Em horário nobre, TV alemã ridiculariza Bolsonaro: ‘Trump do samba’ ou ‘boçal de Ipanema’?; vídeos
Tempo de leitura: 3 minBolsonaro é ridicularizado na TV alemã
Deutsche Welle, sugestão de Lúcia Rodrigues
Em horário nobre, programa humorístico da principal rede de televisão pública da Alemanha satiriza o governo brasileiro, criticando suas políticas ambientais e agrícolas e o crescente desmatamento na Amazônia.
Fotomontagem com Bolsonaro com chapéu de bufão, segurando garrafa de agrotóxico, com boi e trator ao fundo
Presidente brasileiro é o “bufão do agronegócio”, segundo humorístico.
Borat, bobo da corte e protagonista do clássico de terror Massacre da serra elétrica – essas foram algumas das associações feitas ao presidente Jair Bolsonaro pelo programa humorístico alemão Extra 3, transmitido na noite de quinta-feira (15/08).
Atração de horário nobre da ARD, principal rede de televisão pública alemã, o programa satirizou por quase cinco minutos o governo do presidente brasileiro, criticando principalmente sua política ambiental e o desmatamento na Amazônia.
“Um sujeito que não pensa nem um pouco sobre sustentabilidade e emissão de CO2 é o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, o ‘Trump do samba’. Mas alguns dizem também ‘o boçal de Ipanema'”, afirma o apresentador Christian Ehring, em frente a uma fotomontagem de Bolsonaro vestindo a sunga do personagem Borat, criado pelo humorista britânico Sacha Baron Cohen.
“Bolsonaro deixa a floresta tropical ser destruída para que gado possa pastar e para que possa ser plantada soja para produzir ração para o gado”, continua Ehring, após mencionar os mais recentes dados sobre desmatamento no Brasil e diante de outra montagem, dessa vez mostrando Bolsonaro com uma serra elétrica nas mãos.
“Desde a posse do presidente Jair Bolsonaro, o desmatamento cresceu significativamente e pode continuar aumentando a longo prazo”, diz uma voz em off, após aparecer uma foto do líder brasileiro como um “bobo da corte do agronegócio”, segurando uma garrafa de pesticida.
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O apresentador destaca ainda que o presidente “não se importa nem um pouco” com a suspensão de verbas para projetos ambientais anunciada pelo Ministério do Meio Ambiente alemão no fim de semana.
“Pegue essa grana e refloreste a Alemanha, tá ok? Lá tá precisando muito mais do que aqui”, afirmou Bolsonaro ao reagir com desprezo ao congelamento dos repasses.
Ehring também fala sobre o acordo comercial negociado entre a União Europeia e o Mercosul, chamando o pacto de um “romance destrutivo”.
Atrás dele aparece uma fotomontagem retratando o presidente e a chanceler federal alemã, Angela Merkel, como uma dançarina sentada em seus braços.
“Bolsonaro ainda demitiu o chefe do próprio instituto que registrou o desmatamento na floresta tropical”, ressalta o comediante, referindo-se à demissão de Ricardo Galvão do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). “E também nomeou a principal lobista da indústria agropecuária como ministra da Agricultura”, complementa.
Em seguida, ele apresenta um videoclipe da chamada Bolsonaro-Song, uma paródia da música Copacabana, sucesso nos anos 70 na voz do americano Barry Manilow. O vídeo intercala cenas de Bolsonaro com imagens de cortes de árvores e queimadas na Amazônia, além de atividade agrícola e pecuária.
Humorístico conhecido principalmente pela sátira política, o programa Extra 3 tem como alvos principais os dirigentes alemães.
Mas líderes internacionais como o americano Donald Trump, o norte-coreano Kim Jong-un, o britânico Boris Johnson e o russo Vladimir Putin também são personagens recorrentes do programa.
Nem sempre a brincadeira é levada na esportiva pelos estadistas. Um dos mais recentes debates provocados pelo Extra 3 foi uma paródia musical com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, veiculada em março de 2016.
O caso gerou um desconforto diplomático entre Berlim e Ancara, e o Ministério do Exterior turco chegou a convocar o embaixador alemão no país para explicações.
A controvérsia chegou ao ápice poucas semanas depois, com uma sátira a Erdogan apresentada em outro programa televisivo, dessa vez pelo humorista Jan Böhmermann. O imbróglio foi parar na Justiça e acabou ganhando as capas dos jornais como o “caso Böhmermann”.
*A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas.
Comentários
Dante
Oq os outros países tem q saber é q acabou a mortadela. ??
Jardel
Cocô em cima de todos e grana acima de tudo.
Zé do rolo
O Bozo é ignorante por natureza, burro por formação.
Logo o escárnio do Moro juntamente com o perverso Dória já vai trair o Bolsonaro pois o Bolsonaro é burro e alienado já o Dória é perverso e oportunista um perigo para nosso povão, nosso país.
Zé Maria
Putz!
A TV alemã liquidou com a honra e a imagem
do Borat e do Leatherface …
Zé do rolo
O Moro negou apreender os celulares do Eduardo Cunha isso porque os celulares do Eduardo Cunha tem bomba atômica contra essa turma da quadrilha a jato de Curitiba e o Moro sabe que seria atingido.
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