Marina Lacerda viu a cova do guarani-kaiowa ser cavada: Dor, medo, cartuchos pelo chão

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Marina Lacerda, no Facebook

Única vez na vida que vi uma cova ser cavada.

O corpo que foi enterrado ali estava sendo velado e rezado logo atrás, na tenda de lona, embaixo daquela árvore bonita.

Claudiodi, 20 anos, indígena Guarani Kaiowa, foi assassinado em uma operação brutal de fazendeiros. Deixou uma filha.

Ele era agente de saúde, e levou seu uniforme consigo no caixão.

Outros quatro adultos e uma criança que visitamos ontem (em missão com os valorosíssimos deputados Paulo Pimenta, Padre João e o Zeca do PT , Zeca do PT e Padre João) foram baseados em áreas vitais do corpo (tronco e abdômen), mas conseguiram escapar.

Dezenas de caminhonetes com homens fortemente armados (vimos os cartuchos, enormes, pelo chão); todas as motos quebradas e enterradas em uma vala feita com uma escavadeira; medo e dor.

Mas, como disse o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), Padre João, na hora do sepultamento, ali estava sendo enterrado o corpo, não a esperança.

Os povos indígenas são persistentes…

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Assim somos nós todos, cada um no seu lugar de luta.

O latifúndio não é e não será maior que a vida.

Somos todos Guarani Kaiowá.

Marina Lacerda é advogada de direitos humanos e assessora da CDHM da Câmara dos Deputados

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Comentários

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Bacellar

500 anos de brutalidade. E a maioria segue sem se dar conta que as nações originárias não estão apenas presentes em nossa cultura mas também em nossas veias. Profunda vergonha de ser jurua nesses momentos.
O pior é que toda essa violência é muito mais ideológica que econômica; é esse pensamento medieval e jeca quase generalizado entre a elite rural de que índio não é gente. Em inúmeros casos a presença indígena num determinado território poderia inclusive valorizar e projetar uma determinada marca…Mas vai explicar isso pra essa coronelada ignorante…

lulipe

O que será que a assessora acha da brutal agressão cometida pelos bondosos índios contra policiais?

http://tvtaquari.com.br/imagens-mostram-agressoes-sofridas-por-policiais-refens-de-indios-em-dourados-ms/

Paulo Foleghatti

Sinceramente apenas lendo já é de cortar o coração ao ver tamanho atrevimento desses covardes, verdadeiros monstros que a soldo de mequetrefes degredados do mundo da moderna oligarquia, já que são considerados rudes provincianos em direção à extinção, não apenas pelas doenças mas porquê devoram entre si, à beira da antropofagia que em outros tempos acusavam aos nobres cayowás das próprias tendências. Assassinaram sim, acima de tudo a mais um jovem, não bastasse estar sob tutela do aviltado estado brasileiro, se punha a serviçp deste. Que se faça então severa justiça sob pena de todo estado merecer senão a dissolvissão por incompetência de existir diante do que se propôs e prometeu a todos os povos que aqui habitam e labutam para mantener aos seus senhores.

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