Aprovação de Moro, que atingiu pico de 69% em maio do ano passado, agora está em 39%
Tempo de leitura: 3 min
Da Redação
A presidenta do PT, senadora Gleisi Hoffmann, reclamou hoje no twitter de como o diário conservador Estadão divulgou a mais recente pesquisa Ipsos, que mede as taxas de aprovação de várias personalidades públicas brasileiras.
“Depois de procurar, achei a pesquisa Ipsos publicada no Estadão online, quase escondida e com um título insosso.
Lula tem desgaste diminuto, com 42% de aprovação. Sérgio Moro é aprovado por 39% e rejeitado por 51% dos entrevistados”, escreveu Gleisi.
Na verdade, a desaprovação ao ex-presidente Lula é de 56%.
O que a pesquisa mais recente revela é altíssima taxa de desaprovação de autoridades em geral.
Pela ordem: Temer, 93%; Fernando Henrique Cardoso, 77%; Gilmar Mendes, 75%; Rodrigo Maia, 69%; Geraldo Alckmin, 68%; Henrique Meirelles, 67%; Fernando Collor e João Doria, 63%; Marina Silva, 62%; Jair Bolsonaro, 68%; Jaques Wagner, 57%; Lula, 56%; Manuela, 52%; Moro, 51%; Carmen Lúcia, 49%; Joaquim Barbosa, 41% e Luciano Huck, 35%.
Já a taxa de aprovação, pela ordem: Luciano Huck, 56%; Lula, 42%; Joaquim Barbosa, 40%; Moro, 39%; Marina Silva, 29%; Jair Bolsonaro, 23%; Carmen Lúcia, 23%; Geraldo Alckmin, 20%; João Doria, 16%; Raquel Dodge, 13%; FHC, 10%; Collor, 6%; Henrique Meirelles, 5%; Temer, Rodrigo Maia e Jaques Wagner, 4%; Gilmar Mendes e Manuela, 2%.
Aqui é preciso fazer alguns alertas: a pesquisa é feita com 1.200 pessoas, tem margem de erro de mais ou menos 3% e, atenção, é “representativa da população brasileira de áreas urbanas”, conforme enfatizado pelo próprio Ipsos. Ou seja, a população rural (16%, segundo o IBGE) é desconsiderada.
Dito isso, como frisou a presidenta do PT, de fato a apresentação da série histórica do Ipsos é confusa.
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Mesmo no site do instituto, os dados dos levantamentos nem sempre são apresentados por completo.
Porém, alguns números permitem avaliar a evolução de alguns dos personagens “testados”.
A taxa de aprovação do juiz Moro começou em 10%, em setembro de 2015; disparou em março de 2016, quando Moro determinou a condução coercitiva do ex-presidente Lula; atingiu o pico em maio de 2017, com 69%.
Em julho de 2017, o juiz condenou Lula a nove anos e meio de prisão. Foi um momento decisivo.
Entre julho e agosto, a rejeição a Moro saltou de 28% para 37% e a aprovação recuou de 64% para 55%.
O Ipsos registrou, à época: “O levantamento revela ainda que o juiz que lidera a Operação Lava Jato teve maior crescimento de rejeição nas regiões Nordeste (de 34% para 55%) e Norte (de 21% para 40%). E pela primeira vez na série histórica a desaprovação é maior do que a aprovação ao analisar apenas os entrevistados das classes D e E (39% de aprovação contra 47% de desaprovação), avançando 18 pontos percentuais no período”.
Desde então, a aprovação de Moro vem caindo, chegando agora a apenas 39%.
A taxa dos que não tem opinião sobre o juiz é baixa — 10%.
Ou seja, a narrativa de que o juiz persegue Lula encontrou eco especialmente entre os mais pobres depois que Moro condenou o ex-presidente pela primeira vez.
A desconfiança em relação ao juiz de Curitiba parece ter aumentado quando as medidas do governo Temer começaram a afetar o bolso dos mais pobres.
Embora a pesquisa Ipsos não diga isso, é possível supor que uma parcela significativa da população tenha aceito a narrativa de que a condenação de Lula foi a sequência do golpe que tirou Dilma e levou Temer ao poder, resultando na perda de direitos que afeta especialmente o eleitorado do lulismo.
Hoje, Lula tem mais aprovação que Moro, 42% a 39%.
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Comentários
Jardel
Está começando a cair a ficha dos minifestoches. E esse é o motivo da evidente e apressada perseguição ao Lula.
O mundo reconhece o Golpe de 2016.
Lula deveria pedir asilo a algum país progressista.
Caso contrário morrerá na cadeia. A máfia dos golpistas irá trabalhar fortemente para isso.
RONALD
Jardel, acho que antes disso entrarem no estado de barbárie total !!!!
lulipe
Não sabia que o Moro era candidato não??
Julio Silveira
Creio que esse juiz colonizado, subordinado ao estado yanke, lança um grande desafio politico a todo politico que tenha verdadeiro compromisso com a religação popular aos interesses nacionais, patrioticos, que é a observação sistematica dentro dos poderes de todos os descomprometidos com a construção de uma pais independente e culturalmente soberano.
Esse cara lança luzes sobre o perigo do que chamo promiscuidade cultural. Por que por seu poder oportunizou a confusão para encobrir.o que poderia ser entendido como interesse nacional ficou claro que sempre foi o atendimento aos interesses de nosso principal, e sistematico, adversário cultural continental, os States.
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