Gerson Carneiro: Compensa denunciar um crime?

Tempo de leitura: < 1 min

por Gerson Carneiro

Em 8 de abril de 2011, o Viomundo publicou esta matéria:  Polícia de São Paulo “entrega” mulher que denunciou execução por PMs.

Ela havia denunciado o assassinato de homem, por policiais, dentro de um cemitério. O fato ocorreu em 12 março.

Nessa quinta-feira 23 — 2 anos, 1 mês e 15 dias depois –, o caso foi a julgamento.

Apesar da prova da ligação para o número 190 — o telefone da PM — feita pela mulher, no momento e local do crime, eles foram absolvidos.

Já a  testemunha-denunciante está tendo de viver escondida.

Fica a pergunta: compensa denunciar um crime?

Leia também:

Justiça decide interpelar Telhada sobre ameaça a jornalista

Apoie o VIOMUNDO

Fenaj denuncia violência crescente contra jornalistas no Brasil

Apoie o VIOMUNDO


Siga-nos no


Comentários

Clique aqui para ler e comentar

Geysa Guimarães

Vale sua vida, isto sim!
Quem estiver farto e quiser partir desta pra melhor, é só ligar e denunciar. Pode demorar um pouco, mas a morte é certa.

mineiro

nunca , quem denuncia sempre vai levar a pior , quantos crimes que nunca foi punido e nem vai. desde quando existe esse lixo de justiça , claro so para condenar pobre é claro. o resto é conversa fiada e nao vou me estender nesse assunto porque nao adianta nada. lei é so para proteger rico e bandido e nos é cacetada todo dia.

Doidão

Se a denúncia for feita de maneira atabalhoada como está fazendo a Folha, não vale a pena.

Vejam porque eu digo que o ocatavinho pirou de vez lendo este bloco de manchetes da primeira página da Folha online:

-Cai total de homicídios em SP em abril. Casos de latrocínio sobem.
-Na capital, homicídios e latrocínios aumentam.
-Bar sofre dois arrastões na mesma semana.

Quer dizer, soma daqui e subtrai dali e o resultado é zero. É isto que o octavinho quer que o leitor/eleitor assimile? Haja samba de criolo doido, ou melhor, de dono de jornal completamente louco. Louco de atirar pedra.

Fabio Passos

Esta e a “justica” brasileira.
Absolve assassinos de um grupo de exterminio institucionalizado… a servico da “elite” branca e rica.

O psdb transformou a policia em esquadrao da morte.

José Silva

As vezes fico pensando: não seria melhor incentivar todos a ter arma?!?! Liberar geral, o cidadão cuida da sua própria segurança, como nos filmes de bang bang, assim pelo menos quando um desgraçado viesse tentar desgraçar a minha vida pelo menos teria a dúvida se sairia vivo da empreitada. É revoltante demais essa justiça, essa polícia, esse sistema de educação, saúde. Quem deveria proteger é quem mais te explora e quem deveria ser caçado é quem te protege, desde que vc não atrapalhe o comércio. É um beco sem saída!!! Estamos lascados desse jeito, e eu nem quero pensar no que vai ser dos meus filhos se a sociedade continuar nesse rumo. Vou ter que me desdobrar para tentar protege-los e tentar mostrar o caminho menos pior!!! Desculpem pelo desabafo!!!

    renato

    Esta desculpado, mas penso que deveria ter uma arma em casa!
    Se posso ser educado a ponto de banir armamentos, posso ser
    educado para manter uma arma em casa.Ser portador de arma sim!
    Se não conseguir, defender um ente querido, pelo menos será mais
    fácil para liquidar o problema!Afinal réu primário não vai para
    cadeia, se fugir do flagrante não vai para cadeia, e quando for
    julgado, possivelmente já estarei morto.
    Não estou com muita paciência hoje!
    A Ditadura fazia exatamente isto antes, e continua, o problema é
    que eles estão do outro lado!
    A População perdeu a fé nos policiais, isto é coisa de golpe!!!
    De Merda!!!! a vista!!!
    Depois ficam queimando onibus e todo mundo estranha! Acha que são
    banidinhos agindo….Se liga Brasil. Estamos desarmados.

    renato

    Não é a Suíça, que seu exercito são os cidadãos armados em casa!
    Recebem treinamento e tudo, não temos uma reserva do exercíto que
    deveria treinar uma ez por ano tiro ao alvo e outros, conhecimento
    de armamentos.
    Tava na hora de pensar isto, já que vimos casos como a Síria,Iraque,
    quem disse que nossos protetores tem que ser os USA!
    Será que vão fazer segurança nos nossos eventos?

    Eneas

    concorco contigo… eh a teoria do “que se exploda”… pra ficar nessa zona, pelo menos tem como tentar algo.

Girolando Mathias

Pergunte ao Roberto Jefferson.

Marcelo de Matos

A segurança pública tem de ser tratada com muita responsabilidade. Parece que no Rio está ocorrendo isso. Aqui, não. Não é admissível que a polícia pratique violência. Outro dia estava assistindo ao programa Cidade Alerta, da Record, que mostrou policiais sendo alertados acerca do furto de um Ecoesport. Os policiais perseguiram os ladrões, trocaram tiros com eles e, após mandá-los deitarem no chão, deram chutes nos mesmos. O apresentador Marcelo Resende comentou os pontapés de forma jocosa. É isso que gera a guerra entre polícia e bandidos. A função da polícia, mesmo que recebida a tiros, é só prender. Não pode dar pontapés. Foram os maus tratos impingidos a presos, em presídio de Taubaté-SP, que deram origem ao surgimento do PCC. Enquanto a violência contra presos não cessar, não cessará a guerra entre facções criminosas e a polícia, que o governo tenta encobrir. A mentalidade da população, que em grande parte acredita que bandido é parasita da sociedade e vive no bem bom, o que definitivamente não acontece, acaba respaldando todo tipo de abuso.

Roberto Locatelli

No episódio de Pinheirinho, nossa heroica PM já mostrou toda sua bravura.

As PMs precisam ser substituídas por uma outra polícia, com treinamento e formação completamente diferentes dessa polícia que desconfia de pobre e preto, mas que aceita serviços “por fora” de gente endinheirada. Há PMs que fazem, inclusive, execuções por encomenda. Sem falar nos roubos a caixas eletrônicos.

Edgar Rocha

Pergunte ao Sérgio Bressan, um cineasta diretor do Filme “Os inquilinos”. Pra este homem, o cidadão comum, alijado de seus direitos e de sua liberdade individual é um idiota complexado, que morre de inveja do negão bonito que empunha uma arma e mexe com a libido das esposas e mães de família da periferia. Somos todos “admiradores” destes corajosos jovens cooptados pelo crime organizado e, se não reagimos, se sofremos calados, ou melhor, sem voz ativa, é porque, ou somos coniventes, ou somos covardes. Este é apenas um dos discursos que perversamente transferem pra cidadania a responsabilidade pelo avanço do crime e pela violência. É “A Sociedade” que é violenta! É ela que se comporta de forma complacente diante das agressões que sofre, que sonha em ser mais um bandido a ser admirado e temido por todos. E só não o faz por covardia moral. “A Sociedade”, ou seja “TODOS” são culpados e estão envolvidos. Mas o diretor condoreiro, intelectualizado, descolado, acima de “tudo isto que tá aí”, não mostra em seu filme uma única cena de um morador desesperado tentando acionar as autoridades diante de um crime. Ele não mostra o achaque que se passa numa delegacia quando se tenta fazer um B.O. Também não mostra as ameaças que o morador “zé-povinho” sofre quando, mesmo ligando anonimamente, é acusado na rua pelos bandidos dizendo que “vai te pegar na primeira esquina”. Também não mostra a ação policial diante de flagrantes, nem como este “mané” dedo-duro é tratado quando enfrenta as situações. Na melhor das hipóteses o “trabalhador-esquemão-da-sociedade” é convidado a se retirar do bairro onde mora, num alerta benevolente dado por um fardado qualquer, já que a violência “tá demais” e quem corre risco não tem o direito de exigir proteção individual da polícia (egoísmo puro do zé-povinho). Certa, vez guardaram no jardim do meu quintal, não me lembro bem o ano, foi quando houve o plebiscito sobre desarmamento, uma pilha de armamento pesado. Umas vinte armas recém utilizadas num festejo pela morte de um membro de uma quadrilha rival. Liguei com urgência, pedindo socorro. “Senhor, a gente não pode fazer nada se não houver identificação, e que fique claro, o senhor vai estar comprometendo o dono da casa, porque porte ilegal de armas da cadeia. a gente vai ter que prendê-lo e se for o senhor o dono da casa, ninguém vai garantir tua segurança contra quem botou as armas no teu quintal. A posse de armas vai ser tua. O senhor vai querer mesmo ajuda?” Foi a resposta. É só um exemplo dentre tantos. Enquanto isto, os “formadores de opinião” insistem em dizer que o problema é moral, é “A sociedade”, o povo da periferia que fez a opção pelo crime. Que falta cidadania e participação. Depois disto, se arrisque a ir numa reunião do CONSEG. Se arrisque a denunciar. Eu já não aguento mais tanta hipocrisia, tanta mentira, tanto comodismo. Mas, garanto que tudo isto não é prerrogativa de quem mora nos bairros diretamente atingidos pela violência e que, todos os dias tenta fazer sua parte. Nenhum, absolutamente nenhum setor da vida pública está encarando com realismo esta questão: nem a imprensa, nem o Estado, nem os Partidos, nem ONGS, nem o judiciário… acho que os verdadeiros cooptados, frustrados e covardes estão aí.

    Caracol

    Seu desabafo mexeu comigo, Edgar.
    O mínimo que posso fazer, como penso muito parecido com o que você diz, é lhe manifestar a minha solidariedade.
    Abraço.

    Edgar Rocha

    Caracol, obrigado pelo apoio. O mais difícil é nos livrarmos desta densa cortina de fumaça que sobe de todos os cantos. Nem nós, que vivemos cercados desta realidade e observamos a olho nu, estamos livres da péssima influência dos que levantam lebres como se estas fossem gatos. As avaliações sobre a criminalidade disseminada, são quase sempre, fugidias, auto defensivas, parciais… o que mais me irrita é esta gente que hoje fala tanto em buscar a verdade sobre fatos passados, se autoproclama herói da resistência nos anos de chumbo e não se atreve a bater de frente com o que ainda vai destruir (se é que já não destruiu) a democracia no país, fragmentando a sociedade e pulverizando responsabilidades, sem levar à sério a questão atual, sem se solidarizar com o terror repressivo que vivemos hoje e que exige uma leitura e ações eficazes de defesa contra estas forças. queiramos ou não a esquerda tá no poder agora. Porque não se articulam pra agir com eficácia, caramba! Parece que há mais medo de morrer hoje nas mãos do sistema do que na época do DOPS. De ser tachado com adjetivos politicamente incorretos (senhor eufemismo!) e ter a reputação manchada para a história. Neste mesmo instante, acaba de parar na minha janela um carro tunado tocando funk num volume insuportável. Deus queira que não vire um baile funk pela noite afora. Não terei a quem recorrer se resolverem até entrar no meu quintal pra fumar uma pedra. Quando fazem isto é porque o assalto esta noite está marcado. Depois eles voltam pra festejar e dividir os despojos. “Normalmente”, é assim.

LEANDRO

Poda. Leilao da maior parte do pre-sal, privatização dos portos, Cpi da petrobras…..tanto assunto fervendo….

Marianne

Se for para denunciar algum PPP que não esteja envolvido no crime organizado, pode até arriscar. Quanto ao resto, esquece.

H.92

Alckmin a quase 10 anos no poder jogando a culpa no governo federal, haja cara de pau!

Meter bala em inocente, dependente químico, em professores, em movimentos sociais e pobres do Pinheirinho eles são bons…

Deixe seu comentário

Leia também