Caminhada antifascista em SP vai terminar perto de estátua de matador de indígenas
Tempo de leitura: 2 minZona Sul tem ato antifascista, antirracista e pelo fora Bolsonaro neste sábado, 4
Protestos começam às 10h no Largo 13 de Maio e seguem com caminhada, pedalada e carreata até a estação Borba Gato do metrô, na Avenida Santo Amaro
Com ato público sob a bandeira Frente Antifascista e Antirracista da Zona Sul, organizado por partidos políticos de esquerda, sindicatos e movimentos sociais, a região também começa o debate sobre a necessidade de unificar as lutas e organizar a resistência à atual conjuntura política do país.
Fora Bolsonaro é a principal palavra de ordem.
Segunda região mais populosa da cidade, a zona Sul é também, por suas características sociais, uma das mais atingidas por tal conjuntura e pela não-política do presidente Jair Bolsonaro para a pandemia de COVID-19.
Na região, com cerca de 2,72 milhões de habitantes, a epidemia escancarou de forma especialmente afrontosa a relação da alta incidência e mortes por COVID-19 com as condições sociais aviltantes e a população preta.
Relatório da Rede Nossa São Paulo, divulgado há poucos dias, mostra que, dos dez bairros com mais casos e mortes por COVID-19, sete estão na zona Sul.
Não por acaso, dois deles, Jardim Ângela e Grajaú, são também os que concentram mais moradores autodeclarados pretos e pardos (classificação do IBGE): respectivamente, 64% e 56,8% de seus habitantes.
Além disso, das cinco grandes áreas das subprefeituras da cidade, as três com maior número de residências em favelas estão na zona Sul: Campo Limpo (59.483 moradias), M’Boi Mirim (42.350) e Cidade Ademar (25.468).
As estatísticas, da Secretaria Municipal de Habitação (SEHAB), excluem os núcleos “urbanizados” e as inúmeras ocupações ainda “invisíveis”.
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Na zona Sul, ainda, o índice de desemprego é o mais elevado da capital (15,5%, diante da média de 12,8% do município), enquanto o número de habitantes formados em curso superior é o mais baixo, proporcionalmente (10%, para 34,1%), segundo pesquisa divulgada em janeiro pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade).
ATO PÚBLICO
4 de julho de 2020, 10h00
CONCENTRAÇÃO
Pessoas e ciclistas: Praça Floriano Peixoto (subprefeitura de Santo Amaro).
Veículos: Praça Floriano Peixoto, em frente ao Habib’s, Santo Amaro.
Caminhada seguida de grupo de ciclistas e carreata até a estação Borba Gato do metrô, na Avenida Santo Amaro, onde a concentração se dispersa.
Devem participar militantes de partidos políticos e integrantes de movimentos sociais e sindicatos, em especial da zona Sul.
COVID-19
Todos os participantes estão sendo orientados a usar máscaras, levar álcool em gel e manter distância segura uns dos outros de no mínimo 1,5 metros.
O Centro de Cidadania da Zona Sul (Cecasul) e o Movimento de Saúde do M’Boi Mirim farão distribuição gratuita de máscaras.
SOBRE A FRENTE
Integram o ato público da Frente Antifascista e Antirracista da Zona Sul e pelo Fora Bolsonaro, representantes do PT, PSOL, PCdoB, PSB e PCO, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Sindicato dos Químicos e Farmacêuticos de São Paulo, Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Centro de Cidadania da Zona Sul/Cecasul, Comitê de Lutas de Cidade Ademar e Pedreira, Sarau dos Trabalhadores e Fórum Regional de Saúde Sul.
A participação nos atos e atividades do grupo é aberta a todas as pessoas, entidades, associações, movimentos e partidos políticos identificados com sua proposta.
PS do Viomundo: A TV Globo não entende o motivo de a estátua de Borba Gato ter sido recentemente decorada com tintas de múltiplas cores. Em que país vive a emissora?
Comentários
Zé Maria
“M’Boi Mirim”[mboîa (cobra) + mirim (pequena)],
onde se localizava a Tribo dos Guaianases,
à beira do Rio Pinheiros, invadida em 1607
para extração de minério de ferro e instalação
do Engenho de Nossa Senhora de Assunção
de “Ibirapuera” (do Tupi: “Pau Podre”).
Em 1829 o imperador D. Pedro I, enviou imigrantes
alemães para ocupar essas terras, dando início ao
processo de colonização estrangeira do M’Boi.
Três anos após a chegada dos alemães, a região
de Santo Amaro, que incluía a antiga Aldeia
do M’boi Mirim, foi elevada à categoria de
município, até 1935, quando foi reincorporada
à Capital Paulista.
http://www.saopauloinfoco.com.br/mboi-mirim/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Guaian%C3%A1s
https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/dtbs/goias/goias.pdf
https://pt.wikipedia.org/wiki/Santo_Amaro_(distrito_de_S%C3%A3o_Paulo)#Antecedentes_Ind%C3%ADgenas
https://moovitapp.com/index/pt-br/transporte_p%C3%BAblico-Rua_%C3%8Dndios_Goi%C3%A1s-Sao_Paulo-site_24616272-242)
http://www.saopauloinfoco.com.br/os-curiosos-nomes-indigenas-de-sao-paulo
Só por curiosidade:
O que será feito da Estátua do Bandeirante Genocida
Bartolomeu Bueno da Silva (1672-1740), o “Anhanguera”*,
erguida na Avenida Paulista, no Parque Trianon, em SP ?
*”Anhanguera” = “Diabo Velho”, nome dado pelos nativos
ao Bandeirante, devido à crueldade com que os tratava.
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/2/2f/Bartolomeu_Bueno_da_Silva1.jpg/315px-Bartolomeu_Bueno_da_Silva1.jpg
Zé Maria
https://escolaeducacao.com.br/wp-content/uploads/2019/07/bartolomeu-bueno-da-silva-monumento-ao-bandeirante-goiania-go.jpg
Detalhe:
Há em Goiânia, na Praça Attilio Corrêa Lima,
um Monumento em homenagem a outro
Bartolomeu, o Pai, também Bandeirante,
conhecido como “o Primeiro Anhanguera”.
A Estátua, em bronze, que traz uma bateia
em uma das mãos do “Caçador de Índios” e
na outra um bacamarte, foi doada à Capital
Goiana, em 1942, pelo Centro Acadêmico XI
de Agosto da Faculdade de Direito da USP.
Quiçá, os Goianienses dêem um jeito nela.
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/7/71/Bandeirante.jpg/270px-Bandeirante.jpg
Zé Maria
Se um “diabo velho”
já é difícil de Combater,
que dirá dois diabos.
https://www.ebiografia.com/anhanguera/
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