Contra o Twitter, Trump trava a batalha que pode ser decisiva na eleição dos Estados Unidos

Tempo de leitura: 3 min
Taylor Swift e Alex Jones: o confronto nos EUA. Reprodução

Da Redação

“Depois de alimentar o fogo da supremacia branca e do racismo durante sua presidência, você tem a coragem de fingir superioridade moral ao ameaçar com mais violência? ‘Quando os saques começam, os tiros começam’??? Vamos tirá-lo no voto em novembro, Donald Trump!”.

A mensagem foi disparada pela cantora Taylor Swift para seus mais de 86 milhões de seguidores no Twitter.

Foi uma resposta a mensagem postada mais cedo pelo presidente dos Estados Unidos, que havia usado sua conta no Twitter para ameaçar com repressão manifestantes que protestam contra a morte de George Floyd em Minneapolis, estado de Minnesota.

“When the looting starts, the shooting starts”, frase usada por Trump em sua mensagem, remete a declarações racistas contra negros feitas por outras autoridades dos Estados Unidos no passado.

Mais uma vez, a plataforma interferiu: assinalou a mensagem de Donald Trump como possível incitação à violência, embora tenha mantido a mensagem no ar por considerá-la “de interesse público”.

“O Twitter não está fazendo nada sobre as mentiras e a propaganda disseminada pela China ou pelo Partido Democrata da Esquerda Radical. Ele tem como alvo Republicanos, Conservadores e o presidente dos Estados Unidos. A Seção 230 deve ser revogada pelo Congresso. Até lá, o Twitter será regulamentado”, respondeu Trump em mensagem a seus 80 milhões de seguidores.

A Seção 230 de uma lei de 1996 à qual se refere o presidente diz: “Nenhum provedor ou usuário de um serviço de computador interativo deve ser tratado como o editor ou orador de qualquer informação fornecida por outro provedor de conteúdo de informações”.

Em outras palavras, a revogação tornaria as empresas controladoras das redes sociais suscetíveis a uma enxurrada de ações judiciais que praticamente tornaria o negócio insustentável.

As ações poderiam ser movidas por usuários em caso de remoção de conteúdo sem notificação antecipada ou direito de questionar a decisão.

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Com as mortes por causa da pandemia de coronavírus atingindo 100 mil pessoas nos Estados Unidos e a economia em frangalhos, o presidente Donald Trump está tentando evitar o esgarçamento de sua base.

A decisão de retirar os EUA da Organização Mundial de Saúde é uma forma de o presidente desviar o foco de sua responsabilidade pelo desastre causado pela covid-19 no país.

O democrata Joe Biden aparece com 5,3% de vantagem sobre Trump na média das pesquisas nacionais para a eleição de novembro, que demonstram a perda de apoio do presidente em sua base mais importante, a dos eleitores mais velhos.

Pessoas de mais de 65 anos de idade foram as grandes vítimas da pandemia nos Estados Unidos.

Ao ameaçar os manifestantes de Minneapolis, Trump está posando como o “presidente da lei e da ordem”, o que agrada esta fatia do eleitorado.

Porém, corre o risco de desagradar o eleitorado negro, onde o presidente vem tentando reduzir a imensa vantagem dos democratas.

Em mensagem posterior à que foi assinalada como imprópria pelo Twitter, Trump se explicou: disse que distúrbios só causariam novas mortes, uma desonra à memória de George Floyd.

Mark Zuckerberg, o dono do Facebook, discordou publicamente da decisão do Twitter, afirmando que não cabe às plataformas arbitrar o conteúdo publicado.

Zuckerberg foi o principal alvo de uma campanha movida pela senadora Elizabeth Warren, ex-candidata à Casa Branca, que defende a regulamentação pública das plataformas privadas.

Segundo Warren, para não perder dinheiro, o Facebook fechou os olhos para as fake news que ajudaram a eleger Donald Trump em 2016, muitas vezes promovidas como conteúdo pago.

Para se proteger, Zuckerberg foi um dos principais apoiadores da criação das agências de checagem.

A previsão de uma eleição equilibrada em novembro torna fundamental para Trump o apoio do submundo das redes sociais.

Recentemente, um dos maiores apoiadores do presidente, Alex Jones, do site Infowars, foi banido do You Tube e de outras redes sociais, sob a acusação de propagar teorias de conspiração.

Jones obteve milhões de seguidores graças ao apoio de Donald Trump, que chegou a repetir em discursos oficiais “informações” mentirosas que chegaram a ele pelo Infowars.

Alex Jones duvida, por exemplo, que o homem de fato tenha pousado na Lua.

Sua teoria mais recente é a de que o isolamento social foi imposto pelo establishment como forma de treinamento para futura escravidão humana num modelo cubano-soviético.

O coronavírus foi, obviamente, criado em um laboratório chinês, segundo Jones.

Trump é definido por Jones como outsider, um homem de fora do sistema que luta contra forças titânicas para sobreviver em Washington, na mesma linha seguida por Jair Bolsonaro no Brasil.

Nos Estados Unidos, este discurso tem grande apelo eleitoral, especialmente entre os eleitores independentes e do Oeste do país.

Apesar de Trump, na prática, governar para os ricaços, Jones e sua turma promovem teorias da conspiração por trás das quais estariam bilionários, como George Soros e Bill Gates.

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Zé Maria

Esse tal Alex Jones é um Perigoso “Anarquista” de Extrema-Direita – agora existe isso – Individualista, adepto do ‘Movimento Contra Tudo e Contra Todos’, Defensor Radical da Não-Regulação do Uso de Armas de Fogo, Conspirador Contumaz
que, com a Capacidade de Comunicação, pelo Domínio da Oratória, dissemina,
de forma doentia, releituras fakes dos fatos e acontecimentos históricos, e induz um Grande Número de Prosélitos nos EUA a acreditar em Doutrinas Estapafúrdias,
mistificando a Política e politizando a Religião (nos moldes
de Olavo de Carvalho) e através do qual se servem Políticos
Inescrupulosos como o Presidente Donald Trump.

Zé Maria

Rachadinha na PGR: Inspirada no Clã Bolsonaro no Rio de Janeiro.

O Ministério Público Federal (MPF) ofereceu, ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), denúncia contra um subprocurador-geral da República.
Ele é acusado de cometer os crimes de concussão e lavagem de dinheiro,
por pelo menos 29 vezes.
Esta é a terceira denúncia pela qual irá responder.
As duas primeiras, oferecidas em abril deste ano, apontam para o cometimento
dos crimes de calúnia e coação no curso de processo administrativo.

O subprocurador-geral exigiu o pagamento de R$ 2 mil mensais como condição
para nomeação e permanência da vítima no cargo comissionado CC-5
na Procuradoria-Geral da República (PGR).

Para dissimular o pagamento ilícito, ele obrigava a servidora (que não
pertence ao quadro efetivo) a habitar um imóvel de sua propriedade,
por meio da celebração de um contrato de comodato, em razão do qual
ela assumiu a obrigação de pagar as despesas de água e luz.
No entanto, provas colhidas nas investigações apontam que o valor cobrado
era mais que o dobro da média do mercado, evidenciando uma forma de
o denunciado receber parte do salário que era pago à vítima.
A petição ainda demonstra a dissimulação da origem ilícita dos pagamentos.
Ao assumir o cargo, a servidora deixou vários cheques assinados.
Após receber o salário, recebia o cheque de volta em troca do valor em espécie.

http://www.mpf.mp.br/pgr/noticias-pgr/mpf-denuncia-subprocurador-geral-da-republica-por-concussao-e-lavagem-de-dinheiro
https://www.migalhas.com.br/quentes/287779/subprocurador-da-republica-e-condenado-por-usar-selos-da-pgr-para-oficios-de-interesse-pessoal

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