Freixo: Único isolamento social que Bolsonaro defendia era o de Queiroz
Tempo de leitura: 2 minImagina o desespero do Jair Bolsonaro agora… O único isolamento social que ele defendia era o do Queiroz. Marcelo Freixo, deputado federal (Psol-RJ)
Da Redação
A prisão de Fabrício Queiroz em Atibaia, São Paulo, joga luz sobre um novo personagem do entorno presidencial: o advogado Frederick Wassef.
Wassef representa o presidente Jair Bolsonaro no inquérito da facada em Juiz de Fora, durante a campanha eleitoral de 2018, atribuída pela Polícia Federal exclusivamente a Adélio Bispo, que alegadamente sofre de distúrbios mentais.
O advogado que mentiu sobre o fato de esconder Queiroz em uma de suas propriedades (veja o vídeo) reunia-se frequentemente com o presidente da República.
Ele esteve na posse do novo ministro das Comunicações, Fábio Faria, o genro de Sílvio Santos, na quarta-feira.
De acordo com a colunista Mônica Bérgamo, Wassef tem “trânsito livre em Brasília”, como “amigo do presidente”.
É nesta condição que Wassef também defende o senador Flávio Bolsonaro no inquérito da rachadinha.
Wassef já tentou barrar a investigação várias vezes.
O advogado diz que foi ele quem “inventou” Bolsonaro como candidato ao Planalto.
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“Eu não só fui o primeiro a acreditar no Bolsonaro, como fui o primeiro a colocar na cabeça dele a ideia de concorrer à Presidência”, afirmou.
Wassef alega que, ao notar que a Operação Lava Jato faria um grande estrago na política brasileira, intuiu que o caminho para Bolsonaro estava aberto.
Ele e a esposa já frequentavam a casa de Bolsonaro e da primeira dama Michelle desde 2014, em Brasília.
Michelle está diretamente envolvida no caso de Fabrício Queiroz.
Ela recebeu depósito em cheque em sua conta bancária no valor de R$ 24 mil, vindos do assessor da família.
Para defender a primeira dama, Jair Bolsonaro usou a versão inverossímel de ter feito um empréstimo a seu motorista milionário e ter usado a conta bancária da esposa para receber o dinheiro de volta.
O próprio Bolsonaro está diretamente envolvido no esquema.
Entre junho e novembro de 2018, Nathalia Melo de Queiroz, filha de Fabrício, recebeu salário como funcionária do gabinete do então deputado federal Jair Bolsonaro em Brasília.
Na mesma época, ela trabalhava como personal trainer no Rio de Janeiro.
Dos R$ 36,6 mil que recebeu na Câmara, entre salários e outros benefícios, Nathalia repassou 80% para a conta do pai.
Wassef, como diz no vídeo acima, não é advogado de Fabrício Queiroz.
Quem defende o amigo dos Bolsonaro é Paulo Emílio Catta Preta, que também atuava na defesa de Adriano da Nóbrega, morto na Bahia em fevereiro deste ano em ação policial.
Adriano empregou mãe e esposa no gabinete de Flávio Bolsonaro e era suspeito de integrar milícia da zona Oeste do Rio de Janeiro, que teria contribuído para o enriquecimento ilícito do filho do presidente da República.
Comentários
Zé Maria
Serial Killer, Genocida do Planalto, passa reto pelo Cercadinho para ser identificado
https://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/video-bolsonaro-passa-reto-por-eleitores-no-alvorada-apos-prisao-de-queiroz/
Zé Maria
https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2020/06/18/policia-cumpre-mandado-de-busca-e-apreensao-na-casa-de-bolsonaro-em-bento-ribeiro-zona-norte-do-rio.ghtml
Mandado de busca e apreensão em uma casa em Bento Ribeiro,
na Zona Norte do Rio, onde morava Alessandra Marins, ex-funcionária da Alerj
e atual funcionária do gabinete do Senador Flávio Bolsonaro.
O alvo da busca e apreensão foi na casa em frente a um imóvel que constava
na declaração de bens que Jair Bolsonaro informou ao TSE nas eleições de 2018.
Enquanto a equipe do MP estava dentro da casa, era possível ouvir barulhos
de marretadas nas paredes, sugerindo que os agentes quebravam a alvenaria
enquanto realizavam as buscas.
A ação de busca e apreensão no imóvel durou cerca de uma hora.
Os agentes saíram carregando duas sacolas, mas sem dar detalhes
do que foi apreendido.
Morava na casa Alessandra Esteves Marins,
que faz parte da equipe de apoio a Flávio no Rio
a que o parlamentar tem direito n Senado Federal.
Há uma placa de “Vende-se” na porta do imóvel.
Vizinhos contaram que Alessandra se mudou do imóvel
há cerca de um mês.
Uma vizinha chegou a telefonar para Alessandra
quando os agentes chegaram para cumprir o mandado,
mas ela não atendeu a ligação.
De acordo com o Ministério Público, o mandado na casa de Bento Ribeiro é cumprido contra Alessandra, que também já foi servidora da Alerj.
Também são alvo da operação a ex-servidora da Alerj Luiza Paes Sousa. Os agentes foram até a casa dela em Oswaldo Cruz, também na Zona Norte do Rio. Ela teria repassado R$ 155 mil em salários para Fabrício Queiroz.
Os outros alvos da operação são Matheus Azeredo Coutinho, que ainda é funcionário da Casa Legislativa, e o advogado Luis Gustavo Botto Maia.
De acordo com o Ministério Público, além da busca e apreensão, a Justiça autorizou a aplicação de medidas cautelares contra os investigados, dentre elas o afastamento da função pública, obrigatoriedade de se apresentar à Justiça mensalmente e proibição de fazer contato com testemunhas.
| Reportagem: Cecília Flesch | GloboNews via G1 | 18/06/2020 |
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