Paulo Nogueira: Acabar com as mordomias bilionárias da mídia

Tempo de leitura: 3 min

Para a sociedade avançar, os privilégios da mídia têm que acabar

PAULO NOGUEIRA 5 DE ABRIL DE 2013 33, no Diário do Centro do Mundo

Li “A Renúncia de Jânio”, do jornalista Carlos Castelo Branco, o último grande colunista político brasileiro.

O que me levou a esse velho livro foram as recentes evocações do infame golpe militar de 1964 em seu aniversário, no dia 31 de março.

O golpe, de alguma forma, começa em Jânio, o demagogo que renunciou à presidência em 1961 quanto estava fazia apenas sete meses no cargo, por motivos jamais explicados.

Mas o que mais me chamou a atenção no livro é um episódio que mostra bem o regime de privilégios fiscais desfrutados há muito tempo pelas empresas jornalísticas brasileiras.

Castelinho, que foi assessor de imprensa de Jânio, conta que certa vez estava preparando uma sala para um pronunciamento que ele, Jânio, faria naquela noite em rede nacional de televisão.

No lugar escolhido, a biblioteca do Palácio da Alvorada, Castelinho viu sobre a mesma um exemplar do Estadão de domingo. Em cima, estava um bilhete do presidente: “Não toquem neste jornal. Preciso dele”.

“Só soube do que se tratava quando Jânio o ergueu na mão para exibi-lo audaciosamente ao país [na fala em rede] como fruto de privilégios, o esbanjamento de papel comprado com subvenção oficial, pago, portanto, pelo povo”, escreveu Castelinho.

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É o chamado “papel imune”. Os contribuintes subvencionam há décadas o papel usado para imprimir jornais e revistas.

Jânio apontou o mal, mas não foi capaz de resolvê-lo. Os mesmos empresários que tanto falam num Estado mínimo não se embaraçam em, nas sombras, mamar nele em coisas como o papel imune, e em muitas outras.

Dinheiro público foi sempre usado também para financiar – em condições de mãe para filho – empreendimentos que deveriam ser bancados por nossos intrépidos, aspas, capitalistas da mídia.

Nos anos 90, Roberto Marinho comemorou ao lado de FHC a inauguração de uma supergráfica projetada para quando o jornal chegasse – hahaha – à marca de 1 milhão de exemplares.

FHC não estava na foto porque Roberto Marinho queria promovê-lo. É que o governo tinha concedido um empréstimo especial às Organizações Globo para fazer a gráfica que hoje parece uma piada.
Na inauguração do parque gráfico da Globo, em 1999, o Estado serviu de babá e evitou o risco de um investimento fracassado
Por que o empréstimo? Ora, a Globo era então já uma potência. Tinha mais de metade do faturamento da publicidade nacional, graças à tevê e a expedientes amorais como o chamado BV (bonificação por vendas).

A empresa poderia, perfeitamente, bancar o passo (torto) que decidira dar com a nova gráfica. Mas não. O Estado babá estava ali, à disposição, na figura sorridente de FHC.

Essencialmente, o resultado é que a fortuna da família Marinho foi poupada do risco de um investimento que poderia fracassar, como aconteceu.

Coisa parecida aconteceu com as outras grandes empresas em suas incursões para fazer novos parques gráficos: dinheiro farto, quase dado.

Fora o papel imune, naturalmente.

E fora, mais recentemente, artifícios como a criação de PJs (pessoas jurídicas) para reduzir os impostos pagos.

Note. As companhias jornalísticas não querem pagar impostos, mas depois esperam que o Estado – com dinheiro alheio, do “Zé do Povo”, como dizia o patriarca Irineu Marinho – esteja com os cofres cheios para bancar seus investimentos.

Para completar a tragicomédia, as empresas promovem campanhas sistemáticas de engambelação coletiva destinadas a provar, aspas, que os impostos são elevados no Brasil.

Não são. A carga tributária brasileira, na casa de 35%, é bem menor que a de países modelos, como a Escandinávia.

A diferença é que, neles, as corporações pagam o que devem. Vá, na Dinamarca ou na Noruega, inventar PJs e você é chutado da esfera corporativa e submetido a desprezo nacional.

Para que o Brasil avance socialmente, as mamatas das empresas de mídia – fiscais e não só fiscais — têm que acabar.

Não é fácil, como vemos ao constatar o que deu do brado janista de meio século atrás. Sucessivos governos têm vergado ao poder de intimidação da mídia. (Para a qual vigora ainda uma inacreditável reserva de mercado, aliás.)

Mas nada é fácil.

O poder de manipulação da mídia se reduziu, graças à internet.

Se há uma hora para fazer o que deve ser feito, é esta.

O dinheiro que custam as mordomias bilionárias da mídia deve servir à sociedade: que se construam escolas, hospitais e estradas com ele, em vez de vê-lo dar acesso à lista de superricos da Forbes.

Dilma tem que se mexer, em nome do Brasil.

Leia também:

Abert fala em desoneração para empresas jornalísticas

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Comentários

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Urbano

Fornecer as armas para que se seja assaltado, roubado e vilipendiado…

Tarso: É preciso reforçar a luta política para haver regulamentação da mídia – Viomundo – O que você não vê na mídia

[…] Paulo Nogueira: Acabar com as mordomias bilionárias da mídia […]

Olavo

O PT maior partido das esquerdas no Brasil deveria encampar essa briga, se ele não o faz não consigo vislumbrar saída.

    Julio Silveira

    A elite petista usa metaforas, mas sentem-se sociais democratas.
    Não vale para os peões, mas aquele discurso do passado, toda aquela teoria socialista, foi retórica para posicionamento no mercado. Politica no Brasil, virou um grande mercado. Esquerdistas, que se dizem esquerdistas, mas compactuam com os piores ranços politicos que ajudaram construir uma história trágica para o Brasil, não podem ser sinceros. Quando trocam o que diziam ser ideais pelo poder temporário, se consorciando com o atraso, não pode ter tido pensamento sincero de mudança, cultural. O que fizeram foi apenas para aproveitar a oportunidade de surfar uma grande onda numa praia privada. Ambição foi chegar a crista da onda, mesmo sabendo que eventualmente ela poderia ser temporária. Metaforicamente falando, sabiam que ao final do dia o que já sabiam desde a manhã. Que chegaram lá por terem aceitado as regras do dono. Sabiam que ainda teriam que submeter-se tantas vezes quantas fossem seu interesse de chegar a praia, sem esquecer que teriam de entregar a propria prancha como forma de pagamento. E isto não é politica de fato isto é mercado.

    Luís

    Desculpe-me por querer destruir o seu sonho, mas jamais um petista fará isso. Se um petista realmente quiser fazer isso, ou ele será destruído pela imprensa, ou será destruído pela cúpula do PT.

Marcilio

Leticia/Paulo

Não esqueçam que na Escandinávia empresas sonegarem o fisco dá cadeia(se a moda pega no Brasil..a esqueci temos o STF à protegê-los), portanto a comparação procede pois estamos falando de valores absolutos.
Se compararmos ao México temos quase a mesma carga tributária e a população tem muito menos assistência do que no Brasil (bem complexo não acham??).
Portanto o segundo passo da discussão seria a qualidade destes serviços x relacionados ao peso do imposto.

Bem distante da visão reducionista que a mídia quer nos impor.

Isto sem falar ainda no PROJAC cujo os empréstimos foram negados por auditores do BC e concedidos pelo FHC. Teria alguma coisa haver com o suposto filho bastardo de FHC com a Jornalista da Globo??? Que prontamente para esconder a situação foi enviada a Europa como correspondente.

Mais ainda a Globo sonega impostos trabalhistas impondo contratos PJ.

Se o STF fosse realmente sério FHC deveria estar preso há muito tempo devido ao mal que causou ao país tal qual Fujimori e Menem.

    francisco niterói

    Marcilio
    Vc fala em qualidade dos servicos versus peso dos impostos. Nao vou me basear na indivisibilidade nem outras questoes de DT, sendo assim vou dar um pitaco:

    No Brasil, como no resto do mundo, a elite quer pagar menos impostos e pra isso eles usam muitas armas, armas essas sempre empunhadas pela classe media pois ficaria muito dificil pros ricos lutar sozinho neste campo.

    Vou passar pra vc um caso especifico: BARCAS RIO NITEROI.
    1- havia uma estatal com tarifas baixas e por isso tinha subsidios.
    2- o neo liberalismo pregava fim dos subsidios em nome de eficiencias e outros discursos ( “se esqueciam” dos subsidios que a elite tem no BNDES, se “esqueciam” que, por exemplo, o metro de Paris é subsidiado, a SNCF (com, por ex., o TGV) é estatal, etc.
    3- proibiu-se a estatal das barcas de obter emprestimo no BNDES e os servicos ficaram defasados.
    4- privatizaram a estatal e se abriram as portas do BNDES e a midia louvava a empresa privada sempre investindo;
    5- as tarifas foram subindo e os investimentos diminuindo e a midia calava;
    6- o estado fez um arranjo e hoje a tarifa é de 4,80 reais mas a populacao ” só paga 3,30″ , com o estado complementando a diferenca.
    7- com este imenso subsidio, a empresa recomecou a investir e faz propagandas de que está investindo maravilhas na prestacao dos servicos. Ouvi um “leitor de Veja” falar: ” se fosse estatal seria uma m*rda”.
    8- grupos que protestaram foram proibidos pela justica a pedido da CCR( a concessionaria). MAS INFORMARAM QUE SO NO BILHETE UNICO O ESTADO GASTOU 900MILHOES NOS ULTIMOS 3ANOS. OBSERVE QUE O METRO, PASSANDO PELA BAIA E BENEFICIANDO1,5 MILHAO DE PESSOAS ESTA ORCADO EM 5 BILHOES, OU SEJA, ESTE SUBSIDIO EM ALGUNS ANOS É EQUIVALENTE AO METRO.

    Moral da historia: a elite IMPEDE A PRESTACAO DE SERVICOS PUBLICOS pois assim ela obtem motivos pra convencer a CLASSE MEDIA QUE OS SERVICOS SAO RUINS E por isso devemos baixar mais os impstos que, ADIVINHE, sao os impostos dela.

    Vc ja viu empresario falar mal dos subsidios do BNDES?

Penajaka

As coisas estão sendo feitas tudo as claras, sem nenhum pudor ou remorso, ainda recentemente vimos que uma apresentadora ganhou uma grana preta para fazer o comercial de uma tinta de cabelo e para livrar do fisco ela doou o money para sua fundação, esse é outro expediente para sonegar.

    francisco niterói

    nao conheço o caso em si, mas da forma que vc esta dizendo o fisco “comeu mosca” pois sao duas situacoes distintas:

    A apresentadora ou a PJ em que ela se constitui presta um servico e aí incide os impostos.

    De posse desse dinheiro, a apresentadora ou a PJ que a representa doa para uma fundacao. É outra situacao, ou seja, se ai nao houve incidencia de impostos tal fato nao se relaciona com a pretacao de servicos anteriormente ocorrida.

    Para ser um fato so, teriamos que ter uma fundacao “de interesse publico” cuja atividade seria fazer publicidade. Um absurdo.

Nelson

Excelente o texto do Paulo Nogueira. Porém, não são só as empresas de mídia que recebem mamatas bilionárias. De um modo geral, as grandes empresas devem sua tão decantada e alardeada pujança à “vaca de divinas tetas” na qual mamaram e seguem mamando. E isto, é preciso dizer, não acontece só no nosso “bananão”, mas também nos EUA e em outros países capitalistas. Países estes que, conforme muitos supostos especialistas intentam nos convencer, estariam a mostrar que a iniciativa privada é mais competente, mais eficiente…e blablablá.

Como afirma Noam Chomsky, Estado mínimo, livre mercado, são coisas para trabalhadores, velhos e crianças. Os ricos querem sempre o Estado-babá.

FrancoAtirador

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CHAPA BRANCA

GLOBO, CEF & GOVERNO: TUDO A VER.

    FrancoAtirador

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    ENQUANTO ISSO, BANDIDOS DE MÍDIA DEITAM E ROLAM



    Reportagem de DIEGO ESCOSTEGUY
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    As explicações de Lewandowski e o jogo pesado de Gurgel

    Autor: Luis Nassif

    É uma guerra política sem limites. Achava-se, no início, que estivesse restrita à mídia e ao submundo da política. Infelizmente, chegou aos escalões superiores, com ataques à honra do Ministro Ricardo Lewandowski por parte da própria Procuradoria Geral da República – do Procurador Geral Roberto Gurgel, diretamente ou através de emissários.

    E tudo isso para impedir eventual nomeação para o STF (Supremo Tribunal Federal) de advogado apoiado pelo Ministro.

    Abaixo, a explicação de Lewandowski para as acusações da revista Época.

    A fonte é a PGR. E comete-se a indignidade de acusar Lewandowski de parcialidade, em favor de advogados do PT, sem a honradez de detalhar as razões jurídicas para duas decisões distintas, sobre processos de extradição. Houvesse o mínimo de dignidade, seriam apresentados os argumentos de lado a lado e os contra-argumentos.

    Em vez disso, preferiu-se a acusação frontal a Lewandowski, de inidoneidade intelectual pelo fato de um dos processos ser conduzido por advogado ligado ao PT.

    A baixeza do ataque reforça as suspeitas sobre os jogos políticos da PGR. E dão um argumento a mais para os inimigos do Ministério Público.

    Da Assessoria do Ministro Ricardo Lewandowski

    Nota de esclarecimento ao jornalista Luis Nassif

    1) A nova orientação jurisprudencial do STF sobre a extradição evoluiu no sentido de não mais exigir a prisão preventiva automática dos extraditandos, salvo em situações excepcionais, a saber, quando estes apresentem periculosidade ou exista risco de fuga iminente.

    2) Essa alteração jurisprudencial deu-se porque a Corte passou a entender que não se poderia manter uma pessoa presa, em meio a criminosos com condenações definitivas, durante todo processo de extradição, por ser ele muito complexo e demorado, não sendo raro que se conclua pelo indeferimento do pedido extradicional.

    3) O caso do Miscik é distinto dos demais, assemelhando-se ao caso Battisti, por ter aquele, tal como este, buscado formalmente refúgio no País e, portanto, encontrar-se sob a proteção do Estado brasileiro.

    4) O tratado de extradição firmado entre o Brasil e o Reino Unido determina que, se os documentos originais relativos à extradição não forem juntados aos autos do processo dentro de 60 dias, a prisão do extraditando deve ser imediatamente relaxada.

    5) O prazo do tratado foi ultrapassado, sem que o Reino Unido tivesse apresentado no Supremo os documentos exigidos, nos autos do processo. Isso é fato.

    6) A Lei de Refúgio, ademais, determina a suspensão dos processos de extradição pelo tempo em que o pedido de refúgio estiver sendo apreciado pelo Ministério da Justiça.

    7) Tecnicamente, pois, o indivíduo que ingressa com pedido de refúgio não ostenta a condição de extraditando.

    8) Tendo em conta que inexiste prazo para a apreciação do pedido de refúgio, não se mostra razoável manter-se alguém preso indefinidamente no aguardo de uma decisão administrativa, ou seja, que não depende do Judiciário.

    9) A ilegalidade da prisão do extraditando era manifesta e poderia ser atacada por meio de um habeas corpus junto ao Plenário do Supremo.

    10) O extraditando está sob a supervisão de um juiz criminal em São Paulo, ao qual deve apresentar-se semanalmente para justificar as suas atividades, achando-se também sob a vigilância da Polícia Federal, não lhe sendo lícito sair do Estado, sem autorizão judicial.

    11) De resto, o seu passaporte está retido no STF.

    12) Transcrevo abaixo, em negrito, alguns trechos da Lei de Refúgio que se aplicam ao caso:

    Assessoria do Ministro Ricardo Lewandowski

    (http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/as-explicacoes-de-lewandowski-e-o-jogo-pesado-de-gurgel)
    .
    .
    Para entender melhor o caso, leia também:

    (http://www.valor.com.br/politica/3075802/rumores-apontam-heleno-torres-como-novo-ministro-do-stf)
    (http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/o-caso-do-ingles-que-lewandowski-mandou-soltar)
    (http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/as-manobras-jornalisticas-de-roberto-gurgel)

J Souza

Acabou! Acabou! A esquerda morreu!
Depois de Getúlio Vargas e dos ditadores militares, que fracassaram no extermínio da esquerda, o Partido dos Trabalhadores foi bem sucedido nesta missão que já durava décadas no país!
É um momento histórico!
Nem nos EUA, onde o presidente (“socialista” segundo alguns republicanos!) pede o aumento dos impostos para os ricos, os republicanos conseguiram diminuir o imposto para estes!
Mas no Brasil, o Partido dos Trabalhadores deu aos seus membros o orgulho de ter diminuído os impostos dos ricos, e de ter resistido à criação de um marco regulatório para a mídia, e entra, assim, para a História do Brasil!
Viva a “Revolução”! Sem disparar um tiro… Quer dizer… Só na periferia, e contra os pobres, mas para esse pessoal que está no poder, não conta…

MÍDIA – NÃO PAGA IMPOSTO E AINDA GOZA DE PRIVILÉGIOS. | Martins Andrade e Você… Do Ceará Para o Mundo

[…] Publicado no Diário do Centro da Mundo, republicado no Blog Viomundo, de Luis Carlos Azenha. […]

Álvaro Simas

Isso. Acabar com as mordomia bilionaria, vamo deixa as milionaria!

PICTURES

[…] Paulo Nogueira: Acabar com as mordomias bilionárias da mídia por Luiz Carlos Azenha   […]

Rose

Nos que vivemos fora do Pais somos vitimas desta porcaria toda.

João – Rio de Janeiro

Sem falar da isenção do ICMS para as empresas de televisão e radiodifusão. Por que esse privilégio?

José X.

“Não custa lutar…mas a luta custa”
———————————————–
Link para contribuição ? Forma de contribuição ?

denis dias ferreira

Eles criticam o Bolsa-Família mas recebem a Mala-Mídia. Vara neles!

Francisco

Adoro as pessoas que falam português.

Hélio Pereira

Eu votei no Lula em dois mandatos,para que ele combatesse as mordomias de meia dúzia de familias que dominam o Brasil desde a chegada de Cabral a Bahia,depois votei na Dilma com a mesma esperança,mas parece que meus votos neste caso foram em vão.
O PT antes tão combativo se acovardou vergonhosamente na CPI do cachoeira e tratou de sepultar a CPI,o PT deixou claro seu mêdo da Revista Veja e pós uma pá de cal no assunto!
O ex Líder do PT,Deputado Paulo Teixeira à quem fiz a BESTEIRA de dar meu voto,não assinou sequer o Pedido da CPI da “Privataria Tucana”.

Ronaldo Silva

Lula e Dilma estão dando prosseguimento aos plantos de Marinho e FHC pelo visto.

jicxjo

Já que a Dilma e o Bernardo não querem regulamentação, poderiam talvez instrumentalizar o discurso hipócrita da mídia por “liberdade de imprensa” e fazê-la por via oblíqua, administrativa: lançar um “PNLI”, Plano Nacional pela Liberdade de Imprensa, com o discurso autêntico de que “Precisamos de mais mídia, não menos”. Se não dá para desconcentrar, vamos fazer o mercado crescer e se diluir.

Promover via BNDES a criação de dezenas de novos veículos, canais, etc, criar linhas de financiamento para aquisição de máquinas e equipamentos tradicionais ou de mídias digitais, criar um marco legal para fundações jornalísticas independentes com sistema de governança com a participação da sociedade civil, criar incentivos para que os jornalistas contratados como PJs pela mídia se tornem independentes, fundando suas próprias agências, etc. Diluindo-se o mercado, daí propor então um novo modelo que evite a reconcentração.

Não é o melhor que daria para fazer havendo vontade política, mas é uma opção preliminar, para viabilizar o caminho a um futuro mais democrático e republicano, em que liberdade de expressão não tenha dono.

abolicionista

É isso mesmo, tem que parar de se fazer de desentendida. A muito a se fazer nesse aspecto. Muitas iniciativas viáveis além do marco regulatório. O que falta é vontade política.

    abolicionista

    Ops, “Há muito a se fazer”, bom, dane-se a norma culta…

Fabio Passos

Que sentido faz manter as oligarquias do PiG mamando nas tetas do Estado?
Dinheiro do povo surrupiado para globo, veja, fsp e estadao defenderem os privilegios da pior “elite” do mundo?

O problema globo e o mais grave: Dinheiro publico doado para uma organizacao golpista sabotar a democracia usando um bem publico!?!
Um completo absurdo.

Chega do Estado sustentar o PiG… este entulho da ditadura!

jaime

“Quem paga a orquestra escolhe a música”, não era assim? Mesmo com toda essa grana, a mídia nunca vai dar refresco a qualquer governo, menos ainda a um que esteja minimamente inclinado a distribuir algumas migalhas para quem de fato paga imposto.
Assim como “polícia é polícia e bandido é bandido”, assim também “empresário é empresário e governo é governo”; em um sistema capitalista o empresário nunca vai deixar de combater qualquer governo porque o quer como refém (que é exatamente o que acontece agora) para mamar nele o mais que puder, seja governo de esquerda ou de direita. Portanto, o que a Dilma está pagando não é a orquestra, mas o resgate.
O imposto sobre papel para livros, jornais e revistas está zerado desde o primeiro governo Lula. Alguém aí viu os preços caírem?
Não são só as empresas de mídia que se penduram no governo, são todas as grandes empresas. Enquanto se divulga o impostômetro, nada se fala sobre todo o tipo de facilidades e benesses que os grandes “empresários!?!?” recebem de volta, e isso em praticamente todos os setores da economia.
Nunca se vai ouvir falar bem de uma Estatal na mídia tradicional; esqueçam. Nunca se vai ouvir falar mal da tão decantada “eficiência” da empresa privada, na mídia tradicional.
A mídia é a chave, é a base, é o que forma a cabeça, a coragem e os medos dos cidadãos.

francisco pereira neto

Eu sempre disse da pilantragem da grande mídia ter, de mãos beijadas, o papel imprensa, não com o dinheiro do Estado, mas nosso, com os impostos escorchantes que nós pagamos e que irônicamente eles não pagam.
E tem mais. Além das facilidades de financiamentos, como se fossem entidades assistenciais, eles devem bilhões ao INSS, sonegam impostos e outras safadezas.
Vai a prefeitura de Rifaina tentar fazer um convênio com o governo estadual ou federal para pegar uma merreca de verba, se a prefeitura tiver CND do INSS negativa, se consegue?
Já a Globo consegue tudo o que quiser, sem a nossa autorização, pois o dinheiro é nosso.
E vem o cagão do Paulo Bernardo dizer que não vai mexer no marco regulatório dos meios de comunicações. E dona Dilma fica na moita.
Nós estamos enriquecendo os bandidos da grande mídia com a complacência do governo federal.
Dona Dilma tem o dever e a obrigação de acabar com essa putaria, pois nós a elegemos para, entre muitas outras coisas, por fim a essa roubalheira com o nosso dinheiro.
No meu contra cheque, todo mes vem descontado 27% do meu salário para encher os bolsos desses vagabundos.
Não dá mais. Chega.

J Souza

A hora é essa mesmo, com diz o Paulo, pois o governo Dilma e o judiciário brasileiro estão atuando para acabar com as vozes que discordam da mídia comercial (ou seja, que discordam dos bancos e das multinacionais!)…

Mário SF Alves

“FHC não estava na foto porque Roberto Marinho queria promovê-lo. É que o governo tinha concedido um empréstimo especial às Organizações Globo para fazer a gráfica que hoje parece uma piada.
Na inauguração do parque gráfico da Globo, em 1999, o Estado serviu de babá e evitou o risco de um investimento fracassado.”
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PQP! Tudo isso, inclusive o conluio entre o super estadista, pai do estado mínimo, e o filhor-mor da ditadura num empreendimento dadado ao insucesso acortado com dinheiro dos cofres públicos.
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É de embrulhar o estômago.
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Estado mínimo… mínimo pra o povo, e máximo para os “donos” do Brasil; os de dentro (colonizados) e os de fora (colonizadores.

Gerson Carneiro

Essa é de conhecimento público e é oportuno recordar:

Em 1985, ACM apoiou Tancredo Neves na Nova República e foi convidado para ser Ministro das Comunicações, ocupando o cargo durante o governo de Sarney, vice de Tancredo. ACM criou um ministério e destinou para a Bahia 96 concessões de rádio e seis de televisão. Os aliados políticos (deputados e prefeitos), parentes e amigos foram deliberadamente os grandes beneficiários.

Em 1986, quando assumiu o Ministério das Comunicações, um dos principais fornecedores de equipamentos de telecomunicações para governo, durante 20 anos, foi a Nec Brasil (subsidiária da Nippon Eletric Company), de Mário Garnero. Mas, ACM suspendeu as encomendas e a Nec passou a ter dificuldades financeiras e foi desvalorizada.

A Rede Globo de Roberto Marinho adquiriu na ocasião a Nec e o governo restabeleceu as encomendas com a empresa. Como retribuição Roberto Marinho encerrou o contrato de 18 anos com a TV Aratu, que era a repetidora da emissora na Bahia, e acertou contrato com a TV Bahia, controlada por associados e parentes de ACM.

No livro, “A história secreta da Rede Globo”, Daniel Herz conta: “ACM usou ostensivamente seu poder de ministro ajudando Marinho a arrancar do empresário Garnero o controle de indústria de telecomunicações Nec. E Marinho tirou da TV Aratu da Bahia, os direitos de transmissão da Rede Globo e os concedeu à TV Bahia”. Ou seja, o então Ministro das Comunicações passou a controlar uma concessão de televisão e várias de rádio.

Ernesto Pilotto Neto

A questão da presidenta se mexer é o mais perigoso. Não dá pra confiar nessa mídia. Ela esta sempre como um leão, com fome, nesse caso, verbas. Se torna ingovernavel não pagar a mídia no Brasil. Há duas formas para governar: com a força militar ou comprando parte da maior midia. Isso que o PT fez, e não foi de todo errado. Errado foi o FHC que em nome da governabilidade bancou toda organização globo. Assim não pode.

Agora a questão é fazer justiça com o dinheiro publico, mas nós, ativistas, blogueiros, jornalistas independentes, que devemos nos unir em comites, movimentos, partidos, organizaçoes diversas para montar a maior frente horizontal que atuará em nome da liberdade e da democracia, permanentemente, em todos os tempos e com qualquer governo que tiver ou vier. Permanencia, é a palavra.

    Julio Silveira

    Isso que voce diz chama-se extorsão, e extorsão, até onde sei, é crime no Brasil. Pode-se até fazer vista grossa, olhar de paisagem. Poderia até não ser, mas no Brazil, um país da imaginação deles. Esse, que eles querem nos tranformar, mais ainda não mudamos tanto. E alimentar a extorsão sem reclamar, pianinho, ainda mais quando a paga vem do dinheiro do contribuinte, não tem outro nome que não seja cumplicidade, e sendo cumplicidade consequentemente than…than…than…than, o que seria? Vamos entender as entrelinhas como tem que ser, sem dourar a pilula. Ou eu estou errado? como diria aquele apresentador, que merece de minha parte a lembrança pela expressão bordão.

Willian

“Vá, na Dinamarca ou na Noruega, inventar PJs e você é chutado da esfera corporativa e submetido a desprezo nacional.”

Os maiores salários da Globo (artistas e jornalistas) são pagos na pessoa jurídica e não na pessoa física, para diminuir a incidência de impostos.

Pergunto: como recebem os jornalistas da Record? Pessoa física?

    Marcelo Figueiredo

    Todos mamam. Mas a mamadora mor é a goebbels. Ela que suga 60% do nosso dinheirinho suado dos impostos só em publicidade. Você está satisfeito com isso, ou por acaso tomou uma pancada na cabeça e gosta de doar seu dinheiro pra famiglia?

Abert: Desoneração para jornais e emissoras de rádio e TV – Viomundo – O que você não vê na mídia

[…] Paulo Nogueira: Acabar com as mordomias bilionárias da mídia […]

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