Ziegler e Galeano: Quem fez do mundo matadouro e manicômio

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l.fernando

trata-se de publicação merecedora de atenção de todos, pois retrata fielmente as condições em que o mundo é hoje gerido, como o ser humano passou a ser deslocado pelo “ser humano” como se produto ou matéria fosse para ser usado e descartado. situamo-nos no limiar de um novo tempo, talvez necessário que aconteça para que o homem volte ao lugar de sua história, com a extinção do pensamento neoliberal, com a mudança do foco meramente materialista do lucro a qualquer custo, para o centro do sentimento humano, onde a vida das pessoas se coloquem acima dos interesses meramente capitalista, convertendo a vida como efetivo interesse do desenvolvimento humano, para isso é necessário e indispensável que todos nós passemos efetivamente a sermos pessoas na substância plena do termo e de sua existência, no lugar de meros mecanismos de produção de riquezas e luxos.

Mário SF Alves

É… prezado Eduardo Galeano… as veias continuam abertas. E mais do nunca, continuam esguichando sangue. Sangue da América Latina; sangue de inocentes; sangue de injustiçados. Tudo em nome da ambição sem fim. Tudo em nome da acomodação, da covardia, de mais e mais poder de oprimir e da perpetuação do sadismo inscrito no apartheid social.
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E quando a realidade emerge das profundezas do mundo de falácias que o pensamento único a encerrou, usam de todos os meios disponíveis na ânsia de justificar o injustificável: a manipulação genética e a biopirataria, os agroquímicos, a indústria farmacêutica e a dependência de combustíveis fósseis como principal fonte de energia.

Num contorcionismo retórico desesperado ainda pregam a todo instante que enquanto a produção de alimentos cresce em progressão aritmética, a população cresce em progressão geométrica. Malthus ainda é o guia a alimentar tal pretensão.

Ora, é sabido que se hoje somássemos 10 bilhões de habitante na face da Terra, todos nós poderíamos nos reunir numa superfície de 50 mil km² e ainda teríamos disponível um espaço de 5m² para cada um de nós. É óbvio que não não nos alimentaríamos em porção de espaço tão reduzida. Mas, apenas para efeito de raciocínio, 50 mil quilômetros quadrados representam uma fração de – pasmem – 2,5% dos 2.000.000 de quilômetros quadrados de área agricultável no Brasil. Imagine-se o grau de concentração fundiária aqui e no resto do mundo.

Conclusão: À alegação de que o crescimento da população, ou explosão demográfica como se queira, trás em si grave ameaça à oferta de alimentos, eu diria que o que está sob ameaça mesmo é tão somente essa mesquinha ordem fundada no apartheid social há séculos vigente. Realidade esta que somente será superada mediante política pública fundada no bom senso em relação ao uso de recursos.

E sem que se arraste mais e mais em TERRORISMOS de Estado e fratricídios de todo gênero, entendo que neoliberalismo não é a solução [menos ainda o fascista capitalismo neoliberal subdesenvolvimentista que tentaram e ainda tentam nos impor aqui]. Enfim, e sem dúvida, o deus mercado INCONSEQUENTE-estado dependente não é a solução, e nem toda a prepotência capaz de nos FAZER retornar à Idade Média será a solução.

É chegada a idade da razão. Uma nova humanidade está prestes a nascer.

    Maria Mercedes Nobre

    Gostaria tanto de acreditar nisso, Sr Mario Ales. Quero parabenizá-lo pelo comentário lúcido,maduro e inteligente. Creio que corremos o risco de perder tudo que conseguimos com tanta luta e com derramamento de muito sangue. Esse acirramento de posições no Brasil, esse ódio irracional contra o Governo e tudo o que caracteriza inclusão social, defesa do pobre,etc. Estou muito preocupada pois não vejo luz no fim desse túnel;

Bacellar

Muito bom. Já tinha visto mas sempre bom rever. A máquina de guerra que alimenta e disciplina grandes volumes de fluxo de capitais precisa necessariamente ser utilizada de maneira constante. A utilização de seu trilhonário aparato militar está intrinsecamente ligado ao funcionamento da sociedade dos EUA. Expansão e dominação pela força são a lógica de todo sistema imperialista. Não é diferente com o império do capital globalizado.

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