César Cantu: STF permite avanço de Bolsonaro sobre organismos de Estado

Tempo de leitura: < 1 min
Reprodução de vídeo

Por César Cantu, via e-mail

O STF obstou a re-eleição de Maia na Câmara e de Alcolumbre no Senado.

Os Ministros que votaram contra a re-eleição (Barroso, Carmen Lúcia, Rosa Weber, Luiz Fux, Marco Aurélio e Facchin), alegaram a Constituição.

Uma farsa. A Constituição permite a re-eleição uma vez e, por isso, Alcolumbre poderia se candidatar.

Os que votaram a favor (Gilmar Mendes, Toffoli, Lewandowski, Nunes Araújo e Alexandre de Morais) alegaram que era um assunto do Legislativo e que o STF não poderia interferir em prol da independência dos poderes.

Estavam certos.

Se o Legislativo afrontasse a Constituição, o STF, nesse caso sim, deveria entrar, mas não antes.

Obviamente, o Legislativo, para não afrontar a Constituição, teria que aprovar lei constitucional que permitisse a segunda re-eleição de Maia, já que a de Alcolumbre estava, constitucionalmente, garantida.

A disputa era, na verdade, um jogo de poder.

Bolsonaro desejava tirar Maia para colocar um alinhado do centrão visando a sua re-eleição em 2022 e, principalmente, o controle da Câmara contra pedidos de investigação de corrupção evidente e de impeachment.

Apoie o jornalismo independente

A oposição ao presidente, incluindo a esquerda, desejava a continuidade de Maia, um reforço inteligente contra Bolsonaro e suas forças retrógradas.

A grande mídia ficou com Bolsonaro porque, para o sistema de poder maior, ele é útil, apesar de carga muito pesada a ser carregada.

A briga da Globo com o presidente é, apenas, uma contenda personalista de iguais e uma disputa de partilha do poder interno.

Pelo que se percebe, por vias legais ou ilegais, Bolsonaro continua avançando no controle dos organismos de Estado.

Apoie o jornalismo independente


Siga-nos no


Comentários

Clique aqui para ler e comentar

ricardo gonçalves

O Terraplanismo vai destruir este país.

Esse texto é um exemplo de terraplanismo utilitário.

A Constituição a serviço do jogo politico.

O analfabetismo jurídico sendo exaltado como solução para nossos conflitos sociais.

Não há saída dentro do terraplanismo.

Principalmente se ele vier da Esquerda.

O DCM já aderiu ao terraplanismo desde a morte do Paulo Nogueira.

Será a vez do Viomundo?

Zé Maria

Não há dúvida de que a Cúpula do Poder Judiciário braZileiro
está cada vez mais contaminada politicamente pela Opinião
Publicada pela Mídia Venal e pelas Milícias Digitais Fascistas
Moristas Lavatistas e Bolsonaristas, sobretudo nos últimos
anos, com o Martins “Opus Dei” Gandra no TST/CSJT, com o
Noronha no STJ, com o Dias e, mais ainda, agora com o Fucks
no STF/CNJ, muito embora o Sistema Judicial como um todo
– aí incluídos o Ministério Público (MP) e as Polícias Federal e
Estaduais notadamente a Militar – esteja a serviço de interesses
escusos, antinacionais e impatrióticos, ligados ao Mercado e a
Governos Estrangeiros.

Zé Maria

Constituição Federal de 1988
Título 4
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
Capítulo 1
DO PODER LEGISLATIVO
Seção VI
DAS REUNIÕES

Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 50, de 2006)*
[…]
§ 4º Cada uma das Casas reunir-se-á em sessões preparatórias,
a partir de 1º de fevereiro, no primeiro ano da legislatura, para a posse
de seus membros e eleição das respectivas Mesas, para mandato
de 2 (dois) anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição
imediatamente subseqüente.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 50, de 2006)*

(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc50.htm)*

https://brasil.mylex.net/legislacao/constituicao-federal-cf-art57_9280.html

jicxjo

O autor é jurista? De onde ele tirou essas conclusões ligeiras? Parte da esquerda aplaude violações à lei e à CF, na linha de que os fins justificam os meios quando convém (típica da política, não do Direito), mas depois reclama quando o feitiço se volta contra o feiticeiro. Democratização dos estupros à Constituição é uma pauta equivocada.

Deixe seu comentário

Leia também