Vlad: Por que o McDonald’s quebrou na Bolívia?

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Ícaro

Quem quebrou foi o McDonald’s. Burger King continua por lá. Será mesmo que os bolivianos rejeitam fast-food?

BURGER KING Bolivia: http://www.burgerking.com.bo/

luca brevi

Gostei do artigo. Reforça ainda mais oque fala a amigos sobre a Bolivia. Quando lá estive em 1981 verifiquei que o sistema de transporte urbano éra feito pelos proprios proprietários de seus onibus e não por linhas impresáriais! Ou seja, nada d greve no transporte Urbano.Não posso oferecer materia de como era arranjada esses transportes em termos juridicos com a Municipalidade.

Marcio H Silva

acho que já li uma reportagem parecida ( ou igual a esta ) como esta por aqui…………

Étore

Essa é fácil !
Quebrou porque ninguém lá tem dinheiro pra comprar um mísero big mac !!

Tá bom … aquela meia dúzia que anda de Hilux nova poderia comprar (só existem revendas da Toyota em La Paz, e só vendem de Hilux pra cima) mas acho que eles só comem comida importada e os macs de lá devem ser feitos com insumos locais.

ZePovinho

A relalidade,mizifio Azenha,é que o que chamam de pós-capitalismo,sociedade em rede,horizontalidade e outras “invenções” já era feito pelos povos pré-colombianos.A Bolívia de Evo Morales pode ser um sintoma do reaparecimento de formas avançadas de economia muito além do paradigma capitalista.
Quem diria que eu,um ex-verde,fosse divulgar isso…..Conradições do sempre folclórico ZePovinho- o zumbi do Viomundo.

http://emindio.blogspot.com.br/2012/08/praticas-comunitarias-dos-povos-pre.html

quinta-feira, 2 de agosto de 2012
América Indígena, precursora do mundo 2.0

Práticas comunitárias dos povos pré-colombianos anteciparam atitudes de colaboração e compartilhamento que marcam a nascente cultura pós-capitalista

Este artigo foi publicado por André Gustavo de Araujo Barbosa no grupo Multiversidade da Escola de Redes , a partir do link do título abaixo.

Parte 1:
América Indígena, precursora do mundo 2.0

Por Bernardo Gutierrez | Tradução: Daniela Frabasile

A economia compartilhada está em alta. O croud sourcing (compartilhar um trabalho colaborativo com uma multidão que atua em rede) já é conhecido. O croud funding (financiamento coletivo) chegou com muita força em setores como a cultura. A sociedade P2P (peer-to-peer, de pessoa a pessoa) — mais horizontal, participativa e menos fixada em retribuições econômicas, como definem Yochai Benkler ou Michel Bauwens — ilumina o túnel, como uma das possíveis saídas pós-capitalistas. O commons – o bem comum e os bens coletivos – está em pauta. O co-working já não é tendência: é realidade. Infelizmente, há quem só acredite nessas novas práticas e realidades se um guru do Vale do Silício fala sobre elas. E se existe um termo em inglês…

Surpresa: se estudarmos as práticas da América pré-colombiana veremos que todos os indígenas praticavam o crowd funding, crowd sourcing ou as dinâmicas participativas da era 2.0. A chegada dos povos africanos, com uma forte origem coletiva, também transformou a América (principalmente a latina) em um grande território do comum (commons territory, para aqueles que preferirem). A América pré-capitalista era chic, cool e 2.0, não é mesmo? E ainda é. Os indígenas anteciparam-se em vários séculos no que diz respeito à chamada economia do compartilhamento (sharing economy). A mega crise mundial está pressionando a produção a uma mudança irreversível. E o pós-capitalismo tem algumas de suas raízes naquele pré-capitalismo da América indígena.

Nota aos incrédulos: preparei uma rápida revisão de alguns termos e práticas colaborativas dos povos indígenas da América Latina. Que cada um complete e atualize a lista como queira, porque sem dúvida é apenas uma aproximação.

Tequio. É uma forma de trabalho em prol do coletivo muito enraizado na cultura zapoteca. Os integrantes de uma comunidade fornecem material ou sua força de trabalho para realizar uma obra comunitária. Pode ser uma escola, um poço ou uma estrada. O indivíduo não pode ser nunca o único a ser beneficiado pelo tequio. Tem um toque de crowd sourcing, um pouco de crowd funding e muito de commons. O tequio ainda funciona em alguns estados mexicanos. Em Oaxaca, está protegido por uma lei estatal. Existem outros termos para práticas similares, como gozona e o trabalho a mano vuelta.

Parte 2:

Potlatch. As tribos indígenas do Pacífico, nos Estados Unidos e Canadá, praticavam um ritual de troca que, na essência, é igual à troca de arquivos peer-to-peer da era digital. O potlatch, usado pelos povos Haida, Tlingit, Tsimshian, Salish, Nuu-chah-nulth, e Kwakiutl, é o peer-to-peer em estado puro. O potlatch não era um escambo. Os povos distribuíam alimentos (principalmente carne de foca e salmão) e riqueza para outras tribos que não tinham vivido um bom ano. Um detalhe importante: alguns colonizadores europeus enriqueceram-se graças ao potlatch. Exatamente como os cantores famosos que, segundo estudos, beneficiam-se da troca de arquivos entre usuários — que alguns empenham-se em chamar de pirataria…

Guelaquetza. A tradição de guelaguetza, do estado mexicano de Oaxaca, lembra uma mescla do tequio e do potlatch. A palavra significa “troca recíproca de presentes e serviços”. Sua prática se tece entre as relações recíprocas que unem as pessoas. É a base de uma rede de cooperação entre famílias e até entre povos e municípios. A guelaguetza deriva também de uma celebração sincrética que acontece na cidade de Oaxaca.

Minga. É um termo quechua que define um mecanismo ancestral de trabalho coletivo, muito comum no norte do Peru e no Equador. O objetivo da comunidade está acima de qualquer benefício individual. A colaboração, acima da competição. É 100% commons economy + crowd sourcing. Não é coincidência que a Cultura Senda, que trabalha com a cultura de rede, tenha realizado recentemente, em Quito, um seminário chamado Open Minga. A minga, segundo o texto da Cultura Senda, “implica no desafio de superar egoísmos, protagonismos, desconfianças, preconceitos e inveja; males que muitas vezes espreitam o trabalho coletivo e a mobilização social”. Além disso, “implica em aprender a escutar e obedecer propondo”.

Parte 3:

Ayni. Trata-se de algo com significado muito próximo da minga, que define um sistema de trabalho de reciprocidade familiar entre os membros da ayllu (uma comunidade que trabalha com a propriedade coletiva). O mais comum é trocar trabalhos na agricultura, pastoreio, cozinha ou na construção de casas. Essa tradição continua viva não apenas em muitas comunidades camponesas, mas também na população mestiça no Equador, Bolívia, Peru e Chile. Os bancos de tempo, para troca de serviços no movimento espanhol 15-M por exemplo, têm muito de ayni.

Mutirão. É um termo de origem tupi, usado no Brasil para definir uma mobilização coletiva baseada na ajuda mútua não remunerada. A definição de mutirão na Wikipedia é bastante redonda: “uma expressão usada originalmente para o trabalho no campo e na construção civil de casas populares, em que todos são beneficiários e se ajudam, com um sistema rotativo e sem hierarquia”. É muito usado para ações coletivas não remuneradas como limpeza de parques, ruas , escolas… Para esta prática de ação comunitária existem muitos sinônimos: muxirão, muxirã, muquirão, putirão, putirum, pixurum, ponxirão, punxirão ou puxirum.

Córima. O povo mexicano rarámuri, que vive nas montanhas de Chihuahua, usa o termo córima para definir um ato de solidariedade com alguém que está passando mal. Não oferecer córima a alguém que precisa de ajuda é considerado uma violação de uma obrigação e uma ofensa. A definição também inclui a “prática do bem comum”. Não é muito relacionada à caridade, já que os rarámuri estão longe da moral católica. A máxima autoridade das decisões desse povo é a assembleia, como nos movimentos como 15M, Occupy Wall Street e o mexicano #YoSoy32.

Maloca. É uma casa comunitária utilizada pelas tribos indígenas da região amazônica do Brasil e da Colômbia. Nela, diferentes famílias convivem, Compartilham o lugar de trabalho, da mesma forma que os espaços de co-working. A propriedade é coletiva, como as ocupações (squatter communities) na Europa. O commons dita o dia a dia. De noite, a maloca é um centro de conhecimento. Contam histórias, mitos, lendas. As tendas da campanha da praça Tahir, no Cairo; na Puerta del Sol, de Madri; ou de Zuccotti Park, em Nova York, durante o Occupy Wall Street, poderiam ser a versão tecno dessas casas coletivas na Amazônia.

Publicado por Vera Maria Moreira

Reproduzido de Rede Cooperação Criança e Paz
Grupo Crianças Indígenas
01 ago 2012

OBS:Matéria divulgada por https://www.facebook.com/leonogueirapaqonawta

Fabio Passos

Nelson

Por incrível que pareça, é daqueles que são “os mais fodidos entre os fodidos”, para usar uma expressão do Galeano, que estão surgindo as propostas e ações para a construção de uma sociedade alternativa, melhor, realmente melhor do que a que temos atualmente.

Os letrados estamos, na grande maioria, imersos numa letargia que parece sem fim, numa pasmaceira que chega a irritar – “com a boca escancarada cheia de dentes, esperando a morte chegar” -, assistindo os capitalistas a “pintar e bordar”, sem que esbocemos a reação tão necessária.

Enquanto isso, são os indígenas bolivianos e de outras partes de “Nuestra América”- os mais pobres, discriminados e desprezados – que estão a mostrar o caminho ao mundo novo.

Péricles de Oliveira: Algumas verdades sobre laranjas « Viomundo – O que você não vê na mídia

[…] O McDonald’s não deu certo na Bolívia. Por que? […]

Gerson Carneiro

Que o acarajé seja conduzido à vitória das empadas bolivianas.

Oxalá, meu Pai!

    Marcio H Silva

    amém!

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