Machado teria se divertido muito, com ambos
As orgias de Merval Pereira
Por Altamiro Borges, em seu blog
No sábado (21), em sua coluna no jornal O Globo, o “imortal” Merval Pereira criticou as alianças “heterodoxas” firmadas pelo PSB. No artigo intitulado “Orgia partidária”, ele localizou a sua bronca: “Os últimos dias para a definição das coligações estão produzindo um quadro esquizofrênico de alianças que tem na união do PSB com o PT no Rio de Janeiro o seu melhor exemplo”.
No estado, como se sabe, a legenda de Eduardo Campos indicou Romário para disputar o Senado na chapa do petista Lindbergh Farias. Para o inimigo declarado do PT, esta chapa é “uma mistura explosiva”. No mesmo dia, porém, o PTB anunciou seu apoio a Aécio Neves e Merval Pereira não ficou nem um pouco indignado!
Na crítica seletiva do colunista global, a aliança carioca não trará nenhum benefício ao PSB, “ao contrário da coligação armada em São Paulo, que dará o lugar de vice do governador Geraldo Alckmin ao partido, com o potencial de vir a governar o estado caso Alckmin se reeleja e ao final do mandato se desincompatibilize para disputar outro cargo”.
Ele mesmo se contradiz logo na sequência, ao reconhecer que “o deputado federal Romário, com a desistência de Jandira Feghali, passa a ser o favorito para a vaga, numa disputa acirrada com o ex-governador Sérgio Cabral, que pode até mesmo desistir da candidatura devido a esse quadro novo que se desenha”. Incoerência ou falha de raciocínio do “imortal”?
O que, de fato, incomoda a famiglia Marinho e seu funcionário não são as “coligações heterodoxas”, mas sim qualquer aliança que fortaleça o PT e as forças de esquerda nas eleições de outubro. A Rede Globo teme perder o governo do Rio de Janeiro, onde está sediada, e principalmente a disputa para a presidência da República.
Merval Pereira avalia, inclusive, que a aliança de Geraldo Alckmin e Eduardo Campos “é uma questão delicada na geopolítica paulista” – já que pode enfraquecer Aécio Neves, o cambaleante tucano. Não custa lembrar que o mineiro já traiu os paulistas José Serra e Geraldo Alckmin em outras eleições presidenciais. Será que o governador de São Paulo dará o troco em 2014?
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Ao final, Merval Pereira explicita toda sua revolta: “A verdade é que esses acordos firmados à última hora refletem a política nossa de todos os dias, onde o programático cede lugar ao pragmático.
Às vezes com certos exageros, como frisou o deputado Alfredo Sirkis do PSB ao anunciar que abre mão de se candidatar nas próximas eleições para não participar do que chamou de uma ‘suruba’ partidária”. Já que está preocupado com as “surubas”, o colunista global deveria, ao menos, manifestar certo temor com a decisão do PTB de oficializar, na última hora, o apoio ao tucano Aécio Neves.
Afinal, ele sempre criticou a sigla de Roberto Jeferson, o “mensaleiro”, por integrar a base de apoio do governo Dilma.
Segundo a própria Folha, tão tucana quanto o jornal o Globo, o PTB rompeu com Dilma porque não foi atendido nas exigências por mais cargos. “Um dos fiadores do apoio a Aécio foi o ex-deputado Roberto Jefferson, condenado e preso por causa do mensalão.
Aécio, que tem acusado o PT de ser tolerante com a corrupção, afirmou que não se constrange com o fato de um condenado do mensalão ter sido o principal articulador do apoio do PTB. ‘Não altera em nada o nosso projeto. É mais um partido político que se soma e é muito bem-vindo’, disse o tucano”, descreveu o diário neste sábado.
Mas Merval Pereira, tão indignado com a “orgia” carioca, nada escreveu sobre esta “suruba” federal, que garantiu a Aécio Neves cerca de 40 segundos na propaganda eleitoral de rádio e tevê. O colunista global é seletivo até nas suas orgias!
PS do Viomundo: É uma pena que o Merval não tenha vivido no tempo do Machado de Assis. O colunista de O Globo merece ser tombado pelo patrimônio histórico como exemplo do pensamento ilógico da elite rastaquera do Brasil.
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Comentários
anderson
Esquema Siemens também operou em administração de tucano mineiro Aécio
Empresário acusou a ECT de superfaturamento de R$ 48 milhões em licitação promovida no governo FHC tendo como ministro Pimenta da Veiga
Em meio ao escândalo do chamado propinoduto tucano, denunciado pela Siemens, empresas fornecedoras de equipamentos e de serviços em trens e metrô nas gestões Mario Covas, José Serra e Geraldo Alckmin que superfaturaram R$ 577 milhões, o equivalente a 30% a mais do que os governos pagariam se não houvesse esquema, outros casos envolvendo a empresa igualmente estão sendo investigados, mas ainda permanecem ofuscados.
Até 2005, repousou em uma gaveta do empresário catarinense Edson Maurício Brockveld um envelope lacrado de papel pardo. Em uma das faces do invólucro estão registradas cinco assinaturas de membros da Comissão Especial de Licitação dos Correios. Dentro, segundo ele, está à prova de que a corrupção na ECT começou, ou tinha prosseguimento, ainda no governo Fernando Henrique Cardoso.
Dono da Brockveld Equipamentos e Indústria Ltda., o empresário esperou até 2005, ocasião da CPMI dos Correios para abrir publicamente o envelope. Seu objetivo era provar ter sido preterido em uma concorrência, em 2000, em favor de duas empresas estrangeiras, a alemã Siemens e a francesa Alstom, ambas com propostas supostamente superfaturadas.
Brockveld alega ter calculado em R$ 48 milhões o contrato de compra de equipamentos de movimentação e triagem de carga interna oferecido à ECT. A dupla vencedora cobrou quase o dobro. De quebra, diz o empresário, as escolhidas passaram a gerenciar outros três contratos no valor de US$ 100 milhões (R$ 230 milhões).
Em 22 de dezembro de 1999, a ECT abriu a concorrência internacional 016/99 para compra e manipulação de equipamentos de sistemas de movimentação e triagem interna de carga. Interessado no negócio, Edson Brockveld conta que, nos dois anos anteriores à licitação, desenvolveu, junto ao setor de engenharia dos Correios, diversos equipamentos e realizou testes em parceria com as empresas Portec e Buschman, ambas dos Estados Unidos.
Segundo ele, a pedido da diretoria da ECT, a Brockveld Equipamentos chegou a trazer engenheiros americanos para fazer as demonstrações e, assim, ganhar a confiança da direção da estatal. O presidente da empresa era Hassan Gebrin, ligado aos grupos políticos do então governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz (PMDB), e do ex- senador e ex-governador também do Distrito Federal José Roberto Arruda (PFL-DF).
A indicação havia sido avalizada pelo então ministro das Comunicações, Pimenta da Veiga. Para garantir uma boa posição no processo licitatório, a Brockveld fez um consórcio com a japonesa NEC, uma das gigantes mundiais do setor de tecnologia de ponta. Pelo acordo, cada empresa seria responsável por um setor.
A empresa brasileira cuidaria do maquinário de movimentação postal e a NEC dos equipamentos de comunicação e segurança. Dois dias antes da licitação, no entanto, sem nenhum sinal prévio, conta Edson, o então diretor da NEC no Brasil, Marcos Sakamoto, informou à Brockveld que não poderia participar da licitação.
Alegou, segundo o empresário catarinense, atender a um pedido da direção da Siemens, que não queria a participação das duas empresas na licitação. No dia da abertura das propostas, Edson Brockveld diz ter sido diretamente convidado pelas empresas Mannesmann Dematic Rapistan, Siemens e Alstom a não participar da concorrência da ECT, pois estaria tudo certo que as duas últimas seriam as vencedoras da licitação.
Brockveld alega ter ignorado a oferta e participado, assim mesmo, do processo. No dia da licitação, o edital previa que fossem abertos os envelopes relativos à habilitação técnica e comercial. Porém, ao ser constatado que a Brockveld Equipamentos iria participar da licitação, e pelo fato de os concorrentes não saberem se a empresa estava ou não com os documentos em ordem, foi feita uma proposta à ECT de emissão de um parecer único da proposta técnica e de habilitação, em desacordo com o estabelecido no edital de licitação.
Feito isso, a Brockveld e a Mannesmann acabaram sumariamente inabilitadas tecnicamente. A Mannesmann imediatamente recorreu, mas teve o pedido indeferido. Ambas receberam, lacrados, os envelopes com as propostas de volta. Siemens e Alstom foram às escolhidas. Detalhe: a empresa francesa embolsou US$ 15 milhões e deu o cano na ECT, por este motivo foi processada pelos Correios e substituída em seguida, pela NEC.
Logo depois, a direção da Brockveld foi procurada pelas empresas vencedoras. Teriam pedido para que ela não entrasse com recurso administrativo. Em troca, os executivos da Siemens e da Alstom dariam parte do projeto para a perdedora. Ou seja, comprariam da empresa brasileira os equipamentos previstos no contrato.
Com a Alstom, o acordo foi assinado na noite do dia 23 de fevereiro de 2000. A empresa foi representada, segundo Edson Brockveld, por um diretor chamado Jean Bernard Devraignes. A Siemens, no entanto, esperou a data-limite para entrada de recurso, 24 de fevereiro de 2000, para assinar o acordo, em Brasília.
Naquele dia, para ter certeza de que tudo sairia conforme combinado, Hélcio Aunhão, diretor da Siemens, foi ao aeroporto da capital federal encontrar com Brockveld, então disposto a entrar com o recurso administrativo contra o resultado da licitação, o que nunca aconteceu. Depois de assinados os contratos, no entanto, as empresas vencedoras não honraram os acordos.
Edson Brockveld, então, esperou o momento certo de se vingar. A crise desencadeada a partir das denúncias de corrupção, justamente nos Correios, lhe pareceu à oportunidade ideal. O empresário foi ao Congresso Nacional para entregar toda a documentação sobre o caso a então senadora, hoje ministra Ideli Salvatti.
Disse a ela ter tomado a iniciativa de denunciar o caso cinco anos depois porque, impedido de participar da licitação e traído por empresas internacionais, achava que a CPMI dos Correios iria se interessar pelo caso. Por isso havia decidido ir pessoalmente ao Senado. Ele disse à senadora que, em princípio, não teria interesse em entrar em briga judicial contra a ECT, mas pretendia acionar a Siemens e a Alstom por quebra de contrato.
O diretor-regional de Vendas da Siemens no Brasil, Hélcio Aunhão, negou, na Sub-relatoria de Contratos da CPMI dos Correios, as acusações de que a empresa teria feito conluio com a Alston para que a Brockveld se retirasse da licitação do sistema de triagem interna de cargas dos Correios.
Aunhão confirmou ter assinado termos de intenção de compra de alguns equipamentos com a Brockveld, transação que, segundo Edson Maurício, serviria para compensar a empresa que se retirou, mas disse que a compra não foi realizada porque a empresa fornecedora não teria cumprido as condições estipuladas no contrato.
O sub-relator, então deputado federal, hoje Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, afirmou na audiência que a CPMI iria solicitar ao Ministério Público o aprofundamento da investigação sobre o caso.
O Ministério Público brasileiro obteve de autoridades da Suíça, este ano, a confirmação da existência de contas do operador do esquema junto ao Metrô de São Paulo, Roberto Marinho, no exterior. Agora, espera-se no MP a chegada de novas informações, vindas do Principado de Liechtenstein, vizinho à Suíça, de forma a rastrear o trânsito de grandes recursos no circuito de empresas e bancos do paraíso fiscal.
Segundo as autoridades o alimentador desse esquema seria a multinacional Alstom, que teria feito “acordo”, com os tucanos antes mesmo da Siemens e em relação ao Metrô de São Paulo, ou seja, no período que ocorreu às irregularidades no Correios, quando Pimenta da Veiga era Ministro das Comunicações de FHC.
Na multinacional alemã, o presidente no Brasil, Peter Loscher, foi afastado do cargo, numa responsabilização indireta sobre a gestão que teria participado de um cartel formado por 15 empresas, todas participantes de um esquema de pagamento de propinas aos tucanos.
anderson
http://altamiroborges.blogspot.com.br/2014/06/aecio-tenta-calar-vozes-dissonantes.html#more
Aécio tenta calar vozes dissonantes
Por Renato Rovai, em seu blog:
Aécio Neves e o seu PSDB entraram com pedido de busca e apreensão de computadores e equipamentos eletrônicos de uma série de pessoas no Rio de Janeiro, entre eles o da jornalista Rebeca Mafra, que só não teve a sua casa arrombada pela polícia porque uma vizinha tinha a chave do seu apartamento. Segundo a revista IstoÉ (ainda estamos apurando se isso é verdade, porque não recebemos nenhum comunicado oficial) o candidato tucano está movendo um processo contra a Revista Fórum e o Blog da Cidadania baseado na seguinte acusação: somos uma quadrilha virtual porque recebemos uma publicidade da prefeitura de Guarulhos.
A Revista Fórum que tem 13 anos de existência, vários jornalistas em seus quadros e uma história limpa, pois não tem nenhuma condenação judicial em toda a sua existência por conta do jornalismo que pratica, não parece ser imprensa pela lógica aeciana. Na lógica dele, imprensa deve ser apenas aquele tipo de veículo que o elogia.
Foi assim durante todo o período que esteve à frente do governo de Minas Gerais. Se você não conhece bem a história, assista a este vídeo.
Agora, o PSDB tem a cara de pau de soltar uma nota cujo título é “Pelo Direito a opinião”. Será ótimo podê-la usar a favor de Fórum nos tribunais caso de fato Aécio tenha nos processado. Mas ela é um amontoado de frases que o partido juntou para defender o que não tem defendido.
O texto cujo título é “pelo direito a opinião” ataca exatamente esse direito que foi exercido pelo vice-presidente do PT, Alberto Cantalice. É absurdo querer lhe impedir de escrever que certos colunistas são “pitbulls da grande mídia“. Inclusive porque há anos esses mesmos colunistas atacam ao seu partido como se fosse uma organização criminosa dirigida por bandidos.
Aliás, esses “pitbulls” usam exatamente o mesmo argumento que Aécio utiliza para atacar a imprensa que não o bajula. O tucano já se referiu à blogosfera como quadrilha algumas vezes. E pior, acionou a polícia. Imaginem se Cantalice tivesse entrado com mandado de busca e apreensão na casa daqueles que chama de “pitbulls”.
A grita contra Cantalice, orquestrada principalmente por Reinaldo Azevedo e Danilo Gentili (aliás, qual dos dois é o humorista?), é algo absurdamente exagerado. Quem deveria gritar desse jeito era Rebeca Mafra e todos que já foram silenciados e atacados pela lógica da “liberdade de imprensa” aeciana. Eles, sim, impedidos de usar seu direito a opinião.
Aécio tem se mostrado um perigo para a liberdade de imprensa. Todos os seus movimentos, inclusive este texto contra Cantalice assinado pelo PSDB, demonstram que seu interesse é o de calar as vozes dissonantes e construir unanimidade midiática em torno do seu nome. Quer a mídia tradicional a seu favor. E vai buscar silenciar os outros setores, criminalizando-os. É uma lógica a lá democracia no Egito. Que tem enviado à cadeia jornalistas que denunciam a ditadura por formação de quadrilha. Esse é o risco real.
Segue a nota do PSDB.
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Pelo direito à opinião!
O site do Diretório Nacional do PT deu mais um triste passo no estímulo à intolerância, ao ódio e à divisão do país, ao passar a atacar oficialmente, sem nenhum subterfúgio, o livre direito à opinião.
O PT e suas lideranças, que têm perpetrado ataques diários e insistentes à imprensa e seus profissionais, chegaram agora ao absurdo de criar “listas negras” para expor, à execração da sua militância, jornalistas e artistas que pensam diferente do partido e têm a coragem de expressar publicamente estas opiniões.
Não por acaso, na última sexta-feira a Folha de S. Paulo noticia o gesto de um governador do PT de processar criminalmente uma jornalista apenas por ter reproduzido uma declaração de terceiros.
A radicalização das ações do partido contra a liberdade de imprensa e opinião preocupa muitos brasileiros.
Na internet, aumentam as calúnias e difamações contra os adversários do PT. Aqueles que ousam manifestar opiniões contrárias aos interesses do partido são perseguidos por uma rede de comentários agressivos e desrespeitosos.
Há pouco tempo, o jornalista Merval Pereira, de O Globo, foi constrangido em local público. O mesmo aconteceu com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, agredido verbalmente por militantes petistas.
Hoje, os jornais noticiam que agressões à imprensa e a defesa do “controle social da mídia ” ocuparam papel de destaque na Convenção Nacional do PT.
O PSDB repudia toda e qualquer tentativa de limitação do exercício da livre opinião e manifesta, mais uma vez, o seu compromisso com a defesa de todas as liberdades, especialmente a de imprensa.
Brasília, 22 de junho de 2014
Fabio Passos
A maior orgia foi a união dos dois piores e mais corruptos partidos do Brasil: PiG & psdb.
E nesta orgia o merval está de bunda de fora.
Mardones
Cada um tem o imortal que merece. Certamente, aquela massa que xingou a Dilma merece o ‘intelectual’ que tem.
Caracol
Põ, Azenha, coitado do Machado de Assis! Em favor da lembrança deste escritor que honra as letras brasileiras, eu proponho que façamos de conta que ele não tem coisa alguma a ver com a Casa que fundou.
Ocorre-me agora que poderíamos mudar o nome da Academia para Academia Brasileira de Letras de Câmbio (ou Imobiliárias, sei lá!). Acho que algo assim daria sossego ao defunto do Machado, que de tanto rolar na tumba já deve ter aberto uma cratera.
Mário SF Alves
É… e Jorge Amado sabia disso. E por isso mesmo disse que a elite econômica, politicamente dominante, produz celebridades como e de onde ela quiser, até da …. E só querer.
Isso tá registrado lá, no Os Subterrâneos da Liberdade.
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