Paulo Nogueira: A Globo e o mal que a cultura da sonegação faz ao Brasil

Tempo de leitura: 3 min

Globo sonega

stellan

Stellan

O ator sueco e a sonegação da Globo

por Paulo Nogueira, no Diário do Centro do Mundo

Stellan Skarsgard é um ator sueco.

Aos 63 anos, um dos favoritos do cineasta Lars von Trier, tem uma carreira vitoriosa que lhe trouxe fama e dinheiro. Recentemente, ele concedeu uma entrevista na qual reafirmou seu amor pela Suécia.

“Vivo na Suécia porque o imposto é alto, e assim ninguém passa fome. A saúde é boa e gratuita, assim como as escolas e as universidades”, disse ele. “Você prefere pagar imposto alto?”, lhe perguntaram. “Claro. Se você ganha muito dinheiro, como eu, você tem que pagar taxas maiores. Assim, todo mundo tem a oportunidade de ir para a escola e para a universidade. Todos têm também acesso a uma saúde pública de qualidade.”

Skarsgard nasceu e cresceu numa cultura que valoriza o pagamento de impostos. Por isso a Suécia é tão avançada socialmente. Impostos, como lembrou ele, constroem hospitais, escolas, universidades. Pagam professores e médicos da rede pública, além de tantas outras coisas positivas para qualquer sociedade.

Essa cultura vigora também na Alemanha. Recentemente, o presidente do Bayern foi para a cadeia por sonegar imposto. Quando o caso eclodiu, as autoridades alemãs fizeram questão de puni-lo exemplarmente sob um argumento poderoso: nenhum país funciona quando as pessoas acreditam que podem sonegar impostos impunemente.

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Agora, vejamos o Brasil. Há anos, décadas a mídia alimenta uma cultura visceralmente oposta. Imposto, você lê todo dia, é um horror. O Brasil tem uma das maiores cargas tributárias do mundo (o que é mentira). Imposto é uma coisa injusta. Bem, a mensagem é: sonegue, se puder. Parabéns, caso consiga.

Não poderia haver coisa mais danosa para os cidadãos do que esta pregação diuturna da mídia. Você os deforma moralmente. Tira-lhes o senso de solidariedade presente em pessoas como o ator sueco citado neste artigo.

Além de tudo, a cultura da sonegação acaba chancelando os truques praticados pelas grandes companhias de mídia para escapar dos impostos. Considere o caso célebre da sonegação da Globo na compra dos direitos de transmissão da Copa de 2002.

Nestes dias, vazou toda a documentação relativa ao caso. Uma amostra já tinha vindo à luz – na internet, naturalmente – algum tempo atrás, num furo do site Cafezinho. Só a cultura da sonegação pode explicar o silêncio sinistro que cerca este escândalo fiscal.

Até aqui, a Globo não deu uma única satisfação à sociedade. Não se desculpou, não se justificou. É como se nada houvesse ocorrido. Também a Receita Federal, até aqui, não disse nada. Mais uma vez, é como se nada houvesse ocorrido no âmbito da receita. Nenhuma autoridade econômica, igualmente, se pronunciou. De novo, é como se nada houvesse ocorrido numa área tão vital para a economia como a arrecadação de tributos.

E a mídia?

Bem, a mídia finge que não está acontecendo nada. Contei já: quando o Cafezinho publicou os documentos, falei com o editor executivo da Folha, Sérgio Dávila. Ponderei que era um caso importante, e ele aparentemente concordou porque logo a Folha fez uma reportagem sobre o assunto. Uma e apenas uma. Em seguida, a sonegação da Globo sumiu da Folha para nunca mais retornar.

Se conheço as coisas como funcionam nas redações, um telefonema de um Marinho para um Frias – as famílias são sócias no Valor — pôs fim à cobertura. Volto a Stellan Skarsgard. Em todo país socialmente desenvolvido, pagar impostos é uma coisa sagrada. E sonegá-los é um ato de lesa sociedade, passível de punição exemplar.

O Brasil sofreu uma lavagem cerebral da mídia. Uma das tarefas prementes de uma administração sábia é desfazer essa lavagem. Quando as palavras do ator sueco encontrarem eco no Brasil, seremos uma sociedade desenvolvida.

Leia também:

Cafezinho: Processo de sonegação da Globo vazou todo no exterior

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Comentários

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Isabela Gomes (ENSA)

Texto bem focado. Sem imposto progressivo não há democracia. Rico tem que pagar como rico, pobre não tem que pagar nada. Ainda quero ver alíquotas escalonadas de 5 a 50% no Brasil. Chega de bilionário pagar os mesmos 27,5% que paga um trabalhador. Neo-liberalismo nunca mais!

Janete (ENSA)

Lamentavelmente existe grandes empresas que sonegam impostos, os trabalhadores em geral não praticam essa forma desrespeitosa para com a sociedade. O que é estranho é essa sonegação da REDE GLOBO DE TELEVISÃO, não ser apurada e devidamente punida. Aliás da rede globo de televisão não podemos esperar nada saudável para a sociedade brasileira.

Maria Luíza Magalhães (ENSA)

Maior parte da arrecadação (53,8%) vem de quem ganha até três mínimos. Os que vivem reclamando são os que menos pagam! Por exemplo, o “Impostômetro” que mede a quantidade de imposto arrecadado é criação da Associação Comercial de São Paulo, para alarmar a população dos “valores exorbitantes” dos tributos. Quem ganha mais de 20 salários mínimos, 1 % da população, controla mais de 40% da renda nacional, mas pagam somente 7,3 % dos impostos. Empresas como o Globo, que vive alardeando que a carga tributária é insuportável, buscam artifícios, legais, mas nada éticos, como contratação por “PJ”, contrato de pessoas jurídicas. Alguns contratados da “Venus de Prata” e de outras mídias são através de “PJ”. Nesse tipo de contrato, o contratado é que tem que pagar os impostos, e a Empresa fica isenta. Quem paga imposto no Brasil é o pobre!

FrancoAtirador

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18/8/2014
Blog do Tarso

WILLIAM BONNER E PATRÍCIA POETA FALARAM POR MAIS DE UM TERÇO

DA ENTREVISTA COM DILMA NO JORNAL NACIONAL DA REDE GLOBO

Por Tarso Cabral Violin

Os apresentadores do Jornal Nacional, da Rede Globo de Televisão,
William Bonner e Patrícia Poeta falaram durante 5 minutos e 42 segundos
(5’42”)
na entrevista de 15 minutos (15′) com a presidenta Dilma Rousseff (PT).

Ou seja, quiseram aparecer e falaram por mais de 1/3 (um-terço) da entrevista.

A entrevista de baixíssima qualidade por parte dos entrevistadores
foi ao estilo do Faustão, Jô Soares e Danilo Gentili,
sem qualquer técnica jornalística,
com os jornalistas cortando a fala da entrevistada a todo o momento.

Mesmo assim a presidenta falou muito bem e mostrou como o Brasil
melhorou nos últimos anos no combate à corrupção, na saúde e na economia.

O site G1 [da GLOBO] chegou a divulgar, logo após a entrevista,
que Dilma teria falado [no JN/GLOBO] que em seu governo e no de Lula
existiu um engavetador-geral da República,
quando ela falou bem o contrário, dando a entender
que foi no governo FHC que o Ministério Público
engavetava as denúncias contra o governo federal.

[Na verdade, Dilma afirmou exatamente o seguinte:

“NENHUM Procurador-Geral da República foi chamado,
no meu governo ou no do Presidente Lula,
de Engavetador-Geral da República”].

A Rede Globo é uma vergonha
e por isso é necessária a regulação da mídia
como existe nos Estados Unidos da América e na Europa.

(http://blogdotarso.com/2014/08/18/william-bonner-patricia-poeta-falaram-entrevista-dilma)
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A baixaria de William Bonner e Patrícia Poeta contra Dilma

Por Paulo Jonas de Lima Piva, em O Pensador da Aldeia

Liberdade de imprensa não é liberdade de manipulação.
Se no Brasil existisse uma Lei de Mídia, a tentativa de manipulação
que ocorreu hoje no Jornal Nacional contra Dilma
seria considerada crime contra a lisura do processo eleitoral,
da opinião pública e da democracia brasileira.

A Globo, que mamou e engordou na ditadura militar brasileira
e a esta deve muito do seu império, deve mais de 600 milhões aos cofres públicos em impostos sonegados,
logo o Jornal Nacional não tem a mínima moral quando fala em corrupção.

Como cães de guarda da mais sórdida direita brasileira que agora quer Marina Silva presidenta,
William Bonner e Patrícia Poeta foram hoje sujos e covardes contra Dilma.

Não foi uma entrevista, foi uma violência, uma baixaria,
um exemplo vergonhoso de antijornalismo.

Uma rajada de afirmações e acusações foram disparadas contra Dilma
sem um mínimo de tempo hábil para a presidente se defender.

Dilma sentiu hoje o peso de não ter conseguido levar adiante
no Congresso Nacional um projeto de regulamentação da mídia.

O Jornal Nacional é uma vergonha nacional,
sua credibilidade é a mesma de uma nota de três reais.

(http://opensadordaaldeia.blogspot.com.br/2014/08/a-baixaria-de-william-bonner-e-patricia.html)
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‘Irania’

Papéis Invertidos no JN da TV Globo

Assista a seguir à íntegra da entrevista

concedida à Presidente Dilma Rousseff

pelos oposicionistas Bonner & Pat Simpson:

(http://youtu.be/n2baYoUuVec)

(https://www.youtube.com/channel/UCVWlrrybseFmPru4eb-QcLg)

    FrancoAtirador

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    MAIS UMA VEZ, COMETA G.A.F.E.* É O MAIOR REPRESENTANTE

    DA OPOSIÇÃO AO GOVERNO DO PT NA CAMPANHA PRESIDENCIAL
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    18/08/2014 – 15:29
    Jornal GGN

    ‘Grande mídia’ assume papel da ‘oposição fragilizada’ na eleição

    “Muitos se esqueceram, outros nem souberam, mas a realidade é que a ‘grande imprensa’ formulou com clareza um projeto de intervenção na vida política nacional. Não é teoria conspiratória.
    Quem disse que os ‘meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste País, já que a oposição está profundamente fragilizada’, foi a Associação Nacional de Jornais, por meio de sua presidenta, uma das principais executivas do Grupo Folha”.

    A sentença, lembrada por Marcos Coimbra em artigo publicado na CartaCapital, nunca fez tanto sentido. Aliás, na visão do articulista, o faz desde 2012, quando começou a movimentação para impedir que a presidente Dilma Rousseff (PT) seja reeleita.

    Nesse cenário, a grande mídia tem trabalhado mais e melhor do que muitos partidos de oposição.

    Basta ver os resultados do Machetômetro
    (http://abre.ai/manchetometro) citados por Coimbra,
    apontando 93% de noticiário negativo para Dilma no Jornal Nacional,
    da Rede Globo, onde a presidente esteve na noite desta segunda (18).

    (http://jornalggn.com.br/noticia/grande-midia-assume-papel-da-oposicao-fragilizada-na-eleicao)

    As eleições e a mídia

    Por Marcos Coimbra, na CartaCapital

    Na próxima terça 19, com o início da propaganda eleitoral na televisão e no rádio, entraremos na etapa final da mais longa eleição de nossa história. Começou em 2011 e nossa vida política gira em torno dela desde então.

    A batalha da sucessão de Dilma Rousseff foi iniciada quando cessou o curto período de lua de mel com as oposições, no primeiro ano de governo.
    Talvez em razão do vexame protagonizado por José Serra na campanha, o antipetismo andava em baixa.

    Durou pouco.
    Na entrada de 2012, o clima político deteriorou-se.
    As oposições perceberam que, se não fizessem nada, marchariam para nova derrota na eleição deste ano.
    Ao analisar as pesquisas de avaliação do governo e notar que Dilma batia recordes de popularidade a cada mês, notaram ser elevadas as possibilidades de o PT chegar aos 16 anos no poder.
    E particularmente odiosa.
    Serem derrotadas outra vez por Dilma doía mais do que perder para Lula.

    Ela era ‘apenas’ uma gestora petista, sem a aura mitológica do ex-presidente.
    Sua primeira eleição podia ser creditada, quase integralmente, à força do mito.
    Mas a segunda, se viesse, seria a vitória de uma candidatura “normal”.
    Quantas outras poderiam se seguir?

    A perspectiva era inaceitável para os adversários do PT.
    Na sociedade, no sistema político e no empresariado, seus expoentes arregaçaram as mangas para evitá-la.

    A ponta de lança da reação foi a mídia hegemônica, em especial a Rede Globo.

    Recordar é viver.
    Muitos se esqueceram, outros nem souberam, mas a realidade é que a ‘grande imprensa’ formulou com clareza um projeto de intervenção na vida política nacional.

    Não é teoria conspiratória.

    Quem disse que os “meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste País, já que a oposição está profundamente fragilizada”,
    foi a Associação Nacional de Jornais, por meio de sua presidenta, uma das principais executivas do Grupo Folha.
    Enunciada em 2010 (http://abre.ai/midia_partido_antipetista),
    a frase nunca foi tão verdadeira quanto de 2012 para cá.

    Como resultado da atuação da vanguarda midiática oposicionista, estamos há três anos imersos na eleição de 2014.

    A derrota de Dilma é buscada de todas as formas.
    O ‘mensalão’?
    Joaquim Barbosa?
    A ‘festa cívica’ do ‘povo nas ruas’?
    O ‘vexame’ da Copa do Mundo?
    A ‘compra da refinaria’?
    O ‘fim do Plano Real’?
    A ‘volta da inflação’?
    O ‘apagão’ na energia?
    A ‘crise na economia’?
    A ‘desindustrialização’?
    O ‘desemprego’?

    [Vide contradição entre as avaliações positivas
    da situação econômica individual/familiar,
    e as negativas em relação à Economia do Brasil:
    (http://abre.ai/pesquisa_contraditoria)
    (http://imgur.com/4rSgfqs)].

    Nada disso nunca teve verdadeira importância.
    Tudo foi e continua a ser parte do esforço para diminuir a chance de reeleição da presidenta.

    Ou alguém acha que os analistas e comentaristas dessa mídia acreditam, de fato, na cantilena que apregoam quando se vestem de verde-amarelo e se dizem preocupados com a moral pública, os empregos dos trabalhadores ou a renda dos pobres?
    Ou que queiram fazer ‘bom jornalismo’?

    Temos agora uma ferramenta para elucidar o papel da mídia na eleição.

    Por iniciativa do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, está no ar o manchetômetro (http://www.manchetometro.com.br), um site que acompanha a cobertura diária da eleição na ‘grande imprensa’:
    os jornais Folha de S.Paulo, O Globo e O Estado de S. Paulo, além do Jornal Nacional da Globo (como se percebe, os organizadores do projeto julgaram desnecessário analisar o “jornalismo” do Grupo Abril).

    Lá, vê-se que os três principais candidatos a presidente foram objeto, nesses veículos, de 275 reportagens de capa desde o início de 2014.

    Aécio Neves, de 38, com 19 favoráveis e 19 desfavoráveis.

    Tamanha neutralidade equidistante cessa com Dilma: ela foi tratada em 210 textos de capa.
    Do total, 15 são favoráveis e 195 desfavoráveis.
    Em outras palavras: 93% de abordagens negativas.

    É assim que a população brasileira tem sido servida de informações desde quando começou o ano eleitoral.
    É isso que faz a mídia para exercer o papel autoassumido de ser a ‘oposição de fato’.

    O pior é que a influência dessas empresas ultrapassa o noticiário.

    Elas contratam as pesquisas eleitorais que desejam
    e as divulgam quando e como querem.

    E organizam os debates entre candidatos.

    Está mais que na hora de discutir a interferência dessa mídia
    no processo eleitoral e, por extensão, na democracia brasileira.

    (http://www.cartacapital.com.br/revista/813/as-eleicoes-e-a-midia-1696.html)
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    FrancoAtirador

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    18/08/2014
    Conversa Afiada

    DILMA DEMITE BONNER

    Por PHA

    O Bonner achou que a Dilma era o Aécio ou o Eduardo
    e ia empurrar a Dilma contra a parede no debate de 15′ no JN.

    Deu-se mal.

    Numa televisão séria,
    Bonner teria voltado para o Rio sem emprego.

    Dilma não se deixou emparedar
    e assumiu o controle de todas as respostas.

    Empurrou a questão da corrupção
    pela goela abaixo dos tucanos – que sobrevivem no JN.

    Lula e ela estruturaram o combate à corrupção.

    Deram autonomia à PF e ao MP.

    No Governo dela e de Lula
    não tinha um Engavetador Geral da República.

    A Controladoria Geral da União
    se tornou um órgão forte no combate ao malfeito.

    Ela aprovou a Lei de Acesso à Informação
    (podia ter dito que o partido do JN, o PSDB,
    tomou como primeira providência ao chegar ao poder, com FHC,
    extinguir uma Comissão de Combate à Corrupção).

    (Aliás, Bonner disse, na abertura, numa gaguejada,
    que o PSB era o PSDB … Lapso freudiano …)

    Dilma ressaltou que nem todas as denuncias (do JN)
    resultaram em crimes comprovados.

    Bonner tentou jogar a mais óbvia casca de banana:
    obrigar a Dilma contestar o julgamento do do STF sobre o mensalão.

    Ela tirou de letra:
    Presidente da República não discute decisão de outro Poder.

    Bonner insistiu.

    Deu-se mal.

    A Poeta, finalmente, justificou a passagem, e invocou o Datafalha
    para dizer que o problema do brasileiro é a Saúde.

    Dilma enfiou-lhe pela garganta o sucesso retumbante do Mais Médicos,
    que atende 50 milhões de brasileiros.

    Bonner revelou sua aflição, mal se continha na cadeira,
    bradava “a Economia !”, “a Economia !”,
    como se fosse sua bala de prata.

    Dilma continuou, no comando dos trabalhos,
    a falar do problema da Saúde.

    Quando bem quis, concedeu ao Bonner
    o direito de falar sobre a Economia !

    E ele veio com xaropada da Urubóloga.

    (Interessante que o Bonner pensa
    que ninguém percebe que a pergunta dele,
    na verdade, é uma longa exposição
    daquilo que ele quer que o espectador pense
    que seja a verdade dos fatos.
    Ele quis falar mais que a Dilma.
    Ele se acha…)

    Inflação explodiu !, disse o entrevistador/candidato.

    Sobre a inflação, Dilma mostrou que ele não sabe nada.

    A inflação é negativa.

    Todos os índices estão em ZERO !

    Sobre o crescimento,
    falou uma linguagem que o Bonner ignora:
    “indicadores antecedentes”.

    Os dados de hoje sobre o consumo de papelão e energia
    indicam elevação do PIB no segundo semestre.

    Dilma estourou os 15 minutos.

    Continuava a falar, enquanto o Gilberto Freire com “I” (*)
    devia berrar no ponto do Bonner “corta ela !”.

    E ela na dela.

    Terminou por dizer que não foi eleita para fazer arrocho salarial.
    Ou para provocar desemprego.

    “Corta !”, devia berrar o “ï” no ouvido do Bonner.
    “Corta ! Não deixa ela falar !”.

    E ela, na dela:
    “vamos continuar a fazer um país de classe média,
    como o Presidente Lula começou a fazer.”

    “Corta, Bonner !”, no ponto.

    “Eu acredito no Brasil”, disse ela,
    como se conversasse com o neto, numa tarde de domingo.

    Só faltou dizer:
    “Bonner, eu não sou o Aécio,
    o Eduardo e muito menos a Bláblá”.

    “Pode vir quente !, meu filho.
    Esse teu dedo indicador só assusta a Fátima !”

    Paulo Henrique Amorim

    (http://www.conversaafiada.com.br/politica/2014/08/18/dilma-demite-bonner)

    Em tempo: Da Agência Brasil:

    CRIAÇÃO DE EMPREGOS FORMAIS CRESCEU 3,14% NO ANO PASSADO

    Dados divulgados hoje (18) na Relação Anual de Informações Sociais (Rais) mostram que o número de empregos formais cresceu 3,14% no ano passado em relação a 2012. Segundo a Rais, em 2013, foram criados 1,49 milhão de novos postos de trabalho formais.

    O resultado está acima do do ano anterior, quando o incremento ficou em 2,48%, o que correspondeu a 1,148 milhão de empregos estatutários e celetistas. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) mostram que 2013 foi o ano com menor taxa de desemprego, 5,4%.

    O aumento no número de postos formais de trabalho foi puxado pelo crescimento de 4,85% na criação de vagas de estatutários, o equivalente a mais 414,7 mil empregos. Segundo o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, esse aumento é devido à troca de servidores municipais, com a posse dos novos prefeitos, em 2013.
    .
    .

    Lafaiete de Souza Spínola

    Esse Bonner gosta de aparecer. Deve receber orientações de cima!

    Com o Aécio e o Eduardo, apenas treinou.

    Ele não faz perguntas. Gesticula agressivamente! Quer mostrar serviço aos patrões!

    Sim, votei 2 vezes no Lula e na Dilma que se saiu muito bem frente à agressividade do entrevistador que desejava ser o dono da sena.

    Discordo dos dois em relação ao investimento realizado na educação:

    O FHC saiu, em 2002, deixando um mísero investimento de 3.8% para a educação. Hoje, estão investindo cerca de pífios 5%. No SITE Sonháticos, da Marina, também, em 2011,um porta-voz contestou essa minha proposta de 15%, afirmando que os 5% eram mais que suficientes, necessitando tão somente de gestão.

    Durante a colonização a educação para o povo chegou a ser um tabu. Parece que essa orientação permanece (inconscientemente?) arraigada na mente de nossa classe média. Como sofreu o inesquecível Darcy Ribeiro!
    No Facebook e no Portal do Nassif publico: UM PROJETO PARA A EDUCAÇÃO NO BRASIL.

Brancaleone

Creio que acusar qualquer empresa de sonegação quando se fatura bilhões com estelionato religioso e exploração criminosa da fé do povo é hipocrisia, alienação ou pio: é cumplicidade.
Os maiores sonegadores do Brasil não passam de escoteiros se comparados com as “igrejas” e os bilhões tirados dos fiéis sem que se pague um mísero centavo disso em impostos.

Mardones

Não houvesse O Cafezinho essa história não chegaria ao conhecimento dos internautas.

O resto é o Brasil nosso de cada dia.

Sem Ley de Médios, não dá para começar a mudar.

Walter

Em países avançados paga-se impostos sobre o patrimônio. No Brasil paga-se imposto sobre a renda. Imposto injusto . Com alíquotas injustas que penalizam a classe média e o profissional liberal. Sem falar no lado mais cruel da carga tributária brasileira, o imposto sobre o consumo que penaliza mais pobres.
Ou seja, a carga tributária brasileira é alta, é injusta, e a utilização dos impostos pelo estado é da pior qualidade possível.
Por isso a globo roubou e o estado brasileiro se calou.
Nós bancamos o rombo, na fonte, no supermercado e no nosso apenado dia a dia.
A globo merece.

Ana Maria

Infelizmente quem pode sonega sim e não são apenas os grandes , que deveriam pagar mais é claro. Mas, todo cidadão que tem bens , se descobrir uma forma de sonegar , sonega sim. Conheço muitos!

lukas

Vocês já pesquisaram quantas vezes a Petrobras ou qualquer uma das estatais foram autuadas peka Receita Federal? Não?

Surpreendam-se.

    Edgar Rocha

    Incluindo o período FHC?

Urbano

Quem sonega informação da realidade, comete tranquilamente qualquer outro crime mais contundente…

Francisco

É cansativo competir, na base da saliva, com os grandes conglomerados de mídia.

Explicar e reexplicar para as pessoas que quem chega a pagar um imposto expressivo no Brasil é: 1) o pobre e 2) a classe média.

Nem sei se rico chega a pagar imposto no Brasil!!!

Historicamente o maior contribuinte do imposto de renda no Brasil é Silvio Santos. Esse cara está a anos luz de ser a maior fortuna brasileira e ninguém acha isso estranho. Ninguém!

Mas o mais chato é lembrar: primeiro é preciso pagar tributos altos por alguns (ou vários…) anos, para DEPOIS, e só depois, ter o bom serviço público!

Estelina Farias

A cumplicidade e a impunidade andam de maos dadas quando o crime é cometido pela direita.

Fabio Passos

Além de pagar menos impostos do que os trabalhadores pobres, a “elite” branca e rica sonega…
Estes criminosos da globo são a regra. Os ricos roubam em plena luz do dia. Impunemente.
Já passou da hora de acabar com a vida mansa destes ricaços vagabundos e cobrar o que devem.

O exemplo deste ator sueco Stellan Skarsgard é um tapa na cara da pior “elite” do mundo.

Edgar Rocha

Aqui a sonegação é entendida como efeito colateral da corrupção estatal. O discurso é de que não adianta pagar imposto se o retorno social inexiste. Parece tão óbvio, não? Não! Os mesmos que corrompem o fazem em busca da impunidade perante a sonegação. E, no caso da Globo e dos PiGs, a sonegação de informação também se configura como crime de lesa sociedade, pois impede que o grande público forme uma opinião baseada em fatos e no conhecimento sobre o assunto. A informação, ou a manipulação desta, é o pilar central do subdesenvolvimento e do enfraquecimento das instituições, bem como da democracia enquanto realidade política. Não haverá nada disso sem antes devolver à sociedade um bem que, por definição, pertence a ela e deve ser fiscalizado pelo Estado, único representante legítimo da cidadania. Infelizmente, nem Estado, nem o direito à comunicação estão de fato a serviço dos cidadãos. E esta é a prova maior de que conquistar o poder político, empenhar-se em ocupar os espaços representativos, não são nem de longe garantia de mudança, nem confere a nenhuma representação política, força suficiente para implementar as mudanças necessárias. Caso contrário, Lula já teria enfrentado a Globo no primeiro confronto, Dilma se empenharia em cobrar os impostos devidos e os Ministérios de Comunicação não estariam geridos por gente comprometida com as forças tradicionais que controlam o setor. A esquerda se vê obrigada a admitir, diante da triste realidade, que o discurso de que seria obrigatório alcançar o poder para se realizar projetos, como o próprio Lula, em seu desespero por chegar ‘lá’ alardeava aos quatro cantos, foi um erro histórico e desmoralizante. Na melhor das hipóteses, a intenção de quem defendia esta postura se igualaria a de Betinho em sua Campanha contra a Fome: “quem tem fome tem pressa” e aceita-se doações de todo mundo, sem olhar a origem, para aplacar o sofrimento alheio. No contexto de uma campanha solidária, isto funciona bem. Mas, não na política administrativa. Não se pode passar por cima de tudo, nem adiar mudanças estruturais, fortalecendo as estruturas que garantem a desigualdade eterna em nossa sociedade. Reforçaram-se vícios, destruíram-se valores, desprezaram-se premissas, desarticularam-se movimentos, anseios e sonhos. Tudo em nome da governabilidade e da manutenção de verdadeiras ‘concessões’ oferecidas pelos antigos donos do poder. E tais concessões, desgraçadamente, não se configuraram enquanto conquistas, o que lhes confere uma fragilidade em sua manutenção, dependente exclusivamente da boa vontade e da permanência no poder dos agentes político-econômicos que nunca moveram uma palha contra a desigualdade, a não ser para manter vivo o tipo de sociedade que desejam para si. Mas, tudo isto na melhor das hipóteses. Tendo a pensar que o projeto do PT não tinha outro objetivo senão chegar ‘lá’ e manter-se ‘lá’. A prova disso é o falso discurso de asa quebrada, em que se simula uma fragilidade diante do inimigo a fim de desviar o foco do ninho. Doze anos de poder sem se esboçar uma mínima intenção em se enfrentar certas estruturas só podem ser entendidos como uma desistência branca perante às bandeiras históricas que dizem estimar tanto. E isto nada tem a ver com fragilidade política pra enfrentar as estruturas. Agora o Lula vem com esse discurso de que é preciso resgatar o antigo PT pra avançar nas conquistas. Talvez esteja se referindo a retomar a militância gratuita e fervorosa que se matava em boca de urna e que sonhava com a realização de projetos a partir da ocupação dos espaços administrativos. Mas, nada além disso. Retomar o processo de construção da consciência coletiva, capaz de fomentar mudanças, coisa que se afirmava antes de se ser fácil chegar ao poder, isto não está em pauta.

    Ermenegyldo Munhoz Junior

    Um raciocínio bastante bem fundamentado. Nada a acrescentar, muito a refletir sobre o que o PT poderia e deveria propor enquanto pauta para este momento.

    Lafaiete de Souza Spínola

    Edgar Rocha,

    Estou solidário com sua indignação!

    O FHC saiu, em 2002, deixando um mísero investimento de 3.8% para a educação. Hoje, estão investindo cerca de pífios 5%. No SITE Sonháticos, da Marina, também, em 2011,um porta-voz contestou essa minha proposta de 15%, afirmando que os 5% eram mais que suficientes, necessitando tão somente de gestão.
    Durante a colonização a educação para o povo chegou a ser um tabu. Parece que essa orientação permanece (inconscientemente?) arraigada na mente de nossa classe média. Como sofreu o inesquecível Darcy Ribeiro!
    No Facebook e no Portal do Nassif publico: UM PROJETO PARA A EDUCAÇÃO NO BRASIL.

    Será que havia obstáculos intransponíveis para investir mais na educação?

    Edgar Rocha

    Ermenegyldo, queira Deus que ainda haja algum projeto nacional dentro do PT, e que este se conscientize de que críticas de não-militantes são tão legítimas quanto as dos de carteirinha. Afinal de contas, política é interesse de toda a cidadania, embora os de fora do partido sejam sempre rotulados de alguma forma.
    Lafaiete, é bom que todos os setores diretamente ligados às políticas sociais comecem a perder a paciência e pressionar os representantes eleitos a articular em prol das conquistas tão sonhadas e fragilmente implementadas, ainda que na condição de concessão e esmola. Se a direita pode se articular pra arrancar o leite das tetas do governo, se o Governo se vê obrigado a ceder, por que diabos somente a esquerda deve calar a boca e não participar da luta por espaço em nome de uma governabilidade sempre dependente dos interesses da turba direitista? Chegou o momento de, quando o Lula vier lançar perdigoto em cima das representações exigindo fidelidade e colaboração, sobretudo do PT, ganhar um sonoro passa-moleque e ter de se posicionar um pouco abaixo do trono de queridinho da nação. E não basta usar a vasilina eleitoral de que ‘é preciso que o PT retorne às origens’. Quero ver dizer isto depois que a Dilma for reeleita. O PT e a esquerda em geral precisam sim, retomar sua participação no jogo político enquanto agentes diretos. Botar o cabresto de lado e recusar migalhas, porque, quando é pra eleger as ‘lideranças’ são os militantes que carregam o piano. Não é justo, depois da vitória, ter de ficar quietinho porque ‘militância atrapalha’, como dizia o guru Duda Mendonça, ou aceitar passivamente a ideia de que ‘já estão representados’ e que agora é só deixar com eles. Muito menos aceitar a coação ridícula, suja mesmo, de que, ‘quem estiver reclamando que se proponha a ocupar o lugar’ como se o Lula e as lideranças em geral estivessem dispostos a largar o osso e apoiar alguém que não sejam eles mesmos. Haja conversinha de pinga-com-limão, sabotagem e fleuma diante dos que questionam. Vide Suplicy (se é que seja possível vê-lo) ou outros bons representantes que, quando muito não passam do baixo clero folclórico. A direção do PT é que precisa rever-se. Talvez falte hoje um Florestan Fernandes pra puxar as rédeas do pragmatismo e retomar a construção da democracia com coerência e princípios. Como defunto não fala, nem dá esporro, cabe à militância relembrar certas posturas totalmente abandonadas.

FrancoAtirador

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É isso!

Nada a acrescentar.
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