Haddad, na Folha: Impedir o pesadelo está “ao alcance de nossas mãos”

Tempo de leitura: 3 min
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Pelo Brasil, pela democracia e pela paz

É preciso impedir que pesadelo se torne realidade

Fernando Haddad, na Folha

Sou contra a tortura. Não posso admitir que pessoas sejam fuziladas aqui ou em qualquer lugar do planeta.

Não vou fechar o Supremo ou o Congresso nem censurar a imprensa, tampouco prender ou exilar pessoas que pensam diferente de mim, ao contrário das recentes ameaças feitas pelo meu adversário.

Repudio toda e qualquer ditadura.

Renovo todos os dias a minha fé na democracia e na liberdade.

Respeito todas as crenças religiosas, porque todas que conheço, de uma forma ou de outra, ensinam o mandamento que desde cedo aprendi: “Ama a teu próximo como a ti mesmo”. E acho lindas as cores da bandeira do Brasil.

Jamais imaginei que fosse necessário investir parte preciosa deste pequeno espaço que me cabe à declaração do óbvio.

Mas a escalada de ódio, que nesta campanha eleitoral atingiu níveis intoleráveis, me obriga a fazê-lo.

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O que está em jogo é a escolha entre o nosso direito ao futuro ou o retorno a um dos períodos mais sombrios de nosso passado.

Fui ministro da Educação no governo do ex-presidente Lula, investi em todos os níveis de ensino, da creche à pós-graduação.

Construí escolas técnicas e novas universidades públicas. Criei o ProUni e o Fies sem Fiador, para jovens que não podiam arcar com as mensalidades das faculdades privadas.

Tudo isso fiz sem tirar a vaga de ninguém. Pelo contrário: nunca tantos brasileiros, de todas as cores e classes sociais, tiveram tanto acesso ao ensino superior.

​Fui também prefeito da maior metrópole da América do Sul e governei para todos os paulistanos, com medidas inovadoras e internacionalmente reconhecidas em gestão, mobilidade urbana e respeito aos direitos humanos. Posso e vou fazer muito mais.

Meu adversário, ao contrário, é um político profissional.

Nada tenho contra os que fazem da política a sua profissão, mas repudio quem a usa como ferramenta de enriquecimento pessoal e plataforma de disseminação do ódio contra adversários, especialmente mulheres, negros e as minorias.

Ele promete combater a violência armando a população, como se ignorasse o fato de que o Brasil é o país com maior número de mortes por armas de fogo em todo o mundo. São 43 mil mortos a cada ano.

Pessoas que reagiram a um assalto, pessoas que morreram por causa de uma simples briga de trânsito ou uma discussão boba entre vizinhos, além das vítimas de disparos acidentais –inclusive crianças que brincavam com o revólver do pai.

Diante dessa realidade, botar mais armas nas mãos dos cidadãos é o mesmo que dizer: “Matem-se uns aos outros”.

Algumas das mais controversas propostas de meu adversário, reveladas por ele próprio ou pelo comando de sua campanha, dizem respeito à revogação de direitos trabalhistas históricos, a exemplo do 13º salário, cobrança de mensalidades nas universidades federais e imposição de uma reforma tributária que visa beneficiar o grande capital e penalizar ainda mais a classe média e os mais pobres.

No campo da ética, o que se confirmou, a partir de reportagem publicada por esta Folha, é que sua campanha instalou uma verdadeira fábrica de mentiras, irrigada com dinheiro de caixa 2, para tentar fraudar a eleição com base no disparo em massa de fake news contra mim e minha família.

Por tudo isso, e pelo que o Brasil ainda representa no cenário internacional, o mundo inteiro tem os olhos postos sobre nós, para a escolha que faremos neste domingo nas urnas.

Não há espaço nem tempo para indecisões. Isentar-se de tamanho compromisso é abrir mão de todos os nossos avanços civilizatórios e dizer “sim” à barbárie.

Impedir que tal pesadelo se transforme em realidade está ao alcance de nossas mãos, na ponta de nossos dedos. É preciso apertar o 13 e a tecla “confirma”.

E, a partir desta segunda, trabalhar todos os dias pela pacificação do Brasil e pela construção de um país melhor e mais justo, com crescimento econômico e inclusão social, tendo como alicerces a educação e a geração de empregos.

Bom voto, e um Brasil feliz para todas e todos.

Candidato à Presidência da República pelo PT; ex-prefeito de São Paulo (2013-2016) e ex-ministro da Educação (2005-2012, governos Lula e Dilma)

PS do Viomundo: Bolsonaro não só não respondeu ao pedido da Folha por um artigo, como entrou com ação contra o jornal e a repórter Patricia Campos Mello, que desvendou o escândalo do whatsapp.

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Comentários

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Roque Jones

Um pesadelo já acabou. O Malddad perdeu. PT nunca mais.

Sônia Maria Gaeta

Peço que nao me mandem mais notícias.
Nao tenho interesse nelas
Obtigadap

    Luiz Carlos Azenha

    Sônia, é só clicar no sino vermelho que aparece na página. A gente só envia para quem se cadastrou! Obrigado, abs

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