Altamiro Borges: Picareta da Riachuelo deveria ser preso

Tempo de leitura: 3 min

Picareta da Riachuelo devia ser preso!

Por Altamiro Borges, em seu blog

Com apoio dos fascistas mirins do Movimento Brasil Livre, o picareta Flávio Rocha, dono da Riachuelo, lançou nesta semana a sua candidatura a vice numa provável chapa de João Doria para as eleições presidenciais de 2018.

Como ativo participante do golpe dos corruptos, que alçou ao poder a quadrilha de Michel Temer, ele parece excitado com a recente onda conservadora no país.

Mas o ricaço – assim como o “prefake” e o MBL – pode se dar mal. O seu telhado de vidro é enorme.

Nesta semana, o empresário voltou ao noticiário em função de um antiga pendenga com o Ministério Público do Trabalho.

Acusado de explorar trabalho escravo, ele atacou os procuradores do Rio Grande do Norte, onde estão instaladas as confecções que terceirizam a produção para a sua rede de lojas.

A sua agressividade pode lhe render um processo e até uma ordem de prisão.

Pela internet, o empresário bravateiro – que jurou que bastaria derrubar Dilma Rousseff para a economia brasileira voltar a crescer “instantaneamente” – criticou duramente o trabalho do MPT e da procuradora Ileana Neiva – que foi chamada de “exterminadora de empregos” e “câncer”.

Apoie o VIOMUNDO

A sua histeria decorreu da decisão do órgão, que ajuizou ação civil pública pedindo indenização de R$ 37 milhões contra a Guararapes, empresa que controla a Riachuelo, questionando contratos com empresas terceirizadas.

De imediato, o Ministério Público e a Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT) reagiram à truculência do ricaço.

O valentão até apagou suas postagens nas redes sociais e tentou recuar: “Não quis atingir a honra da procuradora Ileana Neiva. Se fui enfático nas críticas foi porque o que está em jogo é o emprego de milhares de pessoas”.

Suas desculpas, porém, não convenceram. Flávio Rocha agora está sendo acusado por incitação à violência. Ele foi denunciado pelos crimes de coação no curso do processo, difamação e injúria.

O procurador geral do Trabalho, Ronaldo Fleury, classificou a atitude do dono da Riachuelo de “criminosa” e disse que o órgão levará o caso adiante.

“Entramos com uma notícia-crime contra o empresário junto ao MPF, que agora vai analisar se há indícios de crime para abrir ou não uma ação penal contra ele. As ofensas pessoais e a incitação à violência foram atitudes absolutamente desproporcionadas e, sob o nosso ponto de vista, criminosas com relação à procuradora Ileana Neiva e ao MPT como um todo. Tenho 23 anos no Ministério Público e nunca vi uma reação como essa”.

Já o presidente da ANPT, Ângelo da Costa, afirmou que a entidade dará toda a assistência à procuradora Ileana Neiva, que também deve entrar pessoalmente com uma ação por dados morais em razão dos crimes de calúnia e injúria.

“A ofendida fará uma representação que ainda tem um agravante porque, no curso do processo institucional, quando a injúria e a difamação é contra um servidor público, passa a ser uma ação pública também. A ANPT reforçará a ação. Inclusive estamos estudando a possibilidade de ingressar com uma ação de indenização por danos morais, a partir do desenrolar dessas ações”.

O vice do “prefake” João Dólar e cupincha dos fascistas mirins do MBL pode se ferrar. Bem feito!

Leia também:

Stédile: Brasil vendeu a soberania

Apoie o VIOMUNDO


Siga-nos no


Comentários

Clique aqui para ler e comentar

carlos

Esse canalha já quebrou uma vez e voltou para patrocinar a reforma trabalhista quando na verdade deveria ser investigado pela sonegação de impostos que faz parte da isenção de impostos. além de obter incentivos , quem quebra uma empresa não deveria receber incentivos.

Nelson

“Acusado de explorar trabalho escravo”.

Se comprovada a acusação, o petulante senhor Rocha será mais um, apenas, a demonstrar que a pujança – e os lucros e a fortuna – da grande maioria dos chamados empreendedores é feita à base da tremenda exploração sobre os trabalhadores.

Será apenas mais um a escudar-se em uma suposta preocupação com os empregos, quando o objetivo real é defender seu direito a continuar explorando os trabalhadores.

Deixe seu comentário

Leia também