Vannuchi: Eduardo Cunha vendeu aos empresários o compromisso de aprovar o PL da terceirização

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Repressão a ato de sindicalistas em Brasília. Foto Wilson Dias, Agência Brasil, via Fotos Públicas

‘PL da terceirização torna nítidos os conflitos de classes no país’, afirma Vannuchi

Empresariado interessado no lucro e trabalhadores lutando pela preservação de direitos configuram embate em torno do PL 4.330

da Rede Brasil Atual

São Paulo – As manifestações a serem realizadas hoje (7) pelas centrais sindicais e movimentos sociais contra o PL 4330, que trata da terceirização, têm por objetivo barrar mais uma tentativa de suprimir direitos, no bojo da “ofensiva conservadora e reacionária”, afirma Paulo Vannuchi, analista político da Rádio Brasil Atual. A ofensiva, segundo o analista, é liderada pelo presidente da Câmara, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Tal episódio “deixa nítidos os conflitos de classe”, afirma.

Cunha, que “conseguiu recursos financeiros extraordinários para eleger uma grande bancada de deputados fieis a ele”, afirma Vannuchi, “vendeu aos empresários o seu compromisso de aprovar o PL 4330, que tramita há dez anos”.

O projeto de lei que determina terceirização foi primeiramente proposto pelo ex-deputado e empresário Sandro Mabel (PMDB-GO) e o substitutivo a ser votado hoje é de autoria do deputado Arthur Maia, do partido Solidariedade, criado por Paulo Pereira, da Força Sindical.

Vannuchi afirma que tal iniciativa é uma “radiografia” de que a força política liderada por Paulinho representa “um sindicalismo que se alia a interesses empresariais em troca de recursos, atacando direitos trabalhistas”.

O comentarista ressalta que todos os direitos trabalhistas e “tudo o que se conseguiu, na busca de um estado de bem estar social, foi fruto da mobilização dos trabalhadores.  Greves, rebeliões, partidos políticos, pressões, enfrentamentos, com sangue, suor, mortes e lágrimas”.

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As posições em torno do projeto de lei demonstram, de maneira cristalina, a divergência entra a classe empresarial e patronal, de um lado, “interessada no lucro e na reprodução ampliada do capital” e, do outro lado, os trabalhadores, que “querem mais direitos, dignidade e trabalho descente”, diz Vannuchi.

Vannuchi lembra que o processo de terceirização conservava “certa lógica” quando era executado nas ditas funções-meio, quando, por exemplo, uma montadora contrata uma empresa responsável pela alimentação dos funcionários. No caso, seria essa a função-meio, a função-fim de uma montadora é produzir carros. Pela legislação atual, as funções-fim são impedidas de serem terceirizadas.

O PL 4330 visa a acabar com essa separação e libera a terceirização “ampla, geral, e irrestrita”, segundo Vannuchi, que frisa também também que os trabalhadores terceirizados ganham 25% menos, trabalham mais, mais expostos a acidentes, e têm 3,4 mais chance de morrer no local de trabalho. Atualmente, no Brasil, já são mais de 13 milhões trabalhadores expostos a tal condição.

Vannuchi diz que a mobilização das centrais sindicais e movimentos vai pressionar por adiamento ou uma “mudança profunda” na concepção do projeto de lei, aos moldes da proposta defendida pelo deputado Vicentinho (PT-SP), volta a estabelecer critérios e limites para a terceirização. O comentarista espera “uma vitória da resistência dos trabalhadores contra o retrocesso”.

Para ouvir o comentário completo de Paulo Vannuchi vá à  Rádio Brasil Atual.

Leia também:

Presidente da Anamatra alerta: Projeto da terceirização terá “efeitos catastróficos” 

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Comentários

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Mário SF Alves

“Aguardada com ansiedade por todo o Brasil desde que estourou o escândalo de corrupção na Petrobras, a lista de políticos suspeitos de participar da fraude foi divulgada na noite desta sexta-feira pelo Supremo Tribunal Federal (STF).”
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E quem estava lá?

Ele, o Cunha. A cunha do fascismo-neoliberal a ser imposto na marra.

A cunha e barreira contra a democratização dos meios de comunicação. E só para recordar:
“Sou absolutamente contrário à regulação da mídia, seja de conteúdo, seja de natureza econômica. O PMDB se originou de uma frente para combater a ditadura. A liberdade de expressão e a democracia são princípios fundamentais para o partido. Você pode me xingar e me atacar à vontade. Se eu me sinto ofendido, tenho o direito de recorrer à Justiça. Como diz aquele velho ditado: para má imprensa, mais imprensa.”
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Político suspeito, citado do escândalo Vaza à Jato trás à tona projeto de lei que há onze anos mofava no Congresso por absoluta desnecessidade – o Brasil cresceu e empregou como nunca sem ele – e por suprimir os direitos trabalhistas garantidos pela CLT.
Ética?
Qual ética?
E viva o sádico capitalismo subdesenvolvimentista naZional!
Herança cultural de trezentos e cinquenta anos de escravidão… isso parece que não passa nunca.

Julio Silveira

Azenha, pela primeira vez tive um comentário não exposto no blog. e foi nesse post, Por que?
Não foi por minha critica a Dilma por ter sucumbido ao PMDB, a ponto de ter obrigado o Pepe Vargas a sair do cargo da forma desonrosa que foi, sabendo de que seria demitido pela imprensa? Ou por ter dito para ela se mudar de vez para o PMDB, partido que assumiu de fato o governo, com seus achacadores (e não fui eu que inventei o termo, nem quem afirmou estarem lá no poder) que são promovidos a posto de poder importantes na republica? né?

    Julio Silveira

    Desculpe a minha pressa, Azenha, fui injusto. Foi num outro post, como era o mesmo assunto confundi.
    Falha minha, Blog realmente democrático. Abs.

francisco

ao pessoal aí que está dizendo que a Dilma mexeu no seguro desemprego, ô seus desavisados vcs sabem a bagunça que isso estava? gente despedido na carteira, trabalhando na empresa e ganhando seguro? a e vcs (nós) tb pagando? são ingênuos demais sinhô.

José Carlos Vieira Filho

Em primeiro lugar, o nome Solidariedade é sugestivo. O Solidariedade polonês , financiado pela Cia, via Banco do Vaticano.
Em segundo lugar, a turma: Paulinho Cachaça, Antonio Medeiros e o Imexível, estes fundadores de um sindicato com recursos da Cia. Medeiros foi, por longo tempo ativo desta, e o imexível era seu guarda-costas.
Esse assunto carece de uma boa investigação jornalística.

abolicionista

A presidenta Dilma não irá sancionar esse absurdo, ela vai proteger o interesse da classe trabalhadora, que constitui sua base eleitoral. Acredito firmemente que Dilma seja uma pessoa honrada, por mais que critique muitas de suas decisões recentes. Cunha e os empresários podem tirar o cavalinho da chuva…

    Rodrigo

    Ela também disse que não tocaria nos direitos trabalhistas.

    E agora, José?

    Yule Cristina

    O Congresso tem o poder de derrubar o veto do presidente da república.

Francisco

Bem…

Chegou a hora de saber quem teve realmente mais votos, o programa trabalhista ou o programa liberal.

Se Cunha aprova o que quer, fica demonstrado que o mandato Dilma é artificial, sem base social e só se enganchou no Poder através de uma mentira eleitoral.

Se a classe trabalhadora demove Cunha de barbarizar o trabalhador… não faz mais que a obrigação.

Melhor mesmo era essa besteira de querer resolver os problemas do Brasil tomando salário desemprego nem ter sido aventada. Como cogitar disso com os 22 bi dos Marinho tão disponíveis?

Dilma, meu bem: ao terminar o mandato, por favor, nos premie com sua ausência do país.

PS. Votei em Dilma e, por absoluta falta de opção, ainda suporto o PT.

FrancoAtirador

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MAIS UMA DOS FARISEUS HIPÓCRITAS DA OLIGARQUIA POLÍTICA:
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(http://jornalggn.com.br/noticia/o-pl-da-terceirizacao-e-o-processo-da-mulher-de-eduardo-cunha-contra-a-globo)
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Rodrigo

E pensar que essa PL será aprovada durante um governo dito “trabalhista”

Chega a ser irônico. Se soubesse que iria dar nisso, não teria votado na Dilma achando que iria continuar o trabalho do Lula.

Garanto que esse erro eu não cometo mais.

    Almir

    Está vendo aí no que dá votar em Bolsonaro, Tiririca, Rodrigo Maia, Paulinho da Força e toda a cambada do PMDB e PSDB? Se Dilma veta esse monstrengo, o congresso derruba o veto. Todos viraremos escravos high tech, pois e uma questão de tempo esse modelo de gestão de inspiração neoliberal ser estendido aos servidores públicos. Taí o que ganharam elegendo um congresso com mais de 80% de direita. Falta de aviso não foi.

FrancoAtirador

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TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) ENVIA OFÍCIO À CÂMARA DOS DEPUTADOS
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MANIFESTANDO-SE EXPRESSAMENTE CONTRA A TERCEIRIZAÇÃO PREVISTA NO PL 4330/2004

(http://s.conjur.com.br/dl/oficio-tst-terceirizacao.pdf)
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Leia também:
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CARTA ABERTA DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS MAGISTRADOS DO TRABALHO (ANAMATRA)
CONTRA O PROJETO DE LEI DE TERCEIRIZAÇÃO QUE TRAMITA NA CÂMARA DOS DEPUTADOS
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(http://s.conjur.com.br/dl/carta-aberta-anamatra.pdf)
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Romanelli

Essa história esta muito mal contada
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Ainda hoje dizia que antigamente, terceirizar ou não, dependia duma opção econômica da empresa ..qual seja, era apenas uma questão de melhor aproveitar os recursos ..de maximizar os insumos ..e isso NUNCA foi sinônimo de arrego pro trabalhador ..ao contrário, se de forma séria, poderia representar produtividade, melhores salários e emprego, mais mercado e lucro, e distribuição de ganhos.
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Lembro que, por exemplo, se uma empresa precisasse se um mecânico, torneiro mecânico ou fresador vez em quando, de serviços contábeis meio período, manutenção, segurança e limpeza, gente que cuidasse só de alimentação, ou mesmo compras e vendas, gente que não se ocupava o tempo todo devido à falta de escala que, diante duma escolha, a empresa optava ou não por registrar o camarada nos seus quadros, ou, ou dava pra outra empresa especializada, que mesmo auferindo lucro, conseguia desenvolver a função com mais eficiência ..ou seja, fazia sentido, não ?
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Mas aí, eis que nos deparamos com o CORPORATIVISMO, com os interesses dos 20 mil sindicatos de classe, com uma legislação pouco ou nada chegada a isonomia dos seus cidadãos, com uma economia que ainda hoje tem quase que 50% da sua MO na informalidade e/ou em empregos precários, fora ainda dum modelo tributário mais do que corruptível e complicado, aí então..
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aí então vieram os sindicatos e, com medo de perderem associados, renda e poder, seus dirigentes resolveram pedir que as bases salariais dos terceirizados deveriam seguir as mesmas da “empresa mãe” ..difícil
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aí veio o governo, que tentando se assegurar de eventual sonegação, disse que qq recolhimento previdenciário e/ou trabalhista deveria ser feito tb pela contratante ..como se o controle e burocracia fossem simples
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mais, aí vieram os juristas e disseram que a terceirização só poderia ser feita em atividade, dentro duma empresa, que não fosse fim ..como se fosse fácil definir ..bastando aqui imaginarmos as montadoras que hoje compram verdadeiros módulos concluídos de seus produtos ..ou um caso de empresa exportadora de celulose que foi impedida de terceirizar corte da própria madeira (ao qual ela alegou pra justiça que, então, compraria madeira cortada de 3os ..faz sentido isso ?)
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OLHA, sei que a coisa foi ficando tão complexa, mas tão complexa, tão BRASILEIRA, que daqui a pouco vão inviabilizar esta pratica MAIS do que comum e universal ..e quem perde com isso, penso ?
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Evidente que o país perde, ele que com tanta canga, tal qual foi com o cambio/tarifas e incentivos recentes que, tentando fazer-nos tão diferente dos outros, as instituições acabaram por fazer com que muitas atividades perdessem a agilidade, simplicidade, objetividade, racionalidade, competitividade que toda empresa deveria, acima de tudo, tentar obter
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e enquanto isso, pelas cabeçadas, os chineses vão nos agradecendo..

    abolicionista

    Você quer que o Brasil concorra com a China em preço de mão-de-obra ? Se for isso mesmo, tem um parafuso a menos…

    Andrea

    você não deixa de ter parte de razão. Explorar o trabalhador ao máximo é realmente uma prática comum e universal no capitalismo.

    Almir

    Vamos deixar de lero, e diga logo se ficou satisfeito com o Gov de SP que aumentou em 13,8% a tarifa da água (que água?). Seu babaca manipulado pela rede globo.

    Romanelli

    Almir, minha criança, o dia que sua colocação estiver na pauta e o Alckimin for presidente (fato que deverá ocorrer já em 2018, se ele não sofrer nenhum acidente), aí nós o comentaremos e o criticaremos, por enquanto o governo federal é do PT..
    .
    ..quanto ao aumento da água, aqui, convenhamos, foi fichinha perto do da energia (e água pra mim não faltou sequer um DIA) ..e mesmo este, o aumento de 60% da energia, frente a seca que se abate pelo PAÍS inteiro, mesmo este que foi agravado pela administração imprevidente de Dilma, mesmo sobre este, eu me contenho, pois sei que há sim fatores que fugiram da responsabilidade do governo.
    .
    Quanto aos colegas que ficaram na pauta, o pior emprego, pra mim, é o que não tem ..e a pior empresa, é a que não consegue sobreviver ..ademais, terceirização, desculpe, não é sinônimo de informalidade, muito menos de abandono da CLT. ..aqui, como em diversos outros temas, lamento, mas acho que esta faltando argumentos pra me convencer a admitir que do proposto, pode não ser o máximo, mas é o menos mal que poderia aconteer para a economia brasileira não ser atropelada por outras do planeta

    Nelson

    A quem, ao que parece, só lê manuais neoliberais, não interessam os fatos, bastam argumentos falaciosos em favor da terceirização.

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