Hêider Pinto denuncia: Sem aviso, ministério corta banda larga de mais de 6 mil postos de saúde
Tempo de leitura: 3 minNo Ministério da Saúde o discurso é de “economia”, mas a prática é de desmonte
por Hêider Pinto, especial para o Viomundo
Nessa quinta-feira (02/09), milhares de unidades básicas de saúde (UBS) em todo o país amanheceram sem o serviço de banda larga oferecido pelo Ministério da Saúde. A interrupção foi feita e anunciada pelo próprio ministério, alegando corte de custos.
As UBS são serviços conhecidos como postos ou centros de saúde e que realizam ações capazes de resolver o problema de até oito em cada dez pessoas que o procuram. O anúncio do governo Dilma de que as mais 40 mil do País entraria nos objetivos do Plano Nacional de Banda Larga foi comemorado.
E agora como ficam as unidades que já haviam se informatizado ou estavam fazendo, para melhorar a qualidade do atendimento? Terão que abandonar a ideia e retroceder a uma fase pré-internet.
Ter internet banda larga numa UBS é muito importante para várias ações. Permite implantar modelos de agendamento que reduzem os tempos de espera e atender primeiro as pessoas com maior necessidade (dor, sofrimento, riscos à saúde etc.).
Permite também o uso de prontuário eletrônico que, por registrar a história, exames, diagnóstico e medicamentos do paciente, melhora a qualidade do atendimento, evita a repetição e solicitação de procedimentos desnecessários, poupa tempo do usuário reduzindo a burocracia.
Além disso, dá base à implantação do telessaúde, que proporciona ao usuário a opinião de médicos especialistas e outros profissionais para cuidar de seus problemas sem que ele precise ser encaminhado para uma consulta cuja fila de espera pode passar dos três meses. Garante melhor controle do uso de medicamentos, evitando desvios. Disponibiliza mais informações aos profissionais de saúde, o que é vital para se manterem atualizados.
Em 2013, o ministério disponibilizou na internet um prontuário eletrônico gratuito que ainda pode ser baixado por qualquer município, o eSUS. Em 2014, iniciou-se a primeira etapa de conexão das UBS que previa 14 mil UBS conectadas em até três anos.
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O ministério do governo ilegítimo tem anunciado entre as suas mais importantes prioridades a informatização e a melhoria da gestão.
Na última semana, anunciou que havia economizado 384 milhões de reais (0,4% de seu orçamento total) em supostas medidas de melhoria da gestão e redução de desperdício.
Paradoxalmente, dentre os contratos revistos estava o fornecimento de banda larga para mais de 6 mil UBS que já estavam conectadas e que, a partir de ontem, ficaram sem internet. A medida é um desrespeito com os prefeitos e secretários, que investiram na compra de computadores para informatizar as UBS, gastaram tempo e dinheiro implantando sistemas e agora ficam com tudo sem funcionar e com dificuldade de licitar, de última hora, uma empresa para garantir a internet.
É um desrespeito com os trabalhadores de saúde que agora precisaram voltar a fase da burocracia toda no papel e sem o importante acesso às informações e serviços da internet.
É um desrespeito e descompromisso com os cidadãos que terão que enfrentar a piora no atendimento e o aumento nos tempos de espera de todos os procedimentos – consultas, exames, encaminhamentos – que antes haviam melhorado por causa da informatização.
Conclusão: na prática, o que se observa são medidas de desmonte do SUS, retrocesso na gestão e piora no acesso à saúde e atendimento das pessoas. Não é mais gestão. É menos gestão, menos recursos e menos SUS.
Hêider Pinto é médico sanitarista. Coordenou o Programa Mais Médicos, no governo Dilma Rousseff.
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Comentários
Ricardo
Onde está publicado isso oficialmente? A informação deveria constar no DOU ou no Portal do MS.
Conceição Lemes
Vou postar a imagem, Ricardo. abs
Pedro
Também gostaria de ver a publicação no DOU….
Luiz Carlos P. Oliveira
Salve os coxinhas, os campeões da idiotice. Será que a ficha deles vai cair? Difícil. Precisariam de neurônios…
Roberto
Aos poucos,o governo golpista PMDB/PSDB, começam a levar o Brasil para a Idade da Pedra, exatamente como gostam os coxinhas,a direita furiosa,a elite metida à besta,a FIESP ,o Moro,o Gilmar e a mídia cucaracha.
Rogério Bezerra
Ontem fui ao posto de saúde do bairro para retirar documento para consulta de um especialista. Lá ninguém nunca foi favorável a Dilma, como a maioria da burra população de Florianópolis. Me disseram que é possível que o médico cubano vá embora. Como, por desgraçada experiência pessoal, não dou mais um tostão para os assassinos mérdicos nacionais, anestesistas e neuro cirurgiões particulares à frente, penso em me mudar para a pobre, mas ilustrada Cuba. Lá não terei que conviver com tanta gente burra lambe rabo de americano e que trás todas as merdas de lá.
Acompanho a queda dos pequenos e médios negócios da parentada e conhecidos, todos golpistas e/ou omissos. FODAM-SE!
Recebemos a primeira parcela do aumento de 70% paga pelo traidor ao “Jostissiário” . Os juízes, que já tinham recebido os seus 70% tempos atrás, querem mais…
FrancoAtirador
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Manu
Deixa bem claro para o usuário, culpq do mexeleco
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