Jair de Souza: Relatório de ONG pró-imperialismo indica que Lula está no caminho certo

Tempo de leitura: 4 min
Aliança explícita: a Transparência Internacional, conhecida pela sigla TI, fazia a defesa no Brasil e no exterior da Lava Jato. Em dezembro de 2016, a TI premiou a força tarefa. Seus membros, entre os quais o então procurador Deltan Dallagnol, receberam a outorga em evento no Pananá. Foto: Reprodução

Por Jair de Souza*

Nestes momentos tão conturbados, é muito importante que tragamos de volta à cena a grande sabedoria do saudoso líder nacionalista Leonel Brizola quando ele cunhou a famosa expressão: “Se a rede Globo está contra, há boas razões para a gente ser a favor”.

É que, logicamente, Brizola tinha plena consciência de que uma organização tão intrinsecamente ligada aos interesses contrários aos das maiorias populares só poderia assumir pontos de vista contrapostos aos dos que se identificam com os do conjunto da nação, ou seja, os do povo.

Sendo assim, imbuídos deste espírito brizolista, deveríamos encarar de maneira análoga a manifestação divulgada recentemente por uma ONG de nome Transparência Internacional.

Antes de deixar claro aos leitores o que de fato está por trás dessa instituição, convém recordar que, em seu último relatório, eles procuram chamar a atenção para um hipotético aumento da percepção de corrupção em relação a nosso país, o que, em consequência, estaria criando dificuldades para a chegada de novos investimentos no Brasil.

E, como já era esperado, essa “preocupação” relatada por Transparência Internacional se tornou o tema principal na abordagem de quase toda nossa mídia corporativa no dia seguinte a sua divulgação.

Por incrível que possa parecer, o que se está pretendendo com essa interpretação é impor a crença de que, mesmo depois de termos saído da podridão do governo bolsonarista, o Brasil adentrou um caminho de corrupção desenfreada ainda mais acentuado do que a era Temer-Bolsonaro tinha caracterizado.

Feito este preâmbulo, podemos agora escrever algumas palavras sobre os divulgadores do citado relatório.

Contudo, gostaria de ressaltar, uma radiografia detalhada da ONG Transparência Internacional já tinha sido elaborada em dezembro de 2020 pelo competente jornalista Luís Nassif.

Ela pode ser lida aqui.

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Vale a pena lê-la.

De nossa parte, faremos uma breve síntese tão somente com vistas a embasar as conclusões que extrairemos à continuação.

Transparência Internacional (TI) faz parte de um esquema de aparelhos imperialistas muito poderoso.

Além de sua associação com grupos que detêm a posse de enormes recursos financeiros no Brasil e no exterior, eles também exercem forte influência sobre grande parte da mídia corporativa pró-capitalista.

Portanto, tê-los como adversários não é situação que permita a ninguém manter sua tranquilidade.

Pelo contrário, sabemos que eles atuam como típicos pit-bulls do grande capital e, por isso, estão sempre dispostos a saltar na jugular e a dilacerar qualquer um que venha a ameaçar o sistema de exploração e espoliação ao qual eles estão a serviço.

Por sua vez, a sucursal de Transparência Internacional no Brasil foi um instrumento de muita relevância para a efetivação do plano imperialista de aniquilamento da potencialidade de independência econômica do Brasil.

Em tal sentido, a TI desempenhou um papel essencial para a viabilização das atividades da Operação Lava-Jato.

Sua atuação em perfeita sintonia com a rede Globo e o restante da mídia pró-capital foi um fator fundamental para possibilitar que os lavajatistas alcançassem seus objetivos de inviabilizar nosso desenvolvimento independente.

Foi com o amparo dessa ONG que nossa mídia pôde deslanchar o plano do imperialismo que visava arrasar com todos os setores econômicos em que estávamos ameaçando vencer a concorrência com grupos capitalistas do centro hegemônico do imperialismo.

A destruição de nossas grandes empresas de engenharia, o aniquilamento de nossa indústria naval, a inviabilização de nossa indústria química de derivados de petróleo, nada disso teria sido alcançado da maneira como foi sem os prestativos serviços de Transparência Internacional.

Ao difundir a narrativa de que estávamos mergulhados em um mar de corrupção, TI gerou o álibi que dava espaço para a atuação de crápulas entreguistas, como Sérgio Moro e Deltan Dallagnol.

No entanto, o papel maléfico dessa ONG para a nação brasileira extrapola sua mera violação aberta dos interesses estratégicos de desenvolvimento da nação brasileira.

Afora isto, de modo hipócrita como os agentes do imperialismo costumam agir, ao mesmo tempo em que bradavam contra as práticas de corrupção nos mencionados setores econômicos, eles estavam envolvidos até o pescoço nas tramoias lavajatistas que objetivava desviar bilhões de reais das multas que eles ajudaram a impor à Petrobrás para a criação de fundações privadas a ser controladas por eles mesmos e pelos outros próceres da Lava-Jato.

Em outras palavras, eram os corruptos mais descarados se apresentando publicamente como paladinos do combate à corrupção.

Se o protagonismo de TI em nosso país no passado recente se deu em função do quadro que acabamos de expor, o que teria motivado seu súbito e destacado reaparecimento no cenário dos debates?

Uma vez mais, a resposta vai ser encontrada no confronto dos interesses nacionais e populares com os do imperialismo e seus serviçais.

O fato de Lula ter retomado uma política de reincentivo das indústrias de base em nosso país, com o relançamento de projetos odiados por aqueles que desejam manter-nos em eterna dependência, isto causou profunda irritação em nossa mídia entreguista.

Todos os portavozes midiáticos do grande capital não pouparam palavras para condenar a ousadia de Lula em desafiar as determinações imperiais e dar passos para viabilizar nossa reindustrialização.

Outro fator que aguçou o descontentamento do imperialismo e dos setores a ele alinhados em nosso país foi a corajosa determinação de Lula de apoiar a moção da África do Sul para a condenação do sionista Estado de Israel pelos crimes de genocídio e infanticídio que os militares sionistas estão cometendo na Palestina.

Portanto, uma vez mais estamos vendo a Transparência Internacional associada às agressões que o imperialismo pratica contra os povos que desafiam sua vontade hegemônica.

Ou seja, essa ONG reapareceu no cenário porque Lula decidiu avançar no caminho certo para nossa soberania e independência.

É devido a isto que todos os que estamos alinhados com os interesses de nosso povo devemos nos sentir orgulhosos neste momento.

Se o governo Lula está sendo atacado por um órgão infame do imperialismo como é a tal Transparência Internacional e por seus aliados locais, isto só pode ser uma indicação de que valeu a pena ter votado em Lula em 2022.

Que o espírito de Leonel Brizola continue a nos iluminar.

Jair de Souza é economista formado pela UFRJ; mestre em linguística também pela UFRJ

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Comentários

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Zé Maria

*(https://pbs.twimg.com/media/GFngelMXwAAHOPA?format=jpg)

“Guerra Híbrida é um tipo de guerra não convencional
utilizada por superpotências para desestruturar rivais
geopolíticos sem precisar de um conflito militar.

Hoje esse é o principal instrumento dos EUA para
manter os seus interesses em diversos países.

Tal artifício é eficiente em diversos sentidos,
já que demanda menos custos que uma guerra
tradicional e passa de forma despercebida
pelo público em geral.

O Brasil é alvo de uma guerra híbrida há décadas
promovida pelos EUA.
O que tem mudado nos últimos anos é apenas o discurso.

No passado diziam estar levando “democracia e liberdade”.
Hoje dizem estar ajudando a “combater a corrupção e
a cuidar do meio ambiente”. Sempre oferecem causas ‘nobres’
como forma de disfarçar as reais intenções.

Muitas dessas ações são postas em prática por ONGs estrangeiras.

A lava jato foi um instrumento de Guerra Híbrida, em um momento
em que o Brasil era a 6° maior economia do mundo.

Os seus agentes [dos EUA] foram devidamente treinados
para destruir setores estratégicos da economia brasileira.
O prejuízo foi de cercade R$ 600 bilhões [ou mais].

As principais figuras do lavajatismo já foram desmascaradas,
mas hoje tivemos um novo capítulo dessa história.

O STF mandou investigar a ONG ‘Transparência internacional’ (TI),
parceira da lava jato nesse processo de sabotagem estrangeira
contra o nosso país.

Apesar de se dizer apartidária, a diretora da organização
tirou esta foto (*) que demostra bem a que tipo de ideologia
a TI serve.

A suspeita contra a ONG é de corrupção, mas se a investigação
for aprofundada, teremos a oportunidade de desvendarmos
não apenas um possível esquema de desvio de dinheiro público,
mas também um esquema de sabotagem do Brasil como Nação.”

https://twitter.com/vinicios_betiol/status/1754689535974285379

Zé Maria

#AberturaTrabalhosLegislativos
https://twitter.com/LulaOficial/status/1754579380087443486

Zé Maria

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“O diálogo é condição necessária para a democracia.
Diálogo que supera filiações partidárias.
Que ultrapassa preferências políticas ou disputas eleitorais.
Que é, antes de tudo, uma obrigação republicana que todos nós, representantes eleitos pelo povo, temos que cumprir.
É por isso que o Governo Federal reforçou, desde o primeiro dia
do ano passado, a interlocução de alto nível com os mais diversos
setores da sociedade.
Recriamos conselhos que nunca deveriam ter sido extintos.
Voltamos a realizar as conferências nacionais.
O Plano Plurianual voltou a ser participativo.
O diálogo federativo aparece com força na formatação
e na escolha dos projetos prioritários, como é o caso
dos principais empreendimentos do Novo PAC.”

Luiz Inácio LULA da Silva
Presidente do Brasil
Mandato 2023-2026
.
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Isso aí, Presidente Lula!

Diálogo Político não implica em abrir mão
da Concepção Programática de Governo
para o qual foi Eleito o Candidato do PT.
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