Em nota, o MST se pronuncia sobre decisão do STF
Neste dia 10 de abril o ministro Edson Fachin do Supremo Tribunal Federal decidiu sobre o Habeas Corpus impetrado em favor de Diessyca Lorena Soares, Luiz Batista Borges e Natalino de Jesus, trabalhadores rurais Sem Terra que são, desde o dia 14 de abril de 2016, criminalizados por lutar pela reforma agrária no estado de Goiás.
Luiz Batista completará 1 ano de prisão na próxima sexta feira. E Diessyca e Natalino estão a igual período privados de sua liberdade.
Ao analisar o pedido, o ministro Edson Fachin decidiu afastar do decreto de prisão preventiva dos três Sem Terra a menção à acusação da prática de crime de organização criminosa.
Lamentavelmente, porém, isso não significa que os trabalhadores serão postos em liberdade, pois o ministro manteve os outros argumentos igualmente vagos e genéricos do decreto.
É uma decisão grave, pois se trata de um conflito agrário que envolve 4 mil famílias sem terra, as quais reivindicam a destinação da Usina Santa Helena para a reforma agrária, uma vez que o Grupo Naoum, dono da Usina, deve mais de 1 bilhão de reais para seus trabalhadores e para a União.
O MST reafirma que não há qualquer crime envolvendo os Sem Terra, o que já está claro com os depoimentos das testemunhas inclusive de acusação.
A justiça goiana tenta transformar um conflito agrário em caso de polícia, mas estamos convictos de que a justiça prevalecerá e, além da liberdade dos companheiros, conquistaremos também o latifúndio da Usina Santa Helena!
Direção Nacional / MST
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Comentários
lulipe
Parabéns ao Ministro, o povo brasileiro ordeiro e trabalhador espera que tal decisão se torne uma constante em outros casos semelhantes.
Cleusa
De que povo brasileiro você se refere? Deve ser de apenas o 1% mais rico que não tem nada de ordeiro e sim violento às últimas consequências! O MST é o que produz a maioria dos alimentos que vem a nossa mesa. Ao contrário dos latifundiários que só produzem soja para outros animais!
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