Marcelo Zero: O gosto amargo das tortilhas made in USA

Tempo de leitura: 6 min

Brave New México

por Marcelo Zero

Tornou-se moda falar em cadeias produtivas globais. Mais especificamente, tornou-se moda afirmar que o Brasil está “isolado” e “fora das cadeias produtivas globais”. A nova onda, agora, é dizer que o Brasil precisa urgentemente firmar acordos de livre comércio com a União Europeia, EUA, Japão, etc., de modo a romper com o seu “isolamento” e participar mais das tais “cadeias produtivas globais”.

Mas essa onda não é realmente nova. Apenas tem novo nome. Nas décadas de 1980 e 1990, quando o paradigma neoliberal estava em seu auge, falava-se a todo momento em “globalização”. Era a palavrinha mágica que explicava tudo. Uma espécie de “abracadabra” econômico que permitiria a solução de todos os nossos problemas. Dizia-se que o Brasil precisava romper com o seu “desenvolvimentismo autárquico” e que o país necessitava “ingressar na globalização”. Jurava-se que, caso não o fizéssemos, ficaríamos para trás, e perderíamos o “trem da história”.

Nunca se falou tanto em globalização e jamais a história andou tanto de trem. A pressão política e ideológica tornou-se praticamente insustentável. Muitos países em desenvolvimento renderam-se às promessas e às ameaças desse brave new world econômico. Chutaram a escada das políticas desenvolvimentistas e intervencionistas, da qual falava o economista coreano Ha-Joon Chang, e subiram no badalado “trem da história” só com a passagem de ida.

Um desses, talvez o mais afoito, foi o México. Com efeito, não se achando perto o suficiente dos EUA e longe o bastante de Deus, o México decidiu aderir ao NAFTA, tratado de livre comércio da América do Norte, em 1992. Frise-se que não se tratava apenas de um acordo de livre comércio estrito senso, mas de um tratado que protegia os “direitos dos investidores”, contra perdas ocasionadas por políticas públicas, e a propriedade intelectual das grandes companhias norte-americanas, contra cópias e pirataria, entre otras cositas más.

Porém, não ficou apenas nisso. O México firmou outros 32 acordos de livre comércio, inclusive com a União Europeia e o Japão. Trata-se do país que mais assinou acordos de livre comércio no mundo. Nenhuma outra nação se esforçou tanto para “ingressar na globalização” e “participar das cadeias produtivas globais”. Nenhum outro país comprou tantos assentos no “trem da história”.

Se o livre-cambismo estivesse correto, o México provavelmente seria hoje um país com uma economia extremamente dinâmica e diversificada, um triunfo absoluto da globalização e do livre comércio. Pelo menos, era o que os mexicanos esperavam.

Efetivamente, eles tinham a expectativa de integrar-se às cadeias produtivas globais, de crescer muito, de gerar tecnologia e empregos de qualidade, de superar seus problemas sociais. Sobretudo, esperavam deixar de exportar mão de obra para os EUA e passar a exportar produtos de bom valor agregado.

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Pois bem, passadas duas décadas desse esforço integracionista, dessa adesão praticamente incondicional e panglossiana aos cânones do livre mercado, os resultados são, no mínimo, muito duvidosos.

Houve, é claro, um período inicial de euforia com os novos investimentos norte-americanos e com o grande aumento do seu comércio internacional, principalmente com a criação de empresas “maquiladoras” na fronteira com os EUA. As exportações cresceram rapidamente, tendo pulado de cerca US$ 60 bilhões, em 1994, para cerca de US$ 400 bilhões, em 2013.

No entanto, as importações cresceram a um ritmo ainda maior. Nos últimos 20 anos, o México apresentou superávit anual em sua balança comercial em apenas 3. O déficit acumulado do período 1994-2013 ascende a US$ 109 bilhões. Ademais, os inevitáveis efeitos negativos da integração tão assimétrica com a maior economia mundial e com outras economias de ponta se tornaram cada vez mais evidentes.

Estudo feito pelo Banco Mundial, em 2007, intitulado Lessons from NAFTA for Latin America and the Caribbean Countries: A Summary of Research Findings (lições do NAFTA para os países da América Latina e do Caribe: resumo das conclusões da pesquisa), já chamava a atenção que os efeitos da inserção internacional do México, ao longo do Nafta, foram significativamente regressivos.

Como soe acontecer nesses casos em que se abre a economia de forma súbita e sem os cuidados necessários, houve substancial esfacelamento da estrutura produtiva nacional. Obviamente, muitas empresas mexicanas não conseguiram sobreviver à concorrência da produção industrial dos EUA, muito mais moderna e eficiente.

Outras tantas foram compradas a baixos preços por grupos econômicos norte-americanos. Setores como os de plásticos, brinquedos e alimentos foram duramente atingidos. Até a dinâmica indústria têxtil mexicana passou a orbitar a cadeia produtiva dos EUA.

Na área agrícola, o NAFTA gerou insegurança alimentar. A agricultura mexicana mais moderna e irrigada conseguiu sobreviver, mas a agricultura familiar, que produzia boa parte dos alimentos para consumo interno, foi muito afetada.

O México, que era exportador de grãos, no período pré-Nafta, passou a importá-los dos EUA em sua quase de totalidade. Tal processo de destruição das culturas agrícolas familiares se deu inclusive no que tange ao milho, base da alimentação e culinária mexicanas.

Hoje em dia, o milho utilizado no México é quase todo colhido nos EUA, que subsidia fortemente a sua produção. Em 2013, o México importou nada menos que US$ 2 bilhões de milho dos EUA.

As famosas tortilhas passaram a ter um gosto amargo. Cerca de 70% dos pequenos agricultores mexicanos não obtêm renda suficiente para as suas necessidades.

O pior, contudo, é que passados os impactos iniciais, não houve a geração de um novo ciclo de crescimento sustentado, como se esperava.

Em janeiro deste ano, Jorge G. Castañeda, que foi chanceler do México entre 2000 e 2003, publicou um artigo na Foreign Affairs, intitulado NAFTA´s Mixed Record , no qual enfatiza essa grande frustração dos mexicanos com o seu crescimento medíocre.

Conforme Castañeda, a renda per capita cresceu a uma taxa de apenas 1,2% ao ano, um número muito inferior ao de outros países da América Latina, como o Brasil, Colômbia, Peru e Uruguai.

Pode-se complementar essa informação com o fato de que, nos primeiros 10 anos deste século, o PIB per capita (PPP) do México cresceu apenas 12%, bem abaixo do que cresceu o do Brasil (28%).

Na realidade, o México só superou, nesse cômputo, a frágil Guatemala, o país que menos cresceu em toda a América Latina, com base nesse parâmetro específico.

Outro fator que não também cresceu foi a produtividade da economia mexicana, a qual permaneceu praticamente estacionária, tendo oscilado levemente em somente 1,7 %, ao longo desses 20 anos.

A geração de empregos também deixou muito a desejar. As famosas “maquiladoras” criaram somente 700 mil empregos em 20 anos, ou cerca de 35 mil ao ano, um número ridículo, quando se leva em consideração que, nesse período, ao redor de 1 milhão de mexicanos entraram todos os anos no mercado de trabalho.

Um resultado é que os salários dos mexicanos não aumentaram, em relação aos salários dos trabalhadores dos EUA. O outro resultado é que a emigração para os EUA não diminuiu. Ao contrário, foi duplicada, ao longo desse período.

Também os investimentos, passado o período inicial de euforia, frustraram as expectativas. Em 1994, o México recebia cerca de 2,5% do seu PIB em investimento diretos estrangeiros. Hoje, esse número é inferior a 2%, bem menos do que recebem o Brasil e outros países latino-americanos.

Na realidade, os investimentos que os mexicanos esperavam acabaram indo ironicamente para a China, uma economia bem mais intervencionista, que em nenhum momento chutou a escada de Ha-Joong Chang.

Castañeda conclui melancolicamente que o NAFTA não cumpriu com praticamente nenhuma de suas promessas econômicas. Mas Castañeda dá uma pista que explica a causa desses resultados tão frustrantes.

Cerca de 75% das exportações mexicanas são compostas por insumos importados. Ou seja, daqueles US$ 400 bilhões, cerca de US$ 300 bilhões são mera exportações de importados, o que explica a falta de geração de empregos no setor manufatureiro e o desestímulo a novos investimentos.

Mais importante ainda, essa produção manufatureira não tem impacto positivo na cadeia produtiva nacional do México. Não há, naquele país, um significativo impacto “para trás” na estrutura produtiva nacional, por parte dessas montadoras ou maquiladoras. Trata-se de uma espécie de enclave econômico, que gera pouco valor, poucos empregos, e nenhuma tecnologia.

Assim, o México participa das cadeias produtivas globais essencialmente como país montador e maquilador. O que significa dizer que a cadeia produtiva nacional do México não está de fato integrada às cadeias produtivas globais, mesmo com toda abertura econômica e com todas as concessões feitas aos investidores estrangeiros.

O México pegou o trem da história, mas acabou ficando na segunda classe.

Agora, no Brasil, que não chutou (ainda) a sua escada desenvolvimentista, tem gente que insiste na falácia do isolamento e na necessidade da adesão urgente às cadeias produtivas globais. Até mesmo candidatos à presidência já manifestaram a sua posição favorável a esse perigoso globalismo acrítico.

Paradoxalmente, a pressão para essa adesão urgente às cadeias produtivas globais vem da nossa indústria, em particular de alguns setores já mais integrados à economia mundial, como o da indústria automobilística, por exemplo.

Essa indústria, que se internacionalizou muito nos últimos anos e que já importa de modo significativo partes e componentes, quer reduzir seus custos, tornando-se cada vez menos indústria de fato e cada vez mais montadora e maquiladora.

Por conseguinte, por trás dessa conversa mole da participação nas cadeias produtivas globais esconde-se, muitas vezes, o desejo de se desfazer das cadeias produtivas nacionais, tal como foi feito no México.

Com isso, o Brasil corre o risco de se transformar num Brave New México, com todas as consequências assinaladas por Castañeda.

Será que servirão feijoada na segunda classe do trem da história?

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Fernando

The Economist, Financial Times e a miragem mexicana, por José Luiz Fiori

Sugerido por Fabio

Do Valor

A miragem mexicana

Por José Luís Fiori

Poucas pessoas inteligentes -fora da Inglaterra – ainda prestam atenção nas notícias da monarquia inglesa e da sua família real, em pleno século XXI. Mas o mesmo não se pode dizer da City britânica e dos seus dois principais órgãos de imprensa e divulgação – o “Financial Times” e o “The Economist” – que seguem tendo importância decisiva na formação das opiniões e dos consensos ideológicos dentro das elites liberais e conservadoras do mundo. A escolha dos seus temas e o uso de sua linguagem nunca é casual. Como no caso recente do seu entusiasmo pelo México e seu modelo de desenvolvimento liberal, e seu ataque cada vez mais estridente ao “intervencionismo” da economia brasileira. Uma tomada de posição compreensível do ponto de vista ideológico, mas que não vem sendo confirmada pelos fatos.

Em 1994, o México assinou o Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), junto com os EUA e Canadá, e nos últimos 20 anos tem sido absolutamente fiel ao livre-cambismo, incluindo sua adesão à Aliança do Pacífico, e à iniciativa americana do TPP. Por outro lado, nesse mesmo período, o México praticou uma política macroeconômica e financeira rigorosamente ortodoxa – em particular na última década – mantendo inflação baixa, câmbio flexível, taxas de juros moderadas e amplo acesso ao crédito. Mesmo assim, depois de duas décadas, o balanço dessa experiência ultraliberal deixa muito a desejar1.

Como era de se prever o comércio exterior do país cresceu significativamente no período e passou – em termos absolutos – de US$ 60 bilhões em 1994, para US$ 400 bi em 2013. Mas nesse mesmo período, a economia mexicana teve crescimento médio anual pífio, de 2,6%, sendo o crescimento per capita, de apenas 1,2%. O emprego industrial cresceu de forma setorial e vegetativa, e mesmo nas “maquiladoras” foi de apenas 20%, algo em torno de 700 mil novos postos de trabalho. A participação dos salários permaneceu em torno de 29% da renda nacional e a pobreza absoluta da população mexicana aumentou significativamente.

O modelo mexicano teve um desempenho pior do que o modelo “intervencionista” e “fechado” brasileiro

Por fim, ao contrário do que havia sido previsto, a economia mexicana não se integrou nas “cadeias globais de produção”, a produtividade média da economia praticamente só cresceu de forma segmentada e vegetativa e o “investimento direto estrangeiro” (o principal “prêmio” anunciado em troca da abertura da economia) não teve nenhuma alteração significativa.

Esse balanço fica ainda mais decepcionante quando se compara o desempenho do “modelo mexicano”, com o “modelo intervencionista” da economia brasileira no período entre 2003 e 2012. Segundo dados publicados pelo Banco Mundial2, e pelos ministérios do Trabalho dos dois países, os números e as diferenças são realmente chocantes. Nesse período, a crescimento médio anual do PIB brasileiro, foi de 4,21%, o do México de 2,92%. O crescimento total da economia brasileira foi de 42,17%, o do México, de 29,29 %. As exportações brasileiras cresceram, a uma taxa anual de 6,59%, as do México, a uma taxa de 5,45%. O crescimento total das exportações brasileiras foi de 65,95%, o do México, foi de 54,45%. As importações brasileiras cresceram a uma taxa média anual de 17,33%, e as do México, a uma taxa de 6,75%. O crescimento total das importações no Brasil foi de 173,32%, e no México de apenas 67,54%.

Por outro lado, a renda per capita brasileira cresceu a uma taxa anual de 2,84%, e a do México, 1,42%; o crescimento total da renda no Brasil foi de 28,4%, e no México foi de 14,26%; e a participação dos salários na renda chegou a 45 %, no Brasil, e no México, a 29%. Nesse mesmo período, o Brasil criou 16 milhões de novos empregos formais, e o México, 3,5 milhões; e a pobreza absoluta foi reduzida a 15,9%, no Brasil, e aumentou para 51,3%, no México.

Por fim, (pasme-se), entre 2002 e 2012, o “investimento direto estrangeiro” no Brasil, cresceu de US$ 16,59 bilhões, para US$ 76,11 bilhões, e no México caiu de US$ 23, 932 bilhões, em 2002, para US$ 15,455 bilhões, em 2012! Só para encerrar a comparação, em 2013 a economia brasileira cresceu 2,3%, (uma das maiores taxas entre as grandes economias do mundo) enquanto a economia mexicana cresceu 1,1%.

Isto posto, o elogio do México deve ser considerado um caso de má fé, fundamentalismo ideológico ou estratégia internacional? As três coisas ao mesmo tempo. Mas o que importa é o que dizem os números e a conclusão é uma só: na última década, o “modelo mexicano” de abertura liberal, integração com os EUA e livre comércio teve um desempenho extraordinariamente pior do que o “modelo intervencionista”, “heterodoxo” e “fechado”(apud FT e TE) da economia brasileira, junto com seu projeto de integração do Mercosul.

1- Vide artigo do ex-ministro de relações exteriores do México, Jorge Castañeda: “Nafta’s mixed record”, publicado na Revista Foreign Affairs,. de janeiro/fevereiro de 2014.

2-www.data.worldbank.org Gráfico disponível em http://www.bit.ly/S6lUCo

José Luís Fiori, professor titular de economia política internacional da UFRJ, é autor do livro “O Poder Global”, da Editora Boitempo, e coordenador do grupo de pesquisa do CNPQ/UFRJ “O Poder Global e a Geopolítica do Capitalismo”. Escreve mensalmente às quartas-feiras.

http://www.poderglobal.net

http://jornalggn.com.br/noticia/the-economist-financial-times-e-a-miragem-mexicana-por-jose-luiz-fiori#comment-301068

Fernando

23/04/2014 09h01m

EUA estabelecem impostos antidumping a aço mexicano e turco

O Departamento de Comércio dos Estados Unidos estabeleceu impostos preliminares em importações milionárias de vergalhões de aço do México e da Turquia.
O departamento impôs taxas por dumping de até 66,7 por cento nas importações do México e 2,6 por cento nas da Turquia, depois de produtores norte-americanos terem reclamado que empresas das duas nações estavam vendendo os vergalhões, usados para reforçar o concreto, com preços baixos demais.

O departamento afirmou que, em 2013, as importações de vergalhões do México alcançaram 182,1 milhões de dólares, enquanto que as vendas turcas totalizaram 381,3 milhões de dólares.

Reuters

http://www.emtemporeal.com.br/index.asp?area=2&dia=23&mes=04&ano=2014&idnoticia=137861

    Fernando

    Se fosse aqui a Miriam Leilão e o Sardenberg iriam cair de pau em cima do governo.

FrancoAtirador

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RECEITA ‘MEXITUCANA’ PARA 2015

A ser implementada no Brasil pelos tucanos Armínio Fraga, Mansueto Almeida, Samuel Pessôa e Mendonça de Barros, consultores econômicos de Aébrio Nébulus (PSDB) [e da Rede Globo] (http://migre.me/iX8AL),
e pelos tucanóides, agora travestidos de social-ambientalistas, Eduardo Gianneti da Fonseca e André Lara Resende, conselheiros de ocasião da dupla Mariardo & Edurina (PSB) (http://migre.me/iX8tO).

braZil, o paíZ 100 futúru.
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Mauro Assis

O nosso governo cá também estimula a desindustrialização, produz déficits crescentes e inflação rigorosamente acima da meta. Se a ideia é não abrir a economia, porque aqui as coisas não vão às mil maravilhas? O modelo também está errado ou é incompetência na implementação?

    Fernando

    “déficits crescentes e inflação rigorosamente acima da meta”, o que essa sua visão monetarista tem a ver com o texto, na verdade vai no sentido contrário.

    “Hoje em dia, o milho utilizado no México é quase todo colhido nos EUA, que subsidia fortemente a sua produção. Em 2013, o México importou nada menos que US$ 2 bilhões de milho dos EUA”.

    Para os EUA que se dane os déficits crescentes o que vale é apoio estatal a agricultura de lá.

    O nosso governo não estimula a desindustrialização, pelo contrário, mas talvez não seja protecionistas, desenvolvimentista, estatista, e trabalhista, o suficiente para as necessidades de Brasil.

    Suas iniciativas são boas, como a política de compras da Petrobras, que reativou a nossa Construção Naval, ou a construção de refinarias, porém é preciso muito mais.

    Um poste do blog “Os Amigos do Presidente Lula” para nossa reflexão.

    Siderurgia privatizada pede socorro porque não consegue competir com estatais estrangeiras.

    http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/2014/04/siderurgia-privatizada-pede-socorro.html

    Fernando

    Então se a inflação estiver rigorosamente dentro da meta os nossos produtos vão ser tão competitivos como os produtos chineses, kkkkkkkkkkkkkkkkkk, é uma espécie de santo graal, é como um remédio para todas as doenças, só que para chegar lá é preciso cortar os déficits crescentes, como afirma, ou seja reduzir os gastos públicos, com Educação e Saúde, demitindo e cortando salários e aposentadorias, fazer o que estão fazendo a Grécia, a Espanha, e Portugal, você deve morrer de inveja deles.

    Quanto a desindustrialização, o Brasil no governo FHC privatizou a Vale que exporta minério de ferro a preço de banana para a China, e as siderúrgicas estatais chinesas exportam o aço e os produtos fabricados com o mesmo para o Brasil. Isso sim é que é estimular a desindustrialização, a nossa, pois estamos subsidiando a indústria alheia.

    Mas o Aécio vem aí, junto com o Dudu, para dar uma força a mais para os chineses comprando plataformas e navios por lá, com a volta da PETROBRAX, porém se a inflação estiver rigorosamente dentro da meta, tudo será maravilhoso, porque os problemas se resolvem sozinhos se a inflação estiver rigorosamente dentro da meta, pois tudo se resume a isso, neste monetarismo imposto pelos EUA, dependentes dos chineses para financiar seu déficit, um círculo vicioso.

    É preciso sim controlar a inflação, mas para isso é preciso marcar em cima estes oligopólios, a maioria dominados por multinacionais.
    E quanto a indexação das tarifas “públicas” das empresas privadas (privatizadas) que não param de subir alimentando a inflação. Diziam que após a privatização as coisas iriam melhorar, todavia com tarifas cada vez mais caras, o serviço fica cada vez pior.

    Você critica os déficits crescentes, contudo os EUA mesmo produzindo déficits crescentes, não abrem mão de subsidiar fortemente a sua produção agrícola, conforme o texto, é o tal do façam o que eu digo e não façam o que eu faço. O superavit primário dos outros é refresco.

Granado

O México que é endeusado pelo PIG como exemplo a ser seguido pelo Brasil. Devemos sim seguir o exemplo chinês, toda empresa que se estabelece na China é na verdade uma joint venture entre a empresa e um ente chinês com obrigatoriedade de transferência de tecnologia. Ou vocês acham que foi a educação chinesa que fez o país avançar tanto?

Bárbara de Pindorama

O povo é muito culpado disso tudo. Mas os governos são mais.

Bárbara de Pindorama

Só temo que não haja nada de valor a preservar.
Importamos pano de chão da China. As pequenas empresas de exportação estão fechando. Após anos de incentivo a partir do bolso do povo.

Abrem-se empresas de importação.

Os comerciantes nem chiam. Tudo está bom se eles tem produtos para vender e ganhar.Não há nenhum contrato entre indústria e comerciantes, e o governo nem discute isso. É o poder mandante no governo.

Mardones

Esse debate, infelizmente, fica restrito. Sem espaço nos jornais, rádios e tv’s que preferem boatos e supostas denúncias para camuflar o que interessa e impacta a população.

edmorc

Recordando, por ser bem didática a afirmação:

“Globalização não é um conceito sério. Nós, americanos, a inventamos para dissimular nossa política de entrada econômica nos outros países”.

Esta frase, que hoje não surpreende ninguém, foi proferida em 1997, com invulgar sinceridade, pelo economista Keynesiano, John Kenneth Galbraith, em um período que criticar o neoliberalismo era ser taxado de dinossauro.

Galbraith, era canadense naturalizado americano, faleceu em 2006 aos 96 anos. Embora tenha escrito mais de 30 livros e ser muito respeitado na comunidade acadêmica, nunca recebeu um prêmio Nobel.

Urbano

A cadeia produtiva dos fascistas oitomanos é a devastação humana e quiçá do orbe terrestre. A grande prova disso são os investimentos colossais deles, capitaneados pelos ianques, na produção de guerras.

Pafúncio Brasileiro

Muitos desavisados por aí falam em tal “choque” deste capitalismo financeiro internacional, pedindo para ser empregado aqui (pessoal do PSDB, casa das garças, Millenium, etc..), sem saber de suas perversas consequências aos países que adotaram tais políticas. Precisamos ficar atentos a essas jogadas. Excelente matéria.

Francisco

O que tem de sabido querendo que o Brasil entre na cadeia… produtiva…

luis

não se deixe de dizer que o milho importado dos eua é transgênico.

Julio Silveira

Não é de hoje já se sabe que o México só é exemplo para a minoria que quer replicar aqui o estado híbrido que lhes possibilita passaporte especial para o pais mentor e explorador dos direitos de uso do termo ocidente.
Para essa turma muito bem recebida nos aeroportos yankes, desde que humildemente aceitem retirar seus sapatos, pouco importa se seus cidadãos mais frágeis economicamente, debaixo de toda uma retórica de tratamento igual, sejam obrigados a buscar na clandestinidade os meios para entrar naquele país, e sofrer todas as consequências humilhantes tão conhecidas, cuja responsabilidade no êxodo se explica justamente na fraqueza e no deslumbre, mas não apenas isso, também no poder financeiro, utlizado para comprar e vender essa imagem de paladinos universais do bem querer e da igualdade.

    Ronaldo

    Complementado: depois do alinhamento do México ao NAFTA, este perdeu tudo e sabemos, hoje, que o Golfo só é do México no atlas da escola.Se não tivermos um governo prograssista acontecerá o mesmo com a amazonia eo pré-sal

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