Perillo era um dos políticos mais próximos de Cachoeira, diz delegado da PF

Tempo de leitura: 3 min

Hoje às 16h51 – Atualizada hoje às 17h44

Na CPMI, delegado afirma que relação de Perillo com Cachoeira seria íntima

do Jornal do Brasil

O depoimento do delegado da Polícia Federal Matheus Mela Rodrigues, responsável pela Operação Monte Carlo, à CPMI do Cachoeira trouxe novos indícios do envolvimento do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), com a quadrilha comandada pelo contraventor, segundo o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).

Em seu depoimento, o delegado teria afirmado que mais de 80 políticos foram citados ou gravados durante as 250 mil horas de gravação de conversas telefônicas. Um dos mais próximos seria justamente o governador Marconi Perillo. Ainda de acordo com Randolfe, embora também existam denúncias da influência de Cachoeira no Distrito Federal, as duas situações são diferentes:

“Há relações nos governos de Goiás e do Distrito Federal, mas mais intensamente no governo de Goiás. Há necessidade de o governador vir à CPI. O nome de Perillo é citado 270 vezes nas conversas de Cachoeira e outros integrantes da organização. Há participação direta da organização criminosa dentro da estrutura do governo de Goiás, inclusive no loteamento de cargos públicos no Detran”, revela.

Ainda segundo Randolfe, faz-se necessário ouvir Perillo o mais rápido possível, para que a CPMI não veja seu trabalho prejudicado:

“A convocação do governador Marconi Perilo é urgente. No meu entender, um requerimento como esse não tem como não ser apreciado na próxima reunião administrativa e não tem condição de não ser aprovado. É urgente a presença dele na CPMI”, disse Randolfe Rodrigues.

O depoimento do delegado está sendo tomado a portas fechadas. De acordo com o senador, ele informou mais de 200 citações do nome de Perillo nas gravações telefônicas interceptadas pela Polícia Federal, além de ligações do próprio governador ao empresário goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso desde fevereiro desse ano, quando a Operação Monte Carlo foi deflagrada.

“Tem mais de 200 ligações citando o governador. Há ligações do próprio governador para Cachoeira para dar parabéns pelo aniversário”, afirma.

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Matheus Mela Rodrigues informou, de acordo com Rodrigues, que Perillo teve pelo menos dois encontros com Cachoeira identificados pela PF, entre eles, um jantar na casa do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO).
Cachoeira é acusado de ligações com jogos ilegais e de comandar uma rede de influência envolvendo políticos de todas as esferas da administração pública. Entre os suspeitos de ligações com Cachoeira estão o senador Demóstenes Torres e os governadores de Goiás, Marconi Perillo, e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT).

A convocação de Perillo não faz parte do plano de trabalho da CPMI, apresentado pelo relator Odair Cunha (PT-MG) na primeira reunião de trabalho ocorrida na semana passada. O plano prevê que as convocações de governadores devem ser avaliadas no segundo mês de trabalho da comissão.

O senador Randolfe Rodrigues também enfatizou que o depoimento do delegado apontou para a necessidade urgente de convocação dos responsáveis pela empresa Delta, suspeita de fazer parte do esquema investigado pela operação Monte Carlo.

“Em relação a empresa Delta, há a ocorrência de depósitos da empresa em três empresas laranjas do senhor Carlos Cachoeira. Essa é a motivação para que a empresa Delta tenha que estar presente aqui”, disse Randolfe. A informação sobre os depósitos da Delta foram confirmadas pelo deputado Paulo Teixeira (PT-SP)

O senador disse que pretende analisar a possibilidade jurídica de vetar a venda da empresa Delta, anunciada nessa semana:

“Vamos estudar uma forma de barrar a venda da Delta. Temos que encontrar instrumentos jurídicos. Não me lembro agora, mas há de ter instrumentos. Porque estão vendendo a empresa agora? Estranho vender agora a empresa, negociar agora, muito estranho”, questionou o senador.

O depoimento do delegado Matheus Mela Rodrigues também deixou explícita, na opinião do deputado Paulo Teixeira, a manutenção de empresas no exterior para driblar a fiscalização e “lavar o dinheiro do esquema”.

Paulo Teixeira disse que o delegado citou uma empresa sediada no exterior e um bingo com endereço na Ilha de Curaçao, país autônomo constituinte dos Países Baixos localizado perto da costa venezuelana. Essas empresas, de acordo com Teixeira, estariam em nome de “laranjas”:

“Ele falou das empresas que atuam e atuavam como fachada para limpar esse dinheiro. Falou do nome das empresas, quem operava essas empresas, que eram todas operadas por laranjas, com procuradores que podiam movimentar essas contas”, destacou o deputado.

A operação Monte Carlo funcionou como um detalhamento da operação Vegas, concluída em 2009. O delegado Matheus Mella é a segunda pessoa a prestar depoimento na CPMI. Na terça, os parlamentares ouviram o delegado Raul Alexandre Marques de Souza, que coordenou a primeira operação.

De acordo com os deputados, embora o delegado Matheus Rodrigues tenha entregue ao Ministério Público o inquérito da Operação Monte Carlo, em março desse ano, ainda há muitas provas que ainda nem foram analisadas pela polícia, resultado das apreensões feitas em fevereiro desse ano.

“Tem mais de 25 malotes da Operação Monte Carlo que não foram analisados ainda. Tudo que foi apreendido na casa dos indiciados ainda precisa ser analisado pela investigação. Essas provas ainda não foram analisadas nem pela Polícia Federal”, concluiu Randolfe Rodrigues.

Com Agência Brasil

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Comentários

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Roberto Locatelli

As escutas da Polícia Federal indicam que Cachoeira decidia sobre as promoções ao posto de coronel na PM de Goiás.

Pior do que isso, só mesmo o Policarpo (“Poli”, para os íntimos).

Por isso o Perillo e o “Poli” (que meigo!) têm que ser chamados a depor na CPI.

JORGE

Azenha

A senha para o Senador é CHAMAR OS BANCOS onde a quadrilha movimentava os milhões surrupiados dos doentes viciados em jogos.

Os laranjas passavam procurações para quem movimentar as contas?

Aliás, no Brasil e com certeza no mundo inteiro, é imprescindível legislar sobre o tema e co-responsabilizar as instituições financeiras que aceitam ou fingem que não vêem os LARANJAS.

Um abraço.

Fabio Passos

Olha só o que um diretor da Delta pediu para o cachoeira:

Delta pediu entrada na Folha à Cachoeira: “Igual cê fez com a gente na Veja”
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=20122


Delta pediu entrada na Folha à Cachoeira: “Igual cê fez com a gente na Veja”
Os registros da Operação Monte Carlo apontam que o diretor da Delta, Cláudio Abreu, queria utilizar a experiência do bicheiro Cachoeira com a mídia para abafar uma investigação do jornal Folha de São Paulo sobre a construtora. Em ligações realizadas no dia 24 de agosto de 2011, Claudio cobrar informações do bicheiro. “Cê não tem nenhum caminho pra gente entrar dentro da Folha pra fazer uma interface dentro lá na Folha não, cara?” E completou: “Igual cê fez com a gente na Veja”.

chora “piguinho”… chora.

    Gil Rocha

    Pensei que a Folha fizesse
    parte do PIG.
    Porque eles estavam tão preocupados?

    Fabio Passos

    Pensou certo. A fsp é PIG.
    E o diretor da delta e a torcida do flamengo também sabem disso.

    Tanto sabe disso o diretor da Delta, que pediu pro cachoeira conseguir com a falha de são paulo o mesmo que conseguiu com a veja: Uma interface pro crime entrar lá dentro.

    Nada mais natural, afinal… veja e falha de são paulo jogam no mesmo time.

    Entendeu? Ou quer que eu…
    deixa prá lá né “piguinho” rsrs

    Gil Rocha

    Jogam no mesmo time é?
    E porque essa preocupação
    então com investigação na Delta?
    Se são tudo farinha do mesmo saco
    nessa teoria da conspiração, a investigação
    da folha não ia dar em nada não é?
    Então porque a preocupação da Delta?
    Que coisa mais furada.

    Fabio Passos

    piguinho, é por isso que ninguém te leva a sério e todo mundo caçoa de
    você… você tem realmente “dificuldades cognitivas”. rsrs

    A situação é clara. O diretor da delta pede para cachoeira conseguir na fsp a mesma influência que já tem na quadrilha veja.
    Primeiro está aí diante de sua fuça uma evidencia clara da associação civita&cachoeira admitida pelos mafiosos. E você escreve que ainda está esperando aparecer as provas.
    Segundo porque o pedido do diretor da delta para cachoeira deixa a suspeita de que a máfia sabe muito bem que a fsp é sucetível a acordos com o crime organizado.

Gil Rocha

É, mas parece que ninguém quer
os governadores na CPMI.
Eu quero todos, todos mesmo.

    Fabio Passos

    hã… o “piguinho” ainda tenta bancar o udenista enquanto defende despudoradamente a corrupção da revista veja com o carlinhos cachoeira.

    Gil Rocha

    Eu não sou partidário meu amigo.
    Não tô nem aí com político nenhum.
    Eu sei que quem segue cartilha e precisa
    dar opiniões pela cabeça de outros, isso é
    difícil de engolir.
    Eu não tenho obrigação de defender ninguém,
    não preciso inventar historinha para os “mal feitos”
    dos outros.

    Fabio Passos

    Como não tem partido?
    Estás louco?

    Você é o maior defensor e vassalo assumido do Partido da Imprensa Golpista – PIG – aqui no blog.
    Ou você acha que ninguém percebeu ainda? rsrs

    É por isso que te chamo carinhosamente de “piguinho”.
    Um filhotinho do PIG.

    Gil Rocha

    Quando aparecer as provas eu
    vou concordar com você.
    Mas por enquanto, eu não vi nada
    dessa teoria da conspiração ser comprovada.
    Eu sei que vocês querem muito isso, mas é preciso
    provar antes.
    Aí depois podem dizer que todas as denuncias contra
    o PT, já que o resto não interessa mesmo, eram todas
    falsas e fabricadas.
    Que todos são inocentes e é o único partido honesto do
    Brasil.
    E eu gostei do bom humor.

    Fabio Passos

    Quando aparecer?
    Abre o olhe “piguinho”. Você não engana ninguém… rapaz.

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