Bolsonaro repete Trump e move guerra eleitoral que turbina o coronavírus

Tempo de leitura: 3 min
Alan Santos/PR

Morte, invalidez, anomalia. Esta é a vacina que o Doria queria obrigar a todos os paulistanos tomá-la. O presidente disse que a vacina jamais poderia ser obrigatória. Mais uma que Jair Bolsonaro ganha. Jair Bolsonaro, em postagem nas redes sociais.

Da Redação

O presidente Jair Bolsonaro explicitou, em mensagem nas redes sociais, que está mais interessado na guerra eleitoral contra João Doria, prevista para 2022, do que em encontrar uma solução para a pandemia de coronavírus no Brasil.

“Quero acreditar que a Anvisa seja técnica e independente. Desde a sua constituição, essa independência e parte técnica do órgão é fundamental. A Anvisa é a guardiã sanitária do País e tem que se preocupar, sim, com tudo o que é relacionado à saúde, e ter critérios”, disse hoje Dimas Covas, presidente do Instituto Butantã, depois de a Anvisa suspender os testes com a Coronavac, a vacina chinesa, no Brasil.

Covas disse que desde o dia 6 a Anvisa sabia de um “evento adverso grave” relacionado a um dos voluntários brasileiros que tomaram a vacina.

Ele afirmou que foi notificado da suspensão dos testes pela Anvisa por e-mail na segunda-feira à noite e que 20 minutos depois a notícia já circulava na mídia.

Covas distinguiu entre “evento adverso” e e “reação adversa”: “Uma pessoa é atropelada quando sai de casa e morre — não estou dizendo que foi esse o caso — é um evento adverso. Isso é reportado, mas é um óbito pelo acidente, pela causa externa, sem nenhuma relação com a vacina”.

O presidente do Butantã disse que não pode revelar a informação por causa das regras de confidencialidade que envolvem a fase 3 do teste, mas disse que o “evento” não tem relação com a vacina.

De acordo com o Jornal da Cultura, um dos participantes do estudo teria cometido suicídio.

“Fomentar esse descrédito gratuito a troco de quê?”, disse Covas, sem no entanto cogitar que a decisão da Anvisa foi política, para reforçar a agenda de Bolsonaro contra a vacina chinesa.

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O número de infecções e mortes está caindo no Brasil, mas não é impossível que venha uma segunda onda, como aconteceu na Europa e nos Estados Unidos.

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A pandemia foi tema central da campanha americana.

Trump perdeu muitos eleitores entre os mais velhos, que em geral votam em candidatos conservadores e foram as maiores vítimas do coronavírus.

Por outro lado, ganhou votos de comerciantes que não querem qualquer nova restrição à circulação de pessoas.

Trump insistiu em fazer comícios sem distanciamento social e onde a maioria dos presentes não usava máscaras.

Ele atacou Joe Biden dizendo que o democrata queria cancelar até o Natal das famílias.

Pode não ser coincidência: a segunda onda nos EUA é avassaladora, com mais de 120 mil casos registrados por dia e aumento das internações. As mortes voltaram ao patamar de ao menos mil por dia.

Ao longo de toda a campanha, Trump fez pouco caso da pandemia e desencorajou seus eleitores a usar máscara. Ele fez acusações contra a China e tirou os Estados Unidos da Organização Mundial de Saúde.

Como Bolsonaro fez no Brasil, colocando um general no Ministério da Saúde, Trump escolheu um radiologista para “assessorá-lo”, descartando os epidemiologistas do National Institutes of Health.

O dr. Scott Atlas tem opiniões parecidas com as de Trump sobre a covid-19, assim como o ministro da Saúde Eduardo Pazuello em relação a Bolsonaro.

O brasileiro já trocou duas vezes de ministro da Saúde desde que a pandemia chegou ao Brasil.

Nos Estados Unidos, apoiadores de Trump espalham fake news nas redes sociais sobre vacinas, não só a chinesa. Seguidores de Bolsonaro, no Brasil, reprisam o comportamento. As teorias são bizarras.

Um fã de Trump postou que a vacina se transformará em sinais de GPS, permitindo o monitoramento do vacinado pelo governo: “Não! Não! Não! Eu não vou permitir que ninguém injete micróbios no meu corpo. Está provado que eles se desenvolvem e se tornam sinais de GPS para que o governo possa me seguir. Este é um golpe massivo! Não tome a vacina!”.

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Comentários

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Zé Maria

“Este é um daqueles dias em que o artigo 85 da Constituição Federal, que trata dos crimes de responsabilidade e do impeachment do presidente da República, grita para ser lembrado.
Há também o exemplo de Jânio Quadros.
Tantos abusos e desvarios não podem permanecer”

https://twitter.com/FlavioDino/status/1326298667859529729

https://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/dino-usa-constituicao-para-pedir-impeachment-de-bolsonaro-tantos-abusos-nao-podem-permanecer

Henrique Martins

https://www.brasil247.com/brasil/apenas-na-diplomacia-nao-da-tem-que-ter-polvora-diz-bolsonaro-sobre-politica-de-biden-para-amazonia

Imbecil. Ele fala como se governasse uma Coréia do Norte e tivesse armas nucleares para peitar uma potência nuclear como os EUA.

Henrique Martins

Esse sujeito que governa o Brasil – melhor dizendo, desgraça o Brasil – usa o aparelho estatal como se fosse o fogão da sua casa e o Planalto como se fosse a própria casa da mãe Joana.

Zé Maria

O Presidente do Instituto Butantan informou que o Hospital de Clínicas de São Paulo notificou oportunamente os Órgãos Públicos de Saúde e Fiscalização, inclusive a ANVISA, sobre a ocorrência do Óbito do paciente voluntário que foi encaminhado ao Instituto Médico Legal para atestar a causa mortis.

Zé Maria

O Evento ‘Adverso Grave’ alegado pela ANVISA para suspender os testes da Vacina Sinovac/Butantan/UNIFESP
foi um suicídio praticado no dia 29/10/2020 por um voluntário que havia recebido uma dose da CoronaVac ou Placebo 23 dias antes do óbito.

Henrique Martins

https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2020/11/10/causa-da-morte-de-voluntario-da-coronavac-foi-suicidio.ghtml

Meu Deus. Que vergonha o país estar sob o comando de um homem desses. Estamos vivendo dentro de um verdadeiro esgoto.

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