Paulo Teixeira: CPI do Cachoeira tenta ouvir Cavendish, Pagot e Paulo Preto

Tempo de leitura: 6 min

Paulo Teixeira: “A organização criminosa do Cachoeira continua muito viva, apesar dele preso”

por Conceição Lemes

Nesta quinta-feira 5, haverá reunião administrativa da CPI do Cachoeira para decidir as próximas oitivas e quebras de sigilo. Entre os requerimentos a serem votados, estão as convocações de:

Fernando Cavendish, ex-presidente da  Delta Construções. Há suspeitas de que a Delta, durante a sua presidência, teria vínculos com o esquema do bicheiro Carlinhos Cachoeira.

Luiz Antonio Pagot, ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit) do Ministério dos Transportes. Ele relatou a influência do bicheiro na sua demissão do Dnit.

Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, ex-diretor da Dersa. São Paulo fez contratos de quase um bilhão com a Delta; R$ 178, 5 milhões, celebrados nas gestões Alckmin (2002 a março de 2006 e de janeiro de 2011 em diante) e R$ 764,8 milhões no governo Serra (janeiro de 2007 a abril de 2010). Paulo Preto assinou o maior deles. A Dersa contratou em 2009 a Delta para executar a ampliação da marginal do Tietê por R$ 415.078.940,59 (valores corrigidos). Pela Delta, assinou Heraldo Puccini Neto, que teve a prisão preventiva decretada em abril e continua foragido.

Adir Assad, empresário de São Paulo que atua nos segmentos de construção civil e eventos. Suas empresas, entre as quais a SM Terraplenagem, receberam cerca de R$ 50 milhões da Delta.

Raul Filho, prefeito de Palmas (PT-TO). Apareceu em vídeo divulgado no último domingo, negociando doações com o bicheiro Carlinhos Cachoeira.

“Cavendish, Pagot, Paulo Preto, Raul Filho e Adir Assad estão entre os nomes que serão apreciados no dia 5”, informa ao Viomundo o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP), vice-presidente da CPI do Cachoeira. “Mas não dá para adiantar quem será e quem não será chamado já. O que eu posso garantir é que todos os nomes relacionados com a organização criminosa do senhor Carlinhos Cachoeira serão investigados. A CPI não vai blindar quem quer que seja.”

“O saldo da CPI na última semana foi muito positivo”, prossegue. “A casa do Marconi Perillo caiu. Além disso, tivemos demonstrações de que essa organização criminosa continua muito ativa e articulada, apesar do Cachoeira preso.”

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Viomundo – Mas a CPI suspendeu algumas convocações e nessa terça-feira nenhuma das quatro pessoas convocadas para depor compareceu.

Paulo Teixeira – Quanto à suspensão de alguns requerimentos, nós decidimos por isso até que tivéssemos acesso à quebra do sigilo bancário, já que CPI tem mais condições de fazê-lo do que a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF). Essas informações começam a chegar e vão nos permitir avançar em todo o braço dessa organização criminosa.

Quanto ao não comparecimento de algumas testemunhas, isso acontece em qualquer CPI. Mas as quatro serão reconvocadas. A saber: Rosely Pantoja da Silva, sócia da Alberto & Pantoja, empresa fantasma de Cachoeira; Edivaldo Cardoso, ex-presidente do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) de Goiás; o policial aposentado Joaquim Gomes Thomé Neto, acusado de ser um dos espiões do bicheiro; e Ana Lorenzo, dona da Serpes Pesquisa de Opinião e Mercado, contratada para a campanha do governador goiano, Marconi Perillo (PSDB), em 2010 e que, segundo a Polícia Federal, recebeu cheques do esquema de Cachoeira.

Viomundo – A mídia tem feito avaliações negativas dos trabalhos da CPI. Como analisa o papel dela até o momento?

Paulo Teixeira — A CPI surgiu de uma investigação da Polícia Federal com o acompanhamento do Ministério Público Federal que resultou numa decisão judicial que levou à prisão os principais líderes de uma organização criminosa bem organizada, com raízes muito profundas, e que operava a partir do estado de Goiás.

A CPI está complementando esse trabalho que, aliás, foi muito bem feito. A CPI está dissecando todo o fluxo de recursos da organização criminosa: quais empresas alimentavam-na e quais ela alimentava. Ou seja, origens, destinos, valores…

A CPI tem agora uma equipe grande de técnicos do Banco Central, Controladoria Geral da União (CGU), Tribunal de Contas da União, Polícia Federal, Senado, que está analisando os dados. São técnicos fazendo uma análise financeiro-contábil da circulação do dinheiro. Nós queremos ter um diagnóstico rápido da organização e provas consistentes para levar a julgamento célere as pessoas envolvidas.

Viomundo – No começo da entrevista, o senhor disse que a organização criminosa do Cachoeira continua muito viva. Que sinais ela deu nesse sentido ultimamente?

Paulo Teixeira – Realmente, tivemos demonstrações de que ela continua bem articulada. É uma organização ousada que atua para constranger, a ponto de ameaçar magistrados.  Por exemplo, o juiz Paulo Augusto Moreira Lima, da Justiça Federal de Goiás, se afastou do processo da Operação Monte Carlo porque se sentiu ameaçado. A  procuradora Léa Batista, que atua também em Goiás, recebeu e-mail com ameaças a ela.

E ousada também nos seus relacionamentos a ponto de um juiz federal se dar como impedido pelas relações que ele tinha com um integrante dessa organização criminosa.

Viomundo – Que outras demonstrações ela deu de atuação?  

Paulo Teixeira – Na semana passada, por exemplo, a Andressa Mendonça, esposa do Cachoeira, e o Wadimir Garcez, ex-vereador do PSDB e braço político do bicheiro, usaram o mesmo argumento para desqualificar o depoimento do jornalista Luiz Carlos Bordoni. Em 2010, ele prestou serviços à campanha de Marconi Perillo como locutor de rádio e  recebeu recursos da Alberto & Pantoja e da Adércio & Rafel Construções e Incorporações, empresas que pertenciam à organização criminosa.

A Andressa disse em entrevista e o Wladimir, em depoimento na CPI criada na Assembleia Legislativa de Goiás para tentar livrar a cara do Perillo, que o jornalista teria tentado extorquir o bicheiro e o dinheiro que apareceu na conta dele seria decorrente disso.  Essa coincidência nas falas demonstra que a organização criminosa ainda está articulada, conversa, combina estratégias, ainda que o Wladimir Garcez tenha saído da prisão com o compromisso de não procurar os seus antigos pares.

Evidentemente agora cabe à CPI, via quebra do sigilo telefônico, verificar se na véspera dos pagamentos houve algum telefonema entre Lúcio Fiúza Gouthier, ex-assessor especial do governador goiano, e o jornalista. Havendo, será a prova cabal de que quem ordenou os pagamentos foram os assessores de Marconi Perillo. Uma acusação grave, pois vincula diretamente a campanha do governador com o dinheiro do crime organizado.

Viomundo – Na semana passada, um arquiteto também prestou depoimento sobre a casa do Perillo/Cachoeira.

Paulo Teixeira – Isso mesmo. Ele decorou a casa que era do Perillo para o Cachoeira. Ele demonstrou que a casa foi vendida para o Cachoeira. Também foi encontrada a escuta de um diálogo entre o Cachoeira e um ex-diretor da Delta sobre a casa.

Viomundo – Esse diálogo foi com quem? O que dizia exatamente?

Paulo Teixeira – Entre o Cachoeira e o Cláudio Abreu, ex-diretor da Delta no Centro-Oeste. O Cláudio Abreu diz que a compra da casa do Perillo iria abrir as portas do estado de Goiás tanto para ele, Cachoeira, quanto para a Delta, pois estavam fazendo um favor ao governador. Também na conversa, o Cachoeira diz que o contrato da casa não pode estar no seu nome.

Assim, juntando esses dois depoimentos da semana passada mais a gravação feita pela Polícia Federal, eu diria que a casa do Marconi Perillo caiu. Ao mesmo tempo, ficou demonstrado que não existe nenhuma ligação entre o senhor Cláudio Monteiro, assessor do governador Agnelo Queiroz (PT-DF), e o esquema do Carlos Cachoeira.

Viomundo – A quadrilha continua funcionando mesmo?

Paulo Teixeira – Não tenho a menor dúvida. O senhor Carlos Cachoeira tem despachado com sua ex-mulher, que é quem dirige o laboratório Vitapan, por onde circulam muitos milhões de reais. Ele deve orientá-la em como fazer para manter a organização de pé.

A coincidência de versão do Wladimir e da Andressa e as ameaças feitas a procuradores e juízes federais demonstram também que essa organização criminosa não só continua funcionando, mas como tem uma profunda articulação. E que o próprio Cachoeira, da cadeia, continua operando os interesses financeiros dela.

Viomundo – O senhor acredita que o trabalho da CPI possa dar resultados positivos para a sociedade?

Paulo Teixeira – À medida que a CPI aprofunda as investigações, ela pode contribuir para que essa organização deixe de funcionar. Ao dissecá-la, teremos como desmantelá-la. Assim como teremos condições de desbaratar aqueles que ela utilizou para sobreviver.

Por outro lado, se não tivesse a CPI, talvez todos os participantes dessa organização criminosa estivessem em liberdade, atuando a pleno vapor.  Também se não tivesse a CPI, várias pessoas que estão sendo investigadas não poderiam sê-lo, pois têm foro privilegiado. Estou me referindo aqui a parlamentares e ao próprio governador de Goiás.

Veja bem. Essa organização criminosa conseguiu dominar todo o aparato de Estado, principalmente em Goiás. As investigações demonstram que ela teve influência nas polícias civil, militar e até Federal, no Poder Judiciário, no governo de Goiás.

Viomundo – Mas os trabalhos não poderiam ser mais rápidos?

Paulo Teixeira — Nós vivemos num estado democrático de direito. Essa investigação tem de ser feita dentro dos parâmetros legais. Assim, estamos utilizando, de um lado, oitivas. De outro, a análise de documentos e informações que nos chegam da sociedade.

A CPI está trabalhando de forma intensa. Até novembro, que é o prazo final para os trabalhos da CPI, nós vamos entregar uma grande contribuição para o Brasil. Além de desvendar essa organização criminosa e acusar na Justiça quem se envolveu com ela, acredito que poderemos também propor aperfeiçoamentos na legislação brasileira para organizações criminosas como essa não prosperem. E que a efetividade no combate a elas seja maior.

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Comentários

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SÃO PAULO, O ESTADO ONDE NÃO EXISTEM CORRUPTOS. – Toninho Kalunga

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maria olimpia

Concordo com o Deputado Paulo Teixeira. Esta CPI é tão abrangente que uma oitiva requer outra (ou outras), quantidade imensa de material sendo analisado e encontrando mais envolvidos – governos estaduais, prefeituras, construtoras, além de pessoas. Cada um que a “justiça” solta, torna-se uma verdadeira ameaça para os que têm trabalhado no caso. Deverá ser a CPI mais profunda feita no País. A oposição tem feito um papel ridículo nesta CPI, tumultuando, querendo proteger ou desqualificar envolvidos/citados, atrapalhando ao máximo o trabalho que deveria ser de todos, não apenas da mesa. Mas, NÃO vai conseguir. Nem ela, nem a mídia envolvida.

francisco.latorre

quem tentou ver pela recordnews.. danou-se.

toda hora entrava a repórter simone moura pra traduzir pros lesados aqui o que estaria acontecendo.

não dava pra ouvir o que falavam. aliás ela mesmo como pode comentar se não assistiu. passou todo o tempo de blá.

padrão galvão de protagonismo atrapalhante.

sem falar no estilão boris de passar opinião como consenso cósmico.

nada pessoal. mas isso vem se repetindo na cobertura da emissora.

o espectador quer ver o espetáculo.

e não ser tomado por incapaz de ver e ouvir por si.

..

resultado. não deu pra ver nada. lamentável.

..

CPI do Cachoeira convoca Cavendish, Pagot e Paulo Preto « Viomundo – O que você não vê na mídia

[…] Paulo Teixeira: CPI do Cachoeira tenta ouvir Cavendish, Pagot e Paulo Preto […]

Marcelo de Matos

Está comprovado que essa CPMI perdeu o foco. Querem ouvir o prefeito de Palmas sobre promessa de contribuição de Cachoeira para um showmício. Isso na campanha de 2004 quando os showmícios pipocavam pelo país afora. Claro que foi a Globo que remexeu nos guardados do ex-cunhado de Cachoeira e encontrou esse vídeo. Aí entram duas intrigas: a piguiana, que quer um contraponto petista para o lamaçal em que está envolvido Marconi Perillo; a familiar, já que o irmão da ex-esposa de Cachoeira, como a própria, não se conformam com a perda de status. Esse vídeo guardado desde 2004 ou plantado na casa do ex-cunhado estava destinado a alguma vendeta. O município de Palmas e alguns municípios goianos e até um paulista, Itanhaém, estão envolvidos em encrenca muito maior: a falsificação de documento para concorrências públicas. A falsificação, segundo o MPF, teria ocorrido em Palmas, mas, a responsabilidade é da autarquia federal CREA, não do prefeito. Enquanto as piranhas degustam um boi, o grosso da boiada passa incólume.

    Willian

    Errado, Marcelo. Querem ouvir o prefeito de Palmas porque, em razão destas doações de campanha, a Delta está ganhando milhões em Palmas. No video, que é anterior as eleições, já tratavam do recolhimento de lixo na cidade, serviço que hoje é executado por ela ao custo de milhões de reais. Parece que você está mal informado. Bem informado você deve estar sobre o Demóstenes e o Perillo, estou certo?

Paulo Chacon

Dá para mandar o vacarezza(minúsculo mesmo) calar a boca.
Eita sujeitinho boçal. Este idiota está sujando o trabalho do PT na CPI.
Fora com ele.

Marat

As dificuldades que a CPI vem enfrentando são mais um sinal bem claro da força da direita oligárquica brasileira, que sempre consegue enfiar algum de sus inúmeros tentáculos por todos os lados… Uma hora eles vacilam, ai a sua casa, como a de Perillo, cairá!

Geysa Guimarães

Conceição
Li ainda hoje que o prefeito de Palmas, Raul Filho, foi expulso do PT
em abril de 2011.
Confere?

    Vlad

    Por não ter dividido a grana?

    Conceição Lemes

    Geysa,acho que não confere. De qualquer forma, amanhã contatarei o Diretório Nacional do PT. Darei a resposta aqui mesmo. bjs

    Luiz Fortaleza

    Ele foi expulso do PT em ABRIL de 2011, mas ele e uma tal de Solange entraram na Justiça e voltaram ao PT por liminar.

    Luiz Fortaleza

    A Justiça revogou a expulsão em agosto de 2011. Isso foi o que me disseram no Tweet.

    Willian

    Raul Filho foi realmente expulso do PT, mas não foi por corrupção, que isto não seria motivo suficiente. O motivo foi que ele apoiou o candidato João Ribeiro do PR ao Senado, em detrimento do candidato do partido Paulo Mourão.

Yarus

Fora de pauta.

O programa da Fatima Bernardes deveria passar a noite para as pessoas que sofre de insonia.
Mulher dorme ao vivo na plateia de Fatima Bernardes.
Bem atras do ator Fabio Assunçao, entrevistado. Maldade, nao é? Mas claramente dormia.

Vejam: http://www.youtube.com/watch?v=C3p1A7CVfLI&feature=player_embedded

Vlad

Últimas:

Sérgio Cabral EXIGE ser convocado pela CPI.
“Só os outros fizeram discurso para gravar e usar na campanha”.

Protógenes lançará mais duas CPI’s até o final do ano, tendo em vista a caducidade da “quase-CPI” da privataria e da avacarezação, digo avacalhação, da CPI do Cachoeira.

Por recomendação dos cardiologistas que atendem os políticos do PT, Lula está sendo mantido amordaçado, mas segundo Dª Marisa, não está sendo fácil segurar o home quieto.

LEANDRO

75 dias e nada…nem convocam o cavendish e nem o pagot. Deve ser culpa da oposição. A pizzaria do congresso tá a todo vapor.
p.s.enquanto isso…”Mantega afirma que 10% do PIB para educação quebrariam o País.”

Marcelo de Matos

A lógica das CPIs é encontrar um culpado e sacrificá-lo para que tudo volte à calmaria. Collor foi um desses cordeiros, ou lobos sacrificados, embora tudo leve a crer que ele não fez nada diferente dos outros. O próprio Lula declarou em Paris: “Fizemos o que todos fazem”. Os tucanos continuam a atacar Collor: circula até um e-mail que mostra Lula e Collor juntos. Arruda, ex-governador do DF, porém, assegura: “o dinheiro era ilegal, mas é assim que se faz campanha no Brasil: as empresas e os lobistas ajudam nas campanhas para terem retorno, por meio de facilidades na obtenção de contratos com o governo ou outros negócios vantajosos. Ninguém se elege pela força de suas ideias, mas pelo tamanho do bolso”. “Ele citou pelo menos uma dezena de políticos que teriam lhe pedido recursos para campanha, além de José Agripino e Cristovam Buarque: os senadores Demóstenes Torres, Marco Maciel e Sergio Guerra (PSDB-PE) e os deputados Ronaldo Caiado e ACM Neto, e o ex-ministro tucano José Eduardo Caldas Pereira. Segundo Arruda, quem ele não ajudou desta forma, foi ajudado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.” O dinheiro de Arruda vinha de Cachoeira? Por que não ouvi-lo?

reinaldo bordon carletti

ora, é só a policia federal prender o tal de tourinho e o gurgel, e ai transferir o bandido para a segurança maxima( isolamento total), que ai veremos não só a casa do perilo cair, como varias outras,principalmente uma ai no alto de pinheiros.
reinaldo carletti

    Geysa Guimarães

    Alto de Pinheiros?! Uhmmmmm
    Castelo de Areia, então.

    Marcelo de Matos

    Serra não declarou ao TSE a casa onde mora, mas, o endereço está no link: http://dialogospoliticos.wordpress.com/2009/07/05/jose-serra-nao-declara-casa-em-que-mora-ao-tse/ É no Alto de Pinheiros mesmo. Serra deve ter bons seguranças porque morar em casa ali não é fácil. Tem muito bandido na área. Será que, sendo todos da mesma facção, não há problema?

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