Depois de pouco caso com avó de primeira dama, Bolsonaro faz Michelle de vítima

Tempo de leitura: 2 min
Marcos Corrêa/PR

Da Redação

O presidente Jair Bolsonaro mudou completamente de posição sobre a avó materna da primeira dama Michelle Bolsonaro, que a Folha de S. Paulo encontrou numa maca num corredor do Hospital Regional de Ceilândia, no Distrito Federal.

Maria Aparecida Firmo Ferreira, de 78 anos, aguardava cirurgia, como notou o diário conservador paulistano, a 37 quilômetros de onde vive o casal presidencial.

Ela foi transferida em seguida para o Hospital de Base e fez a cirurgia de emergência.

“O SUS é para todos. Não vai ter um SUS pessoal para o Bolsonaro, presidente. O SUS é para todo mundo”, afirmou Bolsonaro a respeito — embora ele e o seu ex-assessor Fabrício Queiroz tenham desfrutado de tratamentos no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

“Ela [Michelle] deve ter uns 50 parentes só na Ceilândia. Estavam atrás para fazer uma matéria por outro motivo, para dar uma baixaria. Não vou falar. Uma baixaria total. Um problema que ela [a avó] teve na Justiça há mais de 30 anos”.

Bolsonaro se antecipou ao que a Veja publicou nesta sexta-feira.

De acordo com a revista, a avó da primeira dama foi condenada por tráfico de drogas quando tinha 55 anos de idade.

“Em maio de 1999, quando já estava presa havia um ano e oito meses, tentou subornar um agente, oferecendo-lhe dinheiro para que a levasse até sua casa. Por causa dessa infração, ela ficou na solitária e teve os benefícios de progressão de pena suspensos — e só deixou a penitenciária, em liberdade condicional, em agosto de 1999, depois de cumprir dois anos e dois meses de cadeia. Sua punição foi oficialmente considerada extinta em 2000”, revelou a revista.

Maria Aparecida havia sido presa com “merla”, um subproduto de cocaína, a 3 quilômetros do Palácio do Planalto.

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A revista também informou que um tio da primeira dama, convidado para a posse de Bolsonaro, João Batista Ferreira, sargento aposentado da Polícia Militar, está preso na Papuda, em Brasília, “sob a acusação de fazer parte de uma milícia que age na Sol Nascente, onde mora com a mãe, Maria Aparecida, a avó de Michelle”.

Ele é acusado de fazer parte de uma quadrilha de PMs que controlava a venda de lotes na favela. A prisão foi em maio passado.

Além disso, segunda a reportagem, a mãe de Michelle, Maria das Graças, foi acusada de falsificação, por ter dois registros de nascimento, um deles resultado de fraude.

Antes da revelações, o presidente havia feito pouco caso dos parentes de Michelle:

Aqui estão abertas as portas se quiserem visitar a gente, os familiares. Agora, a avó dela tem uma vida pessoal. É bastante idosa. Pessoa completamente livre, né. Não sei o relacionamento dela com seus oito filhos, não sei, está certo!? E isso é família, né. O meu pai dizia lá trás: ‘Parente bom é parente longe’. Meu pai dizia isso, não sei se vocês concordam comigo. Cunhado, para que serve cunhado? Para buscar cerveja na geladeira, mais nada.

Depois da publicação da Veja, no entanto, Bolsonaro mudou de tom e colocou a primeira-dama no papel de vítima:

Quem ganha com isso? Ela está abatida, arrasada, para que isso?, declarou a repórteres em Brasília.

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Comentários

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henrique de oliveira

Meu deus que família essa não ?

Manoel

A Michelle Bolsonaro já torrou mais dinheiro público com o cartão corporativo mais que todas as ex primeiras damas.

Zé do rolo

A Michelle Bolsonaro conseguiu dá o golpe do baú no Bozobesta e agora primeira dama tá torrando com cartão corporativo o dinheiro público.

robertoAP

Maravilhoso descobrirem isso e jogarem na cara dela, que apareceu com uma camiseta sarcástica contra o Lula preso injustamente por Lawfare morista.
Pimenta no dos outros é refresco não é última dama?

Zé Maria

Pessoal tá dizendo que depois que o Jair Bolsonaro levar a ANCINE pra Brasília,
a Susi Neopentecostal (aquela do Cheque)
vai ser nomeada a 1ª Censora ‘pós-democratização’.

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