Relator para Liberdade de Expressão da OEA critica Bolsonaro por ameaçar Greenwald de prisão
Tempo de leitura: 3 min“Extremadamente preocupante y contrario a las obligaciones internacionales que el presidente de #Brasil pida criminalizar y prisión para un periodista por publicar información de notorio interés público”, reagiu no twitter Edison Lanza, relator especial para Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), da OEA
‘Talvez pegue uma cana aqui no Brasil’, diz Bolsonaro sobre Glenn Greenwald
Presidente diz que jornalista americano é ‘malandro’ por casar com homem no Brasil
por Diego Garcia. Folha de S. Paulo
RIO DE JANEIRO O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou neste sábado (27), em entrevista após evento no Rio, que o jornalista americano Glenn Greenwald “talvez pegue uma cana aqui no Brasil”.
Greenwald é editor do site The Intercept Brasil, que tem publicado desde 9 de junho reportagens com base em diálogos vazados do ministro Sergio Moro e de procuradores da força-tarefa da Lava Jato.
Na mesma entrevista, Bolsonaro disse ainda que Greenwald e o deputado federal David Miranda (PSOL-RJ) são “malandros” por terem se casado e adotado dois filhos no país.
Bolsonaro fazia referência a uma portaria publicada por Moro, nesta sexta-feira (26), que estabelece um rito sumário de deportação de estrangeiros considerados “perigosos” ou que tenham praticado ato “contrário aos princípios e objetivos dispostos na Constituição Federal”.
“Ele [Glenn] não se encaixa na portaria. Até porque ele é casado com outro homem e tem meninos adotados no Brasil. Malandro, malandro, para evitar um problema desse, casa com outro malandro e adota criança no Brasil. Esse é o problema que nós temos. Ele não vai embora, pode ficar tranquilo. Talvez pegue uma cana aqui no Brasil, não vai pegar lá fora não”, afirmou o presidente.
A portaria do Ministério da Justiça foi publicada em meio às divulgações do Intercept Brasil, que revelou, em trocas de mensagens privadas entre o ex-juiz e procuradores da força-tarefa, ingerência do atual ministro sobre as investigações da operação.
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O jornalista e o Intercept têm dito que não fazem comentários sobre suas fontes. Sobre sigilo da fonte, o artigo quinto da Constituição afirma: “É assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional”.
“Quando o Moro falou comigo, que teria carta branca, eu teria feito um decreto. Tem que mandar para fora quem não presta. Não tem nada a ver com o caso dele [Glenn]”, continuou o presidente.
Em 2004, o governo Lula tentou suspender o visto de Larry Rohter, correspondente do The New York Times no Brasil, após o jornalista afirmar em reportagem que excesso de álcool afetava o então presidente. O governo voltou atrás na decisão depois que Rohter fez pedido de reconsideração.
Greenwald é cidadão dos Estados Unidos e mora no Rio de Janeiro. Ele é casado com um brasileiro, o deputado federal David Miranda (PSOL-RJ), com quem tem dois filhos adotivos, também nascidos no país.
“Fui o único parlamentar, e mais um, não sei quem foi, que discursou contra projeto de Aloysio Nunes Ferreira que falava sobre imigração no Brasil. No Brasil você não dorme com as portas e janelas abertas em casa e nem no apartamento. No Brasil, está tudo escancarado”, disse Bolsonaro.
Glenn Greenwald afirmou neste sábado (27) que a declaração do presidente sobre sua eventual prisão não faz nenhum sentido.
“Ao contrário do que Bolsonaro deseja, não temos uma ditadura, temos uma democracia e para prender alguém é preciso mostrar evidencia de que a pessoa que você quer prender cometeu algum crime”, disse o jornalista à Folha.
“Isso é totalmente maluco porque o David e eu estamos casados há quase 15 anos”, disse sobre a afirmação de que o jornalista é “malandro” por casar com homem no Brasil. “Evidentemente Bolsonaro acha que tenho poder para prever o futuro, que depois de mais de dez anos eu precisaria dessa proteção para não ser deportado. É quase insana essa teoria”, afirma.
Portaria de Moro
O presidente defendeu a portaria publicada por Moro.
“Pela lei, se chegar aqui um navio com 5.000 pessoas de qualquer lugar do mundo, já sai com hospedagem. Não é assim! Não sou xenófobo, mas na minha casa entra quem eu quero, e a minha casa no momento é o Brasil. Se um cara for pego por suspeita de tráfico, sequestro, esses crimes brabos, é suspeito apenas, sai daqui! Já tem bandido demais no Brasil! Esse é o sentimento dele (Moro) e o meu também, parabéns ao Moro”, disse.
A norma publicada pelo ministro da Justiça também trata de casos de impedimento de ingresso ao Brasil e de repatriação.
Segundo a portaria, que recebeu o número 666, ficam sujeitos ao rito sumário estrangeiros suspeitos de terrorismo, de integrar grupo criminoso organizado ou organização criminosa armada, e suspeitos de terem traficado drogas, pessoas ou armas de fogo.
Glenn Greenwald escreveu em uma rede social que, ao publicar a portaria, Moro faz “terrorismo”.
“Hoje [sexta] Sergio Moro decidiu publicar aleatoriamente uma lei [portaria] sobre como os estrangeiros podem ser sumariamente deportados ou expulsos do Brasil ‘que tenham praticado ato contrário aos princípios e objetivos dispostos na Constituição Federal.’ Isso é terrorismo”, afirmou o jornalista.
Comentários
Zé do rolo
O renomado jornalista Glenn não tem que ser deportado por divulgar a mais pura verdade referente à farsa a jato ou quadrilha a jato de Curitiba em que o Moro e o dallagnol cometeram crimes, perseguiram e até forjaram provas e coagiram delatores para incriminar e prender o Lula…quem tem que ser arrancado do ministério da justiça é o fora da lei do Moro, o Deltan no mínimo exonerado da mpf e o Bolsonaro expulso do planalto.
Os aliados do Moro em outras instâncias do judiciário também tem que sofrer punição como por exemplo o gebran neto, thompson flores, Fux, Edson Fachin, Barroso etc…
Zé Maria
https://pbs.twimg.com/media/EAlEXsnXsAAOdN0.jpg
Nota do @theintercept sobre as ameaças
que o presidente @jairbolsonaro fez ao jornalista
e cofundador do Intercept, @ggreenwald
https://twitter.com/TheInterceptBr/status/1155529968786558976
Cabe Ação Cível Indenizatória.
Zé Maria
Nada de Destruição
Por Janio de Freitas, na FSP
[,,,]
Os dias de hoje não fazem a atualidade.
O passado tomou muito de volta,
raso de cabeça e grosso na atitude.
A ele são bem capazes de recorrer os interessados
em virar a mesa do seu desmascaramento.
Para valer-se da aliança com os militares do Exército,
não hesitariam em apelar para uma velha e oca ferramenta verbal, autora histórica de inúmeras
barbaridades: a “segurança nacional”.
Bolsonaro já encaminhou essa via.
Definiu a alegada invasão do seu celular como
“atentado grave contra o Brasil e suas instituições”.
Não foi o que disse quando os telefones da presidente
Dilma Rousseff foram hackeados por agentes americanos.
Nenhum dos indignados com as revelações
do The Intercept Brasil, teve qualquer palavra
de repúdio àquele verdadeiro “atentado grave
contra o Brasil e suas instituições”.
O caso mesmo das revelações aqui atesta
a competência da Polícia Federal.
É equivalente, parece, à incerteza que se tem
quanto ao uso e direção dessa competência.
Não é preciso exemplificar com a Lava Jato.
No episódio do caixote com dólares de Cuba,
para a campanha de Lula à Presidência,
a PF assombrou com a promoção de uma
caixa de bebida vulgar a arma antieleitoral.
O dinheiro plantado na campanha de Roseana Sarney,
para ser “descoberto” pela PF, foi um escândalo
retribuído a um delegado na eleição em Minas.
E a história dos “trapalhões do PT”, manejada por
cordéis da Procuradoria da República em Mato Grosso,
cujo final não pôde evitar a exclusão de um delegado.
Tudo e sempre em benefício do PSDB.
A Polícia Federal está entregue a Sergio Moro…
Moro fez escutas ilegais. Divulgou escutas ilegais.
Gravou conversas de advogados e outras pessoas
isentas de suspeita.
Deltan Dallagnol foi um associado de Moro
com exibições de fanatismo e messianismo até na TV.
Os vazamentos ilegais integraram a atividade de ambos
como prática banal.
Nós outros ouvimos e vimos tudo isso.
Agora queremos ouvir e ler o que diziam às escondidas.
Nada de destruir o material captado.
Os dois e seus companheiros de missão político-judicial já fizeram bastante destruição, não precisam fazer mais uma.
íntegra: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/janiodefreitas/2019/07/nada-de-destruicao.shtml
Lino César
Se fizerem isso será ótimo para divulgação da vaza jato.
Falar isso já e ótimo. Um verdadeiro tiro no pé.
Zé Maria
Deu pra bola do Bolsonaro! Não dá Mais!!!
A Marcha da Insensatez
Um País a Caminho da Destruição
“Bolsonaro está aí para Destruir a
Política, a Democracia, os Direitos”
Por Luis Nassif, no Canal TV GGN
https://youtu.be/dMeyk3GGGyA
https://twitter.com/luisnassif/status/1155237339800772608
Zé Maria
“Bolsonaro não é promotor, nem juiz
para decidir sobre prisão de alguém.
É um projeto de ditador que se aproveita
da fragilidade da democracia brasileira,
com STF que se reúne com lobistas, com tudo.
Frente ampla pelo impeachment do mito.”
https://twitter.com/VIOMUNDO/status/1155235084695420929
Eu Apoio e já passou da hora:
Impedimento do Mito imbecil, que,
além de Burro e Mau, é irresponsável.
Aliás, Crime de Responsabilidade
do Jair Bolsonaro é que não Falta.
Zé Maria
“1 STF não vai prender Dirceu sem provas.
2 Não terao coragem de derrubar Dilma sem provas.
3 Não vão prender Lula!
4 Povo nao vai eleger Bolsonaro; extrema direita é minoritaria.
5 Moro nao vai pro governo, isso deixaria rastro.
6 Nao terão coragem de prender @ggreenwald.”
Sei …
https://twitter.com/rvianna/status/1154150530803011584
Zé Maria
“Ao contrário dos desejos de Bolsonaro,
ele não é (ainda) um ditador.
Ele não tem o poder de ordenar pessoas presas.
Ainda existem tribunais em funcionamento.
Para prender alguém, tem que apresentar provas
para um tribunal que eles cometeram um crime.”
https://twitter.com/ggreenwald/status/1155154177494044672
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Será que é assim mesmo que funciona, Glenn?
Não estamos tão certos disso aqui no braZil,
sobretudo depois do que revelaste na #VazaJato.
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