Maria do Rosário: “Tal como em 1964, há um golpe em curso no Brasil”

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Em defesa de Lula e Dilma, o MST fechou hoje estradas na Bahia; segundo o líder da organização, João Pedro Stedile, em caso de golpe o MST fechará estradas nos 2.000 municípios em que existem acampamentos

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Comentários

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Otto

Só queria saber uma coisa: que golpe? Se o impeachment está previsto na Constituição. Então está tudo na santa paz? Não existe inflação, os alimentos estão com preço muito acessível. a corrupção não existe (é uma invenção discursiva da mídia e do imperialismo norte-americano), portanto não afeta a qualidade de vida das pessoas e seus direitos de cidadão. Ah, vão se catar!

Guilherme Soares Pinto

STF funcionando normalmente…
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Congresso funcionando normalmente…
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Justiça, Polícia Federal, MPF… Todos funcionando normalmente!
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E vcs vem falar de golpe?
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Os q foram presos, por enquanto, na Lava-Jato, são culpados e com provas!
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Delações indicando uso de cx 2 e propina na campanha da Dilma de 2010 e 2014…
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Se houver impeachment de Dilma, ele seguirá todos os tramites legais, previstos na Constituição!
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Golpe seria deixar eventuais culpados impunes pra não magoar os corações mais frágeis.

    Urbano

    É mesmo, Guilherme. O problema é que o nosso QI tende a zero…

    Otto

    Pois é Guilherme, os corruptos do PT (e de outros partidos, aliados ou não) não querem lagar o osso e, por incrível que pareça, acreditam que estão “lutando pelo bem do Brasil”. Quanto aos petistas honestos, deve ser o medo de encarar a realidade, o messianismo nunca foi boa política, só levou ao personalismo e centralismo autoritário. Há o livro mais recente do sociólogo José de Souza Martins sobre o maniqueísmo petista, que contribuiu para esse fundo do poço.

Lukas

Melhor notícia do dia.

MST fechando 2.000 estradas pelo Brasil por causa da Dilma.

Quanto mais esquerdistas agem como esquerdistas mais perto do abismo chegam.

Vocês, definitivamente, se afastaram da realidade.

    Mauricio Gomes

    Quanto mais boçais agem como boçais, mais afundam-se em um poço repleto de esgoto, hipocrisia, preconceito e mau caratismo. Quer dizer que o MST não pode fechar estradas para barrar um golpe, mas caminhoneiros golpistas podem fazer isso para derrubar um governo? Dá pena ler os “argumentos” dessa coxinhada adoradora do BolsoASNO e do Olavo do baralho.

mineiro

nao quero ser chato nao , mas a quanto tempo que a blogosfera progressista vem alertando para isso? agora que voces estao vendo isso? saiu do transe , da hipnose ? ta de brincadeira, o golpe esta em marcha a mais de 10 anos , desde de 2006 ja era para ta combatendo o golpe e agora é que muitos estao vendo o golpe. tem que lutar muito , mas muito mesmo para combater o golpe e olhe la.

FrancoAtirador

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A partir das Relações de Causa e Efeito da Geopolítica,
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Jornalista Luis Nassif faz uma ‘Ressonância Magnética’
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do Proto-Fascismo Instalado no Ministério Público
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LEITURA INDISPENSÁVEL
[Aproveite para Ler Agora,
antes que seja Censurado]
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(http://jornalggn.com.br/noticia/lava-jato-tudo-comecou-em-junho-de-2013)
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EXCERTO
[…]
Vamos avançar no nosso quebra-cabeça, sem nenhum juízo de valor definitivo.
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O ponto de partida foram as manifestações de junho de 2013, que deixaram claro que o Brasil estava preparado para a sua “Primavera”, a exemplo das que ocorreram nos países árabes e do leste europeu.
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Essa possibilidade alertou organismos de outros países, como o próprio FBI e acendeu alerta na Cooperação Internacional – a organização informal de procuradores e polícias federais de vários países, que se articularam a partir de 2002 para combate ao crime organizado.
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Evidência: informação me foi confirmada por Jamil Chade, correspondente do Estadão em Genebra, para explicar porque o FBI decidiu só agora investir contra a FIFA.
As manifestações teriam comprovado que a opinião pública brasileira estaria suficientemente madura para apoiar ações anticorrupção – e de interesse geopolítico dos EUA, claro.
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Atenção – não significa que as primeiras manifestações foram articuladas de fora para dentro.
O início foi de um grupo acima de qualquer suspeita, o MPL (Movimento Passe Livre).
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Foi a surpreendente adesão de todos os setores, da classe média à extrema esquerda que mostrou que a sêde de participação, trazida pelas redes sociais, havia transbordado para as ruas.
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As manipulações das manifestações passam a ocorrer mais tarde devido à absoluta insensibilidade do governo Dilma e do proprio PT em entender o momento.
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É a partir daí que, em contato com a cooperação internacional, começam a ser planejadas as duas grandes operações mundiais anticorrupção do momento:
a Lava Jato, que visaria desmontar a quadrilha que se apossou da Petrobras
e a do FBI contra quadrilha que se apossou da FIFA e da CBF.
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Houve movimentos internos relevantes que antecederam o início do jogo.
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No bojo das manifestações de 2013 ficou nítida a parceria da Globo com o MPF.
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Evidências
Do nada começaram a pipocar cartazes pedindo a derrubada da PEC 37
– que proibia procuradores de realizar investigações por conta própria.
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Os veículos da Globo passaram a dar cobertura exaustiva à campanha,
ajudando na derrubada da PEC 37.
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Matérias no Jornal Nacional (http://migre.me/tbj1a) e (http://migre.me/tbj1I)
conferindo dimensão nacional ao movimento.
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E propondo não apenas derrubar a PEC, como aprovar nova PEC que garantisse explicitamente
o poder do MP de investigar (http://mcaf.ee/auivz5).
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No mesmo mês de junho de 2013 surge outro fato revelador:
o vazamento de informações da NSA (Agência de Segurança Nacional) pelo ex-técnico Edward Snowden.
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Na primeira semana, foram vazados documentos de casos internos de espionagem.
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Depois, a espionagem sobre outros países.
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Na enxurrada de documentos vazados, fica-se sabendo que a NSA espionava preferencialmente a Petrobras.
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De repente, um juiz de 1ª instância em Curitiba, Sérgio Moro, tendo como fonte de informação apenas um doleiro, Alberto Yousseff, tem acesso a um enorme volume de informações sobre a Petrobras e consegue nacionalizar um processo regional.
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Até hoje a Lava Jato não revelou como chegou às primeiras informações sobre a Petrobras, que permitiram expandir a operação para todo o país.
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O que se viu, dali em diante, foram Dois Dutos de Informação
montados entre o MPF brasileiro e a Cooperação Internacional:
o Duto da Lava Jato e o Duto da FIFA.
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Pelo Duto da Lava Jato vieram informações centrais para o desmantelamento da quadrilha da Petrobras.
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Já o duto da FIFA ficou obstruído.
As informações de lá para cá esbarraram em uma mera juíza de 1ª Instância do Rio de Janeiro
e até hoje não foram destravadas. E as informações daqui para lá não fluíram.
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Por todas as informações levantadas em Genebra, a Globo era peça central do esquema FIFA-CBF.
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Depois disso, a cooperação internacional torna-se instrumento central nas investigações da Lava Jato.
Mas nas investigações da FIFA, o braço brasileiro da cooperação internacional falha.
A Globo está sendo poupada.
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A entrevista de Jamil Chade (http://migre.me/tbj35) informa o desagrado do FBI
com a demora do MPF em atender às suas solicitações sobre a Globo.
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Diz ele [Jamil Chade]:
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“Um dos únicos países que não colabora nesse caso (é o Brasil), ironia total.
O craque que montou é brasileiro e parte fundamental atuação foi dos dirigentes brasileiros.
O Departamento de Justiça já deixou muito claro ao Brasil que estava muito incomodado com essa falta de colaboração”.
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A Estratégia Midiática da Lava Jato
Um levantamento sobre as intervenções norte-americanas
nas Primaveras que sacudiram o Oriente Médio,
mostra que todas elas vieram acompanhadas
de uma estratégia de comunicação através das redes sociais.
E com foco na corrupção e na defesa da democracia.
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A Lava Jato foi montada seguindo todo o receituário das Primaveras.
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Receita pronta, ou recolhida de algum manual ou aulas particulares com especialistas.
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1. Acesso a informações críticas sobre a quadrilha que atuava na Petrobras.
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2. Identificação de algum inquérito regional que pudesse ser nacionalizado.
Não havia nenhum melhor que Sérgio Moro, testado na AP 470 – como assessor da Ministra Rosa Weber – tendo atuado no caso Banestado.
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3. Montagem imediata de um aparato de comunicação, contratando assessorias especiais, montando hotsites de maneira a potencializar as denúncias de corrupção.
O que foi feito pela Procuradoria Geral da República.
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Outro know-how adquirido foi o da criação de personagens para atuar como polos nas batalhas pelas redes sociais.
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Nas eleições de 2010, com seus consultores estrangeiros a campanha de Serra registrou pela primeira vez o uso científico das redes sociais.
Criavam perfis fakes, capazes de galvanizar ilhas de influência no Twitter.
Havia o jovem curitibano de vinte anos, vítima de uma doença fatal;
o músico negro da periferia de São Paulo, capaz das maiores baixarias
(aliás, o fato de conferir esse perfil a um músico e negro é indicativo do jogo conservador).
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Na Lava Jato, investiram em duas imagens reais.
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Numa ponta, a imagem evangelizadora de rapaz do bem, o procurador Deltan Dallagnol;
na outra, do homem mau, o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima,
uma imagem tão marcadamente detestável que, infelizmente,
será a imagem do MPF durante bons anos para grande parte da opinião pública.
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Obviamente, não me refiro ao procurador, que nem conheço, mas à imagem propagada.
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O MPF não tem mais a cara dos procuradores que ajudaram a institucionalizar direitos sociais,
democracia, direitos das minorias, a punir os crimes da ditadura.
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É de Carlos Fernando e seu olhar rútilo, de matador, a nova cara do MPF.
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Nas redes sociais e movimentações de rua surgem, da noite para o dia,
movimentos como o “Movimento Brasil Livre” e “Estudantes Pela Liberdade”.
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Constatou-se, com o tempo, que eram financiados pelo Charles Kock Institute,
ONG de dois irmãos, Charles e David, herdeiros donos de uma das maiores fortunas dos Estados Unidos.
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Os Kock ficaram conhecidos por financiar ONGs de Ultradireita visando interferir na política norte-americana (http://migre.me/tbj3w).
E tem obviamente ambições de ampliar seu império petrolífero explorando outras bacias fora dos EUA.
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Para selar de vez a parceria com a cooperação internacional, o próprio PGR Rodrigo Janot
foi aos Estados Unidos comandando uma equipe da Lava Jato para dois eventos controversos.
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O primeiro, levar informações da Petrobras para possíveis processos
conduzidos pelo Departamento de Justiça contra a estatal brasileira.
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O segundo, trazer de lá informações que explodiram na Eletronuclear,
depois de encontro com advogada do Departamento de Justiça
ligada a escritório de advocacia que atende o segmento nuclear por lá.
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A Geopolítica da Cooperação Internacional
Desde os anos 70, a parceria com ditaduras militares mostrou-se inconveniente para a diplomacia norte-americana.
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De um lado, pela dificuldade em justifica-la perante a opinião pública liberal norte-americana.
De outro, pelo fato dos governos militares terem nítido cunho nacionalista – como se viu com o governo Geisel, no Brasil, ou a ditadura militar argentina deflagrando a guerra das Malvinas.
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Gradativamente, a diplomacia e as instituições norte-americana foram mudando o eixo, aproximando-se dos sistemas judiciários nacionais, das polícias federais, de procuradores e estimulando ONGs, especialmente aquelas voltadas para a defesa do meio-ambiente.
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A internacionalização da Justiça tornou-se um fator legitimador, para fortalecer
outro polo de influência nos sistemas nacionais, acima dos partidos e do Congresso.
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Tornou-se conhecido o modelo de desestabilização no Oriente Médio
com as diversas primaveras nacionais. Insuflava-se a classe média com denúncias de corrupção.
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Seguiam-se as manifestações de rua que, devido ao clima de catarse criado, descambavam para a violência.
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Depois, a Intervenção de alguma Força [Armada]
visando trazer a ‘ordem’ e implantar a ‘democracia’.
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Foi assim nas ações desastrosas no Iraque, Afeganistão e Líbia
– conforme explicou o professor Moniz Bandeira
em longa entrevista concedida esta manhã ao GGN.
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Em todos esses casos, desmontou-se um regime autoritário e deixou-se como herança o caos,
a destruição de nações e regimes muito mais restritivos dos direitos individuais,
quase todos marcadamente conservadores nos hábitos morais.
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O problema está no lado oficial da história.
E aí entra o papel da cooperação internacional na nova geopolítica do poder.
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Desde a viagem de Janot aos Estados Unidos começamos a desconfiar que os EUA
estavam se valendo dessa cooperação para impor suas estratégias geopolíticas.
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A Lava Jato não pode mais ser vista como uma operação de investigação isolada.
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Ela é tudo o que gerou de forma associada, e teve a ajuda central de organismos internacionais
– caso contrário jamais teria chegado às quadrilhas que operavam na Petrobras.
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Ambos –operadores da Lava Jato e do Congresso – estão umbilicalmente ligados.
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No plano econômico e social, a contraparte da Lava Jato é a flexibilização da Lei do Petróleo
e dos ‘gastos sociais’, acabando de vez com o legado social dos últimos governos.
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As operações de impacto da Lava Jato sempre caíram como uma luva,
sincronizadas com as estratégias de impeachment seja no Congresso
seja em dobradinha com Gilmar Mendes no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
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Toda a pressão em cima de Dilma têm, do lado político-econômico,
a intenção precípua de obter concessões nas áreas de petróleo e de gastos sociais.
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No plano social, a Lava Jato conseguiu despertar a comoção popular,
o afloramento de uma ideologia da classe média, ultraconservadora e intolerante,
muito longe da vitalidade juvenil do MPL.
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No plano econômico, além da flexibilização da lei do pré-sal e do fim dos gastos sociais obrigatórios,
ganhou corpo a criminalização das estratégias de desenvolvimento autóctone
– como o avanço diplomático na África e o financiamento às exportações,
as políticas de conteúdo nacional (que podem ser liquidadas com o fim da Lei do pré-sal.
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Ou seja, não dá para desvencilhar a Lava Jato de todo esse leque de princípios
ultraconservadores e ultraliberais. Fazem parte do mesmo pacote político.
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Na falta de estudos mais apurados sobre o tema, alguns comentaristas julgaram
estar frente a uma dessas teorias conspiratórias que povoa o universo das redes sociais.
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No Brasilianas de ontem, o professor Luiz Felipe de Alencastro
(recém aposentado da Universidade de Sorbonne) informou que,
nas últimas semanas, o tema ganhou repercussão
nos círculos acadêmicos internacionais.
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Em breve, a Lava Jato deixará de ser estudada
meramente como uma imensa operação anticorrupção
para se transformar em um case sobre as estratégias
geopolíticas norte-americanas na era das redes sociais,
da globalização e da alta tecnologia.
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Íntegra em:
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(http://jornalggn.com.br/noticia/lava-jato-tudo-comecou-em-junho-de-2013)
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Luiz

Fechar 2.000 estradas? É a senha que o Exército precisa ouvir para acabar com essa presepada.

    Luiz

    Ops, fechar estradas em 2.000 municípios foi o que quis dizer.

    Mauricio Gomes

    E o que você sugere, que os movimentos sociais assistam inertes o golpe ser consumado? Engraçado é que quando houve lockout de caminhoneiros golpistas que fecharam milhares de estradas ninguém pensou em mandar o exército pra lá, mas quando é o povão aí vale tudo.

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