Altamiro Borges: A credibilidade das Forças Armadas na sociedade está caindo

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Arte: Miguel Paiva/ Facebook

Pesquisa confirma descrédito dos militares

Por Altamiro Borges, em seu blog

As Forças Armadas estão colhendo o desgaste que plantaram nos últimos tempos.

Vários generais da ativa e da reserva deram respaldo ao “capetão” Jair Bolsonaro nas suas conspirações golpistas, lambuzaram-se em várias mutretas – como as da “república dos coronéis” no Ministério da Saúde –, saquearam os cofres públicos com suas exóticas compras – de lagosta ao Viagra – e transformaram os quartéis em “incubadoras de terroristas”, como na tentativa de golpe do 8 de janeiro.

Agora, os milicos veem a sua credibilidade cair na sociedade.

Pesquisa Ipec realizada no início de julho apontou que a confiança da população nas instituições políticas está crescendo no Brasil.

Congresso Nacional e partidos, por exemplo, atingiram recordes de credibilidade da série histórica do instituto, inaugurada em 2009.

“A confiança nas Forças Armadas, por outro lado, está caindo”, enfatizou o colunista José Roberto de Toledo em postagem no site UOL na quarta-feira (19).

“Forças Armadas ocupam a pior posição da história no ranking. Historicamente elas sempre estiveram em um lugar de destaque no ranking, oscilando entre o segundo e o terceiro. Desta vez, caíram para 5º. A diferença para instituições governamentais, por exemplo, que chegou a ser de 54 pontos a favor das Forças Armadas em 2017, hoje é de apenas 16 pontos”, destaca o jornalista, que registra outros dados da pesquisa.

AUMENTO DA CONFIANÇA EM LULA

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Ele aponta que a credibilidade da Presidência da República teve uma mudança significativa em apenas um ano.

“Em 2022, último ano de seu governo, o nível de confiança na presidência de Jair Bolsonaro (PL) era de 41 pontos. Na pesquisa feita esse ano, no primeiro ano do governo de Lula (PT), o nível subiu para 50 pontos. Já a confiança no governo federal, que era de 47 pontos no último ano, saltou para 52 pontos”.

“Lula chegou a ter 69 pontos de confiança em 2010. Dilma teve 52 pontos em seu primeiro mandato e 26 em seu segundo, Temer apenas 14 pontos, e Bolsonaro, uma média de 42 em seus quatro anos de mandato. Lula atingindo 50 pontos em 2023 mostra uma sinalização positiva para a política e para seu governo”.

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