Fernando Brito: Absurdo, tropas americanas vem aprender a combater em território brasileiro

Tempo de leitura: 2 min

E não é em Curitiba…

Os Estados Unidos são um país amazônico, desde quando?

Por FERNANDO BRITO · 04/05/2017, no Tijolaço

Sempre fez parte da postura estratégica, militar e diplomática, de nosso país opor-se ao estabelecimento de forças militares estranhas ao nosso subcontinente em solo latino-americano.

Na Amazônia, sobretudo, porque a característica remota da região faria com que isso significasse, na prática, a criação de enclaves territoriais, principalmente porque o perímetro de segurança, frente aos armamentos atuais, teria de se estender por quilômetros e quilômetros em seu entorno, pela dificuldade de deslocamento de tropas do país hospedeiro. I

sso, claro, levaria a missões de patrulhamento e mesmo a intervenção bélica sobre áreas muitíssimo além dos muros e cercas de uma sede militar.

Por isso, é escandalosa e ofensiva a informação, publicada hoje pela BBC — e desde Washington — de que o Brasil convidou tropas nos Estados Unidos para “treinamento conjunto” na Amazônia, certamente também em território brasileiro, além do peruano e do colombiano, onde os EUA já têm bases militares.

Não é a presença de consultores, instrutores ou de observadores que, embora inconveniente, poderia ser parte de um aprimoramento profissional de militares brasileiros.

São tropas, mesmo, que vão se habituar ao que temos de fator vantajoso, a experiência de combate na selva amazônica, algo inimaginável para quem tem de fazer defesa com escassez de meios materiais, valendo-se basicamente da expertise humana.

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O Estados Unidos não são um país amazônico, o que poderia justificar exercícios conjuntos na região.

Imaginem o que seria se a Venezuela ou o Equador, seguindo a mesma lógica, convidasse tropas chines ou russas para “treinamento conjunto” na selva amazônica de seus territórios?

Ao que parece, somos nós que passamos a considerar aceitável — e até desejável, porque o convite partiu de comandos brasileiros — a presença de estranhos naquela região.

PS do Viomundo: Ficamos intrigados com a notícia de que os Estados Unidos teriam negado visto ao presidente do PMDB, Romero Jucá, para visitar aquele país, embora ele seja ainda investigado, sem condenação transitada em julgado. É uma decisão política à qual os EUA tem direito, ao exercer sua soberania. Mas, houve articulação entre brasileiros e norte-americanos para que isso acontecesse? Tipo a Força Tarefa da Lava Jato ou a PGR com o Departamento de Estado?

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Comentários

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wendel

Bom, nós os brasileiros, realmente brasileiros, não concordamos tb com estas operações conjuntas, mas isto é o de menos, qdo lemos que pretendem doar a Base de Alcântara aos próprios, e o Sivam que já é do dominio deles além de várias outra coisas que estamos subordinados.
A internet por exemplo. O FAcebook, O GPS, isto sem falar na dependência de vários satélites operados por eles.
Pergunta-se: se desligarem estes instrumentos, o que será de nós outros?
Para finalizar – como anda o cabo que seria inaugurado entre o Brasil e a Europa no governo Dilma.
Será que tb foi detonado ?
Então…….

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