Possível encontro entre duas famílias armadas deixou órfão de 8 anos que viu os pais e o irmão serem mortos
Tempo de leitura: 2 minDa Redação
A polícia de Porto Alegre está apurando se é verdadeiro o testemunho de Dionatha Bitencourt Vidaletti, de 24 anos de idade, que matou pai, mãe e filho depois de um acidente de trânsito numa estrada rural da capital gaúcha.
Os homicídios aconteceram depois de um bate boca por causa de uma colisão banal.
Os mortos são Rafael Zanetti Silva, 45 anos, Fabiana da Silveira Innocente Silva, 44 anos, e Gabriel da Silveira Innocente Silva, 20 anos.
Dionatha disse que cometeu os homicídios usando a arma com a qual o motorista do outro automóvel, Rafael, desferiu coronhadas nele.
Ele teria desarmado Rafael e posteriormente efetuado os disparos.
Dionatha contou à polícia que antes de matar as três pessoas a mãe dele fez um disparo para o chão com uma pistola que portava.
Se confirmado o depoimento, trata-se de um encontro entre duas famílias armadas, que resultou em três mortes por causa de uma discussão banal.
A polícia ainda não esclareceu o status das armas de fogo utilizadas ou apreendidas posteriormente com as duas famílias.
A compra e o porte de armas de fogo tem mobilizado a sociedade brasileira em intensas discussões, especialmente nas redes sociais.
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Uma criança de oito anos de idade, que viu os pais e o irmão serem assassinados, sobreviveu ao encontro.
“A família está buscando apoio psicológico para essa criança, vendo com quem ela vai ficar. A família está mobilizada no acolhimento dela. É o pior momento: conseguir dar apoio a essa criança. Estamos todos desolados. É só sofrimento. Ninguém consegue acreditar em toda a situação. Era uma família unida e tranquila, sempre juntos. Nada justifica uma pessoa matar um pai, uma mãe, um filho por causa de uma batida na porta de carro. Não existe motivo. É a banalização da vida humana que está se vivendo”, disse ao diário gaúcho Correio do Povo o advogado Thiago, primo de Rafael.
ACIDENTE
No domingo, 26, Rafael bateu sua Aircross num veículo estacionado em estrada de terra. Familiares alegam que não parou por se tratar de lugar ermo. Foi alcançado por Dionatha e a mãe, que estava armada, no Ecosport abalroado.
Rafael, dizem familiares, teria se proposto a pagar os danos. Dionatha, no entanto disse em seu depoimento à polícia que foi agredido, inclusive com coronhadas. Que conseguiu desarmar Rafael.
Dionatha afirma que sua mãe fez um disparo para o chão, o que teria feito a briga parar. Que Rafael, então, teria ameaçado a mãe de agressão. Que, em consequência disso, pegou a arma de Rafael que estava no chão e realizou os disparos que mataram Rafael, a esposa e o filho do casal.
A polícia vai convocar outras testemunhas para tentar esclarecer a discrepância entre versões, já que o menor de 8 anos de idade só saiu do carro depois da execução dos pais e do irmão.
Comentários
Jaderson Benedito de Oliveiea
Que versão mais furada desse assassino, com certeza essa versão de queixa arma era do casal morto não procede, isso é orientação de advogado de defesa, se a mãe é uma louca que possui arma em seu nome imagine o filho.
a.ali
a familia está morta e a versaõ final será a do assassino, claro. e pelo “estilo” do dito cujo apostamos o quê, mesmo ?
Zé Maria
https://revistaforum.com.br/wp-content/uploads/2020/01/dionatha-vidaletti.jpg
Homicídio Doloso por Motivo Torpe
O Homicida Dionatha Bitencourt Vidaletti
fazia parte de um grupo chamado “Milícia Airsoft” e
ostentava fotos portando armas em suas redes sociais.
Os perfis, no entanto, foram deletados após o crime.
A Mãe que disparou tiros com uma Pistola 380
deve ser indiciada por Tentativa de Homicídio
Em revista na casa de Vidaletti, a Polícia Civil
encontrou uma pistola, um revólver, carregadores e munição.
O jovem já foi do Exército, mas não possui porte de armas.
A pistola 380 tem registro no nome da mãe do suspeito,
mas o revólver, calibre 38, não tem registro.
https://revistaforum.com.br/brasil/cidadao-de-bem-homem-que-matou-familia-no-rs-fazia-parte-de-milicia-airsoft/
Eridan
Acredita nessa versão quem quer.
Nelson
Anos atrás, lendo na Cadernos do Terceiro Mundo – se minha memória não me trai, era esta a revista – uma matéria sobre violência, me deparei com uma estatística. A estatística apontava que uma pessoa armada tinha 11 vezes mais chances de entrar em alguma confusão mais grave.
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Infelizmente, há, em nosso país, muita gente que ou não sabe dessa estatística ou simplesmente desdenha dela, acreditando que é com arma na mão que vai resolver este ou aquele problema. E o caso, muito triste, ocorrido em Porto Alegre é exemplar.
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Todo mundo sabe como funcionam as coisas.
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Se o “índio”, como costumamos denominar aqui no sul, está desarmado, na grande maioria dos casos em que se vê em uma confusão, ele tenderá a “murchar as oreia” e procurará acalmar as coisas.
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Mas, se estiver armado a tendência é que ele queira “bancar o touro”, mostrar que é macho. Daí, amigo, com o “sangue quente” estará aberto o espaço para que ele cometa erros, bobagens que não cometeria se não portasse arma.
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É de esperarmos que, a partir de mais um caso a demonstrar o grande perigo que todos correm com essa fissuração pelo porte de armas, as pessoas passem a olhar a questão com mais serenidade.
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Afinal, estamos a ponto de enveredarmos para uma enorme regressão civilizacional. Será que queremos retornar à época em que as diferenças eram resolvidas à base do duelo ou dos assassinatos sem fim que eram cometidos em nome de uma suposta honra familiar?
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