Bolsonaro mente a negacionistas alemães que hospitais ganharam dinheiro para internar pacientes da covid em UTI
Tempo de leitura: 2 minDa Redação
Em entrevista de mais de uma hora publicada nas redes sociais associadas ao grupo Querdenken, “pensamento lateral”, da Alemanha, o presidente Jair Bolsonaro disse que a vacina coronavac, a mais utilizada no Brasil contra a covid, é “experimental” e que a doença apenas abreviou a vida de pessoas que tinham comorbidades.
O Brasil teve 648 mortos pela covid nas últimas 24 horas, somando 592.964 no total, de acordo com o painel do Conselho Nacional de Secretários de Saúde.
Nos Estados Unidos, a média de óbitos para os últimos sete dias ficou em 2.036 no dia 23 de setembro, com o vírus causando danos especialmente em regiões com baixa taxa de vacinação — bolsões onde Donald Trump teve muitos votos, no Sul e no Noroeste do país.
Autoridades da Alemanha colocaram o Querdenken, que promoveu várias manifestações contra o isolamento social e o uso de máscaras no país, em monitoramento, por conta de supostas ligações com dois grupos de extrema-direita, o Reichsbürger (Cidadãos do Reich) e o Selbstverwalter (Auto-administradores).
O Reichsbürger, de acordo com o governo, tem muitos integrantes armados e abertamente antissemitas. O grupo diz que a Alemanha de hoje foi construída pelos poderes aliados depois da Segunda Guerra e, portanto, deve ser demolida. O Selbstverwalter também rejeita o estado alemão.
Na entrevista, Bolsonaro acusou — sem apresentar provas — hospitais de falsificar diagnósticos para colocar pacientes na UTI, mas não citou o grupo Prevent Sênior, que o apoia.
“Uma pessoa na UTI por covid custa 2 mil reais por dia. Uma pessoa numa UTI com outras doenças custa 1 mil reais. Então quando uma pessoa mais humilde vai no hospital ela é levada para a UTI porque os hospitais vão ganhar mais dinheiro, então tem uma supernotificação. Isso aconteceu. O número de mortes no Brasil foi superdimensionado”, afirmou o presidente da República, sem dizer que os pacientes humildes foram internados em hospitais públicos, da rede do SUS, que não ganham dinheiro com internações.
Na frase mais bizarra da entrevista, ele minimizou o impacto da pandemia: “Muitas [pessoas que morreram] tinham alguma comorbidade, então a covid apenas encurtou a vida delas por alguns dias ou algumas semanas”.
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Bolsonaro também disse que a coronavac, a vacina mais utilizada para imunizar brasileiros até agora, é “experimental”, para justificar o chamado “tratamento precoce” com drogas ineficazes que seu governo promoveu para evitar medidas de isolamento social.
Nesta semana, a Índia retirou a cloroquina e a ivermectina da lista de drogas utilizadas no país no tratamento contra a covid. Era um exemplo muito citado por bolsonaristas para justificar a prescrição de remédios sem comprovação científica.
Diferentemente dos norte-americanos, os brasileiros em sua grande maioria aderiram à vacina.
Em São João do Sul, Santa Catarina, no entanto, houve uma tragédia familiar: no dia 13 de setembro morreram Valdir (49 anos) e Denilde (52); no dia 21, Deneci (51). Os três irmãos rejeitaram a vacina.
No total, 15 pessoas da família pegaram covid. Os pais, de 86 e 81 anos de idade, sobreviveram à doença. Ambos estavam vacinados.
A entrevista demonstra que Jair Bolsonaro se tornou um ídolo da extrema-direita mundial, inclusive dos neonazistas.
Comentários
Jonas Cabral
Hj divulgaram a inflação em 1,14% num único mês do ano de 2021.
Ou seja, o povão terá mais problemas para conseguir comer todo dia. 5 ou 6 refeicaozinhias nem pensar. Muitos farão só umazinha só refeição.
Somado a isso tem a covid que mata mais que metralhadora.
Os convênios nestas internações em UTI fazem de tudo para transferir os pacientes para os precários hospitais dos convênios. Hospitais proprios. Por aí já cai por terra o argumento dele.
Os convênios não querem pagar a conta destas despesas.
Zé Maria
Grupo Bandeirantes adere à Campanha Bolsonarista
de Redução da Maioridade Penal. O Fascismo arde.
Zé Maria
Querem construir Cadeias em vez de Escolas.
Tem de falar pro repórter da Bandeirantes
– que fez as entrevistas sensacionalistas –
para avisar aos familiares das vítimas que,
de acordo com a Constituição de 1988,
a Lei Penal não retroage, a não ser para
beneficiar o réu.
Quer dizer, se for alterada a Legislação,
nem sequer o desejo de vingança pessoal
contra menores infratores se realizará.
Ademais, atirar jovens pobres num cárcere
cheio de presidiários, não resolve o problema
da criminalidade, possivelmente até o agrave.
.
.
“O vezo de se discutir o valor da maioridade penal
é exemplo antológico de uma tal postura da impostura.
Em termos da teoria do Direito Penal, do Processo Penal,
da Criminologia e, em especial, do Penitenciarismo,
a redução da menoridade penal é absolutamente
ineficaz para a diminuição dos números da criminalidade.”
“A questão, como toda a gente sabe, ou deveria saber, não é de repressão
mais enérgica e paritária à delinquência adulta, mas de fazer valer, obrigar
o governo a funcionar, a prover as comunidades da verdadeira saúde e da
verdadeira educação; e ainda, no momento adequado e necessário, criar e
manter verdadeiras oportunidades de participação social. Isso cumprido,
como por encanto, os índices de criminalidade cairiam drasticamente, os
bandidos do morro não poderiam aliciar os jovens, não seria bom para os
adolescentes procurar desde logo ‘levar vantagem’ na vida presente, porque
teriam ao seu dispor um verdadeiro programa de vida decente, uma carreira
e até mesmo o apoio de uma família, da sua família.”
“Em verdade, a estratégia de diminuir o limite de idade da imputabilidade
participa da natureza do pensamento pouco esclarecido e acientífico de
agigantar o Direito Penal, de exacerbar as penas, na crença de que, diante
de um sistema punitivo mais drástico, os índices da criminalidade declinariam.
Uma tal falácia, a par de já se haver mostrado falsa e sem propósito, apenas
retarda ou posterga a tomada de decisões no sentido correto da nossa história
sócio-política.”
“A realidade a ser encoberta pelo engodo da maioridade reduzida é, como sempre
foi, o não enfrentamento das questões sociais reais como um todo, cadinho de
onde provêm todos os males sociais com potencial de alimentar o estrato da
delinquência.
Saúde e educação, no primeiro plano; para além do respeito a esses direitos
básicos da construção social e da formação do cidadão, o crescimento da
economia com a criação de oportunidades de emprego, de conformidade
com a capacitação de cada um e, sempre, o livre caminho para a ascensão social.”
“O Estatuto da Criança e do Adolescente é um documento legislativo de grande
valor, mas que pode ser revisado para se criar uma política mais elaborada e
complexa para a delinquência dos adolescentes, mas sem perder a sua natureza,
a sua qualidade, frente ao desafio social.
Por fim, não podemos esquecer que, seja para a delinquência juvenil, seja para
a delinquência adulta, nada, absolutamente nada, poderá avançar no sentido
social se não houver a participação responsável dos governos com sanções
positivas, ou seja, boa saúde, boa educação e, diga-se, bons exemplos.”
Jurista João Mestieri, na ConJur
Íntegra:
https://www.conjur.com.br/2021-jul-08/joao-mestieri-ainda-questao-maioridade-penal
Zé Maria
Bozo, o Palhaço Nazista Genocida, afirmou
que as pessoas que morreram de COVID-19
apenas tiveram a vida encurtada em alguns
dias ou semanas, pois já prestes a morrer.
Quando é que esse Psicopata Desumano
vai a julgamento no Tribunal Penal em Haia?
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