Condenação de Bolsonaro por ataques a quilombolas
por Carlos Zarattini*
As Bancadas do Partido dos Trabalhadores na Câmara dos Deputados e no Senado, juntamente com movimentos sociais, celebram a decisão da juíza Frana Elizabeth Mendes, da 26ª Vara Federal do Rio de Janeiro, de condenar o deputado federal Jair Bolsonaro ( PSC-RJ) a pagar R$ 50 mil por danos morais coletivos a comunidades quilombolas e à população negra em geral.
A condenação foi em decorrência de ação encaminhada em 6 abril deste ano pelas duas bancadas e movimentos sociais à Procuradoria Geral da República.
Na ação, pediu-se investigação contra o deputado do PSC por racismo, depois de uma fala no clube Hebraica, no Rio de Janeiro.
O parlamentar falava das terras quilombolas quando afirmou que “o afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas. Não fazem nada. Eu acho que nem para procriador ele serve mais”.
É importantíssima a punição da juíza da 26º Vara Federal do Rio de Janeiro contra mais um ato odioso e racista de Bolsonaro, cuja atuação tem estimulado a escalada do ódio e da intolerância no País.
Na palestra que gerou a punição, Bolsonaro assacou diversas ofensas contra as comunidades indígenas e quilombolas.
O parlamentar tem extrapolado todos os limites da ação parlamentar e política, espalhando a intolerância e o ódio, agindo deliberadamente contra os negros, índios e outros segmentos desfavorecidos da sociedade, com o claro intuito de cometer o delito do racismo.
Apoie o VIOMUNDO
A ação na PGR foi liderada pela deputada Benedita da Silva (PT-RJ), juntamente com Maria do Rosário (PT-RS),Erika Kokay (PT-DF) e Paulão (PT-AL), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, com o apoio de outros deputados e senadores do PT e de outros partidos.
O Brasil vive um momento de grave intolerância e ascensão do autoritarismo.
Todos os setores da sociedade que buscam um padrão avançado de civilidade, de respeito aos direitos humanos e aos valores que norteiam a convivência harmônica e democrática entre brasileiros e brasileiras não podem tolerar atos bárbaros e retrocessos civilizatórios.
Temos que barrar o avanço do ódio e da intolerância.
Brasília, 3 de outubro de 2017
*Líder do Partido dos Trabalhadores na Câmara dos Deputados
Veja também:
Comentários
Alves
Dessa vez, Azenha, pasme, você pode dar as mãos para o PIG, pois ele também está celebrando essa condenação de Bolsonaro. A sorte é que esse tipo de condenação não torna o deputado ficha suja. Aliás, o que você acha do Vicente Cândito, relator da reforma política, fazer coro com o Gilmar Mendes a respeito da revogação dos dispositivos legais que tratavam da impressão dos votos? Pois é, quem diria, hein!? A esquerda, em desespero, aliando-se ao PIG e ao Gilma!!!!
a.ali
vai ver seus admiradores vão desembolsar para ajudá-lo
bom prá esse otário aprender e dar exemplo a sua “seita” de intolerantes e incivilizados, pois enquanto a humanidade progride tecnologicamente retrocede moralmente
Orcilene F Santana
Enquanto isso o Ladrão e maior formador de quadrilha da historia da humanidade Ex presidente pelo PT, condenado a mais de 9 anos de cadeia, continua livre andando pelo pais, fazendo campanha política, fora de época. Éh judiciário midiático.
Jardel
Bom mesmo é o Bolsonazi!
Há décadas é deputado federal pelo RJ, se diz militar, da área da segurança, e até hoje não propôs nem fez absolutamente nada para ao menos minimizar o sofrimento da população fluminense com a insegurança.
A bala perdida corre solta e o deputado está se ocupando com a árdua tarefa de ofender negros quilombolas, homossexuais e mulheres.
Jardel
O filho do Bolsonazi, o deputado Bolsonazinho levou um “professor” nazista – inclusive já apareceu publicamente fardado com uniforme nazista -, para discursar na ALERJ.
Os deputados do PSOL botaram ele pra correr de lá. Não discursou merda nenhuma.
O nazismo é repudiado no mundo inteiro!
Num país miscigenado como o nosso, o que é que o Bolsonazinho acha que temos a ouvir de um nazista?
Denise
Deveria ter sido 500 mil reais, no mínimo. Os quilombolas foram roubados em muito mais.
Deixe seu comentário