Sobre o vergonhoso comportamento da Folha no caso Siemens

Tempo de leitura: 3 min

Nem o dr. Werner acredita no Otavinho

CASO SIEMENS

Uma manchete diversionista

Por Luciano Martins Costa em 03/08/2013 na edição 757

no Observatório da Imprensa, sugerido pelo Francisco Niteroi, via blog do Miro

Às vezes, para não dizer o essencial, a imprensa precisa dizer alguma coisa. Parece ser esse o sentido da manchete da Folha de S. Paulo na edição de sexta-feira (2/8): “Governo paulista deu aval a cartel do metrô, diz Siemens” – é o que anuncia o título principal do jornal, no alto da primeira página.

A reportagem é a primeira manifestação relevante de um dos três diários de circulação nacional sobre a confirmação do esquema de propinas que, durante pelo menos quinze anos, condicionou as contratações de obras e compras de equipamentos para o sistema do metrô e dos trens metropolitanos na capital paulista.

A escolha editorial pode induzir o leitor desatento a concluir que o jornal decidiu finalmente encarar a fartura de evidências sobre um estado permanente de corrupção no governo de São Paulo, cujas consequências podem ser claramente percebidas na insuficiência das linhas de transporte sobre trilhos, no atraso de obras e no custo excessivo do sistema, que acaba repercutindo no preço das tarifas por décadas à frente.

Pelo que se lê na Folha, tudo não passou de um ajuste feito por assessores de um governador que já faleceu, Mário Covas, num contexto em que o acordo entre concorrentes seria a maneira mais prática de resolver rapidamente a disputa entre as empresas candidatas ao contrato.

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Em geral, o leitor se distrai com a narrativa e deixa escapar o discurso subliminar presente no texto jornalístico. Então, vejamos: no caso da manchete da Folha, a narrativa nos diz que os documentos apresentados a autoridades brasileiras pela empresa alemã Siemens afirmam que o governo de São Paulo, no tempo de Mário Covas, autorizou a formação de um cartel de multinacionais e empresas brasileiras para cumprir a licitação referente a obras do metrô.

Segundo a reportagem, o conluio teria começado em 2000 e prosseguido nas gestões de Geraldo Alckmin, que era vice de Covas, e de seu sucessor, José Serra. O cartel passou a dominar todos os projetos de metrô e trens metropolitanos, gerando custos sempre maiores.

Em apenas uma licitação, para manutenção de equipamentos da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, foi possível aumentar os preços em 30%, segundo depoimento de um executivo da empresa alemã. Mas, para o governo de São Paulo, a licitação viciada era a melhor solução, por “dar tranquilidade na concorrência”.

Santa inocência!

Uma das táticas mais corriqueiras na prática jornalística, quando não se quer alimentar polêmicas em torno de determinado assunto, é antecipar uma versão moderada do tema, delimitando a priori certas condições para sua interpretação. Essa adesão condicional quase sempre anula a atenção crítica dos leitores, dando a entender que o veículo não está se omitindo ou tentando encobrir alguns eventos, que preferia não ver transformados em escândalo.

Esse parece ser o caso da abordagem que faz a Folha ao esquema de  pagamento de propinas que está ligado ao caso do cartel.

O cartel, que agora é admitido oficialmente, funciona há mais de treze anos, tempo citado pelo jornal – porque, na verdade, o acerto entre o governo paulista e seus fornecedores começou pelo menos em 1998, conforme se pode apreender em reportagens anteriores, publicadas quando outra empresa do cartel, a francesa Alstom, foi acusada de pagar propinas a políticos do PSDB.

Não há como relativizar as responsabilidades de todos os governadores do período – a tese do domínio de fato, afirmada pelo Supremo Tribunal Federal no ano passado, há de se aplicar democraticamente, ou não?

A Folha diz que procurou ouvir o ex-governador José Serra, mas ele “não foi localizado”. O atual governador, Geraldo Alckmin, responde que tudo não passou de um acerto entre as empresas concorrentes, sem participação de funcionários do governo – e de repente o senso crítico do jornal fica obnubilado pelas palavras mágicas do chefe do governo paulista.

Então, estamos combinados: o governo de São Paulo faz uma sucessão de licitações para comprar trens e sistemas de controle de tráfego, tratar da manutenção dos equipamentos, durante quinze anos, e nunca desconfia que os preços são acertados previamente entre os fornecedores?

O jornal que se considera o mais aguerrido do Brasil, cujos repórteres, em outras ocasiões, se dispõem a vasculhar o lixo de agentes públicos, aceita candidamente essa ingenuidade toda.

Não passa pela cabeça dos editores mandar investigar se a mesma bondade com o dinheiro público não se estendeu também para as obras de túneis, instalação de trilhos, construção de estações, como tem sido diligente e devidamente feito no caso dos estádios que estão sendo construídos para a Copa de 2014.

Como diria o parceiro do Batman: “Santa inocência!”

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Comentários

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kalifa

O governador do psdb alkimin disse que o estado tem interesse em saber o que ocorreu, fingindo que não sabe ser ele o ladrão!Liga não geraldinho vai até o quinzinho que ele tem que manter a casa de maiame e dá para fazer acertinho, ou vai até gilmar e peça um HC canguru e finalmente o fux pode dizer que os demais é devem provar culpa!

Sagarana

Em tempo, alguém viu a nota OFICIAL do Cade?

http://www.cade.gov.br/Default.aspx?c87c8a9f71a67d8690bd8fa2b79e

    Sagarana

    Para quem sabe ler está escrito lá: “Somente tiveram acesso ao acordo de leniência e aos documentos que o acompanham as partes investigadas e os órgãos que assinaram o acordo”.
    As denuncias feitas pela FOLHA não encontram respaldo na própria nota OFICIAL do Cade que, de forma inequivoca, afirma que o Governo do Estado De São Paulo não é sequer parte investigada, visto que não teve acesso aos autos.

Maria Izabel L Silva

Essa foi de doer. A FSP perde uma grande oportunidade de recuperar o prestigio e a credibilidade do jornalismo impresso. Não passa de um informativo vulgar do PSDB. Que desperdício.

Sagarana

Nas obras do PAC nunca houve formações de cartéis. Foi o que me garantiu a Velhinha de Taubaté.

    Maria Izabel L Silva

    Provavelmente não por que o TCU, a PGR e a mídia golpista fiscalizam cada alfinete comprado. Diferente dos governos do PSDB, que ficam soltos na buraqueira, sem ninguém fiscalizar

    Julio Silveira

    A merda é a mediocridade que tem tornado o país esse antro de corrupção. E poucos fazem a mea-culpa na hora dos resultados. Esse é um dos problemas culturais mais pródigos e de resultados mais funestos para o país. Ele é ocasionado justamente por interpretações como esta, vinda de gente de pouco espirito patriótico e de noção de cidadania. Para esses, como você, tudo se resume a justificativa baseada no direito a igualdade no mal feito. Infelizmente sua visão não é assim tão incomum neste país de tantas consciências corruptas, mesmo aquelas adormecidas que não se deram conta ainda, que não se locupletaram. Este pode ser seu caso. Por favor não propague essa sua definição de justiça para novas gerações. Não queira minimizar ou perdoar o crime baseado em suas afinidades, ou sua crença de que seu adversários possam também tê-los cometido.

anderson

Esquema Siemens também operou em administração de tucano mineiro
Empresário acusou a ECT de superfaturamento de R$ 48 milhões em licitação promovida no governo FHC tendo como ministro Pimenta da Veiga.
Em meio ao escândalo do chamado propinoduto tucano, denunciado pela Siemens, empresas fornecedoras de equipamentos e de serviços em trens e metrô nas gestões Mario Covas, José Serra e Geraldo Alckmin que superfaturaram R$ 577 milhões, o equivalente a 30% a mais do que os governos pagariam se não houvesse esquema, outros casos envolvendo a empresa igualmente estão sendo investigados, mas ainda permanecem ofuscados.

Até 2005, repousou em uma gaveta do empresário catarinense Edson Maurício Brockveld um envelope lacrado de papel pardo. Em uma das faces do invólucro estão registradas cinco assinaturas de membros da Comissão Especial de Licitação dos Correios. Dentro, segundo ele, está à prova de que a corrupção na ECT começou, ou tinha prosseguimento, ainda no governo Fernando Henrique Cardoso.
Dono da Brockveld Equipamentos e Indústria Ltda., o empresário esperou até 2005, ocasião da CPMI dos Correios para abrir publicamente o envelope. Seu objetivo era provar ter sido preterido em uma concorrência, em 2000, em favor de duas empresas estrangeiras, a alemã Siemens e a francesa Alstom, ambas com propostas supostamente superfaturadas.

Brockveld alega ter calculado em R$ 48 milhões o contrato de compra de equipamentos de movimentação e triagem de carga interna oferecido à ECT. A dupla vencedora cobrou quase o dobro. De quebra, diz o empresário, as escolhidas passaram a gerenciar outros três contratos no valor de US$ 100 milhões (R$ 230 milhões).

Em 22 de dezembro de 1999, a ECT abriu a concorrência internacional 016/99 para compra e manipulação de equipamentos de sistemas de movimentação e triagem interna de carga. Interessado no negócio, Edson Brockveld conta que, nos dois anos anteriores à licitação, desenvolveu, junto ao setor de engenharia dos Correios, diversos equipamentos e realizou testes em parceria com as empresas Portec e Buschman, ambas dos Estados Unidos.

Segundo ele, a pedido da diretoria da ECT, a Brockveld Equipamentos chegou a trazer engenheiros americanos para fazer as demonstrações e, assim, ganhar a confiança da direção da estatal. O presidente da empresa era Hassan Gebrin, ligado aos grupos políticos do então governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz (PMDB), e do ex- senador e ex-governador também do Distrito Federal José Roberto Arruda (PFL-DF).

A indicação havia sido avalizada pelo então ministro das Comunicações, Pimenta da Veiga. Para garantir uma boa posição no processo licitatório, a Brockveld fez um consórcio com a japonesa NEC, uma das gigantes mundiais do setor de tecnologia de ponta. Pelo acordo, cada empresa seria responsável por um setor.

A empresa brasileira cuidaria do maquinário de movimentação postal e a NEC dos equipamentos de comunicação e segurança. Dois dias antes da licitação, no entanto, sem nenhum sinal prévio, conta Edson, o então diretor da NEC no Brasil, Marcos Sakamoto, informou à Brockveld que não poderia participar da licitação.

Alegou, segundo o empresário catarinense, atender a um pedido da direção da Siemens, que não queria a participação das duas empresas na licitação. No dia da abertura das propostas, Edson Brockveld diz ter sido diretamente convidado pelas empresas Mannesmann Dematic Rapistan, Siemens e Alstom a não participar da concorrência da ECT, pois estaria tudo certo que as duas últimas seriam as vencedoras da licitação.

Brockveld alega ter ignorado a oferta e participado, assim mesmo, do processo. No dia da licitação, o edital previa que fossem abertos os envelopes relativos à habilitação técnica e comercial. Porém, ao ser constatado que a Brockveld Equipamentos iria participar da licitação, e pelo fato de os concorrentes não saberem se a empresa estava ou não com os documentos em ordem, foi feita uma proposta à ECT de emissão de um parecer único da proposta técnica e de habilitação, em desacordo com o estabelecido no edital de licitação.

Feito isso, a Brockveld e a Mannesmann acabaram sumariamente inabilitadas tecnicamente. A Mannesmann imediatamente recorreu, mas teve o pedido indeferido. Ambas receberam, lacrados, os envelopes com as propostas de volta. Siemens e Alstom foram às escolhidas. Detalhe: a empresa francesa embolsou US$ 15 milhões e deu o cano na ECT, por este motivo foi processada pelos Correios e substituída em seguida, pela NEC.

Logo depois, a direção da Brockveld foi procurada pelas empresas vencedoras. Teriam pedido para que ela não entrasse com recurso administrativo. Em troca, os executivos da Siemens e da Alstom dariam parte do projeto para a perdedora. Ou seja, comprariam da empresa brasileira os equipamentos previstos no contrato.

Com a Alstom, o acordo foi assinado na noite do dia 23 de fevereiro de 2000. A empresa foi representada, segundo Edson Brockveld, por um diretor chamado Jean Bernard Devraignes. A Siemens, no entanto, esperou a data-limite para entrada de recurso, 24 de fevereiro de 2000, para assinar o acordo, em Brasília.

Naquele dia, para ter certeza de que tudo sairia conforme combinado, Hélcio Aunhão, diretor da Siemens, foi ao aeroporto da capital federal encontrar com Brockveld, então disposto a entrar com o recurso administrativo contra o resultado da licitação, o que nunca aconteceu. Depois de assinados os contratos, no entanto, as empresas vencedoras não honraram os acordos.

Edson Brockveld, então, esperou o momento certo de se vingar. A crise desencadeada a partir das denúncias de corrupção, justamente nos Correios, lhe pareceu à oportunidade ideal. O empresário foi ao Congresso Nacional para entregar toda a documentação sobre o caso a então senadora, hoje ministra Ideli Salvatti.

Disse a ela ter tomado a iniciativa de denunciar o caso cinco anos depois porque, impedido de participar da licitação e traído por empresas internacionais, achava que a CPMI dos Correios iria se interessar pelo caso. Por isso havia decidido ir pessoalmente ao Senado. Ele disse à senadora que, em princípio, não teria interesse em entrar em briga judicial contra a ECT, mas pretendia acionar a Siemens e a Alstom por quebra de contrato.

O diretor-regional de Vendas da Siemens no Brasil, Hélcio Aunhão, negou, na Sub-relatoria de Contratos da CPMI dos Correios, as acusações de que a empresa teria feito conluio com a Alston para que a Brockveld se retirasse da licitação do sistema de triagem interna de cargas dos Correios.

Aunhão confirmou ter assinado termos de intenção de compra de alguns equipamentos com a Brockveld, transação que, segundo Edson Maurício, serviria para compensar a empresa que se retirou, mas disse que a compra não foi realizada porque a empresa fornecedora não teria cumprido as condições estipuladas no contrato.

O sub-relator, então deputado federal, hoje Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, afirmou na audiência que a CPMI iria solicitar ao Ministério Público o aprofundamento da investigação sobre o caso.

O Ministério Público brasileiro obteve de autoridades da Suíça, este ano, a confirmação da existência de contas do operador do esquema junto ao Metrô de São Paulo, Roberto Marinho, no exterior. Agora, espera-se no MP a chegada de novas informações, vindas do Principado de Liechtenstein, vizinho à Suíça, de forma a rastrear o trânsito de grandes recursos no circuito de empresas e bancos do paraíso fiscal.

Segundo as autoridades o alimentador desse esquema seria a multinacional Alstom, que teria feito “acordo”, com os tucanos antes mesmo da Siemens e em relação ao Metrô de São Paulo, ou seja, no período que ocorreu às irregularidades no Correios, quando Pimenta da Veiga era Ministro das Comunicações de FHC.

Na multinacional alemã, o presidente no Brasil, Peter Loscher, foi afastado do cargo, numa responsabilização indireta sobre a gestão que teria participado de um cartel formado por 15 empresas, todas participantes de um esquema de pagamento de propinas aos tucanos.

JULIO*Dilma2014/Contagem(MG)

Na boa, vai te catar, foia de sum paulo, e me engana que eu gostio.

pierre

A folha está nesta para ajudar o PSDB e a globo. A ajuda ao PSDB aparece nas matérias feitas, a mil mãos, para amenizar os fatos e, ao mesmo tempo, deixar caminhos abertos para o trânsito das dúvidas. A globo, porque ao divulgar em seus noticiários as matérias da folha, puxa para o seu lado o PSDB, titular de um fato novo, para dividir com ela a ira do povo, em decorrência de sonegação de impostos, negociatas em paraísos fiscais, roubo de processo na Receita Federal, etc, etc. Como o PSDB, Folha e Globo são farinha do mesmo saco, uma mão lava a outra e todas, bem juntinhas, de uma só vez, lavam a falta de vergonha de todos.

abolicionista

O PSDB age em conluio com a mídia corporativa, todo mundo sabe. Mas com o Bernardo de ministro essa impunidade tem tudo para continuar.

Francisco

Tem que ver é as contribuições de campanha.

A certeza da inpunidade da direita é tanta, que é capaz da Siemens ter feito contribuições legais (declaradas no TSE) ao PSDB. Ou ela ou laranjas.

Com um quilometro de metrô por ano, putz, é peciso ser um péssimo gestor para não desconfiar de nada, ainda que o gestor seja (fosse…) inocente.

O PSDB se prepara para descarregar a culpa no estagiário…

filho

Santa inocência que nada.. Santa parcialidade seria o desfecho correto.
A cada dia fica mais evidente e cristalino que a Folha tem lado sim. Esta estória de jornal independente é uma farsa. Como se diz pelas bandas do Nordeste..”Conversa para boi dormir”.

José BSB

Alckmin e Serra estão com o bumbum na parede. O primeiro recorre, covardemente, a memória do Mario covas para esconder a roubalheira. O segundo, não menos cínico, acusa o CADE de motivação política e responsabiliza o PT pelo surgimento das denúncias.

Jussara

E na matéria do estadão, parece que a culpa do desvio de dinheiro é só das empresas… o governo tucano fica de fora…
http://www.tijolaco.com.br/index.php/delacao-premiada-a-executivos-da-siemens-emudece-tucanos/

Marcelo de Matos

(parte 2) Data venia, discordo da conclusão do senhor procurador-geral: se o ato administrativo é discricionário, o dirigente do CADE poderá permitir acesso ao inquérito administrativo, como poderá não fazê-lo, a seu critério. Se fosse para entrar no mérito da questão, diria ainda que o que está no inquérito do CADE foi relatado pela Siemens e já publicado no diário alemão Der Spiegel. Basta recorrer a alguém versado no idioma de Goethe. Talvez nem isso: a Wikipédia informa: “O Escândalo do caso Alstom consiste numa série de denúncias de pagamento de propina feitos pela empresa francesa Alstom a vários políticos brasileiros do PSDB, que vêm sendo feitas por órgãos de imprensa da mídia internacional, tais como o Wall Street Journal e o Der Spiegel, e que foram, em parte, repercutidos no Brasil, principalmente pelos jornais O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo”.

Marcelo de Matos

(parte 1) Algumas considerações sobre o mandado de segurança impetrado pelo governador Alckmin para ter acesso a inquérito administrativo do CADE. Fui aluno do professor Cretela Júnior em Direito Administrativo. O mestre ensinava muito bem a distinção entre ato administrativo vinculado e discricionário. Pena que a maioria dos acadêmicos não goste de Direito Administrativo. A Folha publica hoje: “O procurador-geral do Estado de São Paulo, Elival da Silva Ramos, disse que a lei permite ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) fornecer à administração paulista documentos da investigação sobre a suposta formação de cartel em licitações de trens em São Paulo, independentemente de autorização judicial”. “Ontem o procurador-geral afirmou que a lei sobre esse tipo de apuração estipula que “o inquérito administrativo poderá ser sigiloso, a critério do relator ou dirigente do Cade”. A expressão “poderá”, com todas as letras, indica uma faculdade”.

augusto2

considero certo que havia poucas empresas aqui capazes de fornecer os vagoes,mais sistemas p/o metrô e Cptm. E certo que lutariam na justiça pelos contratos, atrasando a entrega num contexto de reflexo politico funçao dos atrasos. Alias os cronograms metro-ferroviarios tem sido no exato calendario das urnas. Porem o cartel continuado, com aumento dos preços e contas no exterior falam por si mesmos.

Acássia

Ótimo execício de lógica, acima.

Pratiquem em sites da direita, e será muito bom. Muita gente vai ler.

    Alex Mendes

    Acássia,

    Essa mídia pig-corrupta não publica. Debate sério é o que menos interessa aos detentores de poder que paga a pig.

    Não adianta. A pig só têm espaço pra xingamentos contra qualquer um com pensamento democrático real, contra o PT e de esquerda, usando a mesma tática que permitiu o nazismo assumir o poder na Alemanha.

    O nazismo só chegou ao poder porque teve palanque na pig alemã daquela época.

    A LEI DE MÍDIA é a coisa mais importante a ser feita no Brasil, juntamente com a reforma total no judiciário, que nunca prende corruptores e demais ricos.

Mardones

k k k k k

Quando eu li a matéria da Folha dei risada do esforço do jornal para tornar o crime em algo diferente. Não conseguiu.

Fosse governadores do PT, estaria em primeira página com letras de forma: MAIOR ESQUEMA DE CORRUPÇÃO DO BRASIL ENVOLVE GOVERNADORES DO PT.

Como foi o PSDB trata-se de suposição. k k k

Fernando Moreno

Jornal cujo dono participou ativamente da ditadura pode se esperar o quê?

Eduardo

Sem nenhuma surpresa para mim, a manchete importante de hoje do Estadão é exatamente o inicio dos esforços do MP do estado de SP ” o MP mais manjado do Brasil”, visando matar na raíz e abafar bem antes das eleições o escändalo do PSDB no metrõ de SP.Onde está o CNJ e o Conselho do MP? Alguém precisa desligar o ” Abafador” do manjado MP de SP! Do PIG nos cuidamos!

    Alex Mendes

    De pleno acordo! O MP paulista é o engavetador geral do Estado de SP, que se tornou uma ditadura de fato: MP, justiça, polícia, mídia… Em SP todos protegem o PSDB.

FERRETTI

Então,sorte mesmo quem tem é a globo,com esse escandulo em São Paulo a sonegação de impostos com a receita já foi esquecida.

sergio de oliveira campos

Este sagarana deve ter um Q.I. proximo a 4 ou é da extrema direita

    Sagarana

    Certamente meu caro, se eu tivesse um Q.i. tão baixo eu seria de esquerda.

'Sobre o vergonhoso comportamento da Folha no caso Siemens' – jornalismo? – Blue Bus

[…] Texto do Luciano Martins Costa publicado no sabado no Observatorio da Imprena  Blue Bus reproduz uma versao resumida. O titulo da nota aqui é o mesmo dado pelo vIomundo que tambem reproduziu. […]

roberto pereira

Justamente a palavra “cartel” é usada pela mídia oligopolizada para encobrir a essência do crime. No jargão jornalístico ocorreu mesmo foi “combinação de preços para fraudar uma licitação”. E isso só ocorre por tanto tempo se for com a participação de agentes políticos. Ora, dá na cara do mais imbecil funcionário no caso em que as mesmas empresas sempre participam das licitações e as ganhadoras são as mesmas de sempre, apenas se revezando. De acordo com a perguntinha cretina, tem-se que concluir: a moralidade exigida pela direita coxinha é para os outros. A moralidade dessa direita não resiste a um Rodanel, vai resiste ao din din internacional da turma do metrô…

rodrigo

Parece a piada das duas cartas.

JOTACE

Olho aberto mais do que nunca com o caso do metrô e do trem-bala! Pois este, ao que parece, vem aí mas já na mira de empresa espanhola…

cassio

KKKKKK A Folha não tem e nunca teve carater.. Até o PT poupou o Covas, abaixou a cabeça, rezou e ali tudo acabou.. mas a Folha não.., Falha sempre Falha

Elias

Nos três poderes e na mídia há degenerados. E degenerados são recíprocos quando se trata de protegerem-se. Otimista que sou, creio que o Brasil sofre com esses apátridas, mas é forte suficiente para seguir em frente e conquistar, ainda que tarde, seu lugar entre as melhores nações do mundo.

Eduardo

Jamais o Ministério Publico de São Paulo e a imprensa PIG tomará qualquer atitude que prejudique o PSDB. Não devemos nos iludir com a “Isto É”.O PIG e o MP paulista,como disse o Luciano,está antecipando o problema agora,de forma a abafar e matar na raíz o gravíssimo problema bem antes das eleições de 2014.Em 2014 o MP vai ressuscitar os casos repisados contra o PT de outras eleições e escandalizar bolinhas de papel! Nossa ação é importante para que eles se afundando e perdendo as eleições!

Iza

Os vigaristas da Folha e Globo, acham que falando sobre o “cartel” – rs,rs,rs,rs, irão livrar a cara de seus empregados “jornalistas” nas manifestações de rua.

José X.

Desde quando isso é notícia ? Aliás, acho bobagem ficar repercutindo Folha, Estado e Veja: isso é mais o que eles querem, já que leitores mesmo estão minguando. A força do PIG é a Globo, por cauda da televisão. O resto é só resto.

Luís Carlos

Globo demorou duas semanas para se manifestar depois que IstoÉ deu capa. E somente depois que a Folha fez matéria. Seria uma ação articulada entre ambas, Folha e Globo?

guilherme

Se nós formos esperar pela “imprensa” alguma coisa, vai continuar do jeito que está. São 100 anos os mesmos mandando e se beneficiando, e o povo que linche e pague a conta. Aliás, em nenhum desses “protestos” foi questionado custo do metrô.

Nuno

Folha: não dá pra ler.

Horridus Bendegó

Na edição do JN da Globo fica parecendo que os tucanos foram vítimas das empresas que atuaram em cartel.

Iza

Mais como iria “passar pela cabeça dos editores mandar investigara”?
Os cretinos da Folha, também estão metidos até o pescoço na lama do governo do PSDB.
Há vinte anos a Folha de São Paulo encobre os roubos do PSDB e fará de tudo novamente para que esse roubo de um bilhão de reais, continue escondido e impune.
Se algo acontecer, e o MP (rs,rs,rs,rs) de São Paulo, resolver pela primeira vez em 20 anos investigar esses criminosos, proprietários e diretores da Folha, também deveriam ir em CANA por cumplicidade.

Roberto Locatelli

É hora de Dilma tirar os tucanos da Secretaria de Comunicação do governo (Secom). Se os mantiver, estará sendo conivente com a falsificação que a Folha e demais veículos do PIG perpetram com o objetivo de desinformar o povo brasileiro.

    JOTACE

    Estará ?

Sagarana

Estive pensando: se eu abastecer meu carro em um posto de gasolina que faz parte de um cartel, eu vou parar na cadeia?

    joão ricardo

    Se vc estiver cuidando de uma licitação para aquisição de combustível de viaturas oficiais e receber uns trocados de um posto que participa de um cartel, deveria ir parar na cadeia sim.
    Pela sua pergunta fora do contexto, acho que vc não entendeu direito a dimensão do problema.

    Sagarana

    Se minha avó não tivesse morrido ela estaria viva. Não recebi nada em troca. Aliás, os formadores de cartel não precisam da “ajuda” de ninguém para cometer esse tipo de crime contra a administração pública. Denuncia pueril e carente de provas!

    abolicionista

    Caro João Ricardo, esse aí é caso de lesão cerebral, afasia da braba. É um trolzinho pago pelo tucanato que a gente não deve alimentar.

    J Souza

    Se você pagar com dinheiro de outra pessoa (público), e ficar com uma parte (propina, caixa-dois, etc), e for do PT, provavelmente vai preso, sim. Já se você for do PSDB, tenho minhas dúvidas…

    Luís CPPrudente

    Pela pergunta formulada, o sujeito é do PSDB, portanto ele não vai para a cadeia.

    Sagarana

    Não sou do PSDB mas se o PT não apresentar mais que dossiês fajutos e denuncias pueris, vai acabar atestando idoneidade aos tucanos. Esperteza não substitui inteligencia!

    francisco niterói

    Tentativa bobinha de jogar ora debaixo do tapete.

    No caso do metro, as comoras envilvem valores volumosos e, NO MUNDO INTEIRO, poucos fornecedores.

    Assim, da pra comparar precos. Da pra montar equipe tecnica pra verificar os valores, ou ate mesmo contratarconsultorias ( ou os tucanis so gistam de consultores ora privatizar?).

    Assim, quando vc comora gasolina, as atividades acima nao podem ser feitas por causa do custo-beneficio no valor da comora.

    Acredito que vc ja saiba o que eu disse. Mas obviamente so demonstra que desta vez os tucanos nao vao poder contar com a midia pra abafar. As desculpas realmente sao burrinhas, como a sua.

    Douglas da Mata

    Alguém vai responder a esta pergunta cretina ou vamos deixar este tipo de idiotice exposta, apodrecendo sob o sol inclemente de nossa indiferença?

    Luís Carlos

    É exatamente essa a tentativa da Folha. Você está colaborando com ela e com os corruptos? Não vai colar.

    Marcus Vinicius

    que bunitim: um “tucano enrustido” fazendo piada…

    M. S. Romares

    Pessoal, parem de se contrapor ao sagarana. Se voces observarem, no início ele diz “estava pensando”. Deve ser uma sensação nova pra ele. Deixem o cara curtir.

    Sagarana

    E você não sabe da maior: enquanto eu pensava um passarinho me contou que a Veja vai publicar uma reportagem bombástica envolvendo um banco liquidado recentemente e figuras “ilustres” da República. Mal posso esperar o próximo sábado.

J Souza

É que tem eleitor que gosta do “Rouba (muito), mas faz (pouco)”… Prefere se fingir de cego do que admitir que votou errado!
E isso acontece dos dois lados… Está tudo dominado!

    Luís CPPrudente

    Este deve ser o caso do Sagarana, o rapaz que fez a brilhante pergunta mais acima.

Hélio Pereira

No caso Alsthom/Siemmens,”santa inocência” do PSDB.
No caso das merendas,”santa inocência” do Gov Alckmin do PSDB.
No caso Castelinho,”santa inocência” do Gov Alckmin do PSDB.
No caso do MENSALÃO do PSDB de MG,”santa inocência do PSDB.
No caso do apoio a Ney Santos,”santa inocência” do Gov Alckmin do PSDB.
No caso Paulo Preto (Rodoanel,”santa inocência da dupla Serra/Alckmin.
No caso de ambulâncias super-faturadas,PCC,Privatizações etc…
Mas como este pessoal de Bico Comprido e Língua Grande é “inocente”,não é mesmo ???

Gerson Carneiro

Sabe a diferença entre “viado” e “homossexual”?

Homossexual é meu filho; viado é o filho do vizinho.

    Luís CPPrudente

    Ou seja, a famiglia Frias não chama os tucanos de larápios, de assaltantes do trem pagador.

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