Ao vivo, CPI da Covid: Ex-diretor da Saúde chama deputado Luís Miranda de ‘desqualificado’ e PM Dominghetti, de ‘picareta’

Tempo de leitura: 2 min

Da Redação, com Agência Senado

A CPI da Covid ouve nesta quarta-feira (07/07) Roberto Ferreira Dias, ex-diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde.

Em sua fala inicial, Roberto Dias garantiu não ter tido qualquer participação na escolha da Covaxin como fornecedora de vacinas: nem no que tange à quantidade, cronograma de entregas, definições de preços ou outro aspecto contratual.

Disse também jamais ter pressionado algum funcionário do Ministério da Saúde nesse processo.

Dias referiu-se ao deputado Luís Miranda (DEM-DF), o primeiro a relacioná-lo ao caso, como um “notório controverso”.

Lembrou que Miranda negou na CPI ter negócios na área da saúde, mas áudio divulgado na comissão, com ata notarial, mostra que o deputado teria negócios de comercialização de luvas e EPIs.

Dias referiu-se ao parlamentar como “uma pessoa desqualificada”, e que as denúncias contra ele “jamais serão provadas” devido à ausência de base:

— Será que atrapalhei algum negócio do deputado? Porque essas denúncias três, quatro meses depois dos fatos? Neguei um pedido de cargo para seu irmão, servidor do Ministério, e cheguei a pensar que fosse uma retaliação contra mim. Mas será que atrapalhei alguma outra coisa? Já acionei o deputado por difamação contra minha pessoa.

Dias negou ter oferecido vantagem indevida ao policial Dominguetti Pereira, que tentava intermediar negociações junto ao governo federal para compra de vacinas da AstraZeneca.

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Segundo o ex-diretor do Ministério da Saúde, nunca houve pedido ilegal dele além de documentos, que também não chegaram a ser apresentados.

— Como ficou demonstrado por esta CPI, trata-se de um picareta que tentava aplicar golpes em prefeituras e no Ministério da Saúde — afirmou.

Indicação ao cargo

Roberto Ferreira Dias confirmou conhecer o líder do Governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), mas disse que o deputado não foi o responsável por sua indicação ao cargo no Ministério da Saúde.

Segundo o depoente, o então deputado Abelardo Lupion enviou seu currículo ao  então ministro da Saúde Henrique Mandetta, que o nomeou.

 

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Comentários

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Zé Maria

O Ministério da Saúde (os outros também?)
do (des)Governo Bolsonaro/Guedes/Mourão
está até parecendo aquele Avião da FAB –
da Comitiva Presidencial – que levava Pasta
de Cocaína para o Exterior e trazia de volta
Cocaína Refinada ou Cristalizada.

Zé Maria

Abelardo Lupion (DEM) exerceu sucessivos mandatos de Deputado Federal pelo estado do Paraná, tal qual Ricardo Barros (PP), o Líder do Governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados.

Lupion foi membro da chamada Bancada Ruralista (Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) no Congresso Nacional, à qual ajudou a fundar e da qual chegou a ser Líder. Aliás, ele mesmo é Empresário do Agronegócio. Pertence a uma Família de Fazendeiros Políticos paranaenses.

Aberlardo Lupion foi, inclusive, fundador e presidente da União Democrática Ruralista (UDR) do Paraná, ONG de Latifundiários de Extrema Direita liderada nacionalmente por Ronaldo Caiado (DEM-GO).

Em Setembro de 1992, Lupion foi um dos poucos (38) parlamentares que se opuseram à abertura de processo de impeachment do presidente Fernando Collor de Mello.

Atualmente, seu filho e herdeiro político Pedro, também Agropecuarista, é Deputado Federal pelo DEM do Paraná, dando prosseguimento à tradição política do Clã.

https://www.camara.leg.br/deputados/73764/biografia
https://www.camara.leg.br/deputados/204395/biografia

João de Paiva Andrade

Falta acrescentar que esse Roberto Dias Ferreira é sargento reformado (da reserva) a aeronáutica. Como não existe ex-militar, ele é mais um dos fardados ou empijamados que integram essa governo de ocupação, saque, rapina e entreguismo.

Não adianta tentar dissociar a família/clã bozo-miliciana nem esses quadrilheiros notórios do chamado “centrão” da turma que veste ou vestiu fardas. Desde maio de 2016 o Brasil é (des)governado, saqueado, rapinado, desmontado por uma junta militar. É preciso por guizos e cincerros nessa “gatunagem” fardada e ex-fardada.

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