Tarso Genro: O messianismo provinciano do procurador Dallagnol repete Processos de Moscou e o jurista do nazismo

Tempo de leitura: 7 min

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18/set/2016, 10h52min

Direito que se derrete em silêncio: de Vyshinsky a Deltan

Por Tarso Genro, no Sul 21

Deltan Dallagnol, mestrado em Harvard, pregador religioso batista, surfista que viaja para Indonésia para buscar ondas perfeitas, Procurador da República, 36 anos, tido como estudioso da “operação mãos limpas”, tem uma obsessão.

É o que informam os seus colegas e celebram os jornalistas que lhe admiram: combater a corrupção no país. O que lhe diferencia, porém, não é esta obsessão.

Ela é comum a milhões de brasileiros, servidores públicos, trabalhadores e empresários, membros do Judiciário, políticos de vários partidos e cidadãos comuns, que lutam todos os dias pela sobrevivência. O que lhe diferencia é a sua visão ideológica fundamentalista, o seu messianismo provinciano e a sua tendência ao autoritarismo de caráter fascista.

O espetáculo que o Procurador Dallagnol promoveu, recentemente, através de uma verborragia delirante, lamentavelmente nada tem a ver com o combate à corrupção. Muito menos com o “devido processo legal”, numa sociedade civilizada.

Tem a ver, independentemente da sua vontade imediata, com a estabilização do golpe, que é feita através de uma seletividade de denúncias destinadas a fazer esquecer quem — neste momento —  ocupa o poder, cujos propósitos nada tem a ver com a luta contra a corrupção.

Tudo a ver com o “ajuste” liberal, para sucateamento de direitos e a redução drástica das funções públicas do Estado: a transformação do Estado, de estado provedor (mínimo) em estado pagador da dívida pública (máximo).

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Utilizando um “Power Point”, com “frases de efeito e comunicação rápida visual” – como registrou em Zero Hora (17\18 set.) o jornalista Guilherme Mazuí – Dallagnol fez a fusão de um fundamentalismo religioso de escassa base republicana, com um messianismo autoritário, digno dos Processos de Moscou e dos Processos “legais”, da época do nazi-fascismo.

Apontou, semeou mais um pouco de ódio contra o PT, denunciou, julgou e foi mais além: disse, publicamente, que o já “condenado” (conforme demonstrara o seu “Power Point”!) não poderia mais dizer “que não sabia”, completando a sua exposição, portanto, com uma restrição explícita ao direito de defesa do acusado.

Não apresentou provas e não fez denúncia processual nem perto do que expôs, de maneira virulenta e desrespeitosa, ameaçando, ainda, o restante da família do ex-Presidente.

Este artigo não afirma que Lula é inocente, o que é trabalho para dos seus advogados. Nem que ele não deva ser investigado, o que ele mesmo registrou com humildade na sua fala de resposta.

Registra, porém, uma visão crítica sobre como está funcionando o nosso Sistema de Justiça, neste momento difícil do Estado de Direito, para alertar que qualquer pessoa, submetida a um “Power Point” como aquele apresentado pelo Procurador Dallagnol, mesmo sem provas (e sem o contraditório realizado no próprio ato), está sendo submetida a um linchamento público, não a um processo judicial compatível com um Estado de Direito minimamente respeitável.

Em que convicções se fundamentaram as frases de efeito do jovem Procurador, que se avoca estar salvando a nação?  É fácil de apontar.

Em audiência com parlamentares em junho deste ano, repetindo juízos dramáticos proferidos em outras oportunidades, o Procurador sintetizou a sua visão de mundo e do Direito: “A corrupção é uma assassina sorrateira, invisível e de massa. Ela é um serial killer que se disfarça de buracos de estradas, de falta de medicamentos, de crimes de rua e de pobreza.” (ZH 17\18 set).

Tudo falso.

Frases de efeito, sem fundamentação científica ou doutrinária, e pior: a partir da fórmula vulgar, de que a corrupção é uma “assassina sorrateira”, o Procurador transforma-a numa mera “impressão” cotidiana, que aparece diretamente na debilidade das prestações públicas do Estado.

Nesta fórmula, então, a corrupção não é um mecanismo clássico e visível de estabilização do poder, utilizado por todos os governos (tanto dentro como fora do Estado de Direito), mas um veneno promovido pela falta de ética e de religião (por sorrateira e invisível) como, aliás, é descrito o próprio diabo, nos diversos fundamentalismos de mercado.

Imputar as carências das prestações públicas à corrupção, todavia, não é um acidente.

É uma afirmação que pertence a um conceito, não só sobre os motivos pelos quais emerge a corrupção (como se ela decorresse só da faltas éticas de pessoas que governam), mas também sobre os métodos mais adequados para combatê-la. Mas é conceito de um autoritarismo gritante, que permite dissolver a neutralidade formal do Estado que codifica e organiza os tipos penais, substituindo estes tipos penais pelas pessoas escolhidas para representá-los.

O crime, que em si, é invisível (sorrateiro e “de massa”), que não é compreendido nem visto pelos comuns dos mortais, é apresentado ao vivo por pessoas escolhidas pela ideologia do inquisidor.

Ao colocar o nome de Lula, sem provas, no centro do seu diagrama, o Procurador desvela a “invisibilidade” e apresenta o seu criminoso preferencial, para o escárnio da plateia em transe.

Não trata, portanto, este método, de apontar com provas a corrupção, com base naquilo que está regulado pelo Direito do Estado, mas de escolher os criminosos através de critérios políticos, a partir de uma ética pessoal, fundamentalista e religiosa, que faz a inquisição de um mundo impuro controlado pelo mal.

Tais pressupostos é que permitiram o Procurador Dallagnol adiantar que “Lula não pode mais negar”, ou seja, não pode mais se defender dizendo que “não sabia”, lembrando os recursos verborrágicos de Hitler, para acabar com a República de Weimar, acusando-a de corrupta e “antinacional” e que, por isso, não deveria sobreviver.

Lembra, também, as acusações de “sabotagens” econômicas e de “espionagem”– feitas pelo Promotor Vishinsky contra os velhos bolcheviques nos Processos de Moscou — que criticavam o regime porque este não conseguira debelar a fome, e, por isso, eram traidores que não mereciam a presunção da inocência.

Vamos decompor este discurso do Procurador: a corrupção não é uma assassina “sorrateira”, nem “invisível”, nem “de massa”. Ela é um modo de fazer política — aberto e visível — de setores de partidos, de parte da plutocracia nacional, de setores de empresas e gestores públicos, que formaram o Estado Brasileiro tal qual ele é, cuja centralidade corrompida é a própria estrutura do Orçamento Público e o seu sistema político.

O Orçamento reserva mais de um terço dos seus recursos — não para remédios e estradas — mas para sustentar os credores da dívida pública, os acumuladores sem trabalho, que hoje — na verdade — reinam com as suas receitas contra as crises, em todos os países endividados do mundo.

A crença de que a corrupção é “sorrateira” e “invisível”, autoriza que tanto a sua visibilidade seja uma escolha, como a sua invisibilidade seja uma regra. Na verdade, os agentes da corrupção querem ser invisíveis e são sorrateiros, mas ela é um processo tão aberto e tão visível, que bastou ter um Governo que aparelhou os órgãos de controle e investigação no Brasil, que ela começou a ser combatida em vários setores da vida pública.

As “mãos limpas” e os processos do “mensalão” e da “lava jato” (embora tenham aberto um novo ciclo na luta contra a corrupção no Estado de Direito) geraram deformidades monstruosas nos seus objetivos, tais como na Itália com os 11 anos de Berlusconi, e aqui no Brasil, com um Governo com Temer, Jucá e Padilha. Isso quer dizer que a luta contra a corrupção é inútil? Jamais.

Quer dizer que, se ela for implementada pelos métodos do messianismo religioso, em regra falsamente moralistas, e não for tratada como um processo complexo e profundo — institucional e cultural —  no âmbito público e privado, dentro dos parâmetros consagrados no Estado de Direito, ela volta com  mais força e com mais capacidade de se tornar impune.

A corrupção não é, portanto, nem “sorrateira” nem “invisível” nem “de massa”.

Ela é visível, tão clara e determinável, que os nossos próprios marcos legais, não somente estimularam o surgimento de uma boa parte da “classe política” fundada na propina — face ao sistema político do financiamento dos partidos pelas empresas — mas, igualmente a fizeram crescer numa parte do empresariado, a partir do imperativo da sonegação, naturalizada como “legítima defesa”.

A corrupção, portanto, não está sequer representada pela “falta de remédios”, pelos “crimes de rua” ou pelos “buracos nas estradas”.

Ela é bem mais “efeito” destas necessidades não satisfeitas por um Estado corrompido pelo culto dos juros manipulados, do que causa das carências dos serviços públicos.

Dizer que a corrupção é “invisível”, é uma artimanha para que os tidos como corruptos “da vez”  — presumidamente escondidos nesta invisibilidade —  sejam “apontados”, justa ou injustamente,  por decisões messiânicas a serviço de propósitos políticos imediatos.

Por isso, os “decisionistas” — como homens da “exceção” — precisam de “Power Points” e frases de efeito, para montar os seus processos, onde o direito de defesa é lesionado e a presunção de inocência deixa de existir antes do processo judicial, cuja sentença é antecipada por entrevistas bombásticas.

Em 12 de março de 1938, no “terceiro processo de Moscou”, não tendo obtido provas, mas baseando-se em acusações de co-réus  e dos réus devidamente torturados – naquele tempo não se usava a delação premiada — André Vychinsky, o Procurador, fez as suas alegações finais: “Todo o nosso país, jovens e velhos, espera e reclama uma só coisa: que os traidores e espiões que vendiam a nossa pátria ao inimigo sejam fuzilados como cães sarnosos! O nosso povo exige uma só coisa: que os répteis malditos sejam esmagados!”

Ao apresentar publicamente a sua “convicção”, em entrevistas retumbantes, após centenas de matérias da mídia oligopólica — com vazamentos seletivos e interpretação sem contraditório — o Procurador Dallagnol já tornou os réus culpados absolutos, antes de começar o processo.

Fez, assim, no começo, a peroração definitiva e terminativa, antes da aceitação da sua denúncia. Vyshinsky a fez no final dos procedimentos totalitários. A ordem não altera o fato de que ambos agiram contra o Direito civilizado.

O jurista do nazismo, Carl Schmitt, no artigo publicado em 30 de julho de 1934, “O Führer protege o direito” – ao examinar a conduta de Hitler na “noite das facas longas” em que este se posicionou contra a submissão do Exército Alemão às forças irregulares de Ernst Rohm (SA) — chancelou o direito ao assassinato de mais de 150 militantes do nacional-socialismo, autorizados por Hitler, com a seguinte fundamentação: “os atos de natureza política somente poderiam ser objeto de julgamento (“decisão”) de um magistrado político, o Führer”.

Pergunta que se impõe, em defesa do Estado de Direito: os Procuradores Federais no Brasil, são os Juízes “totais” de si mesmos, Magistrados do Direito e da Política, só porque tem o apoio irrestrito do oligopólio da mídia?

O Estado de Direito se derrete neste silêncio, omissivo e cúmplice.

Ele nos faz reféns do fundamentalismo religioso e do “decisionismo” jurídico, que pode, sim, também um dia, comer seus próprios filhos.

Tarso Genro foi Governador do Estado do Rio Grande do Sul, prefeito de Porto Alegre, Ministro da Justiça, Ministro da Educação e Ministro das Relações Institucionais do Brasil.

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Comentários

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marco

Ainda agora,postei comentário à matéria,mas fui censurado! E lamentável sofrer censura,de quem a critica!

marco

Pois meu caro Tarso,comparar o que tu chamas de Stalinismo,com o nazismo,é tarefa dos INIMIGOS DOS POVOS,já que todas as denúncias contra o que ocorreu na URSS,foram trazidas até nós,pelos INIMIGOS DO SOCIALISMO. É tão verdade o que afirmo,posto que,após a morte do senhor Stalin,a URSS se transformou no que assistimos hoje,mais uma potência imperialista. Até hoje,os ARAUTOS DA BURGUESIA, usam esse argumento,para justificar seus crimes.O que ocorreu naquela época,foi a eliminação de alguns poucos inimigos da REVOLUÇÃO DE 1917. Em suma,a BURGUESIA E SEUS PORTA VOZES,sempre usarão desse argumento,para assustar o POVO,com relação ao SOCIALISMO.Que nunca escondeu,ser um REGIME DE DITADURA DE CLASSES,da classe que produz riquezas.Os inimigos do SOCIALISMO,através de seus sicários,sempre farão o povo,confundir REGIME,com SISTEMA,e qualificam todos os atos SOCIALISTAS,como se fossem,atos COMUNISTAS.E os trouxas da história recente,engolem isso,não por ingenuidade,senão por cumplicidade com a BURGUESIA.

FrancoAtirador

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“Estamos Substituindo o Direito pela Moral.

O que transparece nesse tipo de ação
é uma Substituição do Direito pela Visão Moral
que os Autores da Denúncia têm sobre a Sociedade.

Mas Quem Vai Nos Proteger da Moral?”

Jurista Lênio Streck

Sobre o Estilo Adotado na OLJ (OC-PPP)
por Procuradores da República do Paraná
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FrancoAtirador

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Há Mais Coisas Entre o MP e o Judiciário do que possa imaginar Nossa Vã Hermenêutica Jurídica
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Luiz Carlos P. Oliveira

Analisando o que está acontecendo no Brasil, não só vem à lembrança o que aconteceu na Alemanha, com o nazismo de Hitler, mas também com a revolução espanhola, com Franco. Definitivamente o golpe no Brasil é cópia desses dois sstados de exceção, onde a democracia vai pro brejo. Algum sábio já disse que a história só se repete como FARSA.

FrancoAtirador

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Algumas Alternativas para o Lula

escapar da Solitária no Paraná:

https://pbs.twimg.com/media/Csua82lW8AAvfOc.jpg

https://twitter.com/MendesOnca/status/720190143269900288
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Messias Franca de Macedo

Wadih Damous: “o que aconteceu foi um atentado fascista à democracia brasileira”
https://www.facebook.com/wadihdamous/videos/738866049584490/

Messias Franca de Macedo

QUE DIABO DE CONCURSOS SÃO ESTES, SÔ?!

Simplesmente incrível!
Contado parece mentira!
Os tais procuradores de merda da ‘PORCA-tarefa’ não são – apenas e tão somente – analfabetos políticos:
não dominam, minimamente, o vernáculo!
A convicção:
https://lh3.googleusercontent.com/-gGJ4vSDrsZ0/V9800bQEWNI/AAAAAAAAF3A/RQFYtQmiF-k/Screenshot_2016-09-16-15-22-51.jpg

FONTE [LIMPÍDA!]: http://blogdomello.blogspot.com.br/2016/09/a-mais-surrealista-das-provas-de-um.html

    Messias Franca de Macedo

    … Dileto(a) leitor(a), por favor, se atenha – apenas e tão somente – aos aspectos gramaticas da “peça jurídica”!

    NOTA FÚNEBRE DO MPF:
    antes de anular a acusação por absoluta improcedência técnica, o STF deveria cancelar o concurso que admitiu estes vigaristas para o serviço público federal!
    Mas, aí, seria esperar demais no do nosso [nosso, data venia, o Caralho!] STFede!…

    Perdão pela má palavra!
    Meu álibi:
    o meu saco não tem mais por onde transbordar!

Messias Franca de Macedo

A CASA DO ‘mor(T)o’ CAIU!
TEXTO IMPERDÍVEL

$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$

Que serviços Moro presta aos EUA?
Ninguém chega ali, assim, por acaso. Não é isso, Tio Sam?

publicado 19/09/2016

(…)

FONTE [LÍMPIDA!]: http://www.conversaafiada.com.br/politica/que-servicos-moro-presta-aos-eua

FrancoAtirador

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Temos Convicção que o Sol se Move no Nascente ao Poente,

que a Terra acaba num Abismo e que o Morcego é uma Ave,

diziam os Juízes e Doutores da Lei, como se pode ler na Torá.
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    FrancoAtirador

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    .
    Aliás, se levarmos ao Extremo a tal Teoria Deturpada do Domínio do Phato,

    da forma como querem os Doutos Procuradores da República do Paraná,

    teríamos de Condenar a Serpente do Éden como a Chefona da Organização.
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    FrancoAtirador

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    De Modo Bem Mais Estilizado Foi o que Disse a Doutora Janaína Paschoal:

    https://youtu.be/geXKSHSVA7k
    .
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    FrancoAtirador

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    De repente, é Disto Mesmo que Tratam com Tanta Convicção:

    Foi Lula quem tentou Eva a Comer o Fruto da Árvore Proibida.
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    FrancoAtirador

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    Quem sabe também estejam Convictos que o deus FHC do PSDB

    criou o Adão Delcídio, um Homem Puro e Bom que foi Tentado

    pela Mulher feita Petralha após comer a Fruta Vermelha do Mal.
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    FrancoAtirador

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    https://pt.wikipedia.org/wiki/Pentateuco.
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Lunes

Vyshinsky, coitado… não tinha apoio da TELEVISÃO, nem imaginava o que seria um POWER POINT…
Pobre Vyshinsky! Nem imaginava o que é PODER de condenação…

Edgar Rocha

Queria fazer um questionamento, na condição de cidadão comum que busca informar-se e construir sua opinião com base nos argumentos de quem, por estar numa posição mais privilegiada que a maioria em relação aos fatos, pode-nos oferecer informações e avaliações mais completas, para além de nossa percepção. Pra mim, é inquestionável o caráter fascista do estado de exceção em que o Brasil se afundou. Mais fascista ainda é o processo político-jurídico que conduziu as instituições às mãos do que há de pior no país, sobretudo no quesito honestidade. Pois bem, lembrei-me neste momento de uma análise feita por outro grande formador de opinião, o professor Leonardo Boff. Ele nos remete justamente ao sentido ético-moral da corrupção, mencionando o que diz a teologia tradicional, que traduz este comportamento etimologicamente como cor ruptus (coração rompido). Isto definiria a ruptura entre o coração (centro dos sentimentos e da fé) com os afetos e sentimentos que compõem o indivíduo em essência. Concordando ou não com tal definição, o que me parece claro é que o sentido crítico em relação à corrupção se centra justamente na questão ética e moral, enquanto ato que fere a dignidade humana, tanto do indivíduo corrupto, quanto daqueles que por ele são vitimados. Portanto me parece inegável o lastro de nossa indignação em relação à corrupção (e por conseguinte ao corrupto) na ética e na moral, muito mais do que em sua disfuncionalidade prática.
Longe, porém de dar razão ou justificativa ao ardil aplicado pelo procurador Dalagnol, há que se pensar que sua manobra retórica se torna evidente na medida em que se acusa a alguém e se destroi a alguém tendo por base apenas a própria convicção, sem nenhuma prova concreta de que tal crime fora cometido diretamente pelo acusado. Ter buscado referências morais ou de caráter messiânico-religioso para sensibilizar o ouvinte incauto para uma indignação infundada não foi novidade alguma na História do autoritarismo.
A novidade nas ponderações de Tarso Genro, as quais eu avalio como, no mínimo, perigosas do ponto de vista da sustentabilidade da argumentação, é o discurso tão puramente retórico quanto o de Dallagnol em afirmar que a corrupção enquanto ato administrativo ou a natureza perniciosa de suas consequências não tem como base original um desvio ético-moral, muito menos esteja na base das deficiências e omissões do executivo quanto às demandas mais básicas de nossa sociedade. Isto pra mim é novidade e, me arrisco em dizer que é a primeira vez que vejo alguém de esquerda fazendo tal avaliação. Que o sistema político e administrativo tenham sido feitos para beneficiar a corrupção, ao corrupto e ao corruptor, isto é evidente. Mas usar tal premissa (corretíssima, por sinal) para explicitar o assombroso primarismo do pensamento fascista de Dallagnol me parece um tiro no pé. Isto porque soa como uma espécie de naturalização da corrupção e de sua inevitabilidade, o que tenho certeza, não é isto que pensa Tarso Genro. Afinal de contas, por anos a fio escutou-se, por parte dos formadores de opinião favoráveis ao sistema, frases vazias e desprovidas de esforço intelectual para a elucidação da realidade, tais como “a sociedade está assim”, “é o sistema…”, “é a conjuntura…”, “o mundo vai de mal a pior…”; enfim, tudo é tratado com a mesma força mística a que nos remete o juiz Dallagnol em seus argumentos para justificar sua superioridade e consequente desprezo sobre a legalidade dos ritos e processos. No caso do texto acima, acusou-se o dito cujo de transformar a corrupção numa força oculta, quase divina, ao mesmo tempo em que se eximem os acusados da atual inquisição política de qualquer responsabilidade sobre qualquer coisa, porque estariam estes submetidos a leis e regras, conjunturas, forças ocultas e tudo mais que os impediria de não aceitar certos expedientes. Contraditório, acredito. Comparando com o caso de Dilma Roussef, seria o mesmo que desqualificá-la por ter sido irredutível em certos princípios, uma vez que ela, como todos sabemos, demonstrou não ter o “jogo de cintura” ou o estômago necessário para dialogar com o meio corrupto pelo qual se cercava.
Talvez, fosse correto admitir que Lula fez o que achou certo e que preferiu trabalhar com o que tinha, mesmo não sendo o ideal, por não ter força política, nem interesse em fazer tal enfrentamento. Isto é algo que não se pode chamar de qualidade, mas também não implica em culpabilização de nada, em criminalização de nada. Ele “apenas” foi mais frouxo que Dilma, e isto lhe valeria o ônus político merecido por ter colocado muito mais a sua imagem e seu patrimônio político à frente do que seu compromisso em mudar alguma coisa sequer neste sistema horrível, que agora, se expõe descaradamente e que tirou alguém que a ele demonstrou alguma resistência.

Alexandre

O principal o Tarso não entendeu! Não existe mais o combate a corrupção, a lava jato existe até hoje simplesmente com o objetivo de sempre,destruir o PT é o lula! Existe e sempre existiu uma parte da sociedade que não quer perder o poder, dinheiro e todos os benefícios que o poder traz! Essa gente, inclusive magistrados não estão preocupados com o povo! Querem simplesmente manter o povo sob controle,burros e miseráveis,assim e muito mais fácil manter o seu ” endeusamento” , sua superioridade e seus suntuosos benefícios, como por exemplo ,a aposentadoria compulsória, em casos de desvio de poder ou qualquer outro crime cometido por essa “NATA” da sociedade que tem o dever de seguir as leis e a carta maior ,a constituição!…Temer está lá para fazer o serviço sujo tirar benefícios sociais e trabalhista, destruir o SUS e educação ,já uma parte do poder judiciário e das polícias destruir a resistência,e quem os “representa”. Já o Moro e seus comparsas, destruir a NOSSA PETROBRAS e outras grandes empresas para acabar de vez com a soberania nacional e junto com o PSDBOSTA e seus partidos sanguessugas estelionatários vender tudo o que o povo brasileiro que,com muito suor construiu ao longo de nossa história ! Pior de tudo isso ver gente do próprio povo apoiando o se calando diante desse violento retrocesso,do qual ,se consumado,o Brasil nunca mais vai se recuperar!

FrancoAtirador

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Nem bem Ricardo Lewandowski assumiu
a Vaga de Cármem Lúcia na 2ª Turma do STF

e Gilmar já Trama com a Mídia Jabá do PSDB
para que o Ministro abandone o Supremo.

Até Lançaram o Nome do SkinHead pro Cargo.
Massa de Manobra Nazi-Fascista em Polvorosa.
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Jotage

Preocupa-me imensamente esta visão única na mídia, qualificando Dallaghol como um messiânico com uma visão que, na sua certeza contra a impunidade pode cometer qualquer crime e estará inocentado.
Talvez ele se comporte desta maneira porque as igrejas (sobretudo messiânicas) fornecem um biombo para seus crimes. Isto não é novidade, pois o congresso está cheio de deputados que usam esta tática e cujo exemplo maior é Cunha.
Acho que está na hora de focar outros pontos de vista. Por exemplo:
– Ele poderia estar a serviço de outro país e usando as armas disponibilizadas pelo Brasil. Suposição baseada no fato que estão destruindo o país sem a mínima preocupação.
– Ele pode ser também um corrupto e estaria recebendo benesses para fazer este trabalho sujo. Suposição baseada no fato que a corrupção não está sendo combatida. Vide exemplos de corruptos delatados e não denunciados.
Se o promotor pode fazer ilações, eu também posso, e se ele diz que ninguém está acima da lei e pode ser investigado, acredito que também para ele ilações são aplicáveis..

Luiz Carlos P. Oliveira

Tarso resumiu tudo. Sabemos que essa farsa só existe por que tem ampla cobertura da mídia golpista. E aquele circo armado pelos procuradores é deplorável, sob o ponto de vista do Direito. Foi um linchamento público antes de um julgamento baseado em provas. Provavelmente Moro aceitará aquele “script” como se fosse uma denúncia séria. Bem ao estilo da República Curitibana das Bananeiras. Somos um país sem lei.
O que os golpistas não sabem é que, podem cassar a sigla do PT, podem tornar o Lula inelegível, mas para exterminar essa corrente política, precisariam não só anular 54 milhões de votos. Precisariam muito mais. Precisariam exterminar 54 milhões de brasileiros. Seria isso possível?

Joakim

De Tarso Genro esperava um artigo mais consistente, mas como a onda no PT agora é nivelar por baixo, temos mais um que chama “fascista” todo aquele que pensa diferente e faz correlações absurdas. Um conselho seu Genro: abandone o PT quando ainda pode. Dá para recomeçar numa legenda honesta (se é que existe uma).

Cláudio

:
: * * * * 04:13 * * * * .:. Ouvindo As Vozes do Bra♥♥S♥♥il e postando: A grande mídia (mérdia) é composta por sabujos sujos a serviço dos ianque$ e do $ionismo de capital especulativo internacional e outras máfias (como a ma$$onaria) dos canalhas direitistas…
.:.
* 1 * 2 * 13 * 4
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Por uma verdadeira e justa Ley de Medios Já pra antonti (anteontem. Eu muito avisei…) !!!! Lula (sem vaselina) 2018 neles (que já tomaram DE QUATRO) !!!!

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FrancoAtirador

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Há Fartura de Convictos Absolutos ao Longo da História:

Desde os Julgadores de Sócrates, na Grécia Antiga,

passando pelos Carrascos de Cristo, na Judéia

e pelos Executores de Estêvão, em Jerusalém,

até os Algozes de Giordano Bruno, em Roma.

https://pbs.twimg.com/media/CssLIAaWEAAuOqc.jpg

https://twitter.com/fisicatrilegal/status/777727599070109696
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FrancoAtirador

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https://twitter.com/maria_fro/status/777716605862240257
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