Quarta-Feira, 12 de Janeiro de 2011
DEBATE ABERTO
Três cenários para Dilma
Três cenários para o governo Dilma: um cenário lulista, marcado pela radicalização do binômio crescimento com inclusão social. Um cenário paloccista, dominado pela agenda de estabilização macroeconômica. E um cenário de sarneízação, com o esgarçamento da coalizão governante, crises, antecipação sucessória e oposição extremada.
Antonio Lassance, na Carta Maior
Trabalhar com cenários futuros ainda é uma boa maneira de organizar o que está por vir na forma de um leque que cobre o que se quer ver acontecer, o que é possível ocorrer e o que se quer evitar. No caso do governo Dilma, pelo menos trës cenários podem ser vislumbrados.
O cenário ideal, ou de referência, pode ser apelidado de lulista, pois tem como traço marcante a continuidade e a radicalização (ou seja, o enraizamento e aprofundamento) das políticas públicas do governo Lula , sob o binômio crescimento com inclusão social. Seu emblema é a eliminação da miséria. Seu pressuposto é a continuidade do ciclo virtuoso que combina crescimento econômico em patamares acima da média dos últimos oito anos e a ampliação das políticas sociais universais e de equidade.
Um segundo cenário pode ser apelidado de paloccista, pois reproduziria a agenda que prevaleceu entre os anos de 2003 a 2005. Sua tônica seria o equilíbrio macroeconômico, com prioridade absoluta para o controle da inflação. Seus fundamentos seriam a manutenção da taxa de juros em patamares elevados e um rigoroso e contínuo ajuste fiscal, com corte de gastos e recordes de arrecadação tributária para a geração de superávits primários expressivos. Em paralelo, o governo dedicaria grande esforço a uma agenda permanente de reformas, várias delas tramitando de modo simultâneo: tributária (meramente simplificadora, sem mexer em sua estrutura regressiva), microeconômica, previdenciária, política, trabalhista e tantas outras possíveis e imagináveis, mas politicamente inviáveis.
Para o terceiro cenário, vamos usar como referência o governo Sarney. Como se sabe, foi um governo que chegou a contar com ampla maioria congressual, mas que se foi fragmentando. A erosão do capital político acumulado agravou-se com a instabilidade econômica. Num cenário sarneísta, o estrangulamento da sustentação política do governo inviabilizaria qualquer agenda (lulista ou paloccista) e o deixaria suscetível a crises permanentes, sem retaguarda para a sua defesa. Ao mesmo tempo, a oposição consolidaria seu viés extremista. Fortes sinais dessa possibilidade apareceram durante a campanha Serra: discurso agressivo e preconceituoso, combate sem tréguas e demonizador à pessoa da candidata (hoje presidenta) e formação de uma candidatura de oposição patrocinada e trabalhada meticulosamente pelas corporações midiáticas mais tradicionais – fenômeno que teima em reiterar-se a cada campanha eleitoral, desde 1989.
No primeiro cenário, a presidenta se valeria do caminho trilhado por Lula para consolidar um projeto político de dimensões ainda mais amplas. Como resultado, manteria bons níveis de aprovação popular, sustentação social e coesão de sua base política.
O segundo cenário retrocederia a uma situação que já se imaginava superada. O governo ficaria refém de uma agenda tímida, diante da expectativa de um salto adiante. O primeiro ano estaria reservado, assim como foi em 2003, à tarefa de arrumar a casa. Se descontextualizado da atual conjuntura, o fato tenderia a ser explorado, pela velha mídia e pela oposição, como uma contradição da imagem de céu de brigadeiro deixada por Lula. A popularidade do atual governo estaria em níveis distantes dos atingidos por Lula em seu último ano de mandato e mais próxima ao que esteve justamente entre 2003 e 2005.
O terceiro cenário resultaria da desagregação das forças que a duras penas foram reunidas em aliança para viabilizar a candidatura Dilma. O governo sofreria com uma baixa disciplina congressual, o que abortaria a possibilidade de implementar reformas importantes. Estaria obrigado a governar excessivamente por decreto, gerir sem inovar, tocar a máquina sem ousar grandes mudanças. Amargaria impopularidade e pouca vitalidade para a sua defesa na sociedade. Os partidos da base tentariam dissociar sua imagem da do governo, disputariam espaço a todo instante, para forçar reformas ministeriais, e se lançariam antecipadamente à sucessão.
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Por sua vez, setores do PT encampariam um “sebastianismo” favorável à imperiosa necessidade da volta de Lula, enquanto PMDB e PSB acenariam com a possibilidade de candidaturas próprias (tal e qual na experiência do Governo Sarney, que foi solapado pela antecipação do debate sucessório e profusão de candidaturas egressas de partidos aliados). Trata-se de um quadro que não interessaria nem ao próprio Lula, pois levaria à erundinização do governo, desgastando, de roldão, a imagem do ex-presidente e do PT (tal e qual fizeram do governo Erundina, em 1989).
A rigor, cenários diferentes não são excludentes. Aliás, raramente o são. É difícil que ocorram em estado puro. É mais comum que despontem combinados, na verdade, engalfinhados, brigando um contra o outro.
Essa natureza instável e contraditória deixa o cenário que prevalece em um dado momento pronto para ser distorcido e engolido por seu reverso. A toda hora, se vê cada um deles tentando se firmar. Os que prevalecem são projetados também pelas circunstâncias. Não são objeto da vontade ou desenvoltura de um único ator político.
Lula teve que assumir um cenário paloccista entre 2003 e 2005, por conta da instabilidade econômica herdada do governo anterior, acirrada pelos temores insuflados na campanha de 2002. Da mesma forma, os temores atuais de que a economia está a um passo de fugir ao controle e de que a inflação voltou a ameaçar o sono dos brasileiros faz com que os médicos defensores do remédio amargo voltem a bater às portas do governo (a respeito, leia-se o artigo de Paulo Kliass, “Inflação: a mesma desculpa de sempre!”, na Carta Maior ).
Neste momento, os três cenários estão conflagrados, em franca disputa.
As dificuldades com o PMDB instilam o risco de o governo não contar com uma coalizão sólida no Congresso, o que impediria a presidenta de transformar seu poder de iniciativa (ancorado em suas prerrogativas) em poder de agenda (a aprovação congressual das matérias de seu interesse prioritário).
O cenário lulista tem como ponto prioritário a agenda social e desponta a cada passo que se dá em torno do plano de erradicação da miséria. Mas há ainda desafios que, se esquecidos, deixariam uma significativa agenda de mudanças na prateleira. É o caso da Consolidação das Leis Sociais e da regulamentação da Emenda 29 (que daria mais recursos à saúde, saindo da atual situação de subfinanciamento). Além disso, o PAC e a política de investimentos das estatais (Petrobras, com o pré-sal; Caixa Econômica, com o “Minha Casa, Minha Vida”; a política de crédito dos bancos públicos, entre outras), que dizem respeito à alavancagem econômica do País, carecem de uma perspectiva mais antenada com o longo prazo.
As reformas tributária, política, trabalhista e previdenciária são temas para debate. Nenhum deles projetou-se no debate eleitoral e os candidatos não os colocaram entre suas preferências. São temas mastodônticos, lentos demais por conta das inúmeras arestas federativas e jurídicas, por contrariar atores com poder de veto e contar com poucos estímulos diante da insegurança suscitada por suas mudanças.
A questão da regulação da mídia depende de uma clara demonstração de força do governo, que precisa certificar-se de que conseguirá aprovar no Congresso aquilo que pretende e segurar o “tranco” que levará se mexer no vespeiro que afeta um grande número de parlamentares – os que têm relações orgânicas com a atual configuração do sistema de concessões públicas de rádio e tv.
Consolidar um cenário favorável depende da contenção dos cenários adversos. Os primeiros cem dias são tradicionalmente o momento decisivo e definidor do que um governo pode vir a ser e de sua habilidade para tourear conflitos.
Para a presidenta Dilma, seus primeiros cem dias darão a embocadura de um governo que começou sem lua de mel, que carrega nos ombros a responsabilidade de colher o que Lula plantou e de realizar aquilo que o ex-presidente não teve tempo nem condições de concluir.
Em seu primeiro ano, um governo deve preocupar-se em fazer as coisas acontecerem, mas não pode descuidar de um requisito essencial: saber administrar as expectativas que levantou a seu respeito. A tendência é que se compare 2011 com 2010. O correto e justo, no entanto, seria comparar 2011 com 2003 – o primeiro ano de Lula com o primeiro de Dilma. A correção dessa expectativa é a primeira grande tendência que Dilma e sua equipe precisarão reverter, enquanto ainda há tempo.
É preciso lembrar que um governo, mesmo de continuidade, começa marcado por certa desaceleração, em função de um novo arranjo da coalizão governante, do assento de novos dirigentes, da realocação de sua burocracia, da redefinição de prioridades e do início de novos métodos de trabalho e de um padrão diverso de relacionamento, dentro e fora do governo. O avião pilotado por Lula pousou. O pilotado por Dilma terá necessariamente que fazer uma nova decolagem.
Antonio Lassance é pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e professor de Ciência Política.
Comentários
Pitagoras
Sarneyização??? Sai prá lá, capeta! Já não basta essa peste e sua famiglia atanazando, mamando, futricando, aproveitando-se da carona que Lula lhe deu e Dilma continua a lhe dar?
Depois de collor coisa-ruim, fhc privataria-tresloucada voltar pro sarney oitenta-por-cento-de-inflação-ao-mês é ruim hem!
Maria Lucia
Heitor Rodrigues e Pedro Ayres já estão entrevendo o cenário dilmista e dando conta de sua existência mesmo nesse começo de comecinho. Pensam o país a partir de sua realidade e da realidade do povo brasileiro. A eles minhas homenagens!
Ah! se os povos dependessem dos renomados intelectuais para descobrirem quem são os políticos que defendem os seus interesses,dentro do possível, estariam fritos e torrados!
Mas o povo brasileiro apesar de todos os vacilos da chamada esquerda puro sangue, dos plínios, das marinas e que tais, e sem intelectuais de renome puxando cordão desde a primeira hora, soube pressentir que Dilma Rousseff era o melhor caminho. Era a esperança e o sonho.
E lá vai ela e sua luz brilhante,mostrando que "el camino se hace al andar". E ela andará acompanhada de seu povo e dos que pensam a partir dele e das suas realidades. Que são as melhores companhias para o caminhar político. Porque o povo trabalhador não vacila diante de qualquer papo sinistro, de qualquer armação bem paga.
Intui, irmana e soma. E segue adiante!
Antonio Fernando
Em termos intelectuais (sejam eles de natureza econômica, técnica, política e até mesmo militar) é excelente se trabalhar com cenários, quantos mais, melhor. Isso em nada caracteriza, engrandece ou desqualifica o(s) autor(es), é apenas um exercício de natureza estratégica. O que o distingue é a capacidade do(s) autor(es) de expô-los com razoável clareza e mostrar ao leitor, à luz da realidade por ele(s) percebida, o quanto de cada um deles pode se tornar presente num futuro a curto, médio e longo prazo, levando-se em conta os atores sócio-econômicos e outros atuantes a cada momento. Isso em parte cabe, também, a nós leitores.
Maria Lucia
Caro Antonio Fernando
Só estranhamos um certo catastrofismo nos cenários antevistos pelo Lassance, fora o lulista que ele considera o de referência, mas que coloca meio como um ideal e não algo bem concreto, um ponto de partida. Como é, sem dúvida alguma. E assim foi combinado entre a candidata Dilma Rousseff e o povo brasileiro que seria. Logo não é um cenário futuro, é uma realidade do presente. Só que também foi combinado, que teremos avanços.
O autor do artigo fala como se algo do descrito nos dois outros cenários já estivesse acontecendo, o que não é fato. A não ser que se tome como real as invencionices e intrigas da Grande Mídia ou os wishful thinking da direita, que toma os seus desejos por realidades et pour cause…
Mais do que trabalhar com cenários futuros, nós brasileiros queremos é construir coletivamente o cenário futuro,com as lideranças que elegemos democraticamente com imenso esforço, participando ativamente dessa construção e definindo seus rumos. Precisamos de intelectuais, sim. Mas daqueles que partem das realidades do povo e do país, do dinamismo do quadro econômico e político atual do mundo em que vivemos e não de imaginários cenários tétricos.
Heitor Rodrigues
Enquanto palpiteiros escrevem roteiros de filmes catástrofe com estréia marcada para as vésperas da eleição de 2014, retratando um suposto futuro próximo do Brasil, os atos da Presidenta Dilma revelam que ela começou a governar antes de 1 de janeiro. Com Meirelles desautorizado pela indicação de Tombini para a direção do BC, o Copom reuniu-se em dezembro e não aumentou a Selic, desejo preferencial da banca e da mídia, conforme dezenas ou centenas de cartinhas para Papai Noel, escritas pelos representantes de seus fãs, e amplamente divulgadas. O Copom optou por um conjunto de medidas que a mídia batizou de macroprudenciais, enquanto transferia o aumento automático da Selic para a próxima reunião do Copom. Ainda em dezembro, Tombini tratou de esfriar a mídia, usando o argumento dela mesma nos últimos oito anos, sempre para justificar a inoportunidade das medidas do Copom de Meirelles diante das necessidades da economia real: o lapso entre a tomada de decisão pelo Copom e a constatação dos efeitos no mundo real. O argumento serviu para o Presidente do BC ir mais longe, e sugerir que pode não ser preciso aumentar a Selic em 2011, dependendo do impacto das medidas de dezembro.
Esta semana, diante da entrada do Fundo Soberano na luta contra a valorização do Real, Mantega deu 3 meses para os apostadores contra a moeda brasileira desfazerem suas posições no mercado, caso não queiram arcar com prejuízos expressivos. E a mídia começou a falar numa guerra de preços, algo incompatível com uma escalada inflacionária. Ou seja: o sistema financeiro foi docemente intimado a colaborar com o governo, e os atores que bancaram a suposta perda de controle sobre a inflação, puseram a viola no saco.
Ontem, alguns comentaristas de economia já falavam em dólar a 2, 2,2 reais, ainda no primeiro semestre. Acho que as demais ferramentas do governo que não a Selic, serão suficientes para controlar as expectativas econômicas, e abrir caminho para a queda real dos juros.
Ontem também, o Ministro das Comunicações abriu o debate sobre o controle da mídia, em entrevista à TV Brasil. Como a reafirmar o caráter técnico do governo Dilma, enfatizou a proibição da propriedade cruzada dos meios de difusão como essencial para democratizar as comunicações. Não fechou nenhuma porta, mas apontou um caminho, como convém a um debate que se inicia.
Para 12 dias de governo, acho que muita coisa foi iniciada, e de forma promissora. A Presidenta vai surpreender a nós todos.
Pedro Ayres
Há em algums meios acadêmicos o estranho hábito da cópia ipsis verbis de tudo aquilo que parece ser “intelectual e customizado” vindo de famosos centros universitários mundiais. É uma praga muitíssimo comum naqueles que costumam se ver como cientistas sociais ou cientistas políticos. Há algum tempo que o futurismo de fancaria, que sempre foi utilizado pelos thinks tanks militares, com seus conceitos de teatro de operações, por conseqüência, com vários cenários, faz estragos por aí.
O autor do artigo faz parte dessa entourage, quase a mesma que vê no peemedebismo(sic) uma nova concepção política por parte das oligarquias brasileiras. Enfim, de uma forma ou de outra, o objetivo é negar a realidade das transformações no seio do povo, que entende serem tais “cenários” e o “peemedebismo” a costumeira prática das classes dominantes para não perderem o poder, sendo que em alguns momentos, essas classes, seguidoras do conselho machadiano, podem até perder os anéis para continuarem com os dedos.
Como se vê é algo tão antigo que já na época de Machado de Assis soía ter a mesma idade do mundo. Quanto mais se negar o avanço político das massas, mais sobrevida terão as oligarquias e seus interesses. Interesses que esses gentis intelectuais, solerte e indiretamente, defendem como algo muito sério e merecedor de cuidados. O mais grave é que diversos desses ilusionistas das ciências sociais têm a fantasia de se considerarem de esquerda.
A relaxing way to Teresópolis.
[…] Antonio Lassance: Três cenários para Dilma | Viomundo – O que você não vê na mídia […]
Morvan
Boa noite.
No que pese a análise do Sr. Lassance, aparentemente sem viés PIGuista, concordo com os que consideram precipitado falar em feição do Governo, por ora.
Outra coisa: cumpre à Presidente Dilma governar, e não ficar imaginando o que o PIG acha ou não acha do Governo Dilma. O PIG é o PIG. Quanto menos dermos atenção a eles, tanto melhor…
Agora, a "Ley dos Medios" é condição sine qua non: ou a Presidente enquadra o PIG ou PIG a derruba!
PS.: Falei "Presidente", referindo-me a Dilma Vana Roussef, sem desinência. Se virem a Presidente Pilar, desconversem, por favor…
Morvan, Usuário Linux #433640
Renato
Bubice de sua parte, ó honorável colaborador. Chamar a presidenta de "presidente" é trabalhar contra. "Presidente" é o Ronaldo; embora saibamos que ele esteja pra rei momo…
lucia
O governo Dilma começou a 11 dias, jamais vi análises de resultado de governo com menos de cem dias. Estas análises e conclusões que ora aparecem são precipitadas e sem sentido, o governo está se instalando.
Qual o interesse em apresentar críticas e fazer previsões calamitosas? Qualquer conclusão sobre o governo Dilma em 10 dias é mero exercício de retóricaA
A insinuação de inércia e dificuldade é pura torcida e a necessidade de vender ao público uma imagem de imobilismo e incapacidade do governo , aliás totalmente descabida.
Os conflitos com a coalisão gerados durante as nomeações de segundo e terceiro escalões são esperados e naturais em governos de coalisão , ainda mais quando conta com o PMDB e seus chantagistas em sua base.
Xô urubus, vão azarar em outra freguesia.
Marcelo de Matos
“As dificuldades com o PMDB instilam o risco de o governo não contar com uma coalizão sólida no Congresso, o que impediria a presidenta de transformar seu poder de iniciativa (ancorado em suas prerrogativas) em poder de agenda (a aprovação congressual das matérias de seu interesse prioritário)”. Muito bem. Mas, quem fomenta essas “dificuldades” com o PMDB? A oposição, interessada em dividir para vencer, ou cooptar parte dos petistas com vistas à eleição de Aécio em 2014; o PIG, para praticar os costumeiros assassinatos de reputação; setores do próprio PT, ainda não convalescidos da “doença infantil do esquerdismo” de que nos dava conta Lênin. Se o PT escolheu o PMDB como parceiro tem de honrar a parceria. Nada de desancar Sarney, Jobim ou Temer. Ou alguém é tão tolo a ponto de pensar que isso não trará consequências? Quem não estiver contente com a parceria que abandone o barco, sem subterfúgios.
dukrai
O Emir Sader falou dos três latifúndios do Brasil, o agrário, o financeiro e o midiático. Sem atacar essas estruturas perversas não vamos derrotar a pobreza e a injustiça. A reforma agrária foi arranhada no governo Lula, foram assentadas 600 mil famílias, existem outras 480 mil vivendo em ocupações ameaçadas pela polícia e 20 milhões de famílias são o tamanho do angu de caroço que não vai ser resolvido burocraticamente pelo Incra.
Disposição política e chances dessa questão secular ser, não digo nem resolvida , mas proposta no governo Dilma é próxima de zero. Com a palavra o MST.
O latifúndio financeiro sofreu um baque com a saída do Meirelles, mas o Tony Palocci está na área e o Mantega é de uma firmeza de margarina. A conferir.
O latifúndio midiático terminou o ano de cabelo em pé depois da surra eleitoral que os jornalões levaram. A banda larga, vitrine da campanha, está nas mãos do governo e a sua implantação pode contar com as operadoras privadas sem problemas. Já a regulamentação da mídia vai depender de uma articulação política exemplar e as maiorias aritméticas na Câmara e Senado podem ou não possibilitar.
É tudo cenário que pode ser modificado dependendo de quem elegemos e qual a pressão que se fizer em cima deles.
J.L. Brandão Costa
Totalmente de acordo com Maria Lúcia. Estão menosprezando a Dilma. Ela é uma personalidade forte. Na hora do pega-prá-capar, voces vão ver do que ela é capaz. São apenas duas semanas de mandato. Daqui há pouco vem aí um freio de arumação; os Henriques Alves e cia. que ponham as barbas de molho…
bene
Esse tal Lacansse ou coisa que o valha, tem que rever seus conceitos; não existem apenas três cenários, existem sim mil cenários, ou a mistura de de mil facetas de cenários, as coisas não são assim tão simples para, numa análise rápida dizer como vai ser um governo. Não fiquem dando comida para o monstro do PIG!!!
Renato
Mas, meu Deus do Céu, bene, o cara é do Ipea. Cêis tão muito afobados, gente!
Maria Lucia
A grande dificuldade dos nossos intelectuais é pensar no cenário dilmista, que vem surgindo no horizonte. Continuam acreditando que ela é um poste, um robot, uma despreparada. Embora os fatos desmintam essas 'teses" da direita, uma a uma, diariamente.
Ainda bem, que eles são lerdos de idéias. Quanto mais tempo demorarem para fazer essa descobeta, mais a nossa Presidente tem sossego para trabalhar!
francisco p.neto
Maria Lucia
Sinceramente nem terminei de ler, e ao ver a sua resposta vim fazer coro ao seu destaque : "nossos intelectuais não pensam num cenário dilmista".
Mas, pera aí, intelectuais?
Angela Mara
ABSURDO!
Como é que podem reduzir nossa Presidenta a modelos externos a sua pessoa?
Eu tb nem li o resto. Dilma é uma mulher competente e inteligente, não precisa
de modelos ultrapassados.
Quem disse que Dilma não tem seu estilo próprio????
Afffffff, que estupidez, que pensamento MACHISTA!!!!!!!!!!
Renato
Maria e Francisco,
Acho vcs apressados nessa definição sobre o texto e, por conseguinte, sobre a opinião do Antônio… Por acaso alguém já sabe enxergar qual é a cara do governo Dilma? Quantas ações já aconteceram para, enfim, caracterizarmos o governo da Dilma? Por enquanto, ela está batendo cabeça com o PMDB e está tentando aparecer junto com os ministros de sua preferência, a fim de mostrar que gosta de trabalhar; mas só isso. Nenhuma medida certeira foi tomada ainda – até porque não deu tempo. Então, qual o problema do pósdoc fazer referência ao governo Lula? E lembrem-se: não é AO LULA, mas ao cenário DO Lula…
Tem que ser de esquerda, mas tem que ter tino – meu povo!!!!!
E cadê a Ley de Medios? Será que ela vai buscar com a Kristina? – Será? Será?
Aline
Renato
Tudo o que já li do Lassance é simpático ao PSDB. Portanto ele está sendo coerente. Diz o que é música para os ouvidos dos seus amigos.
Estou com a Maria Lucia: que continuem achando que a nossa Presidente não está fazendo nada, que é uma poste( ou um poste? ), um zero à esquerda, uma despreparada. Foi assim que fizeram com o Lula e ele saiu com 87% de aprovação.
Mas o navio de guerra inglês que ia perturbar os argentinos não logrou licença para se abastecer por aqui. O militar José Elito foi convidado a explicar umas palavras um tanto fora de época. comp A Comissão de Ministros do PAC da Erradicação da Miséria já está formada e trabalhando duro.
No mais, todo mundo sabe que no primeiro mês de governo é posse de Ministro todo dia, definição do segundo e terceiro escalões, negociações de praxe com os partidos da coalizão etc
O grave é que o brilho da Presidente é tanto que a direita começa a se desesperar e teremos um Festival de Abobrinhas nunca dantes visto nesse país para tentar encobrir que Dilma é dilmais!
francisco p.neto
Renato
"Tem que ser de esquerda"?
Que rótulo é esse?
É o seu?
Eu me considero progressista.
Se, ser contra a ditadura como sempre fui, ser à favor da justiça social, contra corrupção, reforma do judiário, política, ser contra qualquer tipo de discriminação… é ser de esquerda então tá bom. Mas prefiro progressista.
Veja a contradição que vc caiu Renato.
Se o governo Dilma ainda não tem cara, por falta de tempo, como é que um "intelectual" vai desenhar três cenários possíveis para a nova presidenta?
Isso para mim é "achismo".
Gustavo!
Brilhantet colocação Maria Lúcia!
a presidentA está imprimindo uma cara diferente ao governo, discreta, prudente, controladora. ela é economista, Lula não, e paloci está sob controle. E não caiu de paraquedas na presidencia como Sarney…
Tô encantado com o ínicio do governo Dilma!
Paulo Silva
Renato
Vc há de convir que o Lassance é um catastrofista. Os três cenários que ele aponta sao eivados de um decidido viés pessimista. E isso com uma semana apenas de governo, que foi o exato tempo que o "telectual" em questão levou para produzir esse portento de análise política profunda.
Posso compreender o desespero da direita: a Presidente tem todas as qualidades – e mais algumas – para fazer um imenso sucesso no exercício de suas funções presidenciais. Daí, vamos assistir, durante os quatro anos, essa cantilena direitista, sempre com o intuito de tornar o brasileiro triste e infeliz, desconfiado e macambúzio. Vão querer repetir o que fizeram com o Lula.
E o pior agora é que têm que desgastar à Presidente e o ex-Presidente, porque sabem que ambos significam o que a maioria da população quer: progresso social e econômico e democracia interna e paz mundial.
É preciso compreender a direita. E rir muito de suas teorias perfeitamente idiotas.
Ramiro Tavares
Posso imaginar a tristeza desse povo que torce contra, que só pensa em derrubada, ao ver o equilibrio e a sensatez política da nossa Presidenta, misturado com firmeza e coerência.
Como ela não saiu correndo para prestar vassalagem aos EUA, o republicano McCain aqui chegou, humilde,pelejando para vender os seus aviõezinhos. E o navio de guerra inglês que queria se refrescar por aqui,para sair fazendo maldades com a hermana Argentina, levou um "No, Sir!".
Primeiras viagens da Presidenta ao exterior? Levar solidariedade à Presidenta Cristina Kirchner, visitar o Paraguai, o Peru e o Uruguai. Hoje em dia a grande parceira comercial e política do Brasil é a América Latina. Segue-se a China e a Europa. É só consultar os dados.
Quanto à Ley de Médios, teremos que primeiro colocar a população realmente a par de todas as sacanagens políticas e econômicas que a Mídia Grande apronta. E a serviço de que grupos econômicos atua. Depois sim. Vamos partir para uma justa regulamentação que respeite as exigências de uma democracia real e também os direitos de todos os cidadãos. Sem exceção alguma.
Política requer tempo e habilidade. Competência e credibilidade. E participação popular, necessariamente.
Tudo isso nossa Presidente tem de sobra ou sabe muito bem, por isso vai se firmando em ritmo acelerado.
Até julho já vai estar com uns 70% de aprovação , no mínimo. ESSE É O VERDADEIRO CENÁRIO DILMISTA!
E vamo que vamo! Quem fala de nós tem é mágoa!
Gustavo Pamplona
(Tsc… Tsc…) Que tal um cenário "dilmista"?
É cada bobagem que se lê nestes blogs de esquerda… (hahahhahhahhaa)
francisco p.neto
Pamplona
Conheço vc de outras plagas.
Você é assíduo lá nas pragas do blog do Josias de Souza.
É verdade ou mentira Terta?
Cada bobagem que se lê nesses blogs neonazifascismo… (hahahahahahahaa)
Paulo Morani
É simples. Será a escolha entre o sucesso e a MEDIOCRIDADE! Torço para que DILMA escolha o sucesso!
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