Trem do governo Bolsonaro passa por cima da educação brasileira; danos podem ser irrecuperáveis
Tempo de leitura: 5 minO trem que passou por cima da educação brasileira
Uma verdadeira cruzada contra o ensino e a pesquisa está em andamento no Brasil. Nenhuma área-chave escapou da ofensiva do governo Bolsonaro. Os danos à ciência e ao desenvolvimento do país podem ser irrecuperáveis.
Diante de uma pilha de cem bombons, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, desdobrava-se para tentar suavizar o impacto do congelamento de 30% do orçamento de custeio e investimento das universidades públicas do país.
Durante a transmissão semanal do presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais, nesta quinta-feira (09/05), ele separou três chocolates e contou com a ajuda do presidente para quebrar mais um ao meio.
“Esses três chocolatinhos e meio a gente não está falando para a pessoa que vai cortar. Não está cortado. Deixa para comer depois de setembro. É só isso que a gente tá pedindo. Isso é segurar um pouco”, argumentou, enquanto Bolsonaro mastigava o pedaço que levou à boca.
O esforço didático do ministro pode ser lido como uma tentativa de melhorar sua imagem após duas semanas de intenso desgaste.
Uma verdadeira cruzada contra as universidades está em curso no Brasil, marcada por polêmicas, recuos e gafes.
Não à toa, rapidamente começou a se apontar, nas redes sociais, um suposto erro de cálculo de Weintraub, ao se referir a um bloqueio orçamentário bem inferior ao número oficial na conta dos chocolates.
Uma semana antes, ele bateu o pé ao ser contestado por jornalistas quando anunciava o custo de apenas R$ 500 mil para realizar a avaliação da alfabetização infantil no país.
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“Os impostos do contribuinte são sagrados, mas vejam que R$ 500 mil é um valor muito abaixo do que é normalmente destinado a iniciativas da Educação”.
Horas depois, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), responsável pelo exame junto com o Ministério da Educação (MEC), reconheceu publicamente o equívoco. O custo seria de R$ 500 milhões. A inconsistência foi atribuída a um equívoco na planilha de custos apresentada pelo Inep.
Apesar do histórico de deslizes, na live com Bolsonaro, o ministro se referia ao impacto sobre o orçamento total das instituições de ensino superior, de 3,4%.
A escolha de sua base de cálculo é estratégica. Ao incluir despesas de pessoal, que representam 85,34% do total e não são manejáveis, ele passa a impressão de haver um exagero na reação da opinião pública.
Fato é que o bloqueio de verbas nas universidades federais chega a R$ 2 bilhões, 30% do total de despesas discricionárias, aquelas que não são obrigatórias. Ao todo, o MEC sofreu um corte de R$ 7,3 bilhões, na esteira do contingenciamento de R$ 30 bilhões em todo o orçamento do Executivo.
Educação básica não escapa
Nos últimos dias, o governo tem justificado o congelamento de verbas nas universidades pela priorização do ensino básico, especialmente a educação infantil, alfabetização e ensino profissional.
“Não dá para fazer tudo com recurso financeiro finito, então onde a gente vai, como nação, colocar nossos recursos limitados para melhorar nosso desempenho?”, questionou o ministro em audiência na Comissão de Educação do Senado, na última terça-feira (7/5). “A gente quis pular etapas e colocou muito recurso no telhado”.
Entretanto, as áreas ditas prioritárias não escaparam dos cortes.
Foram bloqueados R$ 680 milhões da educação básica, que compreende a educação infantil até o ensino médio, e 17% dos R$ 125 milhões autorizados para a construção e manutenção de creches e pré-escolas.
Ambas as rubricas estão inseridas no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que é vinculado ao MEC e teve cortes de R$ 1,02 bilhão – 21% do discricionário.
Outra bandeira da atual gestão, o ensino técnico e profissional registrou um corte de R$ 99,9 milhões dos R$ 250 milhões autorizados.
O discurso do governo fica ainda mais frágil por ter deixado claro o peso do fator ideológico no bloqueio de verbas do ensino superior.
No dia 26 de abril, Bolsonaro anunciou no Twitter que Weintraub planejava “descentralizar investimento em faculdades de filosofia e sociologia (humanas)”, a fim de priorizar áreas que geram “retorno imediato ao contribuinte, como veterinária, engenharia e medicina”.
A viabilidade da proposta foi logo questionada por especialistas do setor, que viram na iniciativa a expressão de um profundo desconhecimento em relação ao funcionamento das universidades públicas.
Pela Constituição Federal, elas têm autonomia assegurada para definir cursos, bem como os currículos e investimentos requeridos.
Dias depois, em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo, Weintraub anunciou um corte de 30% nos repasses a três instituições: Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Universidade Federal Fluminense (UFF).
“Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas”, declarou ao jornal.
Para explicar ao que se referia por “balbúrdia” – termo que foi logo massificado nas redes sociais de forma crítica –, o ministro citou eventos políticos, manifestações partidárias e festas que considera inadequadas.
“A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo”, disse. Em sua visão, isso seria exemplificado pela presença de “sem-terra dentro do campus, gente pelada dentro do campus”.
No dia seguinte, ao constatar que o corte de verbas por critérios ideológicos poderia ser contestado na Justiça, Weintraub estendeu o contingenciamento de 30% a todas as universidades federais, incidindo a partir da verba do segundo semestre.
Risco de paralisação
Em resposta à decisão, diversas instituições se posicionaram e indicaram um risco concreto de paralisação das atividades nos próximos meses caso a medida não seja revista.
Com a crise econômica e a entrada em vigor da Emenda Constitucional 95, que congelou o aumento dos gastos públicos por 20 anos, as universidades já vinham enfrentando dificuldades para garantir seu funcionamento.
A versão do governo para os cortes tornou a apresentar inconsistências nos últimos dias. Desta vez, no seio da família Bolsonaro.
Em entrevista à apresentadora Luciana Gimenez, transmitida na noite de terça-feira (07/05), o presidente apresentou sua justificativa. “Ninguém vai cortar dinheiro por prazer. Para algumas universidades, que formam militantes apenas, talvez o corte seja um pouquinho maior”, declarou.
Horas depois, o vereador pelo Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) apresentou leitura distinta.
“É extremamente importante frisarmos que os cortes e remanejamentos feitos nos ministérios não têm cunho político ideológico algum. Todos os ministérios estão sentindo para que o Poder Executivo Federal cumpra com as leis vigentes”, escreveu em seu perfil no Twitter.
No mais recente capítulo da ofensiva contra as universidades, o governo bloqueou, na última quarta-feira (08/05), de forma generalizada, bolsas de mestrado e doutorado que seriam oferecidas pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).
Todas elas estavam em um período de transição, à espera de novos pesquisadores já aprovados ou em fase de seleção.
Além de ser a única forma pela qual vários estudantes conseguem cursar a pós-graduação, as bolsas garantem a realização de pesquisas de fundamental importância para diversas áreas do país.
Mais de 90% da pesquisa do país é produzida nas universidades públicas, e a medida coloca em risco a continuidade de importantes projetos em curso nas mais diversas áreas.
Entidades científicas denunciam que os cortes vão causar danos irrecuperáveis à ciência e ao desenvolvimento do país.
Quando confrontado com os possíveis efeitos do desmonte orçamentário da Educação, o ministro Weintraub sinaliza que só vai rever a política caso a reforma da previdência seja aprovada.
“Não houve corte, há um contingenciamento. Se a economia tiver um crescimento com aprovação da nova Previdência, se retomarmos a dinâmica de arrecadação, revertemos. Precisamos cumprir a lei de responsabilidade fiscal”, afirmou no Senado.
Comentários
Zé Maria
Ministro Celso de Mello levará ao plenário do STF
ADI ( 6127) ajuizada pelo PDT contra o Decreto 9.741*
que cortou 30% do orçamento dos IFs e Universidades
e dá 10 dias para Jair Bolsonaro prestar esclarecimentos.
Para o PDT, a norma viola preceitos constitucionais e sua razão de ser
não é outra senão tentar restringir a liberdade de pensamento para, com isso,
promover patrulhamento ideológico.
O Partido pede concessão de medida liminar para suspender os efeitos
do Decreto de Jair Bolsonaro publicado no dia 29 de março passado.
*(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/decreto/D9741.htm)
https://www.conjur.com.br/2019-mai-10/celso-informacoes-bolsonaro-corte-universidades
Zé Maria
Mesmo que as Olavétes e Bolsonétes extingam todos os Cursos Universitários
não impedirão que surjam Pensadores Brasileiros como Jessé Souza:
O QUE SIGNIFICA BOLSONARO NO PODER?
Por Jessé Souza*, Cientista Social, autor de 27 Livros, dentre os quais:
“A Ralé Brasileira” (2009), “A tolice da inteligência brasileira” (2015),
“A Radiografia do Golpe” (2016), “A Elite do Atraso” (2017),
“Subcidadania brasileira: Para Entender o País, além do ‘Jeitinho’ Brasileiro” (2018),
“A Classe Média no Espelho” (2018)
A eleição de Jair Bolsonaro foi um protesto da população brasileira.
Um protesto financiado e produzido pela elite colonizada e sua imprensa venal,
mas, ainda assim, um “protesto”.
Uma sociedade empobrecida – cheia de desempregados, de miseráveis
e violência endêmica, cujas causas, segundo a elite e a grande imprensa que a mantém,
é apenas a “corrupção política” – elege o mais nefasto político que os 500 anos
de história brasileira já produziu.
Segundo a imprensa comprada, a corrupção é, inclusive, culpa do PT e de Lula… Sem compreender o que acontece, a sociedade como um todo é manipulada
e passa a agir contra seus melhores interesses.
A única classe social que entra no jogo sabendo o que quer é a elite de proprietários.
Para a elite, o que conta é a captura do orçamento público via “dívida pública”
e juros extorsivos, e ter o Estado como seu “banco particular” para encher
o próprio bolso.
A reforma da previdência é apenas a última máscara desta compulsão à repetição.
Mas as outras classes sociais, manipuladas pela elite e sua imprensa,
também participaram do esquema, sempre “contra” seus melhores interesses.
A classe média real entrou em peso no jogo, como sempre, contra os pobres
para mantê-los servis, humilhados e sem chances de concorrer aos privilégios
educacionais de que desfruta.
Os pobres entraram no jogo parcialmente, o que se revelou decisivo do ponto de vista eleitoral, pela manipulação de sua fragilidade e pela sua divisão proposital entre pobres decentes e pobres “delinquentes”.
Esses dois fatores juntos, a guerra social contra os pobres e entre os pobres,
elegeram Bolsonaro e sua claque.
Foi um protesto contra o progresso material e moral da sociedade brasileira
desde 1988 e que foi aprofundado a partir de 2002.
Estava em curso um processo de aprendizado coletivo raro na história
da sociedade brasileira.
Como ninguém em sã consciência pode ser contra o progresso material e moral
de todos, o pretexto construído, para produzir o atraso e mascará-lo como avanço,
foi o pretexto, já velho de cem anos, da suposta luta contra a corrupção.
Sérgio Moro incorporou esta farsa canalha como ninguém.
A “corrupção política”, como tenho defendido em todas as oportunidades,
é a única legitimação da elite brasileira para manipular a sociedade
e tornar o Estado seu banco particular.
A captura do Estado pelos proprietários, obviamente, é a verdadeira corrupção
que, inclusive, a “esquerda” até hoje, ainda sem contradiscurso e sem narrativa própria, parece não ter compreendido.
Agora, eleição ganha e Bolsonaro no poder, começam as brigas intestinas
entre interesses muito contraditórios que haviam se unido conjunturalmente
na guerra contra os pobres e seus representantes.
Bolsonaro é um representante típico da baixa classe média raivosa,
cuja face militarizada é a milícia, que teme a proletarização e,
constrói distinções morais contra os pobres tornados “delinquentes” (supostos
bandidos, prostitutas, homossexuais, etc.) e seus representantes, os “comunistas”,
para legitimar seu ódio e fabricar uma distância segura em relação a eles.
Toda a sexualidade reprimida e todo o ressentimento de classe sem expressão racional
cabem nesse vaso.
O seu anticomunismo radical e seu anti-intelectualismo significam
a sua ambivalente identificação com o opressor, um mecanismo de defesa
e uma fantasia que o livra de ser assimilado à classe dos oprimidos.
Olavo de Carvalho é o profeta que deu um sentido e uma orientação a essa turma de desvalidos de espírito.
É claro que Bolsonaro é um mero fantoche ocasional das elites brasileira e americana.
Quando ele volta de mãos vazias dos Estados Unidos, depois de dar
sem qualquer contrapartida o que os americanos nem sequer tinham
a única explicação é que ele estava lá como sujeito privado
e não como presidente de um país.
Como sujeito privado, é bem possível que ele estivesse pagando, com dinheiro
e recursos públicos, os gastos de campanha até hoje secretos e sem explicação.
Mas é óbvio que sua campanha foi feita e muito provavelmente pelos mesmos que fizeram e bancaram a campanha de Trump.
O seu discurso de ódio era o único remédio contra a volta do PT ao
E como a elite e sua imprensa querem o saque do povo, e para isso se
até ao diabo, ou pior, até a Bolsonaro, sua escolha teve este
O ódio, por sua vez, é produzido pela revolta de quem não entende
por que fica mais pobre e a única explicação oferecida pela imprensa
é o eterno “bode expiatório” da corrupção política.
Mas a corrupção política era a forma, até então, como se manipulava
a falsa moralidade da classe média real.
Como se chega com esse discurso manipulador também nas classes baixas?
O voto da elite e da classe média no Brasil não ganha eleição nenhuma.
Este é um país de pobres.
A questão interessante passa a ser como e por que setores das classes populares
passaram a seguir Bolsonaro e permitiram sua eleição.
Para quem Bolsonaro fala quando diz suas maluquices e suas agressões grosseiras?
Ele fala, antes de tudo, para a baixa classe média iletrada dos setores
mais conservadores do público evangélico.
Este público que ganha entre dois e cinco salários mínimos é um pobre
remediado que odeia o mais pobre e idealiza o rico.
O anticomunismo, por exemplo, tem o efeito de irmanar este pobre remediado
com o rico, já que é uma oportunidade de se solidarizar com o inimigo de classe
que o explora e não com seu vizinho mais pobre com quem não quer ter nada
em comum. Isso o faz pensar que ele, em alguma medida, também é rico – ou em vias de ser –, já que pensa como ele.
O anti-intelectualismo também está em casa na baixa classe média.
Isso é importante quando queremos saber a quem Bolsonaro fala quando ataca,
por exemplo, as universidades e o conhecimento.
A relação da baixa classe média com o conhecimento é ambivalente:
ela inveja e odeia o conhecimento que não possui, daí o ódio aos intelectuais,
à universidade, à sociologia ou à filosofia.
Este é o público verdadeiramente cativo de Bolsonaro e sua pregação.
É onde ele está em casa, é de onde ele também vem.
Obviamente esta classe é indefesa contra a mentira institucionalizada da elite
e de sua imprensa.
Ela é vítima tanto do ódio de classe contra ela própria, que cria uma raiva
que não se compreende de onde vem, e da manipulação de seu medo
de se proletarizar.
Quando essas duas coisas se juntam, o pobre remediado passa a ser
mais pró-rico que o Dória.
A escolha de Sérgio Moro foi uma ponte para cima com a classe média tradicional
que também odeia os pobres, inveja os ricos e se imagina moralmente perfeita
porque se escandaliza com a corrupção seletiva dos tolos.
Mas, apesar de socialmente conservadora, ela não se identifica com a moralidade rígida
nos costumes dos bolsonaristas de raiz, que estão mais perto dos pobres.
Paulo Guedes, por sua vez, é o lacaio dos ricos que fica com o quinhão
destinado a todos aqueles que sujam as mãos de sangue para aumentar
a riqueza dos já poderosos.
Os primeiros meses de Bolsonaro mostram que a convivência
desses aliados de ocasião não é fácil.
A elite não quer o barulho e a baixaria de Bolsonaro e sua claque,
que só prejudicam os negócios.
Também a classe média tradicional se envergonha crescentemente
do “capitão
Ao mesmo tempo, sem barulho nem baixaria Bolsonaro não existe.
Bolsonaro “é” a baixaria.
Sérgio Moro, tão tolo, superficial e narcísico como a classe que representa,
é queimado em fogo brando, já que o Estado policial que almeja,
para matar pobres e controlar seletivamente a política, em favor
dos interesses corporativos do aparelho jurídico-policial do Estado,
não interessa de verdade nem à elite nem a seus
Sem a mídia a blindá-lo, Sérgio Moro é um fantoche patético em busca de uma voz.
O resumo da ópera mostra a dificuldade de se dominar uma sociedade
marginalizando, ainda que em graus variáveis, cerca de 80% dela.
Bolsonaro e sua penetração na banda podre das classes populares foi útil
para vencer o PT,
mas é tão grotesco, asqueroso e primitivo que governar com ele é literalmente impossível.
A idiotice dele e de sua claque no governo é literal no sentido da patologia
que o termo define.
Eles vivem em um mundo à parte, comandado pelo anti-intelectualismo militante,
o qual não envolve apenas uma percepção distorcida do mundo.
O idiota é também levado a agir segundo pulsões e afetos que não respeitam
o controle da realidade externa.
Um idiota de verdade no comando da nação é um preço muito alto
até para uma elite e uma classe média sem compromisso com a população
nem com a sociedade como um todo.
Esse é o dilema do idiota Jair Bolsonaro no poder.
*(https://www.escavador.com/sobre/1664605/jesse-jose-freire-de-souza)
https://jessesouza.com.br/artigos/o-que-significa-bolsonaro-no-poder/
“Essa Direita no Brasil sempre existiu, mas nunca tinha tido um discurso articulado e nem espaço para expressá-lo.
Isso tem a ver, obviamente, com o ataque ao PT e à esquerda,
fruto desse conluio criminoso entre a mídia canalha e a Operação Lava Jato.
Só existe Lava Jato por causa da Globo, e só existe esse ataque da mídia venal
porque existe Lava Jato, os dois são casados.
Obviamente a origem desse ataque é externa, e tem a ver com a quebra dos BRICS,
porque a associação do Brasil com a Rússia e a China ajudaria a montar
outra força contra a hegemonia americana, e os americanos
sempre interpretaram a América Latina como seu quintal …
“Então, essa direita que atua hoje é filha do casamento entre Rede Globo e Lava Jato,
e Jair Bolsonaro é o filho mais legítimo dessa
Ele é o mais perfeito representante dessa nova direita,
uma direita fechada a argumentos, que descobriu a verdade dela:
é punitivista, insegura, tem medo dos pobres e uma visão tão simplista
do mundo – dividido entre bandidos e honestos –
quanto uma criança de cinco anos.
É uma bolha de extrema direita que nunca tinha existido entre a gente.”
“É uma reação. Uma contrarrevolução, uma
Foi exatamente a ascensão dos pobres que montou esse quadro inteiro. É reativo.
E há Bolsonaro tanto na classe média quanto nos pobres, ou seja, conseguiram
cindir a classe pobre também, que estava unida com o PT e com Lula.
Entre 25% e 30% da população brasileira hoje é protofascista.
Foi o que o conluio Globo e Lava Jato realmente conseguiu fazer, isso não existia antes.”
Jessé Souza, em Entrevista à Revista Cult:
(https://revistacult.uol.com.br/home/jesse-souza-interprete-de-um-brasil-so)
Paula Trancoso
o PT só existe como a coisa mais obsoleta e retrógrada porque representa uma fatia da realidade brasileira, a saber: aquela que é sem-educação, atrasadíssima, parada no tempo, terceiro-mundana, cafonérrima.
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