Ao sofrer segundo impeachment, Trump demonstra firme controle do Partido Republicano

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Foto Wikipedia

Da Redação

O presidente Donald Trump tornou-se o primeiro líder dos Estados Unidos a sofrer dois impeachments esta tarde, quando a Câmara votou (232 a 197, com 5 abstenções) que ele deve ser julgado por incitar uma insurreição contra o Parlamento no dia 6 passado.

Naquela data, depois de ouvir um discurso de Trump dizendo que marcharia até o Congresso com os manifestantes, para dar “espinha” aos republicanos que relutavam em reverter o resultado do Colégio Eleitoral, apoiadores do presidente invadiram e depredaram o Capitólio, num episódio que resultou na morte de seis pessoas, inclusive dois policiais.

Na votação de hoje, 10 deputados republicanos acompanharam os democratas, mas Trump manteve a lealdade da grande maioria da bancada, com 197 votos.

O presidente obteve 70 milhões de votos na disputa contra Joe Biden em novembro passado. Além disso, em sua campanha para contestar o resultado, Trump arrecadou mais de U$ 250 milhões.

O resultado da votação mostra que o presidente ainda mantém firme controle sobre o Partido Republicano, embora na primeira tentativa de impeachment — sob acusação de exigir da Ucrânia que investigasse a família Biden — os deputados do partido tenham votado de forma unânime contra o processo.

Agora, Trump será julgado mais uma vez no Senado. O líder dos republicanos, Mitch McConnell, já anunciou que não convocará a Casa antes de 19 de janeiro.

Com isso, o presidente completará seu mandato sem correr o risco de ser afastado.

McConnell terá papel decisivo no processo. Se romper com Trump, como se especula, poderá arrastar consigo os votos necessários para condenar Trump com 2/3 do Senado, tornando o presidente inelegível.

Qualquer que seja o resultado, a votação de hoje mostra que o trumpismo assumiu o controle do Partido Republicano de maneira sólida, o que torna o presidente um candidato em potencial para disputar a Casa Branca em 2024.

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Autoridades dos Estados Unidos se preparam de maneira inusitada para a posse de Joe Biden no dia 20 de janeiro, colocando até 15 mil soldados da Força Nacional e do Exército em Washington e no entorno da capital.

Muito se fala no risco de ataques de nacionalistas e supremacistas brancos contra as sedes regionais de poder nos 50 estados.

Banido do twitter, do Facebook e do Instagram, Trump opera para se afastar do episódio do dia 6, que partidários dele atribuem a radicais dissociados do Partido Republicano.

Nos discursos feitos hoje na Câmara, muitos republicanos tentaram, mais uma vez, pintar o presidente como vítima de perseguição dos democratas, que teria começado no dia de sua posse, quatro anos atrás.

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