Conselho Deliberativo do COSEMS/RS solicita ao Ministério da Saúde a ampliação do atendimento dos profissionais médicos do Programa Mais Médicos às UPAs e aos PAs, aos finais de semana
O Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul (COSEMS/RS) enviou ao Ministério da Saúde (MS) documento solicitando que os profissionais do Programa Mais Médicos sejam autorizados a atender também nas Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) e nos Pronto-Atendimentos (PAs) em finais de semana, especialmente no período compreendido entre às 19h de sexta-feira e às 7h de segunda-feira. A decisão ocorreu em reunião do Conselho Deliberativo e da diretoria da entidade, realizada em Porto Alegre, no dia 13 de fevereiro de 2014, contando com a participação de mais de 70 gestores municipais de Saúde, que representavam a maioria das Regiões de Saúde do Estado.
O presidente do COSEMS/RS e secretário da Saúde de Novo Hamburgo, Luís Carlos Bolzan, explica que tal solicitação se baseia no êxito que vem sendo obtido pelo Programa Mais Médicos na ampliação do acesso da população aos serviços médicos e a mudança do modelo de atenção à saúde na Atenção Básica, sendo importante que ocorram alterações nas normas vigentes, de modo que a cobertura do programa seja ampliada e, por consequência, atenda mais pessoas. “Entendemos que o programa Mais Médicos é um sucesso absoluto até agora, oportunizado a mudança do modelo de atenção à saúde, ampliando a Estratégia da Saúde da Família e também mudando uma situação que tínhamos antes, de total escassez de médicos no Brasil para essas funções”, afirma.
Segundo Bolzan, a proposta considera, também, a expansão das UPAs no país e a imensa dificuldade das gestões municipais em contratar trabalhadores médicos para esses serviços, principalmente os clínicos gerais e os pediatras. Para ele, a ampliação do atendimento aos finais de semana garantiria maior acesso dos cidadãos aos serviços de urgência e emergência e viabilizaria as redes de urgência/emergência, como as UPAs, nas quais o Ministério da Saúde tem investido maciçamente, contudo sem atingir sua plenitude de capacidade de atendimento devido, principalmente, à falta de profissionais médicos. “O Ministério tem investido muito nessa área, mas não há uma garantia de oferta do mercado, que é ineficiente, para garantir a cobertura de médicos necessária”, explica Bolzan.
O custeio desses serviços se daria através de recursos dos municípios ou já destinados pelo Ministério e/ou secretarias estaduais da saúde, sem que implique em novos desembolsos a estas esferas. No Rio Grande do Sul, por exemplo, o Governo do Estado já adota uma política de cofinanciamento das UPAs. Além disso, a solicitação do COSEMS/RS prevê que os médicos do programa possam atender em unidades localizadas nos respectivos municípios em que estão lotados, conforme registro expedido pelo MS.
O COSEMS/RS reafirma seu apoio ao Programa Mais Médicos por ser uma importante medida do Ministério da Saúde para o fortalecimento e a qualificação da Atenção Básica e a ampliação do acesso aos serviços médicos a toda a população brasileira.
“Eu vim para o Brasil para trabalhar, não para ficar dando entrevistas”
Foi assim que Yamile Mari Min, médica cubana que atua no posto de saúde do Bairro Santa Luzia, me recebeu no início da tarde desta segunda-feira.
Por diversas vezes, ela já havia sido procurada pela equipe do OCP, mas se recusava a falar.
O meu objetivo era repercutir reportagem publicada pela Revista Veja, que denuncia suposta tentativa de pressão por parte do Ministério da Saúde e do governo de Cuba para que os médicos da ilha de Fidel Castro permaneçam no país.
Segundo a revista, Vivian Isabel Chávez Pérez (chamada de capataz dos médicos na reportagem) exerceria esta função e teria, sob ameaças, conseguido manter as duas médicas cubanas em Jaraguá do Sul.
O fato foi desmentido pelo o secretário de Saúde, Ademar Possamai (DEM), que foi citado pela revista.
Segundo ele, em dezembro, as médicas estavam com dificuldades de adaptação e quase chegaram a se desligar, mas depois de contato do Ministério da Saúde, o problema foi solucionado e hoje está tudo bem.
Depois de alguns minutos de conversa no consultório, Yamile foi perdendo a desconfiança e admitiu que foi procurada pela Veja na semana passada, mas disse que se negou a falar por entender que parte da imprensa vem tratando deste assunto sob a ótica estritamente política.
“Eu e todos os médicos cubanos sabíamos quanto iríamos ganhar ao vir ao Brasil. Ninguém é obrigado a nada, a gente se inscreve sabendo de tudo. Eu estou aqui para ajudar o meu país”, resumiu a cubana já com sorriso no rosto e falando um bom português.
Para ela, a prova da importância do programa é a satisfação da comunidade.
A polêmica em torno da presença dos profissionais cubanos no Brasil está no fato de que eles recebem R$ 1 mil ao mês, os outros R$ 9 mil a que teriam direito são depositados em uma conta do governo de Cuba.
No término do contrato, quando retornam para casa, os médicos recebem mais um percentual do valor, o restante fica com os cofres públicos, funciona como um imposto retido na fonte em um país onde a educação e a saúde são 100% financiadas pelo governo.
De Cuba para Jaraguá do Sul
Yamile Mari Min, médica cubana que atua no Posto do Santa Luzia e foi citada pela Revista Veja desta semana, critica decisão de Ramona Matos Rodriguez, que deixou o programa Mais Médicos e entrou com uma ação trabalhista por danos morais de R$ 149 mil contra o governo federal.
Os cubanos recebem R$ 1 mil ao mês, auxílio moradia, alimentação e transporte.
A matéria da edição desta semana da Revista Veja denuncia pressão para permanência de médicos cubanos no país, citando profissionais que estão em Jaraguá do Sul.
A reportagem cita suposta declaração da coordenadora de Atenção Básica no município, Nádia Silva, que teria dito: “(elas) sofreram um impacto psicológico muito grande por causa dessa diferença de tratamento (salário). Não havia uma semana que não reclamassem das dificuldades de viver aqui”.
Procurada pela coluna ontem, Nadia desmentiu as informações publicadas na revista.
“Na verdade saiu tudo diferente do que a gente falou.
Não sei se eles tinham um interesse com a matéria, mas estamos muito chateados”,
contesta a coordenadora, que admite que em dezembro as duas médicas pensaram em deixar o município, mas acredita que tenha sido por dificuldade de estar longe dos familiares e amigos.
“Está tudo muito bem”, avalia.
Patricia Moraes é colunista e editora de política do O Correio do Povo (OCP).
De acordo com o item 8, se faltar medico na cidade, ninguem do Mais Médico pode prestar socorro ???? O correto não seria punir os médicos que faltaram o plantão, e agradecer ao cubano por trabalhar na folga???
Valdecir
Escrevendo certo por linhas tortas:
Estou certo de que o redator desta nota violentou o sentido da Lei, que visa proteger o ser humano, violentou a lógica mais elementar, e certamente violentou a sua própria consciência. Somente em um país primário uma Equipe de Coordenação, de alta patente, pode produzir uma nota com este teor. O mais óbvio seria dizer que o Município em questão, não obstante ter solicitado um serviço em contradição com a letra da lei do Mais Médicos, agiu em caráter extraordinário, em face de uma necessidade premente, em conformidade com o sentido da Constituição Federal que determina que o Estado Brasileiro garanta o bem estar de seus cidadãos. E, mais que isto, o médico não deve ser punido pelo simples fato de ter exercido a sua missão, no sentido de fazer o possível para cuidar de uma vida em perigo.
Por último, mais não menos importante, que os médicos estão a serviço das pessoas, não das entidades corporativas dos médicos, francamente cooperativistas. O problema do PT é que cada vez mais deixa de ser o PT. Falta altivez deste governo no trato de certas questões. Não obstante, a solução foi razoável.
FrancoAtirador
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Fez-se justiça ao povo de Candiota e ao brioso médico cubano.
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Luís Carlos
Vitória do povo de Candiota.
Cezar Gouvêa
O Sindicato Médico do RS espera, ou melhor, exige que o médico do programa Mais Médicos, consoante a linha de ataque/defesa de privilégios adotada desde o início por essas associações corporativas, deixe o paciente morrer sem assistência. Afinal, o que é mais um brasileiro que sofre por falta de profissionais, que preferem se concentrar nas áreas mais lucrativas. Esses caras ainda não se conscientizaram que o país é outro, que os tempos mudaram, que o fato de terem um diploma, a mais das vezes obtidos gratuitamente em Universidades públicas, não os habilita para o cargo de semideuses e um futuro de privilégios inatingíveis.
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COSEMS/RS
Conselho Deliberativo do COSEMS/RS solicita ao Ministério da Saúde a ampliação do atendimento dos profissionais médicos do Programa Mais Médicos às UPAs e aos PAs, aos finais de semana
O Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul (COSEMS/RS) enviou ao Ministério da Saúde (MS) documento solicitando que os profissionais do Programa Mais Médicos sejam autorizados a atender também nas Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) e nos Pronto-Atendimentos (PAs) em finais de semana, especialmente no período compreendido entre às 19h de sexta-feira e às 7h de segunda-feira. A decisão ocorreu em reunião do Conselho Deliberativo e da diretoria da entidade, realizada em Porto Alegre, no dia 13 de fevereiro de 2014, contando com a participação de mais de 70 gestores municipais de Saúde, que representavam a maioria das Regiões de Saúde do Estado.
O presidente do COSEMS/RS e secretário da Saúde de Novo Hamburgo, Luís Carlos Bolzan, explica que tal solicitação se baseia no êxito que vem sendo obtido pelo Programa Mais Médicos na ampliação do acesso da população aos serviços médicos e a mudança do modelo de atenção à saúde na Atenção Básica, sendo importante que ocorram alterações nas normas vigentes, de modo que a cobertura do programa seja ampliada e, por consequência, atenda mais pessoas. “Entendemos que o programa Mais Médicos é um sucesso absoluto até agora, oportunizado a mudança do modelo de atenção à saúde, ampliando a Estratégia da Saúde da Família e também mudando uma situação que tínhamos antes, de total escassez de médicos no Brasil para essas funções”, afirma.
Segundo Bolzan, a proposta considera, também, a expansão das UPAs no país e a imensa dificuldade das gestões municipais em contratar trabalhadores médicos para esses serviços, principalmente os clínicos gerais e os pediatras. Para ele, a ampliação do atendimento aos finais de semana garantiria maior acesso dos cidadãos aos serviços de urgência e emergência e viabilizaria as redes de urgência/emergência, como as UPAs, nas quais o Ministério da Saúde tem investido maciçamente, contudo sem atingir sua plenitude de capacidade de atendimento devido, principalmente, à falta de profissionais médicos. “O Ministério tem investido muito nessa área, mas não há uma garantia de oferta do mercado, que é ineficiente, para garantir a cobertura de médicos necessária”, explica Bolzan.
O custeio desses serviços se daria através de recursos dos municípios ou já destinados pelo Ministério e/ou secretarias estaduais da saúde, sem que implique em novos desembolsos a estas esferas. No Rio Grande do Sul, por exemplo, o Governo do Estado já adota uma política de cofinanciamento das UPAs. Além disso, a solicitação do COSEMS/RS prevê que os médicos do programa possam atender em unidades localizadas nos respectivos municípios em que estão lotados, conforme registro expedido pelo MS.
O COSEMS/RS reafirma seu apoio ao Programa Mais Médicos por ser uma importante medida do Ministério da Saúde para o fortalecimento e a qualificação da Atenção Básica e a ampliação do acesso aos serviços médicos a toda a população brasileira.
(http://www.cosemsrs.org.br/index.php?menu=noticia&id=2386)
FrancoAtirador
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VEJA UMA MENTIRA ATRÁS DA OUTRA
17/02/2014
OCP On Line
Jaraguá do Sul-SC
Médica cubana contesta versão da Veja
Por Patricia Moraes*
“Eu vim para o Brasil para trabalhar, não para ficar dando entrevistas”
Foi assim que Yamile Mari Min, médica cubana que atua no posto de saúde do Bairro Santa Luzia, me recebeu no início da tarde desta segunda-feira.
Por diversas vezes, ela já havia sido procurada pela equipe do OCP, mas se recusava a falar.
O meu objetivo era repercutir reportagem publicada pela Revista Veja, que denuncia suposta tentativa de pressão por parte do Ministério da Saúde e do governo de Cuba para que os médicos da ilha de Fidel Castro permaneçam no país.
Segundo a revista, Vivian Isabel Chávez Pérez (chamada de capataz dos médicos na reportagem) exerceria esta função e teria, sob ameaças, conseguido manter as duas médicas cubanas em Jaraguá do Sul.
O fato foi desmentido pelo o secretário de Saúde, Ademar Possamai (DEM), que foi citado pela revista.
Segundo ele, em dezembro, as médicas estavam com dificuldades de adaptação e quase chegaram a se desligar, mas depois de contato do Ministério da Saúde, o problema foi solucionado e hoje está tudo bem.
Depois de alguns minutos de conversa no consultório, Yamile foi perdendo a desconfiança e admitiu que foi procurada pela Veja na semana passada, mas disse que se negou a falar por entender que parte da imprensa vem tratando deste assunto sob a ótica estritamente política.
“Eu e todos os médicos cubanos sabíamos quanto iríamos ganhar ao vir ao Brasil. Ninguém é obrigado a nada, a gente se inscreve sabendo de tudo. Eu estou aqui para ajudar o meu país”, resumiu a cubana já com sorriso no rosto e falando um bom português.
Para ela, a prova da importância do programa é a satisfação da comunidade.
A polêmica em torno da presença dos profissionais cubanos no Brasil está no fato de que eles recebem R$ 1 mil ao mês, os outros R$ 9 mil a que teriam direito são depositados em uma conta do governo de Cuba.
No término do contrato, quando retornam para casa, os médicos recebem mais um percentual do valor, o restante fica com os cofres públicos, funciona como um imposto retido na fonte em um país onde a educação e a saúde são 100% financiadas pelo governo.
De Cuba para Jaraguá do Sul
Yamile Mari Min, médica cubana que atua no Posto do Santa Luzia e foi citada pela Revista Veja desta semana, critica decisão de Ramona Matos Rodriguez, que deixou o programa Mais Médicos e entrou com uma ação trabalhista por danos morais de R$ 149 mil contra o governo federal.
Os cubanos recebem R$ 1 mil ao mês, auxílio moradia, alimentação e transporte.
A matéria da edição desta semana da Revista Veja denuncia pressão para permanência de médicos cubanos no país, citando profissionais que estão em Jaraguá do Sul.
A reportagem cita suposta declaração da coordenadora de Atenção Básica no município, Nádia Silva, que teria dito: “(elas) sofreram um impacto psicológico muito grande por causa dessa diferença de tratamento (salário). Não havia uma semana que não reclamassem das dificuldades de viver aqui”.
Procurada pela coluna ontem, Nadia desmentiu as informações publicadas na revista.
“Na verdade saiu tudo diferente do que a gente falou.
Não sei se eles tinham um interesse com a matéria, mas estamos muito chateados”,
contesta a coordenadora, que admite que em dezembro as duas médicas pensaram em deixar o município, mas acredita que tenha sido por dificuldade de estar longe dos familiares e amigos.
“Está tudo muito bem”, avalia.
Patricia Moraes é colunista e editora de política do O Correio do Povo (OCP).
(http://ocponline.com.br/materia/colunistas/plenario-ocp/14211-medica-cubana-contesta-versao-da-veja-.html#.UwRTfNK-pIa)
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FrancoAtirador
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BOICOTE AO MAIS MÉDICOS: O LIMITE DO TOLERÁVEL
Carta Maior
Editorial
O nome disso é escárnio
Por Saul Leblon
O sultanato de jaleco branco trata a saúde como um mercado de camelos;
alia-se ao conservadorismo mais retrógrado e tem na embaixada dos EUA
um corredor de fuga em prontidão obsequiosa.
Bajulado pela mídia, o conjunto quer implodir o Mais Médicos e sangrar Havana.
O nome disso é escárnio.
E Brasília deveria dizê-lo à embaixadora dos EUA,
ao chamá-la a prestar esclarecimentos.
Íntegra em:
(http://www.cartamaior.com.br/includes/controller.cfm?cm_conteudo_id=30275)
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Valdeci Elias
De acordo com o item 8, se faltar medico na cidade, ninguem do Mais Médico pode prestar socorro ???? O correto não seria punir os médicos que faltaram o plantão, e agradecer ao cubano por trabalhar na folga???
Valdecir
Escrevendo certo por linhas tortas:
Estou certo de que o redator desta nota violentou o sentido da Lei, que visa proteger o ser humano, violentou a lógica mais elementar, e certamente violentou a sua própria consciência. Somente em um país primário uma Equipe de Coordenação, de alta patente, pode produzir uma nota com este teor. O mais óbvio seria dizer que o Município em questão, não obstante ter solicitado um serviço em contradição com a letra da lei do Mais Médicos, agiu em caráter extraordinário, em face de uma necessidade premente, em conformidade com o sentido da Constituição Federal que determina que o Estado Brasileiro garanta o bem estar de seus cidadãos. E, mais que isto, o médico não deve ser punido pelo simples fato de ter exercido a sua missão, no sentido de fazer o possível para cuidar de uma vida em perigo.
Por último, mais não menos importante, que os médicos estão a serviço das pessoas, não das entidades corporativas dos médicos, francamente cooperativistas. O problema do PT é que cada vez mais deixa de ser o PT. Falta altivez deste governo no trato de certas questões. Não obstante, a solução foi razoável.
FrancoAtirador
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Fez-se justiça ao povo de Candiota e ao brioso médico cubano.
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Luís Carlos
Vitória do povo de Candiota.
Cezar Gouvêa
O Sindicato Médico do RS espera, ou melhor, exige que o médico do programa Mais Médicos, consoante a linha de ataque/defesa de privilégios adotada desde o início por essas associações corporativas, deixe o paciente morrer sem assistência. Afinal, o que é mais um brasileiro que sofre por falta de profissionais, que preferem se concentrar nas áreas mais lucrativas. Esses caras ainda não se conscientizaram que o país é outro, que os tempos mudaram, que o fato de terem um diploma, a mais das vezes obtidos gratuitamente em Universidades públicas, não os habilita para o cargo de semideuses e um futuro de privilégios inatingíveis.
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