Em pesquisa de banqueiros que “enterra” Alckmin, Haddad ganha 100% em uma semana e Bolsonaro sonha com vitória no primeiro turno

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Facebook do Fernando Haddad

Campanha de Haddad na avenida Paulista, em São Paulo, no domingo 16/09 – Foto Facebook do candidato

Da Redação

Ao contrário do que dizem aqueles eleitores de Fernando Haddad e Ciro Gomes que se pegam nas redes sociais — como se os candidatos estivessem tratando de questões pessoais e não disputando uma eleição — os movimentos dos últimos dias respondem às pesquisas de opinião.

Todas as campanhas dispõem de trackings internos, a partir dos quais avaliam os próximos passos.

Bolsonaro quer evitar que o voto antipetista migre para Geraldo Alckmin e investe numa improvável vitória em primeiro turno.

Por isso tentou comover eleitores chorando no hospital, alertando os antipetistas de que existe um risco de fraude contra ele.

Embora seja mera especulação, serve para abastecer a imensa rede que espalha boatos como se fossem verdades cristalinas, a serviço de Bolsonaro.

As fake news percorrem redes de whatsapp e páginas de Facebook e se consolidam como “verdades” muito antes de serem alcançadas por desmentidos.

Donald Trump, nos Estados Unidos, foi impulsionado por teorias de conspiração espalhadas especialmente por sites como Breitbart News e Infowars, de Alex Jones.

vitimização de Bolsonaro também serve para tentar adiar ataques de adversários a ele na propaganda da TV.

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Notem que na pesquisa abaixo Bolsonaro cresceu fora da margem de erro e teve sua rejeição reduzida de 51% para 45%.

Além disso, segundo o levantamento, num eventual segundo turno Bolsonaro agora empata com Ciro Gomes e derrota todos os outros adversários.

Na pesquisa espontânea, um termômetro importante, Bolsonaro atingiu 30%, contra 12% de Fernando Haddad.

Neste momento da campanha, o petista não precisa atacar: a tarefa dele, acima de tudo, é conquistar os lulistas — o que vem fazendo em uma velocidade apreciável.

Na pesquisa dos banqueiros, Haddad cresceu 100% em uma semana.

O petista precisa crescer suficientemente para não correr o risco remoto de ser derrotado no primeiro turno e contar com um possível “voto útil” de eleitores que hoje apoiam Ciro.

Movimentos eleitorais repentinos — como o de Marina Silva, nos dias finais do primeiro turno, em 2010 — podem provocar migração de votos em enxurrada. Isso serve tanto para Bolsonaro quanto para Haddad.

Um reparo à pesquisa dos banqueiros é que ela é feita por telefone, reduzindo o impacto dos eleitores mais pobres, dentre os quais o PT tradicionalmente captura a maior parte dos votos.

Ciro Gomes mantém-se no páreo, mas sua esperança depende acima de tudo de evitar um movimento maciço de lulistas para Haddad, assim como o “voto útil” no petista — daí as críticas que vem fazendo a Lula, Dilma, Haddad e ao PT.

Com a queda de Geraldo Alckmin de 8% para 6% — possivelmente com a migração de eleitores para Bolsonaro — , o desespero do tucano deve desaguar em breve em sua campanha de TV, com a demonização do PT e ataques a Bolsonaro.

Bolsonaro sobe para 33% dos votos; Haddad salta para 16% e empata com Ciro em 2º, mostra pesquisa

do Infomoney

Candidato do PT ultrapassa Ciro Gomes numericamente com um salto de 8% para 16%, mas empatado ainda tecnicamente com o candidato do PDT, que foi de 12% para 14% em uma semana

SÃO PAULO – Jair Bolsonaro (PSL) despontando no primeiro lugar tanto nos cenários de voto espontâneo quanto estimulado e uma ascensão nas intenções de voto do candidato Fernando Haddad (PT), após ele ser oficializado como o nome do partido na última terça-feira (11).

É o que mostra a mais recente pesquisa FSB/BTG Pactual, divulgada nesta segunda-feira (17) e registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número BR-06478/2018.

O levantamento foi realizado entre os dias 15 e 16 de setembro com 2000 eleitores e a margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

No cenário espontâneo, a intenção de voto de Bolsonaro passou de 26% para 30%, de uma semana para outra, enquanto neste último levantamento apenas 6% votariam no ex-presidente Lula, ante 12% da pesquisa anterior.

Já Fernando Haddad saltou de apenas 3% para 12%, ultrapassando Ciro Gomes (PDT), que de 7% oscilou positivamente para 8%. João Amoêdo (Novo) se manteve em 3%, enquanto Geraldo Alckmin (PSDB) e Marina Silva (Rede) oscilaram negativamente de 3% para 2%.

Álvaro Dias (PODE) oscilou negativamente de 2% para 1%, Henrique Meirelles passou a pontuar com 1%, enquanto os demais não pontuaram.

Não sabem ou não responderam seguiram em 22%, não votariam em ninguém foram de 13% para 8%, enquanto brancos e nulos seguiram em 4% em uma semana.

Já na intenção de votos estimulada — em que há o cenário apenas com Fernando Haddad como substituto de Lula, uma vez que o ex-presidente petista teve a sua candidatura barrada — , Jair Bolsonaro passou de 30% de intenção de voto no levantamento anterior para 33%.

Enquanto isso, Haddad ultrapassou Ciro Gomes numericamente com um salto de 8% para 16%, mas empatado ainda tecnicamente com o candidato do PDT, que foi de 12% para 14% em uma semana.

Alckmin oscilou para baixo no limite da margem de erro, de 8% para 6%, empatado tecnicamente com Marina Silva, que novamente teve queda e foi de 8% para 5%.

Amoêdo voltou aos 4% ante 3% da semana anterior, enquanto Alvaro Dias viu sua intenção de voto oscilar para baixo, de 3% para 2%.

Meirelles tem 2% dos votos neste cenário, ante 1% de Cabo Daciolo (PATRI).

A porcentagem de quem não votaria em ninguém caiu de 13% para 9%, branco/nulo somam 2%, enquanto não sabe/não responderam foi de 8% para 5%.

Os eleitores de Bolsonaro também são aqueles cuja certeza do voto é maior.

Para 82% deles, a decisão de voto é definitiva, sendo seguido pelos de Haddad (81%), Amoêdo (73%), Daciolo (69%), Alvaro Dias (57%), Ciro (48%) e Meirelles (48%), Alckmin (44%) e Marina (43%).

Vale destacar que 71% dos que disseram votar branco/nulo apontaram ter certeza do seu voto.

O apoio de Lula a Haddad também mostrou um aumento em sua importância.

O número de pessoas que não votaria de jeito nenhum em Haddad caso Lula apoiasse o ex-prefeito paulistano caiu de 63% para 57%, enquanto o número dos que votariam com certeza subiu de 20% para 30%.

Os que poderiam votar oscilou para baixo, de 12% para 11% de uma semana para outra.

Segundo turno

Pela primeira vez, o levantamento fez uma simulação de segundo turno (todas com Bolsonaro) e, ao contrário da pesquisa Datafolha da última sexta-feira, por exemplo, mostrou o candidato do PSL em vantagem no segundo turno contra Marina, Alckmin e Haddad e empatando com Ciro Gomes.

Quando o cenário é Bolsonaro contra Ciro, ambos aparecem com 42%, 5% dizem votar branco, 8% em ninguém e 3% não sabem ou não responderam.

Entre Bolsonaro e Haddad, 46% disseram votar no candidato do PSL ante 38% que votariam no petista e, quando confrontado com Alckmin, Bolsonaro aparece com 43% ante 36% do tucano.

A maior diferença é contra Marina Silva: 48% do candidato do PSL ante 33% da ex-senadora da Rede.

Potencial de voto X rejeição

Com relação ao potencial de voto (porcentagem dos que poderiam votar em um determinado candidato), Bolsonaro aparece na frente com 48%, forte alta ante 40% do levantamento anterior, sendo seguido por Ciro, que subiu de 36% para 45%.

Já Alckmin subiu de 30% para 39% de uma semana para outra, sendo seguido por Marina, que subiu de 29% para 36%.

Haddad aparece empatado com a candidata da Rede, subindo de 24% para 36%. Alvaro Dias teve alta de 19% para 22%, mesmo percentual de Meirelles,que subiu ante os 19% de potencial de voto da semana passada, enquanto Amoêdo subiu de 12% para 16%.

Cabo Daciolo e Guilherme Boulos (PSOL) têm 8% de potencial de voto, seguido por João Goulart Filho (PPL), com 7%, enquanto José Maria Eymael (DC) registra 6% de potencial de voto e Vera Lúcia (PSTU) tem 5%.

Já Marina Silva segue na dianteira na lista de maior rejeição —  ou seja, a porcentagem de quem não votaria “de jeito nenhum” no candidato/candidata — , mas caindo de 64% para 58%.

Alckmin caiu em termos de rejeição, passando de 61% para 53%, mas segue sendo o segundo mais rejeitado.

O tucano é seguido por Meirelles, que teve queda de 52% para 48%, mesmo percentual de Haddad, que também caiu de 52% para 48%, e Eymael.

Ciro Gomes viu sua rejeição cair de 51% para 46%, enquanto Bolsonaro viu sair de rejeição de 51% dos eleitores para 45%.

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Comentários

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Marcia

Alckmin é um homem competente e isso traz segurança ao mercado. Também por isso meu voto é dele.

Elena

Eu não assisto o Fantástico já faz anos. Então quer dizer que o programa deu vez para Bolsonaro se lamentar e chorar maldizendo e fazendo intriga contra Haddad? Por aí dá para perceber que o candidato da TV Bobo é mesmo o Bozzonaro. Então somos todos contra a TV Bobo e o seu candidato. Outra coisa: o blog O Cafezinho publicou uma foto da cicatriz do Bozzonaro que foi publicado no Poder 360. O post é esse: https://www.ocafezinho.com/2018/09/14/bolsonaro-esta-fora-da-campanha/
Agora, pergunta que não quer calar: por que a família insistiu pela transferência de Bozzonaro para SP? Pela idade (63 anos) e pela grande cirurgia que o inominável sofreu não seria aconselhável sua tranferência para SP no dia seguinte à cirurgia. O dito cujo deveria ficar mais alguns dias na UTI em Juiz de Fora. É o que eu acho.

Julio Silveira

Tô de saco cheio com essas pesquisas que carregam brasas para seus peixes, vamos ver é na hora da apuração.

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