Fernando Morais: “Nós estamos lutando com um cachorro grande”

Tempo de leitura: 2 min
O olhar arguto de um observador com experiência

Da Redação

Steve Bannon reuniu informalmente a Internacional Fascista em Washington.

Presente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro disseminou uma montagem no twitter com fotos dele ao lado de outras lideranças que chamou de “conservadores/nacionalistas”.

O “nacionalismo” de Bolsonaro vem tomando uma surra de Donald Trump, especialmente na questão comercial.

Ainda assim, o clã Bolsonaro bajula Trump cotidianamente.

“Não estamos sozinhos”, escreveu Eduardo Bolsonaro, referindo-se à presença no banquete de representantes da extrema direita da Espanha, Suécia, Finlândia, Itália, Estônia, Bélgica, Alemanha, República Tcheca, México e França.

A Internacional Fascista toma forma

Eduardo também publicou uma foto em que aparece entre Steve Bannon e Nigel Farage, líder do Partido Brexit.

A extrema direita está em ascensão eleitoral na Europa, mas não da maneira espetacular como se previa.

Na Espanha e Portugal, por exemplo, há governos de esquerda no poder. Na Alemanha e França, o fascismo foi rejeitado pelos eleitores.

Para o escritor Fernando Morais, um observador arguto da cena eleitoral, no Brasil Jair Bolsonaro, ainda que aos trancos e barrancos, preserva apoio de cerca de um terço do eleitorado por causa da atividade nas redes sociais.

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“Nós estamos lutando com um cachorro grande”, disse Morais em entrevista ao Viomundo, concedida bem antes do banquete da extrema direita em Washington.

Morais obviamente se refere a Bannon.

Depois de ajudar a eleger Donald Trump, ele tem se dedicado a promover ideias de extrema direita mundo afora, com apoio de gente endinheirada.

Os donos de grandes corporações, muitas vezes na surdina, querem ver no poder governos que promovam a demolição de direitos sociais necessária ao corte de impostos.

Bannon é quem dá sentido à ofensiva fascista.

Para Fernando Morais, a esquerda precisa utilizar o seu saber para contra-atacar, também nas redes sociais.

Além disso, deve buscar a mesma unidade de ação dos fascistas.

O escritor refere-se ao livro Medo, do repórter Bob Woodward — aquele que denunciou o escândalo de Watergate no diário Washington Post — para narrar o trabalho de Bannon por Trump nos bastidores.

Bannon foi eventualmente chutado do governo, aparentemente por ter tentado atribuir a si próprio um papel mais importante do que realmente teve na campanha. Mas permanece fiel ao ideário de Trump pois disso deriva uma vida boa, de muitas viagens e luxos — bancados pelo dinheiro grosso.

No vídeo acima, Fernando Morais narra um episódio em que Fidel Castro fez um apelo pela unidade referindo-se a três interesses comuns básicos.

É uma anedota, mas vale a pena conferir.

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Zé Maria

Cena de Talk Show Nazi-Fascista estrelada pela Intolerante Rabiosa Laura Ingraham,
que, de acordo com o irmão dela Curtis, que é Gay, sofreu influência do Pai deles
que, além de alcoólatra e abusivo, era simpatizante do Nazismo:

“Crescemos com um pai alcoólatra e abusivo,
que era um simpatizante nazista. Tal pai tal filha?!
Este foi o solo familiar de onde brotou a raiva da minha irmã.”

https://twitter.com/CurtisIngraham1/status/1027682004853125120
https://www.thedailybeast.com/laura-ingrahams-brother-goes-to-war-against-her

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