Gleisi: Se “é horrível ser patrão no Brasil”, imagina ser trabalhador sob Bolsonaro

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Foto Alessandro Dantas

Gleisi: Bolsonaro quer reimplantar a escravidão no Brasil

do PT na Câmara

Na medida em que se aproxima o início formal do governo Bolsonaro – já que Michel Temer se conformou com seu papel decorativo e apenas obedece ao sucessor – o Brasil vai conhecendo os verdadeiros objetivos do futuro do governo, que foram ocultados na campanha eleitoral.

Um desses objetivos é o retorno das relações de trabalho aos tempos da exploração máxima.

Semana passada, diante do que há de mais atrasado na Câmara dos Deputados, Bolsonaro anunciou que seu projeto é “aproximar o mercado de trabalho cada vez mais da informalidade”, porque os direitos que pretende revogar “estão congelados” pelo Artigo 7o da Constituição Federal. Pediu paciência aos seus pares inimigos dos trabalhadores, pois não desistirá de mudar a Constituição.

O Artigo 7o é o que transformou em cláusulas pétreas o direito ao salário mínimo crescente, ao décimo-terceiro, às férias remuneradas, à aposentadoria, à jornada de 8 horas/dia e 44 semanais, ao FGTS, ao seguro-desemprego, ao salário- educação, à não-retenção dos salários por qualquer motivo, ao adicional por horas-extras e por trabalho noturno, às licenças maternidade e paternidade, entre outros direitos que distinguem o trabalho digno do trabalho análogo ao de escravo.

É de se imaginar quantos milhões de votos Jair Bolsonaro teria perdido se tivesse tido a honestidade de avisar aos eleitores, durante a campanha, que isso é parte de seu projeto para o país.

Mas ele fugiu dos debates, foi poupado de sabatinas pela mídia e resumiu seu discurso a atacar o PT, além de espalhar mentiras sobre nós no submundo da internet, com tecnologia e caixa dois que veio até de outros países.

Parte da demolição dos direitos dos trabalhadores – conquistados, recorde-se, com a luta de gerações e o sacrifício de incontáveis mártires – começou já no governo Temer, que implantou a terceirização e o trabalho intermitente, além de sufocar os sindicatos e dificultar o acesso à Justiça do Trabalho, que já teve reduzida em um terço a demanda com as regras que favorecem os patrões.

É para driblar a Constituição, na maior cara de pau, que ele propõe a tal “aproximação com a informalidade”, ou seja: contratar fora da lei.

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Os trabalhadores brasileiros já estão vivendo este pesadelo. Em 2017, pela primeira vez desde que o IBGE passou a diferenciar empregos com carteira dos empregos sem carteira, dos bicos, biscates, autônomos e domésticos sem registro, o número de trabalhadores formais foi menor dos que os chamados informais.

Numa força de trabalho de cerca de 90 milhões de pessoas, apenas 33 milhões têm a carteira assinada, enquanto 34,3 milhões trabalham por conta própria, fazendo bicos, como autônomos, domésticos sem registro e, pasme, mais de 11 milhões trabalham sem carteira em empresas privadas.

É uma tendência que vem se agravando na medida em que a economia permanece estagnada e aumenta o poder de chantagem dos empregadores sobre os empregados.

E é bom lembrar: segundo o IBGE, o rendimento do trabalho informal é 44% inferior ao rendimento do trabalho com carteira assinada. Está claro a quem interessa a tal informalidade e o tipo de chantagem com que ela é imposta.

Até uma carteira de trabalho “verde-amarela”, em que o trabalhador abre mão de tudo para ser contratado, eles pretendem introduzir no Brasil.

Jair Bolsonaro já extinguiu o Ministério do Trabalho, responsável pela fiscalização desses abusos. Entregou o registro e fiscalização dos sindicatos ao Ministério da Repressão de Sérgio Moro.

E, no mesmo encontro com seus asseclas do Congresso, pregou o fim do Ministério Público do Trabalho, o braço da procuradoria que combate o trabalho análogo à escravidão e atua onde os sindicatos de trabalhadores não têm força para agir.

Diante desse quadro de retrocessos, não apenas trabalhistas, mas civilizatórios, é impossível não registrar que os governos Lula e Dilma criaram 20 milhões de empregos com carteira assinada em 12 anos, reduzindo significativamente a informalidade herdada dos governos neoliberais e valorizaram o salário mínimo impulsionando a economia e equilibrando as contas da Previdência.

Lula provou que com mais direitos e mais empregos o país cresce.

Por isso o impediram de ser candidato: para implantar na plenitude a cultura da chibata nas relações trabalhistas.

Além de destruir o Ministério do Trabalho, uma conquista dos anos 1930, o plano de Bolsonaro e dos poderosos é fazer o Brasil retornar 130 anos na história, aos temos anteriores à Lei Áurea.

Porque, como pensa Bolsonaro, traduzindo as nossas elites retrógadas, “é horrível ser patrão no Brasil”, quando se tem de tratar trabalhadores como cidadãos.

Gleisi Hoffmann é senadora (PT-PR) e presidenta nacional do PT

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Zé Maria

O Guedissauro vai perdoar as Dívidas Trabalhistas do amigo dono do Grupo Abril?

FamíGlia Civita Vende Abril devendo quase R$ 100 Milhões aos empregados

As dívidas trabalhistas do Grupo Abril, que incluem débitos com jornalistas, gráficos, pessoal administrativo, entre outros profissionais, estão em cerca de R$ 90 milhões, o que significa apenas 5,6% do total.
A administração da empresa propôs condições diferenciadas de pagamento de uma parte desse débito.

No plano, a empresa propõe quitar integralmente as dívidas trabalhistas até o limite de 250 salários mínimos por pessoa – equivalente a R$ 238,5 mil. O débito seria pago ao longo de 12 meses após a aprovação do plano de recuperação.

No começo de dezembro, a Justiça do Trabalho reiterou a ordem para que a editora Abril reintegre todos os funcionários demitidos em um prazo de 30 dias.

A determinação já havia sido feita pelo juiz do Trabalho Eduardo Matiota, da 61ª Vara do Trabalho de São Paulo, em setembro, após um pedido da procuradoria do MPT (Ministério Público do Trabalho). O Sindicato dos Jornalistas participa do processo.

A editora Abril apresentou embargos de declaração.

Em sua resposta, o magistrado confirmou a medida e ainda ampliou o número de empregados a serem recontratados para aqueles dispensados a partir de julho de 2017 – a decisão anterior determinava a recontratação dos demitidos a partir de dezembro de 2017.

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/12/abril-propoe-calote-de-92-da-divida-e-pagar-restante-em-18-anos.shtml

Zé Maria

Pio ainda é ser (ex) empregado do Grupo Abril,
que foi comprada por um advogado abutre
especializado na aquisição de títulos podres …

https://www.revistaforum.com.br/ligado-a-paulo-guedes-empresario-fabio-de-carvalho-fecha-a-compra-do-grupo-abril/

João Ferreira Bastos

O boçal está equivocado

No Brasil é ótimo ser patrão.

Já tem empregado depositando na conta do patrão

Zé Maria

Botsonauro e Guedissauro não têm um projeto ‘para o país’,
mas sim um programa para beneficiar exclusivamente
os Feudalistas Devastadores da Natureza Incólume,
os Agentes Especuladores do Mercado Financeiro e
e as Seguradoras e os Fundos de Previdência Privada.
Sem falar da ampla franquia às Corporações dos EUA
e do Plano Conjunto de Intervenção Militar na Venezuela.

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