Previdência: Para aprovar reforma na marra, Doria usa tropa de choque; PMs espancam e atiram contra servidores; vídeos

Tempo de leitura: 2 min
Reprodução de vídeo, Mirian Ponzio, Lúcia Rodrigues e redes sociais

Previdência: Governo Doria transforma Assembleia Legislativa de SP em praça de guerra para aprovar reforma

Tropa de choque da PM espanca e dispara a queima roupa contra servidores públicos

por Lúcia Rodrigues, especial para o Viomundo

A Assembleia Legislativa de São Paulo foi transformada em uma praça de guerra nesta terça-feira, 3, pela Tropa de Choque da PM a mando do presidente da Casa, Cauê Macris (PSDB).

Policiais espancaram servidores públicos que tentavam acompanhar o segundo turno da votação da reforma da previdência.

Balas de borracha foram disparadas a queima roupa ferindo vários trabalhadores.

O cheiro do spray de pimenta lançado pelos policiais invadiu até a galeria do plenário da Casa. Uma névoa encobriu os corredores.

Várias pessoas passaram mal, sem conseguir respirar.

A deputada Márcia Lia (PT) denunciou que também foi atingida pelo spray de pimenta.

“Jogaram spray de pimenta em mim. É um absurdo o que estão fazendo com os funcionários públicos aqui na Assembleia. Temos de denunciar o governo Doria. Doria nunca mais”, bradou.

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Do lado de fora, a Tropa de Choque implodiu o ato do funcionalismo público que acontecia na avenida Pedro Álvares Cabral.

Bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo explodiam provocando mais feridos.

Os deputados Carlos Giannazi (PSOL) e Bebel (PT) exibiram, no plenário da Casa, fragmentos das bombas e balas de borracha disparadas contra os trabalhadores.

Esses artefatos ainda estariam fora do prazo de validade, segundo a deputada Érica Malunguinho (PSOL).

A presidente da Comissão de Direitos Humanos, Beth Sahão (PT), denunciou que a água foi cortada nas torneiras da Assembleia Legislativa.

“Cortaram a água. Isso é muito grave! Ainda mais em época de coronavírus”, crítica.

Deputados da base governista acusaram os manifestantes de promoverem desordem.

Mas quem depredou a Assembleia Legislativa foi a própria Tropa de Choque que lançou uma chuva de bombas, como é possível ver nas fotos abaixo.

A reforma da previdência foi aprovada em segundo turno por 59 votos a favor e 32 contra. Confira como votaram os deputados.

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Comentários

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Zé Maria

A Polícia Militar é a Segurança do Capital.
Sem a PM a Burguesia treme.
Banqueiros, então, nem se fala.

Nelson

Bem, amigo. Se tem acontecido aqui no Rio Grande, que tem o povo mais politizado do país – pelo menos é o que se ouve por aqui – certamente que em São Paulo a coisa não pode ser diferente.

Nos últimos 20 anos, tivemos dois governos de esquerda. Ainda que tenham cometido seu erros, Olívio Dutra e Tarso Genro, cada um a seu tempo, empreenderam políticas de recuperação da capacidade de governabilidade do governo estadual.

Quero dizer, capacidade de o governo governar para o todo, para conjunto da população e não apenas para uma ínfima minoria como tem sido a prática da maioria dos governantes ao longo da história.

Pois, os mais politizados do país não conseguiram ou não quiseram enxergar o esforço feito por estes dois governadores. Nas eleições seguintes, em 2002 e em 2014, ao invés de apostarem na reeleição dos mesmos, enveredaram novamente para governos de direita.

Ao retornar ao poder, a direita retomava a mesma prática antiga, de privilegiar o grande capital às custas do restante do povo. A direita retomava também os ataques aos direitos dos trabalhadores e do povo gaúcho em geral, inclusive dos funcionalismo público. A direita passava a destruir todo o esforço empenhado por Olívio e Tarso na reconstrução do Estado.

Agora, após elegerem dois governos de direita em sequência, José Sartori e Eduardo Leite, os mais politizados do país assistem àquela que deve ser a destruição definitiva do Estado do Rio Grande do Sul.

É o que resulstará do tal Regime de Recuperação Fiscal, tão alardeado e em nada explicado pela mídia hegemônica. Na verdade, trata-se da inviabilização derradeira do Estado gaúcho. É claro que alguém sairá altamente beneficiado disso tudo. E não será a grande maioria dos mais politizados.

E, entre os supostos mais politizados que empoderaram esses governos deletérios, há uma montoeira de funcionários públicos. Funcionários públicos que acreditavam que, uma vez eleitos, Olívio e Tarso teriam que, em apenas quatro anos, consertar absolutamente tudo o que tinha sido destruído durante muito tempo.

Pois, em São Paulo deve estar ocorrendo o mesmo; deve ter uma montoeira de funcionários públicos votando, reiteradamente, na direita. O PSDB vai completar nada menos de 28 anos no poder maior do Estado.

Daí, que é forçoso perguntarmos. Queriam, esperavam o quê mesmo dessa gente no poder, além da destruição continuada do Estado paulista, em beenefício do grande capital?

Estou aqui a apontar o PT como a solução maravilhosa? Não se trata disso. Penso que, um pequeno exercício de análise política nos obriga, em uma eleição, se não encontrarmos o candidato/partido ideal – muita gente acredita tem que aparecer um anjo que, aos justos, pelo menos, salvará – a votarmos no menos ruim. É aí que entra o PT .

Também afirmao aqui, que não sou filiado ao PT. Aliás, nunca fui filiado a qualquer partido e tenho um caminhão de críticas ao partido do “Barbudo”. Mas, como não tenho encontrado algo melhor com chances de vencer as eleiçõe, tenho votado nesse partido.

    Cynthia Lara

    Excelente comentário Nelson!

    LULIPE

    Queres enganar a quem, Nelson?

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