Miola: Aval de Bolsonaro para empresas privadas comprarem vacina da AstraZeneca é bomba para extermínio de brasileiros

Tempo de leitura: 3 min
Fotos: Reprodução de vídeo e Marcos Corrêa/PR

Aval para vacina privada é uma bomba de extermínio dos genocidas do Planalto

Por Jeferson Miola, em seu blog

O aval do governo Bolsonaro para empresas privadas comprarem 33 milhões de doses da vacina AstraZeneca no momento em que o sistema público e universal de imunização do SUS dispõe de apenas 10,2 milhões de doses – apenas 1/3 do “lote privado” – tem o significado de uma bomba de extermínio de brasileiros vulneráveis e desprotegidos, principalmente negros e pobres.

Engana-se quem pensa que Manaus, o Auschwitz brasileiro, representa o ápice do morticínio e da barbárie, porque o necrogoverno escala permanentemente estágios mais avançados de devastação social e extermínio humano.

A autorização para que particulares comprem imunizantes antes do próprio Estado provisionar o SUS com a quantidade de vacinas necessárias para imunizar universalmente toda a população brasileira, é uma prática de eugenia social com propósitos idênticos aos do regime nazista de Hitler.

Mariângela Simão, diretora de Acesso a medicamentos da OMS descreve a posição brasileira de aquisição privada de vacina como “peculiar”, única no mundo.

Em todos países, “as compras estão sendo feitas pelo governo, e não pela iniciativa privada”, disse ela.

Por meio deste processo perverso de “seleção econômica” da espécie, em que a oligarquia pode comprar vacina para proteger a si mesma e também a seus escravos que garantem a reprodução do seu capital, o governo genocida dos militares amplia a “faxina” racial.

A imprensa noticiou as supostas condições estipuladas pelo governo para conceder o aval aos plutocratas.

Dentre elas, a proibição de comercialização dos imunizantes e a gratuidade para os funcionários das empresas.

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Além disso, o governo “tem a expectativa de que as empresas doem ao ministério da Saúde mais da metade do que será adquirido” [sic].

Nenhuma destas condicionalidades, mesmo se fossem plenamente atendidas, o que está longe de ser garantido, justificariam esta decisão infame que fere princípios constitucionais do direito à saúde e à vida e viola preceitos éticos e legais.

De acordo com o noticiário, os predadores têm pressa. Em videoconferência que reuniu 72 “caridosos” plutocratas que tiveram esta “peculiar” ideia, o diretor da Gerdau Fábio Spina, “considerado o coordenador da negociação, pediu a cada empresa que se manifeste até esta terça-feira (26) sobre a intenção de realizar a compra ou não”.

O dinheiro tudo pode e tudo compra. Enquanto o povo vulnerável e abandonado pelo governo é condenado à morte, para os empresários “foi dada uma previsão de que, efetuada a aquisição, as vacinas chegariam ao Brasil em dez dias”.

Deve ser investigado por que a previsão de fornecimento da mesmíssima AstraZeneca para a Fiocruz é de meses de espera, mas para os empresários a entrega pode ocorrer “em dez dias”.

Se tivesse real compromisso em proteger e salvar vidas humanas, o que efetivamente não é o propósito dos genocidas do Planalto, o próprio governo teria exigido o fornecimento das 33 milhões de doses da AstraZeneca exclusivamente para o plano nacional [e universal] de imunização do SUS.

Como documentado no extraordinário estudo do Centro de Pesquisas e Estudos de Direito Sanitário da USP e a ONG Conectas Direitos Humanos sob a coordenação da professora da Faculdade de Saúde Pública da USP Deisy Ventura, não se trata de negligência ou incompetência dos militares no poder, mas sim de um genocídio programado, que está fartamente documentado.

Na pandemia, o governo militar acelera e aprofunda a barbárie e o caráter mortífero do seu necroprojeto.

Como Bolsonaro já disse, “o sentido de seu governo não é construir coisas para o povo brasileiro, mas desconstruir”.

A autorização para que empresas privadas adquiram e administrem vacinas por conta própria enquanto o SUS não conta com estoque para imunizar toda a população, é um dos mais duros e infames ataques aos pilares civilizatórios e humanistas do pacto constitucional de 1988.

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Comentários

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Cilmar Dória.

No Brasil basta ser MILICO das FFAA para ser honesto e general de preferência.
Não é a toa que NUNCA nenhum brasileiro ganhou um prêmio Nobel, embora aquele “médico” português inventor da lobotomia tenha ganho o Nobel. rsrsrs.
O buraco no Brasil e bem mais embaixo no Brasil. É a sociedade do jeitinho, da malandragem, da esperteza que não tem honestidade. Tanto faz o político da vez, veio da mesma sociedade do jeitinho.
Um deputado com quase 30 anos no congresso que nunca fez nada por ninguém a não ser pelo pupilo dele o Queiroz irá nos salvar. Depois dizem que o Chapolim Colorado é seriado de comédia pra criança.
Comédia é o povo brasileiro que imputa honestidade da pessoa pela profissão. Isso é ser muito infantil no raciocínio. Basta ser formado em qualquer faculdade (curso) e ser chamado de dr para ser honesto. Se for general então é a madre Tereza de Calcutá no Brasil.
Se vê a “globo” SEMPRE vai ser massa de manobra.
William Bonner e Silvio Santos não são jornalista e apresentador de tv mas sim vaqueiros acostumados a dar o drible da VACA no gado povo brasileiro.
Tá aí o resultado de umas 20 horas ininterruptas de jornal nacional sobre o Lula. O tempo mostrou quem tava mentindo. O Lula claro, né !
Tapar o sol com a peneira faz muito bem para a pele do povo moreno claro que sonha com a europa. Deram uma lambreta no povo a moda Neymar. E que lambreta !
O mundo inteiro riu e ri dessa lambreta. Viramos chacota mundial. Galhofa.
Ao que me consta o comunismo FALIU em 91.
Essa lorota de comunismo é cair de bunda dentro da área depois de um sombreiro do Messi na final da copa do mundo. Só o povo brasileiro consegue passar uma vergonha mundial.

Biblia do B

todos os estudos apontam que , em média, cada dez vacinada imuniza uns três pela convivência. Isso é, se uma família rica se vacina e todos os empregados ficarem cheirando e respirando o ar que esses soltam, irão se imunizar e economizar bilhões que o governo tanto precisa para ter o que comer no palácio

Christian Fernandes

Também será “engraçado” ver a reação dos eurocratas da UE a este anúncio, já que também ficaram com a bucha-zêneca na mão.

Neoliberalismo no dos outros é refresco.

Aroldo Bernhardt

Como sempre ele só age em favor de quem já é privilegiado. Será que esse indivíduo não leva em conta a escassez de vacinas ?

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