando o governo, o que a GLOBO E A VEJA NÃO FARIAM?
Paciente
Tomara que o novo presidente tenha um pacotinho de velas…
O Brasil bem poderia passar a fazer os pagamentos sobre Itaipu em juízo, né não?
Quanto ao já ex-presidente, sugiro que ele deixe de ser besta e deixe LUGO o país. Esses esquerdistas de Igreja (vide PT) ficam lendo Bíblia ao invés de ler Maquiavel e vivem se estrepando.
No mais, Lugo se candidata daqui a oito meses, depois do país comer o pão que o diabo amassou com o isolamento… e ganha!
Henri
Esqueçam a Bomba. O presidente FHC assinou o TNP, renunciando a nossa soberania militar. O Brasil está na mira dos EUA, cercando pelo Pacífico (Chile, Colômbia, Peru!) e pelo Atlântico (frota naval, não reconhecimento do mar territorial do Brasil e portanto do nosso Pré-Sal). Precisamos expulsar a USAID golpista dos países democráticos da América Latina. A ONU está descobrindo (só agora!) que os massacres de Houla na Síria foram feitos por terroristas financiados pela Arábia Saudita e pelos… EUA! E ainda puseram a culpa no governo de Assad.
Andrade, Amaury
Monsanto golpea en Paraguay: Los muertos de Curuguaty y el juicio político a Lugo.
por Idilio Méndez Grimaldi (*)
Quienes están detrás de esta trama tan siniestra? Los propulsores de una ideología que promueven el máximo beneficio económico a cualquier precio y cuanto más, mejor, ahora y en el futuro.
El viernes 15 de junio de 2012, un grupo de policías que iba a cumplir una orden de desalojo en el departamento de Canindeyú en la frontera con Brasil, fue emboscado por francotiradores, mezclados con campesinos que reclamaban tierras para sobrevivir. La orden fue dada por un juez y una fiscala para proteger a un latifundista. Como resultado se tuvo 17 muertos; 6 policías y 11 campesinos y decenas de heridos graves. Las consecuencias: El laxo y timorato gobierno de Fernando Lugo quedó con debilidad ascendente y extrema, cada vez más derechizado, a punto de ser llevado a juicio político por un Congreso dominado por la derecha; duro revés a la izquierda, a las organizaciones sociales y campesinas, acusadas por la oligarquía terrateniente de instigar a los campesinos; avance del agronegocio extractivista de manos de las transnacionales como Monsanto, mediante la persecución a los campesinos y el arrebato de sus tierras y, finalmente, la instalación de una cómoda platea para la los oligarcas y los partidos de derecha para su retorno triunfal en las elecciones de 2013 al Poder Ejecutivo.
El 21 de octubre de 2011, el Ministerio de Agricultura y Ganadería, dirigido por el liberal Enzo Cardozo, liberó ilegalmente la semilla de algodón transgénico Bollgard BT de la compañía norteamericana de biotecnología Monsanto, para su siembra comercial en Paraguay. Las protestas campesinas y de organizaciones ambientalistas no se dejaron esperar. El gen de este algodón está mezclado con el gen del Bacillus Thurigensis, una bacteria tóxica que mata a algunas plagas del algodón, como las larvas del picudo, un coleóptero que oviposita en el capullo del textil.
El Servicio de Nacional de Calidad y Sanidad Vegetal y de Semillas, SENAVE, otra institución del Estado paraguayo, dirigido por Miguel Lovera, no inscribió dicha semilla transgénica en los registros de cultivares, por carecer de los dictámenes del Ministerio de Salud y de la Secretaría del Ambiente, tal como exige la legislación.
Campaña mediática
Durante los meses posteriores, Monsanto, a través de la Unión de Gremios de Producción, UGP, estrechamente ligada al Grupo Zuccolillo, que publica el diario ABC Color, arremetió contra SENAVE y su presidente por no inscribir la semilla transgénica de Monsanto para su uso comercial en todo el país.
La cuenta regresiva decisiva pareció haberse dado con una nueva denuncia por parte de una seudosindicalista del SENAVE, de nombre Silvia Martínez, quien acusó el 7 de junio pasado a Lovera de corrupción y nepotismo en la institución que dirige, a través de ABC Color. Martínez es esposa de Roberto Cáceres, representante técnico de varias empresas agrícolas, entre ellas Agrosán, recientemente adquirida por 120 millones de dólares por Syngenta, otra transnacional, todas socias de la UGP.
Al día siguiente, viernes 8 de junio, la UGP publica en ABC a seis columnas: “Los 12 argumentos para destituir a Lovera” (1). Estos presuntos argumentos fueron presentados al vicepresidente de la República, correligionario del ministro de Agricultura, el liberal Federico Franco, quien en ese momento se desempeñaba como presidente de Paraguay en ausencia de Lugo, de viaje por Asia.
El viernes 15 del corriente mes, en ocasión a una exposición anual organizada por el Ministerio de Agricultura y Ganadería, el ministro Enzo Cardozo dejo escapar un comentario ante la prensa que un supuesto grupo de inversores de la India, del sector de los agroquímicos, canceló un proyecto de inversión en Paraguay por la presunta corrupción en SENAVE. Nunca aclaro de qué grupo se trataba. En esas horas de aquel día se registraban los trágicos sucesos de Curuguaty.
En el marco de esta exposición preparada por el citado ministerio, la transnacional Monsanto presentó otra variedad de algodón, doblemente transgénico: BT y RR o Resistente al Roundup, un herbicida fabricado y patentado por Monsanto. La pretensión de la transnacional norteamericana es la inscripción en Paraguay de esta semilla transgénica, tal como ya ocurrió en la Argentina y otros países del mundo.
Previamente a estos hechos, el diario ABC Color denunció sistemáticamente por presuntos hechos de corrupción a la ministra de Salud, Esperanza Martínez y al ministro del Ambiente, Oscar Rivas, dos funcionarios que no dieron su dictamen favorable a Monsanto.
Monsanto facturó el año pasado 30 millones de dólares, libre de impuestos, (porque no declara esta parte de su renta) solamente en concepto de royalties por el uso de semillas transgénicas de soja en Paraguay. Independiente, Monsanto factura por la venta de las semillas transgénicas. Toda la soja cultivada es transgénica en una extensión cercana a los tres millones de hectáreas, con una producción en torno a los 7 millones de toneladas en el 2010.
Por otro lado, en la Cámara de Diputados ya se aprobó en general el proyecto de Ley de Bioseguridad, que contempla crear una dirección de bioseguridad a cargo del Ministerio de Agricultura, con amplia potestad para la aprobación para su cultivo comercial de todas las semillas transgénicas, ya sean de soja, maíz, arroz, algodón y algunas hortalizas. Este proyecto de ley contempla la eliminación de la Comisión de Bioseguridad actual, que es un ente colegiado de funcionarios técnicos del Estado paraguayo.
En tanto transcurrían todos estos acontecimientos, la UGP viene preparando un acto de protesta nacional contra el gobierno de Fernando Lugo para el 25 de junio próximo. Se trata de una manifestación con maquinarias agrícolas, cerrando medias calzadas de las rutas en distintos puntos del país. Una de las reivindicaciones del denominado “tractorazo” es la destitución de Miguel Lovera del SENAVE, así como la liberalización de todas las semillas transgénicas para su cultivo comercial.
Las conexiones
La UGP está dirigida por Héctor Cristaldo, apoyado por otros apóstoles como Ramón Sánchez – quien tiene negocios con el sector de los agroquímicos – entre otros agentes de las transnacionales del agronegocio. Cristaldo integra el staff de varias empresas del Grupo Zuccolillo, cuyo principal accionista es Aldo Zuccolillo, director propietario del diario ABC Color desde su fundación bajo el régimen de Stroessner, en 1967. Zuccolillo es dirigente de la Sociedad Interamericana de Prensa, SIP.
El Grupo Zuccolillo es socio principal en Paraguay de Cargill, una de las transnacionales más grandes del agronegocio en el mundo. La sociedad construyó uno de los puertos graneleros más importante del Paraguay, denominado Puerto Unión, a 500 metros de la toma de agua de la empresa aguatera del Estado paraguayo, sobre el Río Paraguay, sin ninguna restricción.
Las transnacionales del agronegocio en Paraguay prácticamente no pagan impuestos, mediante la férrea protección que tienen en el Congreso, dominado por la derecha. La presión tributaria en Paraguay es apenas del 13% sobre el PIB. El 60 % del impuesto recaudado por el Estado paraguayo es el Impuesto al Valor Agregado, IVA. Los latifundistas no pagan impuestos. El impuesto Inmobiliario representa apenas el 0,04% de la presión tributaria, unos 5 millones de dólares, según un estudio del Banco Mundial (2) aún cuando el agronegocio produce rentas en torno al 30 % del PIB, que representan unos 6.000 millones de dólares anuales.
Paraguay es uno de los países más desiguales del mundo. El 85 por ciento de las tierras, unas 30 millones de hectáreas, está en manos del 2 por ciento de propietarios (3) que se dedican a la producción meramente extractivista o en el peor de los casos a la especulación sobre la tierra.
La mayoría de estos oligarcas poseen mansiones en Punta del Este o Miami y tienen estrechas relaciones con las transnacionales del sector financiero, que guardan sus bienes mal habidos en los paraísos fiscales o le facilitan inversiones en el extranjero. Todos ellos, de alguna u otra manera, están ligados al agronegocio y dominan el espectro político nacional, con amplias influencias en los tres poderes del Estado. Allí reina la UGP, apoyada por las transnacionales del sector financiero y del agronegocio.
Los hechos de Curuguaty
Curuguaty es una ciudad ubicada al este de la Región Oriental del Paraguay, a unos 200 km de Asunción, capital del Paraguay. A unos kilómetros de Curuguaty se halla la estancia Morombí, propiedad del terrateniente Blas Riquelme, con más de 70 mil hectáreas en ese lugar. Riquelme proviene de la entraña de la dictadura de Stroessner (1954-1989) bajo cuyo régimen amasó una inmensa fortuna, aliado al general Andrés Rodríguez, quien ejecutó el golpe de Estado que derrocó al dictador Stroessner. Riquelme, que fue presidente del Partido Colorado por muchos años y senador de la República, dueño de varios supermercados y establecimientos ganaderos, se apropió mediante subterfugios legales de unas 2.000 hectáreas, aproximadamente, que pertenecen al Estado paraguayo.
Esta parcela fue ocupada por los campesinos sin tierras que venían solicitando al gobierno de Fernando Lugo su distribución. Un juez y una fiscala ordenaron el desalojo de los campesinos, a través del Grupo Especial de Operaciones, GEO, de la Policía Nacional, cuyos miembros de élite en su mayoría fueron entrenados en Colombia, bajo el gobierno de Uribe, para la lucha contrainsurgente.
Sólo un sabotaje interno dentro de los cuadros de inteligencia de la Policía, con la complicidad de la Fiscalía, explica la emboscada, en la cual murieron 6 policías. No se comprende cómo policías altamente entrenados, en el marco del Plan Colombia, pudieron caer fácilmente en una supuesta trampa tendida por campesinos, como quiere hacer creer la prensa dominada por los oligarcas. Sus camaradas reaccionaron y acribillaron a los campesinos, matando a 11, quedando unos 50 heridos. Entre los policías muertos estaba el jefe del GEO, comisario Erven Lovera, hermano del teniente coronel Alcides Lovera, jefe de seguridad del presidente Lugo.
El plan consiste en criminalizar, llevar hasta el odio extremo, a todas las organizaciones campesinas, para empujar a los campesinos a abandonar el campo para el uso exclusivo del agronegocio. Es un proceso lento, doloroso, de descampesinización del campo paraguayo, que atenta directamente contra la soberanía alimentaria, la cultura alimentaria del pueblo paraguayo, por ser los campesinos productores y recreadores ancestrales de toda la cultura guaraní.
Tanto la Fiscalía o Ministerio Público, como el Poder Judicial y la Policía Nacional, así como diversos organismos del Estado paraguayo, están controlados mediante convenios de cooperación por USAID, la agencia de cooperación de los Estados Unidos.
El asesinato del hermano del jefe de seguridad del presidente de la República obviamente es un mensaje directo a Fernando Lugo, cuya cabeza sería el próximo objetivo, probablemente a través de un juicio político, quien derechizó más su gobierno tratando de calmar a los oligarcas. Lo ocurrido en Curuguaty tumbó a Carlos Filizzola del Ministerio del Interior y fue nombrado en su reemplazo a Rubén Candia Amarilla, proveniente del opositor Partido Colorado, al cual Lugo lo derrotó en las urnas en el 2008, luego de 60 años de dictadura colorada, incluyendo la tiranía de Alfredo Stroessner.
Candia fue ministro de Justicia del gobierno colorado de Nicanor Duarte (2003-2008) y se desempeñó como fiscal general del Estado por un periodo, hasta el año pasado, cuando fue reemplazado por otro colorado, Javier Díaz Verón, a instancia del propio Lugo. Candia es acusado de haber promovido la represión a dirigentes de organizaciones campesinas y de movimientos populares. Su nominación a Fiscal General del Estado en el 2005 fue aprobado por el entonces embajador de los Estados Unidos, Jhon F. Keen. Candia fue responsable de un mayor control por parte de USAID del Ministerio Público y fue acusado en los inicios de su gobierno por Fernando Lugo de conspirar en su contra para quitarlo del gobierno.
Tras asumir como el ministro político de Lugo, lo primero que anunció Candia fue la eliminación del protocolo de diálogo con los campesinos que invaden propiedades. El mensaje es que no habrá conversación, sino simplemente la aplicación de la ley, lo que significa emplear la fuerza policial represiva sin contemplación.
Dos días después de asumir Candia Amarilla, los miembros de la UGP, encabezado por Héctor Cristaldo, ya visitaron al flamante ministro del Interior, a quien solicitaron garantías para la realización del denominado tractorazo. Sin embargo, Cristaldo dijo que la medida de fuerza puede ser suspendida en caso de nuevas señales favorables para la UGP (léase liberación de las semillas transgénicas de Monsanto, destitución de Lovera y otros ministros, entre otras ventajas para el gran capital y los oligarcas) derechizando aun más el gobierno.
Cristaldo es precandidato a diputado para las elecciones de 2013 por un movimiento interno del Partido Colorado, liderado por Horacio Cartes, un empresario investigado en el pasado reciente por Estados Unidos por lavado de dinero y narcotráfico, según el propio diario ABC Color, que se hizo eco de varios cables del Departamento de Estado de USA, publicado por WikiLeaks, entre ellos uno que aludía directamente a Cartes, el 15 de noviembre de 2011.
Juicio político a Lugo
En las últimas horas, mientras se redactaba esta crónica, la UGP, (4) algunos integrantes del Partido Colorado y los propios integrantes del Partido Liberal Radical Auténtico, PLRA, dirigido por el senador Blas Llano y aliado del gobierno, amenazan con un juicio político Fernando Lugo para destituirlo como presidente de la República del Paraguay.
Lugo depende del humor de los colorados para seguir como presidente de la República, así como de sus aliados liberales, que ahora lo amenazan con juicio político, con seguridad buscando más espacios de poder (dinero) como prenda de paz. El Partido Colorado, aliado a otros partidos minoritarios de la oposición, tiene la mayoría necesaria como para destituir al presidente de sus funciones.
Quizás se esperan “las señales favorables” de Lugo que la UGP – en nombre de la Monsanto, la patria financiera y los oligarcas – está exigiendo al gobierno. Caso contrario, se estaría pasando a una siguiente fase de los planes de copamiento de este gobierno que nació como progresista y lentamente va terminando como conservador, controlado por los poderes fácticos.
Entre algunos de sus haberes, Lugo es responsable de la aprobación de la Ley Antiterrorista, propiciada por Estados Unidos en todo el mundo después del 11 S. Autorizó en 2010 la implementación de la Iniciativa Zona Norte, consistente en la instalación y despliegue de tropas y civiles norteamericanos en el norte de la Región Oriental – en las narices del Brasil – supuestamente para desarrollar actividades a favor de las comunidades campesinas.
El Frente Guazú, coalición de las izquierdas que apoya a Lugo, no logra unificar su discurso, y sus integrantes pierden la perspectiva en el análisis del poder real, cayendo en los juegos electoralistas inmediatistas. Infiltrados por USAID, muchos integrantes del Frente Guazú que participan en la administración del Estado, sucumben ante los cantos de sirena del consumismo galopante del neoliberalismo. Se corrompen hasta los tuétanos y en la práctica se convierten en émulos vanidosos de engreídos ricos que integraban los recientes gobiernos del derechista Partido Colorado.
Curuguaty también engloba un mensaje para la región, especialmente para Brasil, en cuya frontera se producen estos hechos sangrientos, claramente dirigidos por los amos de la guerra, cuyos teatros de operaciones se pueden observar en Irak, Libia, Afganistán y ahora Siria. Brasil está construyendo hegemonía mundial junto a Rusia, India y China, denominado BRIC. Sin embargo, Estados Unidos no ceja en su poder de persuasión al gigante de Sudamérica. Ya está en marcha el nuevo eje comercial integrado por México, Panamá, Colombia, Perú y Chile. Es un muro de contención a los deseos expansionistas del Brasil hacia el Pacífico.
Mientras, Washington sigue con su ofensiva diplomática en Brasilia, tratando de convencer al gobierno de Dilma Rousseff a estrechar vínculos comerciales, tecnológicos y militares. Entre tanto, la IV Flota de los Estados Unidos, reactivada hace unos años después de estar fuera de
servicio apenas culminó la Segunda Guerra Mundial, vigila todo el Atlántico Sur, en carácter de otro cerco al Brasil por si no comprendiese la persuasión diplomática.
Y Paraguay es un país en disputa entre ambos países hegemónicos, dominado aun ampliamente por USA. Por eso lo de Curuguaty es también una pequeña señal para Brasil, en el sentido que el Paraguay puede convertirse en un polvorín que quebrantará el desarrollo del suroeste del Brasil.
Pero por sobre todo, los muertos de Curuguaty es una señal del capital, del gran capital, del extractivismo expoliador, que asuela el Planeta y aplasta la vida en todos los rincones de la Tierra en nombre de la civilización y el desarrollo. Por fortuna, los pueblos del mundo también van dando respuestas a estas señales de la muerte, con señales de resistencia, con señales de dignidad y de respeto a todas formas de vida en el Planeta.
Jnascimento
É fácil encontrar semelhanças entre o ocorrido hoje no Paraguay,o que tentaram fazer com Hugo Chávez na Venezuela e Rafael Correa no Equador.
É fácil dissimular e dizer que trata-se de um fato isolado.
sabemos das investidas contra as pequenas conquistas sociais,e quem as tenta implantar.
O ex Presidente Lula teria sido removido do cargo se a oposição tivesse um pouquinho mais força.
Renato
Cadê a caterva “democrática” do PSDB para protestar contra o golpe? Nem durante o período do terror, durante a Revolução Francesa o direito de defesa foi tão cerceado. O pobre povo paraguaio continuará como sempre esteve: na miséria e sem ter representação nos poderes constituídos. Espero que o Exército do Povo Paraguaio desencadeie ações contra a elite apodrecida que tomou de assalto o poder. É preciso lembrar que a imprensa, os empresários, a classe média, amplos setores da Igreja Católica na América Latina, sempre estiveram a serviço dos fascistas de todos os quilates. Salve Fidel que em Cuba soube jogá-los na lata de lixo da História. Chaves, Morales e Correia estão no caminho certo.
Apavorado por Vírus e Bactérias
A Igreja Católica sempre ao lado dos mais poderosos.
E Paraguai volta ao patamar de Republiqueta Golpista, dominada pela direita católica altamente corrupta, alicerçada pelos Ianques.
E nós brasileiros temos que nos cuidar. Temos que montar uma base militar bem próxima à Hidrelétrica de Itaipú, protegendo a Usina.
João Paulo Ferreira de Assis
Isto não me estranha nem um pouco. Tempos atrás eu estava num arquivo histórico pertencente à Igreja Católica. Achei o casamento dos 5° avós do Aécio Neves, realizado em Baependi e registrado em livro de Barbacena. O Diretor do Arquivo, um padre, me fez copiar o assento todo, para poder dar de presente.
Luc
Paraguai agora:
http://www.telesurtv.net/el-canal/senal-en-vivo
E. S. Fernandes
É bom a esquerda do Brasil pôr as barbas de molho.
Nossa direita tem o “entreguismo” em seu DNA, como a paraguaia.
Já existe uma base americana no Chaco daquele país. Daqui a pouco constroem outra do lado da Itaipu ou de Cidade de Leste, a 20 minutos de capitais brasileiras.
Dilma, mude a constituição:
Bomba atômica resolve este probleminha de cerco ao Brasil. De quebra já ganhamos um acento no Conselho de Segurança da ONU, embora, particularmente, que se dane esta instituição.
O mundo, infelizmente, não é um lugar seguro e agradável de se viver.
Querem nos reduzir a escravidão, temos de resistir!
Sempre foi assim.
E. S. Fernandes
Em tempo: temos de mudar a constituição e construir a bomba por puro instinto primitivo de conservação.
Wagner
Essas coisas têm que ser feitas em sigilo senão os EUA nos impedem.
Tem que fabricar em segredo. Depois, bater o p#^W na mesa e começar a negociar em outros termos…
edson
A pergunta:
O Brasil deve rever os incentivos da Itaipu após a quebra da democracia no Paraguai? O Brasil deve rever a questão de Foz do Iguaçú após a quebra da democracia no Paraguai? Os brasileiros deveriam fazer protestos em Foz do Iguaçu, impedindo a passagem de veículos e pessoas por 24 horas? Já estamos amadurecidos democraticamente o suficiente para isso?
renato
Me contem, onde está os Estados Unidos neste golpe??
Ou não tem nada a ver…
Lu Witovisk
AHAHAHAHAHA ta no minimo no ideario das oligarquias paraguaias… NO MINIMO.
O JUIZ
Tem sim amigo Renato.
A Hilary, acabou de dizer que está muito preocupada com o golpe.
É a forma velada Yankee de dizer parabéns à direita golpista.
O Embaixador FHC deverá ir para a posse do novo Presidente.
PedroAurelioZabaleta
No lugar de sempre: nos bastidores do golpe.
Sabe por que nunca houve um golpe de estado nos EUA(do Norte)?
Porque lá não existe embaixada dos EUA(do Norte).
PedroAurelioZabaleta
Segundo o OperaMundi os EUA(do Norte) já reconheceram como legítimo o “processo” de impeachment do Presidente Lugo no senado Paraguaio.
Renato M
Que pena que tenhamos o mesmo nome. Pena porque você é um inocente útil à serviço da direita fascista. Leia um pouco mais sobre a História da América Latina daí você entenderá como presidentes tem sido depostos em nosso continente. Se quiser possa indicar uma bibliografia… Lógico começando com algo bem introdutório, pois você ainda está num estágio primitivo.
Gerson Carneiro
“Tudo se discute nesse mundo. Menos a Democracia” – José Saramago
http://www.youtube.com/watch?v=vgwODMEB1TM
Fabio Passos
Golpe!
O processo acelerado temendo a reação popular e passando por cima da constituição não deixa a menor dúvida.
São as oligarquias corruptas e atrasadas da América Latina mais uma vez sabotando a democracia.
Tem de haver reação.
Lu Witovisk
Reação imediata dos governos e nas ruas, gritaria geral na America do Sul.
Jotace
Caro LU Witovisk,
A Unraelyc (Unión de Radios Públicas de América Latina y el Caribe) já passou a irradiar informando sobre o golpe. Está emprestando sua solidariedade ao povo e ao Governo destituído do Paraguai, e esclarece das razões que fundamentaram a suposta destituição. Por oportuno, para que outros tomem conhecimento, aqui lembro que o rádio é ainda o principal veículo de informação para os excluídos que vivem em toda a região que a Unraelyc envolve e assim terá um importante papel na mobilização que já deve estar ocorrendo. Aguardemos ainda o que a Unasul deve certamente fazer! Cordial abraço, Jotace
Taques
Lugo foi eleito democraticamente e foi destituído por deputados e senadores também eleitos democraticamente.
Collor idem. Qual a diferenca?
Os deputados petistas, por exemplo, que cassaram Collor eram golpistas?
A constituicão paraguaia preve a perda do mandato por inépcia e convenhamos, o bispo sempre foi um zero à esquerda.
Joaquim
O Collor passou por um processo legal com tempo para argumentar. As provas contra o Collor foram consistentes. A do Lugo não tem sustentação. Somente a cegueira de um imbecil pode argumentar sem argumentos.
Cristiana Castro
não adianta Joaquim, eles não querem entender que impeachment é um PROCESSO e não um rito sumário. Golpista é golpista e justifica o golpe de qq maneira. Hoje a Globonews saiu com o seguinte: pelo menos, foi tudo democrático, a tal de Leilane e, depois, ela mesma, perguntando a um correspondente que avisava que o senado estava cercado: Mas será que não tem uma porta dos fundos para ele ( Franco ) poder entrar??????? Como vc vê, para golpistas, sempre há uma saída ( ou entrada ) nem que seja, ou melhor, se for, pela porta dos fundos.
lulipe
Meu caro Joaquim, qual o sentido em protelar o que já estava consumado, ou você acha que o Lugo poderia governar com praticamente todo o Congresso contra ele???Não seja ingênuo….
AlvaroTadeu
Um presidente eleito diretamente pelo povo foi apeado do poder através de um golpe legislativo, totalmente ilegal. É bom lembrar que em abril de 1964, o presidente do Senado Federal do Brasil, latifundiário e golpista de primeira hora, Auro de Moura Andrade, declarou a Presidência da República vaga, pois João Goulart viajara para Porto Alegre, onde tinha sua base política, para se defender do golpe. Auro dizia que Jango estava em “lugar incerto e não sabido”. Imediatamente, o Presidente da Câmara Federal, Ranieri Mazzilli, representante dos golpistas, assumiu a presidência, tudo “dentro da legalidade democrática”, mas a Constituição de 1946 foi ignorada pelos facínoras. Sem quorum legal e totalmente fora da lei, o Congresso Nacional emendou a Constituição, criou uma eleição indireta para escolher um presidente que terminasse o mandato de Goulart. Quem foi “eleito” (nem era filiado a partido político no dia do golpe)foi o bandido Humberto de Alencar Castello Branco, que era general, comandante do IV Exército, sediado no Recife, onde, em vez de defender a Constituição, tratou de estuprá-la. Foi “promovido” para Marechal e governou o país dentro de uma visão hitlerista. Tudo “dentro da lei”, igualzinho estão fazendo hoje no Paraguai. Se esse crime vingar, poderemos ser os próximos, já que durante o governo Lula houve pelo menos três tentativas de golpe.
Bruce Guimarães
Quando foi as três tentativas de golpe no governo Lula?
Gerson Carneiro
O Paraguai acaba de provar que parlamentares não representam o povo.
Taques
E aí o quê você sugere? Fechamento? Geisel adorava esta idéia …
Onda Vermelha
Taques
O Lugo foi destituído do poder em “apenas 24hs”! Vc acredita realmente que esse processo foi transparente dando ao Presidente democratimente eleito duas horas para realizar sua defesa? Respeitou o Devido Processo Legal? Ampla Defesa? Vc acredita realmente que qualquer daqueles parlamentares, deputados ou senadores destituiriam um de seus pares por “fraco desempenho de suas funções”? Só mesmo um cínico respoderia “sim” a estes questionamentos. O que fez com que a elite paraguaia levasse a toque de caixa esse “Golpe Parlamentar” foi o temor da realização de uma Reforma Agrária!
Nós já vimos esse filme por aqui 1964 com as Ligas Componesas e não terminou bem…
E assim caminha a pobre América Latina…
É uma pena que ainda existam pessoas por aqui que não tenham aprendido com a própria história…
Gerson Carneiro
Reforma Política. Parlamentares não deveriam ser mais que homologadores das decisões do povo. Não deveriam por exemplo, deter o poder de votar o aumento dos próprios salários. E nem deixar de votar o orçamento, ou paralisar a pauta, por simples birra.
Fábio
Que tal começarmos a pensar em outro modelo que não seja a democracia representativa?
Reinaldo
Recomendo Eleições democraticas
Jotace
Hahaha…Estás, caro Fábio, a insinuar uma ditadurazinha como aquela do inesquecível Pinochet? Ou a que tivemos com o golpe do Primeiro de Abril? Ou algo como a que vige na Arábia Saudita? Ou dos governos hipócritas como o do Japão? De minha parte vejo como única alternativa à democracia (representativa) que ainda temos, a democracia participativa e protagônica, pois é aquela que dá direito a todas as pessoas. Jotace
Ivonete
Que falta respeito ao povo paraguaio! O congresso paraguaio acaba de decretar que o cidadão paraguaio não tem nenhuma importância e que as instituições do país são mais que nada. O congresso nacional do Paraguai está envergonhando o seu povo, está dizendo ao mundo que o cidadão paraguaio é uma questão menor. LAMENTÁVEL!
Carlos
Artigo 225 da Constituição do país, que trata justamente do impedimento do presidente por mau desempenho? Vamos a ele:
El Presidente de la República, el Vicepresidente, los ministros del Poder Ejecutivo, los ministros de la Corte Suprema de Justicia, el Fiscal General del Estado, el Defensor del Pueblo, el Contralor General de la República, el Subcontralor y los integrantes del Tribunal Superior de Justicia Electoral, sólo podrán ser sometidos a juicio político por mal desempeño de sus funciones, por delitos cometidos en el ejercicio de sus cargos o por delitos comunes.
La acusación será formulada por la Cámara de Diputados, por mayoría de dos tercios. Corresponderá a la Cámara de Senadores, por mayoría absoluta de dos tercios, juzgar en juicio público a los acusados por la Cámara de Diputados y, en caso, declararlos culpables, al sólo efecto de separarlos de sus cargos, En los casos de supuesta comisión de delitos, se pasarán los antecedentes a la justicia ordinaria.
Malaio
Esse Partido Colorado deve ser o PT deles, o único Partido que sempre foi golpista no Brasil todo mundo sabe qual é. Tancredo, Constituição Federal de 88, Sarney, Collor, Itamar, Plano Real, Lei de Responsabilidade Fiscal, PROER, Bolsa Escola, Fernando Henrique, em todas essas oportunidade e contra essas pessoas o PT sempre tentou dar o golpe.
Ahh que inveja do Paraguai….
Lu Witovisk
Volta pra caverna, Troll… inveja do Paraguai?? Ahhh ta, vc é daqueles que defendem o regime democratico brasileiro de 1964 a 1985.
Andrade, Amaury
Ôôôôôôôôôôô!!!!! LACAIO. Você lacaio,não entende nada liberdade e respeito, ademais não se caça uma presidente de qualquer república sem um julgamento justo e honesto.
E aqui ô lacaio estamos falando de INSTITUIÇÕES DEMOCRATICAS, e não de golpistas, não tenho dúvidas de que seu pensamento no mínimo é de um merda. Seu colonizado de bosta. trol safado. que faz por aqui? PS.: Tenho su IP.
Joaquim
Acredito que seja um torturador da ditatura militar. Se apresente medroso. Não se esconda covarde, por meio de identidade falsa.
Julio Silveira
Agora é esperar a base Americana.
Lucas Cardoso
Tenho simpatia com o Lugo, mas não estou tão certo de que o impeachment constitui golpe (isto é, quebra da norma republicana). É óbvio que foi politicamente motivado, mas afinal, todo impeachment é politicamente motivado. A questão é o que acontecerá a partir de agora. Haverão novas eleições? O vice assume? Quem é o vice do Lugo?
Beto Lima
“Totalmente isolado, Lugo não teve apoio da Igreja Católica. Os bispos do país pediram ontem a renuncia do presidente “pelo bem do país” e para evitar atos de violência. “Falamos com muita sinceridade e franqueza para pedir que renuncie ao cargo e acabe com esta tensão”, disse o bispo Claudio Giménez, secretário-geral da Conferência Episcopal Paraguaia (CEP), após se encontrar com o mandatário.”
A Igreja Católica sempre de mãos dadas com o DIABO”USA””
lOGO SERÁ A VEZ DO BRASIl… alguém duvida???
Lucas
Lá no Paraguai, estava havendo enfrentamento às elites agrárias.
Aqui no Brasil, para dar um exemplo, tem ruralista na base de apoio ao governo. Podem dizer que o governo é muito sábio por ter tantos apoios, mas a verdade é que os apoios são dados em troca do não enfrentamento.
Lugo mexeu com as elites agrárias e seus interesses. Aqui o governo cooptou esse segmento, deixando seus interesses intactos. Para quê golpe?
Taques
Eu duvido!
Não sou ingênuo a ponto de enxergar “golpismo” em qualquer ato contrário as minhas conviccões.
Lugo foi eleito democraticamente e foi destituído por deputados e senadores também eleitos democraticamente. Collor idem. Qual a diferenca? Os deputados petistas que cassaram Collor eram golpistas?
Ildefonso Murillo
Que tipo de cidadão é esse que levanta essa semelhança como possibilidade?
É de se esperar de um cidadão consciente de seus direitos e obrigações que compreenda as nossas diferenças e, mesmo que não as entenda, que considere de pronto inaceitavel qualquer tentativa de golpe simplesmente porque é inaceitável e eu acredito em mim e no povo que sairá às ruas e não exitará e derramar seu sangue se seu pais for ameaçãdo!!!
Lu Witovisk
O PIG aliado a direita aqui no Brasil dita a agenda politica, milhares ainda repetem o que a Globo manda, eu nao confiaria muito na massa popular nas ruas para defender um governo massacrado não.
Lógico que com o andar da carruagem hj, a Dilma com aceitação alta, da pra ver que o PIG não esta conseguindo obter sucesso no golpe, mas não respiraria aliviadissima não.
Beto Lima
Que cidadão é esse?
É um cidadão que acredita que, na primeira oportunidade que a direita assumir a presidencia do nosso país, é seguir a cartilha dos USA, religiosamente.
Primeiro ato – Assinar a Alca, o resto é resto.
Se não sabe, nos anos 80/90 o Mercosul foi criado com o objetivo unico de se criar a ALCA, com o PATROCÍNIO dos Americanos, é lógico.
A sorte do Brasil de hoje, é de que o LULA tenha derrotado o Serra.
Por mais problematico que seja este governo, conseguiu progredir em todas as áreas.
Com a mídia patriótica que temos, é fácil fácil.
No Paraguai, os grupos de mídia que lá existem são de direita, o povo é pobre, e mal informado, ludibriado assim como nós aqui- em sua grande maioria – .
Acreditar que estamos seguros por conta sustentação política que o Governo do LULA E DA DILMA TEM,no Congresso e na Câmara é tranquilizador? Puro engano.
Você sabe, e nós sabemos, em político não se confia…..
mucio
Sem um confronto a bala com a turma do Partido Colorado não haverá retorno de Lugo ao Poder. E agora UNASUL? Sem manu militari pra conduzir Lugo ao poder, infelizmente acredito que a UNASUL estará morta e os USA mais uma vez implantarão ditaduras no Cone Sul. O cerco ao BRASIL se fechando. BOMBAS ATÔMICAS BRASILEIRAS com urgência. È preciso denunciar o maldito tratado assinado pelo traidor do FHC que nos priva destes artefatos de defesa.
Lucas Cardoso
Quê!? Quem nos priva de bombas atômicas não é tratado algum do FHC, mas nossa Constituição Federal. De qualquer forma, não é preciso ter bombas atômicas. Assim como o Japão e outros países cujas Leis Magnas proíbem armas nucleares, o Brasil tem todo conhecimento técnico e instalações para rapidamente passar a produzir bombas caso deseje. Essa capacidade por si só já age para evitar ataques.
P.S.: Por falar nisso, um fator interessante que é bom lembrar: o Irã hoje sofre com sanções porque os países que possuem bombas atômicas não querem permitir que aquele país obtenha essa capacidade que o Brasil possui. Esse é um dos motivos que o Estado brasileiro apoia o governo Iraniano nessa disputa. Proteger sua própria capacidade nuclear.
Mineirim
Olá, você poderia ser mais explícito e dizer-nos qual artigo da CF nos proíbe de ter a bomba?
Lucas Cardoso
Mineirim, é artigo 21, inc. XXIII, “a”:
“toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional;”
Lu Witovisk
Cara, antes de falar besteira se informe. A UNASUL tem meios para boicotar o golpe: entre eles estão o bloqueio comercial, o fechamento das fronteiras, o corte no fornecimento de energia eletrica, etc.
Vai sonhando, vai trollzinho com os EUA fortes aqui vai….
Ricardo JC
Duro é escutar falar em “mundo democrático” numa situação dessas!! Me lembra o Bush falando em “free world”. Democracia não existe sem amplo direito de defesa e ao contraditório. Não se expurga o mandatário máximo de uma nação, eleito DEMOCRATICAMENTE, nas urnas, em rito sumário (um processo desta complexidade que se completa no prazo em que este se completou é sim rito sumário), apoiado por um Congresso em que as alianças políticas não tem objetivo de agregar, mas de destruir.
ZePovinho
Restabelecida,no Paraguay, a Democracia Dos Homens Bons.Alvíssaras!!!!!!!!!!!!!!!!!
Lu Witovisk
Ainda bem que é vc… ai da pra saber que é ironia. Mas antes de ler “ZePovinho” pensei: eta troll do inferno. Boa noite, ZePovo!
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