Identificada segunda ossada de assassinado sob o comando de Ustra, o herói de Bolsonaro
Tempo de leitura: 2 minPerus: identificado segundo desaparecido político, outra vítima de Ustra
Sindicalista do setor bancário e militante político, Aluízio Ferreira foi morto em 1971 no DOI-Codi paulista
São Paulo – O Grupo de Trabalho Perus (GTP) anunciou nesta segunda-feira (3) a identificação de um segundo desaparecido político entre as ossadas descobertas em um cemitério clandestino em São Paulo.
Depois de Dimas Casemiro, o identificado é Aluízio Palhano Pedreira Ferreira, militante morto também em 1971 pela ditadura. Tinha 48 anos.
Ele morreu no DOI-Codi de São Paulo, comandado à época por Carlos Alberto Brilhante Ustra, militar citado como “herói” pelo presidente eleito.
Segundo a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a confirmação foi concluída no mês passado, depois que o GTP recebeu resultados de exames de DNA a partir de amostras enviadas a uma entidade em Haia, na Holanda.
O anúncio foi feito durante o I Encontro Nacional de Familiares, que está sendo realizado Brasília, promovido pela Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos.
“Os resultados indicaram vínculo genético entre os restos mortais pertencentes a um dos casos enviados e as amostras sanguíneas dos familiares de Aluízio”, diz a Unifesp.
A vala clandestina do Cemitério Dom Bosco, em Perus, região noroeste de São Paulo, foi descoberta em 1990.
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Desde então, as mais de mil ossadas encontradas no local foram objeto de análise e também de esquecimento, o que só acabou com a formação do GTP, em 2014.
O grupo é integrado pelo Ministério dos Direitos Humanos, pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de São Paulo, a própria Unifesp e a Comissão Especial.
Aluízio Ferreira foi presidente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro e da Contec, confederação nacional do setor, além de dirigente do Comando Geral dos Trabalhadores (CGT), entidade dissolvida após o golpe de 1964. Militou na Vanguarda Popular Revolucionária (VPR).
Segundo a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, a prisão e morte foram denunciadas pelo preso político Altino Rodrigues Dantas Jr., em carta enviada do Presídio Romão Gomes, de São Paulo, em 1978, ao general Rodrigo Octávio Jordão Ramos, ministro do Superior Tribunal Militar (STM).
Entre os presos que testemunharam a prisão, estava Nelson Rodrigues Filho, filho do conhecido escritor brasileiro.
“Na época comandava o DOI-CODI o Major Carlos Alberto Brilhante Ustra (que usava o codinome de ‘Tibiriçá’), sendo subcomandante o Major Dalmo José Cyrillo (‘Major Hermenegildo’ ou ‘Garcia’)”, relata Altino em sua carta.
“Na noite do dia 20 para 21 daquele mês de maio, por volta das 23 horas, ouvi quando o retiraram da cela contígua à minha e o conduziram para a sala de torturas, que era separada da cela forte, onde me encontrava, por um pequeno corredor. Podia, assim, ouvir os gritos do torturado. A sessão de tortura se prolongou até a alta madrugada do dia 21, provavelmente 2 ou 4 horas da manhã, momento em que se fez silêncio”, prossegue.
Pouco depois, o próprio Altino foi levado à sala de tortura, “que estava mais suja de sangue que de costume”.
E ouviu de um dos agentes, “particularmente excitados naquele dia”: Acabamos de matar o seu amigo, agora é a sua vez.
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Comentários
Jardel
Moro e Bostonauro vão reescrever a História.
1 – O Golpe de 64 não foi um golpe de Estado e sim um “movimento militar”.
2 – Os negros não foram escravizados pelos brancos e sim pelos próprios negros.
3 – Com porrada os gays deixam de ser gays.
4 – As reservas indígenas são “zoológicos’.
5 – O IBAMA e a FUNAI são “xiitas”.
6 – Ser pai de mulher significa uma “fraquejada”.
7 – Branco namorar com negra é uma “promiscuidade”.
8 – Se todos andarem armados a segurança reinará.
9 – Brilhante Ustra não foi um torturador, mas sim um herói.
10 – É preciso matar uns 30 mil socialistas para o Brasil melhorar.
11 – Escola não deve abordar a Política, mas deve ensinar religião.
12 – Auxílio moradia serve para “comer gente”.
13 – Mulher feia não merece ser estuprada, só as bonitas.
14 – Os corruptos do PSDB não vêm ao caso.
15 – Pedindo desculpas públicas nenhum aliados será processado por uso de caixa 2.
16 – Lula pensa que é um preso político que sofre perseguição do Judiciário.
Jardel
Para o Dias Toffoli esses assassinatos são apenas detalhes insignificantes do “movimento militar de 1964”.
E tem animal quadrúpede que concorda.
Haja vista à eleição de um boçal defensor de assassinatos e da tortura.
Raul Capablanca
boçalnazi ja disse que o torturador errou em não matar todos que passaram pelas mãos dele e deve corrigir.
bora correr enquanto pode.
maria do carmo
Prezado Raul Capablanca estamos vivendo tempos tenebrososos , com moral escorregadia e com trocas de valores, Bolsonaro bronco que na decada de 80 preparou plano terrorista para jogar bombas nos quarteis do Rio de Janeiro, pois queria aumento como capitao sendo condenado por coroneis por unanimidade apelou e num arranjo saiu do exercito com aposentadoria, o presidente general Geizel disse entre outras coisas que Bolsonaro bronco era um mau militar saiu nas capas dos jornais da epoca , ja imaginou se todos que quiserem aumento fizerem planos terroristas?… e que levanta pes de alto falante como se fosse arma para matar petralhada ( em Roraima ) em discurso, que a todo momento faz gestos de atirar e absurdamente ensinando criancas com as proprias maos, que defende armar a sociedade, que defende torturador ainda como disse que os torturados deveriam ser assassinados, que como politico durante 28 anos 7 mandatos de 4 anos ( uma vida ) so aprovou 2 projetos irrelevantes sendo que um nao foi regulamentado candidato a presidente sem projeto, da para entender por que fugiu dos debates ) estamos assistindo a destruicao do Brasil por Bolsonaro bronco e cia de oportunistas anti-democratas fascistas, estamos voltando ao regime esravagista sem lei! POBRE BRASIL!
Cláudio
Se “bandido bom é bandido morto”, então militar bom é militar morto, porque todo/a militar é bandido/a (vive em bandos)…
Zé Maria
http://memory.loc.gov/ammem/arendthtml/mharendtFolderP05.html
Zé Maria
O braZíu está naquela fase que Hannah Arendt
denominou de banalidade ou banalização do mal.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Banalidade_do_mal
https://pt.wikipedia.org/wiki/Eichmann_em_Jerusal%C3%A9m
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